sexta-feira, fevereiro 23, 2007

BENFICA... e os equívocos de F. Santos

" Ao intervalo sabia que o jogo ia mudar " - F. Santos

É claro que o jogo iria mudar já que só um cego não veria o subaproveitamento do melhor jogador do plantel - Simão - na ocupação de um espaço que não é dele e a exercer uma função onde as suas características de desiquilibrador se perdem.
Se o treinador não tivesse emendado a mão, não mereceria treinar o Glorioso.

Tudo mudou quando os jogadores ocuparam os lugares que são deles e as coisas se tornaram fáceis.
Espero que lhe tenha servido de lição para o futuro.

Nesta equipa do Benfica parece-me por vezes que o plantel é mais ambicioso do que o seu treinador. Valha-nos isso.

domingo, fevereiro 18, 2007

Da natureza humana...


A aquisição de conhecimento sempre foi um processo doloroso pelo trabalho intelectual que ela exige. A alegria que lhe devia estar associada tem-se tornado, nos dias que correm numa angústia irrepremível devido ao desconhecimento do destino e utilização a dar-lhe.

A responsabilidade social da tomada de consciência que deriva do saber, associada a um sentimento de impotência, " malgré " a denúncia, está a criar um mundo esquizofrénico quando não cínico na aceitação do relativismo exacerbado do real.

Ao " O MUNDO É ASSIM " conformista e abúlico, os intelectuais estrebucham na sua inacção vegetativa.
Que saudades dos surrealistas!!!

Dentro desta deriva e vazio existencial com a inércia a funcionar de locomotiva não admira o quase fascínio pelas guerras que por aí se travam em nome da IDEOLOGIA, entretanto morta no Ocidente. Religiosas até ver, mas portadoras de uma convicção que não deixa espaço à relativização de conceitos e valores. É essa força ideológica nos outros que nos confunde, atordoa e sobreleva uma espiritualidade perdida que não foi preenchida por NADA.

Entretanto, só a proximidade da Morte, olhos nos olhos. ainda consegue libertar-nos por breves instantes do estupor. Nada demais para os que com um clic apagam a angústia e para aqueles conformistas da inevitabilidade. Para aqueles cuja carregada culpa existencial se resolve no gozo que a sua estupidez lhe permite da visão da desgraça alheia a solução dos problemas está na alarvidade.

É evidente que hoje estou em dia-NÃO.