sexta-feira, abril 16, 2004



Mudando de rotação...

Há perguntas que teimam em martelar-me a cabeça.Para começar...

Quais são os Países árabes que defendem a democratização para os seus países?

Quais são os Países árabes muçulmanos sedentos da libertação das suas mulheres e ávidos dos "benefícios"de que hoje gozamos só possíveis em sociedades livres e democráticas tais como a prostituição, a pornografia como educação social da nossa juventude , a criminalidade galopante e triunfante e a religião tratada como um epifenómeno descartável e maçador das consciências.
AH!....mas há o voto o sacrossanto voto, panaceia admirável capaz de lavar todos os malefícios da incultura, miséria e servilismo.
Eu tenho por mim que serão estas "franjas" da Democracia que os árabes não querem.

De Platão a Aristóteles , Moisés a Cristo, Locke a Rousseau, passando por Hitler e Estaline, retivemos ensinamentos decisivos que moldaram o nosso carácter e a nossa maneira de ver o género humano.
A democratização europeia não levou 200 anos a formar-se como apressada e arrogantemente pensam algumas administrações americanas.Toda a História Europeia fez-se em busca de uma maneira saudável e livre de convivência entre os homens. Pelo meio havia sempre o HORROR à espreita.Foram séculos de sofrimento e de aprendizagem.
A HISTÓRIA ainda não acabou nem precisa de ser refeita. Falta melhorar a nossa democracia e só então ela poderá cativar outras maneiras de ver. Até lá não temos nada de saudável a exportar a não ser produtos.


INCOMODIDADE


Essa parece ser a nova palavra no panorama político ocidental.

Incomodidade,segundo os partidos da oposição,para o 1º Ministro Português,cujas certezas de há um ano--armas de destruição massiva,calendarização da solução Iraquiana,apoio popular aos invasores,etc,etc,-passíveis de se tornarem uma mais -valia em tempo de eleições e de apertos orçamentais.

Incomodidade para Mr. Bush,que vê o terreno fugir-lhe por baixo dos pés,sem tempo de compensar os fazedores da sua eleição na distribuição de um espólio que teima em fugir por entre os dedos.

Incomodidade para o senhor Aznar,simbólicamente corrido do poder,cujo Delfim derrapou antes de montar o cavalinho...

Aparentemente só o Mr. Blair,herdeiro de uma história diplomática notável,vai fazendo pela vida com mais sucesso que os parolos compagnon de routte.
Começou a tempo uma enorme e bem aconselhada operação de remendar os cacos,pela velha Europa,pela ONU,pelo Irão,(as voltas que a vida dá).Louve-se o esforço depois do erro,enfim.