terça-feira, janeiro 28, 2014

RICOS E POBRES

DO CHOQUE AO BRANQUEAMENTO

Foi publicado um relatório da Oxfam dando conta das disparidades da distribuição das riquezas das nações pelos seus cidadãos, à partida, os seus criadores, por intermediação ou directamente, para ser " discutido " na reunião dos países mais desenvolvidos do planeta no Fórum de Davos.
O relatório diz - nos que 85 multimilionários detêm tantos recursos como a metade mais pobre da população mundial.  CHOCANTE !

" Eu também fiquei chocado, porque o número é de choque " - estremece H.Monteiro no último Expresso e passa adiante no segundo seguinte, camuflando com os SIM...MAS... condescendentes com que os confortáveis nesses estado de coisas justificam as aberrações civilizacionais.
E atira - nos à cara, a nós onde o CHOQUE não deixa espaço para justificações penitenciais de um MAL objectivo e obsceno cuja actividade benfeitora de alguns desses " criadores de riqueza !!!??? " em prol dos pobres, verberando a má - fé desses relatórios - No geral esses relatórios ocultam - nos esses factos -  , chamando a atenção que o mal não está na existência de ricos mas sim dos pobres,  como se fosse uma normalidade aceitável que, por exemplo, o sr. Carlos Slim, cujos rendimentos anuais são suficientes para pagar o salário ANUAL de 440 mil mexicanos tivesse alcançado com o toque de Midas, em lances geniais o que conseguiu se o sistema que lhe permitiu esse desiderato não fosse o que é.

O mal não está, não estaria na existência de ricos e pobres, o mal está NO sistema que permite e milita em prol dessas enormidades factuais, na existência desse sistema de vasos comunicantes de um só sentido.

Não há nenhuma inversão da natureza das coisas com que as compassivas esmolas dos mecenatos tentam branquear o seu carácter essencialmente injusto junto de almas sensíveis como a do sr. Monteiro, com sucesso, pelos vistos, que consiga esconder a irracionalidade e a desumanidade desalmada dos factos.

No meio das demagogias fáceis, às vezes é preciso pensar diferente, é o conselho que a falta de convicções e moralidade instrumental merecem