sexta-feira, junho 07, 2013

INFERIÇÕES TARDIAS...

Patéticos os descontrolos que a " salganhada " herdada dos USA e dos seus criminosos exercícios neo - liberais pós - crash 1973 e a mais recente hecatombe, estão a provocar na UE.
A resposta encontrada para a subida do preço do petróleo foi a desregulação financeira e a livre circulação do capital financeiro com os Estados, em demolição, no papel de observador neutro da liberdade dos " doers ".
 Como foi possível a interiorização cúmplice de tanto cinismo e de tanta malfeitoria? Não pela fé no controlo da natureza humana e no seu bom -  senso, certamente.

A " receita " dos memorandos de resgate ( arrepio - me sempre que me vejo perante o significado dessa condição... ) está hoje a ser posta em causa com um atraso assassino de dois anos.
Os resultados negativos que começaram a surgir na Grécia, da sua aplicação acéfala, tiveram por cá - NÓS NÃO SOMOS COMO A GRÉCIA,... lembram - se? mesquinhos arrufos com a comparação, dada a nossa incomparável capacidade de encaixe e fé nos salvadores ungidos, Gaspar e Coelho.

A única razão por que o FMI se está a descolar da receita prende - se com a inevitabilidade de renegociação das dívidas e a previsível perda de biliões por parte dos seus investidores.
 Atirar o odioso da situação que ameaça sériamente a economia da zona euro para cima da Comissão Europeia visa únicamente salvaguardar Lagarde, já que de facto não houve erros mas sim uma estratégia e uma agenda troikiana que foi longe de mais.

Rasgadas hoje em Portugal as vestes da convicção, o Governo já não prevê, espera que..., atitude mais do que prudente onde as decisões vêm de fora e onde a dúvida substituiu a Fé como ideologia de resgate. Vem tarde, pois na fé perdida é mais fácil, quando assim tão abalada, partir para a descrença do que para a retoma.

Que fazer? Não a manutenção do laissez - faire, laissez passer, já que se tem revelado mais um campo de biologia que da Política. O que é bom para... confesso que desconheço os alvos compatíveis..., não o é, como a realidade reiteradamente nos ilumina quase até ao desvario, para as comunidades SAPIENS, como os bosquímanes o sabem.
Uma nova abordagem, não grandes teorias de intervenção, que faça com que a Aldeia Global o venha a ser, com pequenos passos de coesão sociológicamente efectivos que permitam e orientem a teorização económica, financeira, educacional e política no sentido de uma harmonização pacífica na espécie.
Chamem - lhe um metassocialismo ou um socioliberalismo, como queiram. O que interessa será o conteúdo que universalize o conceito e o pacifique.

Uma nova UTOPIA precisará sempre de uma sistematização que só a Educação dará lastro e continuidade que permitirá assolar o CINISMO POLÍTICO monstruoso que deu à luz no século passado e que ameaça eternizar - se.

INTELECTUAIS DE TODO O MUNDO, UNI - VOS E MEREÇAM OS ATRIBUTOS QUE VOS TITULAM! IDEIAS PRECISAM - SE!