sábado, julho 02, 2011

CATANORTE



Esse será o nome da Região sonhada por algumas luminárias do Norte do País que têm a Capital Lisboa atravessada na garganta. Desmantelado o mito de " capital do trabalho ", destruído aliás por
uma classe empresarial leonina e rapace que levou a sua população à miséria, ao mesmo tempo que, através de caciques desportivos, culturais e boçais, alimentava o ódio aos " mouros ", viram - se, derrotado definitivamente o projecto regionalista, para a criação de um partido do Norte.

Se não fosse a lástima de ver, também no Poder Central, o tipo de representantes do Norte que se perfilam, o seu provincianismo bacoco, a sua ronha, estaria tudo bem. É democracia, não é?... Ou corporativismo disfarçado e mesclado com títeres testas - de - ferro?

E por que não um partido do Centro, outro do Litoral, outro do Alentejo, outro dos Trás - os - Montes e outro da Brandôa, outro do Sul e finalmente o de Lisboa e o dos imigrantes?


Força aí nisto e não se esqueçam de afastar o Rui Rio...


PS: AHHH ! GALINORTE também não estaria mal...

quinta-feira, junho 30, 2011

VOTO CONTRA, evidentemente...


Parafraseando Russel direi que " um desacordo inteligente é sempre preferível a uma concordância passiva "... E, sim, sou contra este governo, sou contra o seu programa e sou contra a ideologia que lhe está, grosseiramente, a definir - lhe o rumo e sou contra esta sociedade éticamente insane e refém do mundo financeiro.

Estive na praça Syntagma ontem como estive, estou e estarei em todas as praças do planeta na luta pela Liberdade dos povos, pela sua maioridade e autonomia e pelo regresso da Política à sua direcção, livremente sufragada.

Hoje quem governa Portugal, ancorado e legitimado trimestralmente pela Banca internacional, fá - lo sob um ultimato inaceitável que cedo ou tarde acordará este povo, bovino, como já foi apodado a seguir o que outros vão encetar - a resistência e o repúdio de uma idiossincracia nórdica que lhe é genéticamente estranha.

Fosse eu mais novo e não estaria aqui sentado, a criticar também a cobardia física e moral do conformismo intelectual do Ocidente, se não o principal culpado da Decadência, por lhe estar na origem, mas pela traição à sua própria condição.

" Ver claro é não agir ", linfatizava Pessoa sobre uma metarealidade que Hoje de tão concreta e sentida por milhões de almas cheira a demissão e burocratização intelectual.
Em cada dia que passa sinto - me como aquele anarquista que à chegada a qualquer país perguntava - HÁ GOVERNO? ENTÃO, EU SOU CONTRA!