sexta-feira, janeiro 30, 2004

COMPAIXÃO

Em tempos escrevi por aì que a única particularidade que nos distingue dos nossos companheiros (os outros animais) neste planeta é a nossa capacidade de sentir compaixão.
Só esse sentimento por si e pelos outros,criado por uma emoção genuína,espontânea,que brota do fundo da nossa essência humana é capaz de nos fazer sentir como um todo pertencente à mesma espécie.

Foi isso que nos aconteceu com a morte em directo do Fehèr.A visão da partida de um jovem que,sorrindo à vida,feliz e despreocupado,foi avassaladora para todo o Homem que a presenciou e nos esfrangalhou por dentro.
Esse sentimento colectivo reconciliou-nos,por quanto tempo não sei,oconnosco e com os nossos semelhantes através do desemparo do jovem atleta.Essa é força da Compaixão.

Nos momentos seguintes,alguns dos nossos semelhantes quiseram até à NÁUSEA,com imagens repetidas e irrepetíveis prolongar a nossa dor por cima do asco que aos poucos nos invadia,desenobredecendo o que tinhamos sentido.
"Os Celestes disseram:"Que haja um espaço no meio das águas e que ele separe as águas das águas."(...) E assim foi.(...) Segundo dia.

GÉNESIS I, 6 a 8


O processo de precipitação das águas das núvens sobre a terra demorou mais tempo do que tínhamos previsto.Era necessário evitar que a Terra se transformasse num imenso pântano e tornasse impossível a vida dos bípedes hominídeos que,entretanto à vista da luz do sol se aventuraram a sair das suas cavernas e espalhar-se pelo planeta.
Entretanto era necessário estabelecer uma base na Terra.Grandes tarefas nos esperavam.Os hominídeos seriam de grande ajuda assim que os condicionarmos para esse efeito.Ainda é cedo para nos darmos a conhecer.

O cientista meteorólogo providenciaria um micro clima na zona que escolhemos para a instalação da nossa panóplia científica.A nossa base chamar-se-á ÉDEN.

domingo, janeiro 25, 2004

"Os Celestes disseram:" Que haja luz!" E fez-se luz. Os Celestes viram que a luz era boa e separaram a luz das trevas.Os Celestes chamaram à luz "dia" e às trevas "noite".
Houve uma tarde e houve uma manhã:primeiro dia"

Génesis I, 3 a 5
2160 anos se passaram ao fim do "primeiro dia".

O material trazido a bordo da nave Deimos foi de grande utilidade no apoio a Fobos (a nave mãe).
As nuvens opacas que cobriam Theos 2 (demos-lhe este nome em homenagem ao nosso planeta natal) foram dispersas e de novo a luz e o calor da estrela amarela banham o planeta.Regozijámo-nos com o resultado.
As condições inóspitas do planeta à data da nossa chegada foram alteradas,e comunicações de quase toda a galáxia de Theos inundam os nossos sistemas de comunicação com felicitações pelo êxito.