sábado, maio 17, 2014

QUERO SER COMO ELES...

...QUANDO FOR CRESCIDO...


Almada Negreiros, glosando a despreconceituosa latitude do indígena luso para com os parceiros sexuais, verberou a imagem cantada do fornicador de mulheres de TODAS as raças e do desvirgamento rácico que a mestiçagem produziu no peito da mátria nacional.

Foi mais uma tentativa desolada de explicação da matrix pátrea do antes a depois dos Descobrimentos.
" Perdido por cem perdido por mil ", a palavra de ordem mobilizadora da debandagem nacional, organizada pois...., da pobreza sem futuro de então terá sido esquecido pelo fervor patriótico do poeta.
Como mestiço, duvido da análise redutora de Almada e falo, naturalmente em defesa própria, o que não abona muito como argumento, mas.... adiante.

De Aquilino Ribeiro, Antero de Quental, Jorge de Sena que não Pessoa, activamente embasbacado, mitológico e místico, passando por Camões e a sua visão épica do feito e por arrasto dos sujeito, o sentir do carácter nacional provocou, ao longo da História mil perplexidades, à mistura com auto - culpabilizantes sentimentos de repulsa e conformismos atávicos, que o fado menor bordeja.

Se um povo se deveria rever na sua elite, a emulação que essa antevista exemplaridade deveria consagrar estaria no mecanismo de ascenção social, económica, que a Democracia prometeu a troco da contenção da conflitualidade que o individualismo biológico, o natural ( posto entre aspas... ) transporta.
Acontece que, quando a elite ( conceito vazio, hoje... ) se vai formando no exemplo da que a vai precedendo, em acumulação económica e financeira rapaces e intransigentes partilhas das riquezas nacionais, corporativamente entrincheirada e ética, quando não moralmente ausente, objectivamente anti - patriótica e anti - social no seu sentido racional, e não penitencialmente caritativo, ( não, ainda não li os livros do Louçã... ) só pode multiplicar, por um lado o conformismo do desprezo consciente e passivo e por outro lado a revolta impotente e  não - violenta ( democrática, chamam - na... ) que a urgência da frustração de se sentar na mesa dos Grandes contém.
Em Portugal persiste uma " inveja " que nenhum sentimento grande, como o ódio por exemplo, eleva da mediocridade que os mitológicos " brandos costumes ", caucionam fundo na alma lusa, para lá da ocasionalmente barulhenta e auto - compensatória pulsão para a acção que a consciencialização cívica de alguns exige e deveria potenciar.

Extrapolando genèricamente para o universo político, alavanca simplificadora de ascensão de mediocridades, generalizemos, pois, essa realidade bisonha e triste vai - se mimetizando, de geração a geração numa caracterização sentida, deplorada e... aceite pela maioria da sua população.

Se as opiniões se formam e apesar da sua aparente diversidade, vital ou programática, continuarem a beber do substracto liminarmente arrivista que a emulação elíptica, pseudo - elilista, ética e moralmente incipiente, vai formatando de geração a geração, não passarão de aquisições e mensagens de como os babuínos se deveriam comportar, para sobreviver, no mundo dos sapiens. E como tais deveriam ser tratadas por uma racionalidade não captiva.
O controlo, através das políticas de educação, da saúde, da justiça, pelos representantes dessas opiniões faz o pleno na naturalidade que se quer política, e não BIOLÓGICA quando desmascarada, contrabandeada pela contenção exigida pela democracia à TOTALIDADE individualizada.
Individualismo à solta dentro deste monstruoso edifício burocrático como proclama a democracia liberal é um embuste, que uma protecção assegurada a seu tempo, pelas Forças Armadas, pela Polícia, pela Plutocracia assegura, por ora.

Dentro desse universo concentracionário, a Sobrevivência apela, naturalmente, ao mimetismo.

Quando for crescido quero ser como eles...

E não há esclarecimento que resulte quando se aceita que  o Faz o que eu faço e não o que digo seja a mensagem vencedora na exemplaridade faceada pela elite nacional.

quinta-feira, maio 15, 2014

TAÇA EUROPA



                                                            UM ECO DECEPCIONANTE



 Mais uma final europeia perdida inglóriamente pelo Benfica.

As circunstâncias que levaram a este desfecho foram várias e começaram a definir -se nas meias - finais pela eliminação do Juventus, com penalizações ao Enzo e ao Markovitch, sendo o primeiro o melhor jogador do Benfica nesta temporada.


Ter sido a melhor equipa em campo não bastou e a hostilidade da equipa de arbitragem também não ajudou; mas o que ditou a derrota foram os falhanços individuais e, a espaços, colectivos da equipa.

Seria injusto o registo individual apontado a jogadores que tantas vezes definiram victórias na fantástica época deste ano.


Venha a Taça de Portugal!