sexta-feira, dezembro 11, 2020

A ERA DA SOBREVIVÊNCIA...

... Quando associada à Era da Ignorância militante, Charlatanismo e Metafísica pretensamente religiosa, em denegação da Ciência, dará, inevitávelmente, frutos venenosos.

A reflexão, bombardeada pelo dilúvio de informação, minto, de dados, dá o passo à sensação básica e, numa hipótese benigna, à percepção elementar, como guia comportamental da espécie.

Decadência física que a exposição a um vírus elementar atesta, e intelectual que o advento da I.A. sublinhará.

A massificação genérica do século XX " envelheceu " o tempo e o espaço da formação de elites e criou uma amálgama sincrética, ruidosa, petulante, de "sábios " e " especialistas " do Todo.

Os dedos tímidos da dúvida e interrogação do Real, levantados, então, na busca de respostas são hoje abafados por uma vozearia trompeteira e desdenhosa. O mas titubeante, esmagado por proclamações definitivas. O critério da verdade, completamente atomizado pela relativização e perspectiva, saltou da Ciência para as certezas uterinas e machadadas varonis de cada um(a) dos portadores de voz, esfuma - se e torna- se irrelevante, à medida de cada olhar, de cada fôlego, de cada " achamento ".

COVID 19

Descobrimo -nos cívicos ou submissos? Dos estados de emergência ao lento soltar das amarras, que novas configurações mentais, sociais, individuais se formaram durante este exercício que perdura?

sábado, outubro 17, 2020

SOMOS TODOS ANARQUISTAS? GOOD.

 DA OBEDIÊNCIA...

O que é " obediência " num Estado democrático?

Numa ditadura não escolhemos quem tem o direito atribuído e o dever acordado de nos pedir ou exigir obediência; num Estado democrático, nós, os cidadãos, é que escolhemos, dentro de uma configuração legal existente ou criada, a que e não a quem, devemos obediência.

Haverá desobediência legítima ou leis ilegítimas em Democracia? Quando é que o o Contrato se desfaz? Dependerá, temporalmente, de Quem nos governa?

Se a Política procura a liquefacção das individualidades, inamovíveis ontológicamente, em prol da maioria, toda a racionalidade volitiva posta ao serviço de si própria, corre o risco de, como avisou V.Ferreira... " A Razão é um elástico. Vê se consegues não a esticar muito para não rebentar ", rebentar contigo e com os outros.


quarta-feira, outubro 14, 2020

LAMENTO...

... O MEU SILÊNCIO

As minhas reflexões, sobre tudo, estão completamente contrabandeadas pela Covid2. Irritantes e irritáveis, censuro - as em amargor. A minha desilusão, passado quase um ano sobre o evento, inunda toda a nossa Civilização tecno - científica, a braços com uma desumanidade em crescendo.

Continuarei em silêncio..., por ora.

domingo, setembro 20, 2020

A PUTA DA CONJUNTURA...

... NA NOVA(?)CONJUNTURA

Costa Gravas, no seu filme " O Capital ", pôs na boca de um banqueiro inescrupuloso, venal e oportunista, quando interpelado sobre o seu futuro no pântano moral que enfrentava, após decisões malignas que afectaram milhares de cidadãos, a proclamação definitiva - E agora? Agora 
é com a puta da conjuntura - foi a resposta.

A actividade da Banca é amoral dizia Ricardo Salgado o ex-DDT do país e a Conjuntura é o resultado das decisões, individuais, colectivas, nacionais, internacionais, institucionais e governamentais das nações representadas nas suas lideranças. Nebulosa e indefinida serve sempre de escape e alibi desmoralizador ao que foge do controlo. Hoje chamar -se - ia SARSCOVID 2? Falso..

Em Democracia, a última e decisiva palavra deveria estar nas decisões individuais do cidadão eleitor, no que ao sentido de mudanças reais no universo da sua deploração política e repugnância cívica lhe concerne.
Acontece que o sistema, que os regimes democráticos contemporâneos sustentam e mimam, numa protecção feroz dos privilégios que o regime, à cautela, vai introduzindo subreptíciamente no tecido legislativo e judicial, principalmente neste, parece imutável, por mais " alternâncias " reparadoras a suceder no topo das hierarquias dos Estados. ESSA É A PUTA DA CONJUNTURA.

( a cont. )

segunda-feira, setembro 14, 2020

PRESIDENCIAIS

BARALHAR O JOGO?

Daniel Oliveira congratulou - se, e eu também, com a candidatura da socialista Ana Gomes à presidência da República portuguesa, cargo hoje ocupado pelo político conservador de Direita, Marcelo Rebelo de Sousa.
Conhecidas já as palavras do primeiro - ministro António Costa, secretário - Geral do P.Socialista, rendido já à evidência da vitória do actual presidente à reeleição, sem lhe mencionar um apoio explícito, urgiu - se conhecer pelos militantes socialistas qual seria o candidato do partido a apresentar - se às eleições, cumprindo uma " burocracia " partidária de sempre. Debalde...
... pelo que Ana Gomes, farta de esperar pela definição oficial, lançou a sua candidatura pelos militantes não seduzidos pela hipótese não - hostilizada de Marcelo.

Baralhou o jogo? Pelo contrário e Costa agradece.

Quando é que o interesse individual passa a ser colectivo, logo, político? E quando é que o interesse político se torna individual, logo, pessoal?
Fácil seria, como o fez D. Oliveira no Expresso de 12/9, classificar como interesse individual, o silêncio tácito, táctico, POLÍTICO, essencialmente político, de A. Costa face às presidenciais, ao ter esvaziado o conteúdo ideológico que Marcelo eventualmente pudesse exercitar no segundo mandato.

Por outro lado, mutatis mutandis, poder - se - ia assacar a Ana Gomes um impulso " meramente " pessoal, individual, numa disputa já decidida pelos portugueses. Seria injusto, naturalmente,mas a agenda eleitoral de Ana Gomes e do candidato do Chega acabam por se tocar na de Marcelo em zonas intratáveis, cujas definições fazem parte já do imaginário português - Liberdade e Democracia.
Diferentes, pela clareza estampada, serão as posições do candidato do PCP, João Ferreira e do Bloco, MarizaMatias, políticamente ideologizadas e marcadamente programáticas.

Baralhou o jogo? Não o creio, tornou - o mais transparente.

sexta-feira, agosto 28, 2020

NADA, MAS TUDO A VER...

 ... COM " A ESTRATÉGIA DO BUFÃO " de F. Louçã...

... um excelente ensaio dado à luz em 15/8 na Revista do Expresso.

Da velhice do Pensamento contemporâneo, porém , não se vislumbra uma pista de reflexão à altura do seu chão, quanto mais das suas elevações, projectáveis ou projectadas, queixava - me por aqui.

As respostas que o Pensamento do século XX pôs à disposição de uma modernidade que se auto-reclamava de um novo élan, entre tropeções, quedas e elevações,  estariam, hoje, caducas e esvaziadas da sua credibilidade, tal as sucessivas marés de cinismo e relativização dos seus princípios. E, aparentemente, parece que, pendurados sobre o abismo num ensimesmamento existencial sem retorno, estaremos a cair num " sonambulismo da Razão " perante a " bufaneidade " dos novos intérpretes do Poder e a nova religiosidade imposta pela Cibernética.

Bufões, chamou Louçã à nova safra de dirigentes políticos que à luta pela reforma ou eventual derrube do sistema, capitalista, para o caso, responderam com a exigência da reforma ou eventual derrube do regime, para o caso, democrático. E bufanismo à sua estratégia de conquista e manutenção do poder.

A nova pandemia surgiu como uma oportunidade de reencontrar um apoio firme sobre o qual assentar uma humanidade em crise que se quer transformada pelo acontecimento.

Olhando com sobranceria exigível para as lideranças que nos abraçam, umas, e embaraçam outras, assalta - nos um irresistível pavor perante tanto dislate civilizacional. E uma pergunta atormenta - nos os dias - Se foi a Liberdade, essa intangibilidade godotiana, que nos trouxe até aqui, com que nova autoridade e arbítrio nos tirará do poço para onde ameaça atirar - nos, de novo? Com um novo início? Aterradora essa contingência.

O barbarismo larvar, comum de todos, está aí à espreita por parte dos que, da Civilização, desconhecem ou negligenciam a sua fragilidade e equilíbrio periclitante, que o diáfano peso do novo Corona atestou com contundência, em progresso.

Pelo que, ao ressentimento, ódio e divisões, mentiras, malícias, sacanices, convocados pelos novos bárbaros, a lavrar num espaço de sociabilidades virtuais , nunca, a não ser por uma militãncia tão feroz como o seu despudor, poderia funcionar nesse espaço, hoje quase deserto, " um lugar natural de criação de sociabilidades... ". Daí, esse sentimento de ameaça já não latente, mas real.

Impossível combater a intolerância com tolerância e evangelismos. O Estado democrático ou é forte ou néscio.

quarta-feira, agosto 19, 2020

SOLTAS...

AUTORITAS, NON VERITAS FACIT LEGEM

Será verdade que é o intérprete e não o texto que dita a Lei?

TRUMP
BOLSONARO
ERDOGAN 
SALMAN
LUKASHENKO
PUTIN
DUTERTE
XI
KIM
MADURO
etc... etc...

Quantos de nós não teremos sentido " a náusea física directamente sentida no estômago e na cabeça " do Bernardo Soares e essa " sufocação do vulgar "com que o gesto e a voz de alguém nos agride?

Qual a característica comum, qual a nota estridente que nos atordoa a interpretação desses intérpretes?

segunda-feira, julho 13, 2020

PRESIDENCIAIS e... outras coisas

ANTES DE TEMPO?

Ainda há tempo mas não deixo de concordar com aqueles que pensam que o Partido Socialista deve apresentar um candidato às próximas eleições presidenciais em Portugal. Que as boas relações institucionais, que não políticas, globalmente positivas para a estabilidade governativa, não lancem no esquecimento a área política e partidária conservadora do presidente Marcelo, que partirá para essas eleições como um vencedor antecipado.Terá a votação da Direita, a oposição do Bloco, do PCP e , do CHEGA, que lançou já na corrida como candidato daquela agremiação, André Ventura,
um aspirante a caudilho de uma Direita esvaziada no seu ideário, incaracterizada pela anterior liderança do CDS.

Marcelo foi e está a ser, formal e institucionalmente, um presidente correcto, um bom presidente no quadro político anterior e , por enquanto, do novo, marcado pela crispação partidária que o governo minoritário do PS vai estimulando.
 Acontece que, da desconfiança latente que a Esquerda, genéricamente lhe devota está a emergir um apelo à apresentação de uma candidatura própria a temperar os tempos de antena deixados, até agora às oposições do governo e do P.República.

Perante o posicionamento pessoal e político de Pedro Nuno dos Santos, Ministro socialista,a enjeitar o apoio ao actual presidente de Direita, Marcelo R. de Sousa, nas próximas eleições presidenciais, choveram críticas e reparos por ter, oh céus, transformado uma eleições " burocráticas " numa escolha ideológica.

Vejamos... Marcelo é tudo menos um burocrata, é um político encartado da cabeça aos pés. Nada garante que o passado recente de colaboração institucional com o PS, direi melhor, com o Primeiro - Ministro António Costa, não venha a sofrer alterações, que a mundivisão ideológica do actual presidente fácilmente justificaria.
A Ideologia não tem nada a ver com o exercício de cargos políticos? Bullshit!

A contenção tem como alvo o futuro de Marcelo, não o seu passado recente. E aceita - se.

sexta-feira, junho 26, 2020

sábado, junho 13, 2020

CENTENO, pois claro...

O POLÍTICO


MÁRIO CENTENO deve estar a olhar com um orgulho não disfarçado as demarches parlamentares no sentido de obstar a que seja convidado para exercer o cargo de Governador do Banco de Portugal.

Uma votação negativa, ad hominem, procura a Oposição de Direita e do partido dos animais ( PAN) contra a competência, nunca posta em causa durante os mais de mil dias que exerceu, com brilhantismo, o cargo de Ministro das Finanças de Portugal com resultados espectaculares e como presidente do Eurogrupo, com não menos aplausos.

Porquê esse ataque? E não quando, pelas mesmas razões de compatibilidades, foi designado como presidente do Eurogrupo. A UE confiou na sua imparcialidade ética, nós não?

Num país de " manhas e falsos prestígios " como causticou o poeta, seria bizarro que outro, por razões outras, naturalmente políticas, viesse a ser designado. Não faria sentido.

quarta-feira, junho 10, 2020

USA -UM IMPÉRIO FALHADO II

INSANIDADE

Entretanto, muita coisa aconteceu no "Império ", com o assassinato filmado de Floyd, um cidadão negro norte americano, às mãos, melhor, pelo joelho de um agente da polícia em longos angustiantes oito minutos. Morreu sufocado.
As reacções perante um acto de uma cobardia atroz, com a abjecção da satisfação estampada na cara do patife assassino, foram globais. Ninguém, exceptuando o actual presidente dos USA, terá ficado indiferente à barbárie. E a violência reactiva explodiu por todo o país. Nada de novo, dir - se -á, R.King foi há pouco tempo e nada mudou nem mudará.

Os USA, no mais profundo da sua natureza, originária e actual tem no seu imaginário, político, social económico, uma cultura de violência.
Sobre o assunto, nada como os retratos de Chomsky, Oswald Winter e Michael Moore, para compreender o porquê da perigosidade de um país fracturado e que se desconhece olímpicamente.

Nunca, na sua história, o sistema foi posto em causa ou sequer discutido.O tumulto universitário dos anos 60 mais não foram que uma tentativa de actualização que não de revolução.

A pandemia voltou a pôr a nu o absurdo da deificação da liberdade individual num sistema armado até aos dentes para dela se defender.

segunda-feira, junho 01, 2020

USA -UM IMPÉRIO FALHADO

AI AMÉRICA...

Diz-nos a História que só houve Impérios com a ocupação e imposição de espaços e pensamentos de liberdade restrita. Fora disso houve nações predadoras, recolectoras, durante o tempo de manutenção e apoderamento dos recursos naturais do território ocupado.

Toda a história dos Estados Unidos teve por base, desde o seu nascimento até hoje, este pensamento e essa acção predadora sobre o mundo, visto como um vasto campo de colheita em prol dos seus naturais. E tem isso como um direito natural que a sua formidável capacidade de intimidação sublinha com contundência.

A linguagem, o discurso, foi sempre a Libertação, quer quisessem ou não, dos povos, das outras maneiras de ver e sentir a sua Liberdade e o seu legítimo e natural direito de escolher as suas crenças, as suas idiossincracias, morais, religiosas, sociais e económicas.

Pensamento Único e a sua Globalização insane pelo planeta. Aos resistentes, o infortúnio, sob a forma de bombas e violentas guerras civis, estimuladas pelo saqueador.
Nenhum, mas absolutamente nenhum presidente americano pós IIGG, deixou de seguir essa cartilha, escrita pelos fazedores-de-dinheiro dos USA. É a política oficial, totalitária, consequentemente.

Com Trump, o refinamento dessa matrix tem sido bloqueado pela mais errática e inconsequente narrativa discursiva e volitiva sobre esse desiderato do " Império ".
Se de uma estratégia política se tratasse, esse isolamento agressivo e militante, face ao exterior, da actual Administração, com o reforço musculado da Presidência por sobre o Congresso e a Câmara dos Representantes, com o slogan nacionalista por fundo - Make América Great -, enfim..., mas desconfio que foi a incompetência cognitiva, cultural, social e política do actual presidente face aos actuais líderes mundiais, a marcar esse isolamento.

( continuaremos...)

domingo, maio 17, 2020

DA LIBERTAÇÃO FÍSICA...

... AO CONFINAMENTO MENTAL

De uma regularização libertária urgente a acompanhar o novo pathos, solto das REGRAS que o desconhecido impôs, atiremo - nos ao sol e à Vida.

Que corra tudo bem.

quarta-feira, abril 29, 2020

INTROSPECÇÃO

GRUPO DE RISCO...

...é uma nova categoria onde cidadãos como eu, um veterano de setenta e três anos, foram acoplados.

Por ora, atiraram -me a uma necessária, se não tardia reflexão sobre a morte.Tudo bem, gosto de um bom debate. Haverá tempo de contar como acabou, o debate, naturalmente.

terça-feira, abril 14, 2020

DE VOLTA...



... À CAVERNA?

Enfrentando os nossos demónios, enxotados outrora pelo desassossego vertiginoso de um tempo que andava mais depressa que o Pensamento, deparámo - nos com as antigas sombras deixadas no tremular da fogueira.
Como tem sido encará - las neste dia - a - dia que se repete sempre igual numa paisagem, também ela petrificada no silêncio e solidão?

Dantescas ou venturosas, tudo o que sai da imaginação do Homem será realidade um dia. No fim de contas, mais não não serão do que memórias antecipadas.

sexta-feira, março 27, 2020

PANDEMIA VIRAL

COVID 19

Há uma ironia trágica, se não intencionada, pelo menos pressentida, na deflagração deste novo surto epidémico e a sua implacável disseminação, quase geracional.
Adivinho -lhe os contornos e o riso escarninho mas temo enfrentá - la nos limites da racionalidade, que o seu assombro me atira à demência.

quinta-feira, março 19, 2020

AUSÊNCIAS NECESSÁRIAS

UM TEMPO DE IMEDIATISMO

Acções, mais acção preventiva, que o ataque é sério.
O desafio com que a comunidade humana vai testando a sua fragilidade e a sua perenidade, opondo - lhe o AINDA NÃO decidido, está aí e tem um nome, que será a palavra mais repetida no século - Covid19.

Virá o tempo de reflexão e as perguntas e as respostas serão totalmente novas e se não o forem não teremos aprendido nada.

terça-feira, março 10, 2020

COVID19

PANDEMIA DECLARADA...

...E um assunto demasiado sério para me imiscuir. Pouco importa, inclusive para mim, a minha opinião e a de outros.
Oiçamos os cientistas e as autoridades e a nós só nos resta obedecer. Para os auto - proclamados especialistas, a surdez.

Quanto aos oportunismos políticos, olhos abertos e ouvidos espetados; estaremos cá para os ajuizar.

sexta-feira, fevereiro 21, 2020

EUTANÁSIA

APROVADA...

... A lei que descriminaliza a morte assistida, no Parlamento, ontem.

Houve debate, houve elevação que baste à discussão de um tema tão melindroso numa sociedade de cultura católica, como Portugal.

Os contrabandos, inseridos malèvolamente na discussão, não obstaram a que, individualmente, os parlamentares de todos os partidos expressassem o seu livre voto às cinco propostas de lei apresentadas que serao aprimoradas e sintetizadas numa Lei única, contemplando, esperemos, sem a desvirtuar,o sentido comum de todas as propostas - a descriminalização.

Sem querer entrar numa análise aprofundada sobre o sentido de voto expresso, negativa e globalmente, pelo Partido Comunista Português ( PCP ) e pelo Centro Democrático Social ( CDS ) contra as propostas apresentadas, acrescento que, em relação ao Partido Comunista, só uma reacção histórico/defensiva explica a sua resistência a leis consuetudinárias.
Quanto ao CDS, a sua matrix político- conservadora reserva - lhe a resistência ditada pelos cânones do Vaticano, portanto dogmáticas que cheguem na unanimidade sem reservas mentais, pelo menos.

Estão,como partidos políticos, no seu direito à unanimidade que exigem. Lá não há dúvidas, se não,abstinham - se.

domingo, fevereiro 09, 2020

TWITEMOS,POIS...

ORÇAMENTO DO ESTADO

Pouco a acrescentar ao que já foi dito excepto isto - UMA NEGOCIAÇÃO - sempre foi, sempre tem sido e assim continuará, pelo menos no quadro de minorias parlamentares nos Governos.

Feira de Carcavelos para o Comendador resume, ao fim e ao cabo a projecção e a percepção mediáticas do que se passou na Assembleia da República, quando o mais imortante passou - se fora dela. Um jogo político necessário que nenhuma pré-pejoração consegue desmerecer pós-aprovação.
Pelo menos, em Democracia, será assim.
O foguetório mediático-partidário é coisa outra e também faz parte do processo.
Até ao próximo.

APANHADO NO TWITTER

Soube no Twitter @chartersazevedo ( um aceno cordial ) que " a APPLE torna iPhone antigo maislento, a AMAZON apaga livros do Kindle, a TESLA desliga sistema de condução em modelos vendidos em segunda mão... tudo sem consentimento dos donos dos devices... " sem reacção que se veja.
A ser verdade, o trumpismo está a exacerbar coisas muito rasteiras, para simplificar, no mundo dos negócios americanos.
Se forem métodos de enfrentamento, assim para a chantagem, da pujança ameaçadora do 5G chinês, veremos nos próximos tempos.

LIVROS

SAPIENS .- de Harari, escritor judeu e História mítica do mundo de Jonathan Black, comprados para ofertas de Natal, resolveram ficar cá por casa. Infelizmente, terão de esperar que acabe outros na lista de espera.

TRUMP/PELOSI

Lastimável espectáculo deram o presidente dos USA e o presidente da Câmara de Representantes no discurso do estado da Nação.
O simbolismo foi... avassalador e está a coroar, juntamente com a cobarde demissão republicana, ao impeachment de Trump, o estado do Estado e da Nação.
A democracia americana juntar - se - à, pois, aos regimes que dantes combatia. No mínimo, bizarro e triste.

segunda-feira, janeiro 20, 2020

SORRY, FOLKS.

NÃO DESERTEI.

Acontece que, fiel à minha curiosidade militante pelo sapiens, derivei -me, por uns tempos, a explorar outros territórios de expressão dos seus medos, anseios, crenças, mitos, ignorância, aversões e... grosserias - o TWITTER.

Confesso que tem sido apaixonante, de cara descoberta, ver, ouvir e sentir todo esse sincretismo, sentimental e emocional que se pode ajustar às palavras trazidas até nós, por transmissão directa ou por reencaminhamentos.
Nenhum juízo de valor me permiti ou me permito accionar enquanto por lá aparecer, como também não mos permiti por aqui. Reacções, provocações, sinceridade total e... nula alarvidade a que um ou outro empático palavrão não desmerece nem anula.
Ah, a história de acumular " seguidores " parece ser à partida, se emulante, uma meta, que não a " iluminação " directa ou indirecta por quem pode.
É evidente que generalizo, apoiado por uma percentagem esmagadora da abordagem. É tudo mau? é claro que não; aprendemos a decifrar manipulações, fakenews, trollices e mentiras descaradas. Ah, e lavagem cerebral, pelo menos na sua forma benigna e insinuante, contrabandeando disposições ao universo das ideologias.

Racionalidade? Honestidade intelectual? A espaços.
Um ZOO fabuloso de que passei a fazer parte.

PS -Para curiosos da espécie como eu, estou lá como CATCHASS1.

quinta-feira, janeiro 09, 2020

TANCOS, COSTA, LOPES, ALEXANDRE

VEJAMOS...

" AH, no fundo como eles estão prontos para compelir a expiação, como anseiam pela oportunidade de ser carrascos. Existe entre eles uma pletora de homens vingativos disfarçados de juízes, cujas bocas segredam continuamente a palavra " justiça " como uma saliva venenosa, com lábios sempre apertados, preparados para cuspir sobre qualquer coisa que pareça satisfeita e diga o seu caminho com boa disposição. - Nietzsche, A genealogia da Moral