A culpa não foi dele
sexta-feira, agosto 06, 2004
20:00 horas-2 de Agosto-TELEJORNAL
Sentado num restaurante em Famalicão,ouço anunciar que havia uma nova modalidade de tráfico e venda de bébés.
A meu lado a dona do restaurante aguça o ouvido e levanta o som ao televisor.De cara franzida segue as noticias com atenção,até ao fim.Deve estar indignada-penso eu com empatia, para logo de seguida ouvi-la comentar em voz alta com displicência-Bem,por 10.000 euro por bébé não está caro!Fiquei siderado por momentos com a imoralidade da invectiva.
De volta ao real,cheguei à conclusão que a "situação",no estado actual de esvaziamento da MORAL,seria,pela maior parte das almas deste planeta,analisada sempre em função do "comprador",portanto numa perspectiva de auto-satisfação através de outrém.
Essa visão do mundo e das relações humanas através dos proveitos que essa interacção nos traz,leva-nos naturalmente a empobrecer o espaço do nosso contacto com os outros,já que o que nos trazem nunca é bem aquilo que nós esperamos.
A Moral reduz-se a um epifenómeno,limitador,inconveniente e em grandes escalas de relacionamento,como entre as Nações,contraproducentes.
A política de Educação,relativizando o produto de séculos de evolução,herdados das experiências dos nossos antepassados e que outros foram aos poucos aperfeiçoando,tem sido a um nível mais elevado o culpado do rápido desaparecimento dos valores que cimentaram o aparecimento das super-estruturas da sociedade.
Se o inconsciente colectivo existe,como parece que sim,só a gula,a ganância,a rapacidade seriam capazes de transformar o BEM num conceito relativo.
Sentado num restaurante em Famalicão,ouço anunciar que havia uma nova modalidade de tráfico e venda de bébés.
A meu lado a dona do restaurante aguça o ouvido e levanta o som ao televisor.De cara franzida segue as noticias com atenção,até ao fim.Deve estar indignada-penso eu com empatia, para logo de seguida ouvi-la comentar em voz alta com displicência-Bem,por 10.000 euro por bébé não está caro!Fiquei siderado por momentos com a imoralidade da invectiva.
De volta ao real,cheguei à conclusão que a "situação",no estado actual de esvaziamento da MORAL,seria,pela maior parte das almas deste planeta,analisada sempre em função do "comprador",portanto numa perspectiva de auto-satisfação através de outrém.
Essa visão do mundo e das relações humanas através dos proveitos que essa interacção nos traz,leva-nos naturalmente a empobrecer o espaço do nosso contacto com os outros,já que o que nos trazem nunca é bem aquilo que nós esperamos.
A Moral reduz-se a um epifenómeno,limitador,inconveniente e em grandes escalas de relacionamento,como entre as Nações,contraproducentes.
A política de Educação,relativizando o produto de séculos de evolução,herdados das experiências dos nossos antepassados e que outros foram aos poucos aperfeiçoando,tem sido a um nível mais elevado o culpado do rápido desaparecimento dos valores que cimentaram o aparecimento das super-estruturas da sociedade.
Se o inconsciente colectivo existe,como parece que sim,só a gula,a ganância,a rapacidade seriam capazes de transformar o BEM num conceito relativo.
Por que é que a serenidade desse olhar me conduz irresistívelmente ao vulcão antevisto da tua boca,
Subscrever:
Mensagens (Atom)