domingo, maio 24, 2015

" EXPRESSEMOS ", POIS...

...EM  PREGUIÇA E COM UMA VÉNIA SEMANAL.

O " Expresso " é de longe o melhor jornal português e, pelo que conheço da Imprensa internacional, dos melhores do planeta. E conheço o suficiente para fazer comparações que não citações " narcisistas " e pedantes, na linha do provincianismo deslumbrado da nossa praça.

" ALTOS "


Pedro Santos Guerreiro, Director Executivo do " Expresso " é um caso exemplar de analista político-económico, que à sageza profissional acrescenta uma disponibilidade ético-política que se reflecte na assertividade das suas opiniões " expressas " semanalmente. Um desmascaramento límpido que ao olhar subjectivo e comprometido acresce a racionalidade ( Razão + Ética ) sobre as circunstâncias do real com que se confronta.
A realidade lusa tem -lhe oferecido muitos cenários de análise e a maturidade com que os aborda, é, para mim, notável, num tempo de " manhas e falsos prestígios... )
BRAVO!


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PARTIDO SOCIALISTA


António Costa, líder oposicionista à coligação governamental portuguesa, parece trilhar um caminho de solidez propositiva no que às incontornáveis " promessas "eleitorais o seu programa TEM de projectar, num distanciamento necessário das políticas seguidas pelo Governo PSD/CDS.
A circunstância, por aqui referida, do paradoxo político da prática socialista dentro de um sistema que a combate e renega sem alterar os pressupostos que definem e defendem a sua manutenção em oposição declarada às idiossincracias que a querem subverter, será um nó- cego que estaremos aqui a ver como será desatado.
É que, na minha opinião, a Democracia deixou - se aprisionar nos limites que um sistema económico lhe impôs, em nome do fim de História e da avalanche globalizadora da circulação, sem controlo do Capital, com mais - valias obscenas na exacta proporção da pobreza galopante da maioria da população planetária.
Um abcesso purulento, potenciador das pulsões naturais, julgávamos nós, extirpado pelo Iluminismo, e que hoje ainda nos agride e regride a concepções medievais da harmonização do Homem com a sua natureza animal.
Uma armadilha a que só uma ruptura concepcional, política, pois claro, dará satisfação.
Como, entrementes, a Ruptura ainda não atingiu o ponto de rebuçado, os alibis pragmáticos da política ocidental relembra - nos que " uma andorinha não faz a Primavera " e... faz - se o que se pode.
Não é assim a Vida, afinal?

" BAIXOS "



O ex - D.D.T. ( dono disto tudo ) fez, em tempos de glória, inadevertidamente, um auto - retrato de si e do sistema que lho permitiu, numa proclamação repetida e interiorizada por todos os DDT's ainda não desmascarados, e que dizia singelamente o seguinte - " O CAPITALISMO É UM SISTEMA AMORAL ".
Deixando de lado o absurdo do conceito " amoral " pela sua vacuidade ético-intelectual, as consequências da interiorização do despautério moral só podia, num quadro de pragmatismo racional do citador, originar um medonho edifício de irresponsabilidade onde os pruridos éticos se resolviam com atirar com o dinheiro para cima do " barulho " dos mais renitentes.
Hoje vai - se conhecendo, dramáticamente, como se fazem fortunas e como se compram silêncios, pela voz dos MEDIA ainda não corrompidos pelo sistema. E já são bem poucos, infelizmente...
Ainda bem, mesmo assim.

POLÍCIA DE CHOQUE




O braço armado do poder civil envolveu - se em escaramuças com os cidadãos, em Guimarães e em Lisboa, nomeadamente durante os festejos da conquista do campeonato nacional de futebol por parte do Benfica.
Confesso que têm sido raros os casos onde a ausência da Polícia de Choque e Assalto, nomeadamente em grandes manifestações de massas em concertos musicais e políticos se tenha sentido pela negativa. Pelo contrário, em quase todas as situações onde aparecem tem havido bronca. Porque será? Catalisadores de agressividade?
Em festas de celebrações pacíficas, como as que houve no ano transacto e seguramente com os mesmos protagonistas que lá estiveram este ano, como também estiveram nas exéquias de Eusébio precisam mesmo da presença de um Corpo de Intervenção cuja função é, objectivamente " malhar " a eito, sem olhar a quem?
Querem - me convencer que o papel deles é proteger?