sexta-feira, agosto 01, 2008

NÃO HÁ VOLTA A DAR - LHE...

Só a falta de resultados desportivos de monta é que nos mantém na " toca " a par do afastamento das porcarias que têm enfeitado as glórias alheias e as demissões de outros...

Acontece que somos a referência obrigatória da qualidade efectiva, propalada ou sonhada dos outros, dos chamados grandes, dos assim - assim e dos minorcas e se esse farol ajudar os outros, com trabalho honesto, com talento e desportivismo a alcançar o estatuto que possuímos MAIOR será o nosso contributo e mais GLORIOSOS nos sentiremos.

Eusébio, Chalana, João Pinto, Simão, Rui Costa, Petit, eventualmente Katso, Luisão, a todos tratámos bem à entrada e à despedida e agradecemos o contributo que puderam dar à nossa grandeza.
É a nossa diferença e a nossa nobreza.

E viva o GLORIOSO! SEMPRE, com ou sem Champions.
CAVACO FALOU...

Nós somos a nossa história e o percurso que nos moldou e molda o carácter, as convicções, os valores e as cumplicidades cola - se - nos, por vezes, em momentos pueris, em cargas reactivas tão desproporcionadas que denunciam a matriz que nos enformou e as directrizes que projectamos.

Aparentemente, digo aparentemente porque não acredito em acasos, a comunicação " institucional " do PR ao país traz água no bico...

Para lá das razões e legitimidades que lhe assistem ao cargo na interpretação das leis a promulgar e sobre as quais terá sempre opinião, contrária ou não, sabe que a constitucionalidade das mesmas é aferida,em caso de dúvida,pelo Tribunal Constitucional e a sua promulgação é obrigatória uma vez " libertas " por esse mesmo tribunal.

Bastas vezes essa " conflitualidade " eventual foi dirimida sem dramas e sem "solenes " avisos à navegação.

O que terá levado o PR a trazer à praça pública a " ameaça " dos Estatutos dos Açores quando sofreu ainda há pouco tempo um enxovalho contumaz do líder da Madeira, recorrentemente apontada como deficitária em termos democráticos, e não abriu o bico?

Fico por aqui porque não vou querer cometer uma injustiça na análise das intenções sobre as quais, por agora, intuo o alcance.

Manter - me- ei atento aos desenvolvimentos...

segunda-feira, julho 28, 2008

MAIS UM POUCO DE SOCIOLOGIA BARATA ou...

Porque não gostam de nós!!!?

A nação cigana, assim como a judaica, a árabe ou a africana na diáspora têm, instintivamente, do conhecimento derivado da prática do seu relacionamento com os autóctones, a noção do paternalismo que a sua condição de imigrante cria na maioria habitante, pela " medição " dos afectos e empatia que produzem pela sua aproximação ( integração ) ou afastamento ( reserva ) dessa maioria.

Em algumas situações, são essa minoria a alimentar esse distanciamento devido à manutenção expressa da sua identidade cultural, protegendo-a das contaminações indesejáveis de costumes liberais que entram em choque com as suas tradições.

A haver respeito mútuo sem a imposição abusiva dos costumes do país hospedeiro, essa dissonância sentida subliminar e efectivamente pelos imigrantes gregários ou nómadas, esse racismo, social principalmente, que atinge tudo e todos na manutenção de identidades, nunca aconteceria.

Confinados a um espaço onde a prática de actividades universais despidos de conotações culturais e identitários que propiciariam o convívio respeitoso e o conhecimento mútuo, a tendência será sempre o isolamento e territorialidade a par do reforço da diferença a um ponto tal que a tensão provocada cria espaços para a marginalidade cobiçosa dos bens que a urbe distante oferece e hostil às outras minorias ocupantes do mesmo espaço e quiçá portadoras do mesmo objectivo.

Essa marginalidade sem identidade ( e é assim que ela deve ser tratada ) só poderá ter uma resposta -a policial. A sociedade deverá, em democracia, ter a mesma resposta para os fora da lei.

A inversão paternalista para a criação de " complexos de culpa " em relação ao desvio social de respeito devido a todo e qualquer cidadão, é simplesmente patético e perigoso, até porque esses marginais SÃO UMA MINORIA AMEAÇADORA dentro dessas minorias e dentro da maioria que somos todos.

É claro que existe uma responsabilidade do ESTADO para todos os que do seu apoio real necessitem, porque da compaixão burguesa, cínica, mal cheirosa e grosseira até os sem abrigos fogem, na manutenção do único bem não contaminado que possuem - a sua liberdade.