sábado, maio 31, 2014

COSTA(S) SEGURO (AS)?


                                                             BATALHAS ANTONINAS

P.S.
Para o caso, do qual sou totalmente alheio, culpem o Google, o tamanho das imagens reflecte a realidade dos personagens políticos em presença.

Já disse por aqui o que penso do Seguro como líder político; não vou escavar ( Oi Sócrates!...) mais este buraco, por ora...
Espanta - me sim que A. Costa e seus apoiantes, naturalmente, só hoje se terem dado conta da " fraqueza " política, que não buropartidário, do hoje secretário - Geral do P.S.

Em Novembro do ano passado seria o timing exacto, atempado, para confrontar convictamente a liderança provinciana de Seguro ( preconceitos aristocráticos, diz João Soares... ). Pois, sejamos preconceituosos, quando a incapacidade de lidar com variáveis tão dependentes e voláteis como o voto desmerecem todo o tipo de futurologia que uma liderança inconsequente  cauciona.
Hoje, quando a indignação e a desconfiança generalizada pela moleza da Política perante a Plutocracia, esse anacronismo histórico e civilizacional que às elites se auto-justificam, se desfragmentam pelas margens nem sempre virtuosas da Democracia, resolvem actuar.
Por mim, e espero enganar - me redondamente, já vão tarde. A realidade política, europeia e nacional estilhaçou - se e difícilmente serão possíveis os consensos possíveis concernentes à formação de um governo de maioria absoluta ou de coligação com a Esquerda. E... há uma realidade nova e chama - se Marinho Pinto.

Conseguirá A.Costa, se conseguir derrotar o aparelho partidário do P.S., blindado por Seguro durante o seu tempo de reflexão, e se o conseguir irá a tempo de levar aos portugueses ao conhecimento sobre a TOTAL ignorância das suas propostas políticas de Alternância?

NÃO SE PASSA NADA ( 2 )

Quando se apontavam os riscos para a Democracia para os quais a política europeia, ainda hoje teimosamente estúpida e autista, nomeadamente na última década, prefigurava, a invariável resposta que os " instalados " social, económica e intelectualmente, produziam, reduzia - se ao - NÃO HÁ ALTERNATIVAS - à história acabada, presume - se.
Em Portugal, atingiu - se o paroxismo autista com uma coligação de Direita a alargar com empenho servil o buraco que lá fora a Comissão Barroso, o BCE, a mando, não há como esconder, da senhora Merkel,  abria na construção de uma Europa Comunitária. 

A realidade, a outra que subterrâneamente, nem tanto assim, fugia à interpretação da BURROCRACIA, desabou com estrondo sobre o que ainda resta da Utopia europeia, com o resultado das últimas eleições europeias.

Reacções? Circunstanciais, como as do ainda presidente da Comissão Barroso, autocráticas como as da chanceler alemã na reiteração/imposição do burrocrata da Austeridade, Juncker, imune à recomposição do Parlamento Europeu,  alarves como as do Farage da UKIP e asininas como as dos Pen. 
Nenhum discurso europeu, de vencedores ou vencidos se elevou da mediocridade política, o que não foi de estranhar no panorama bisonho que engendrou esta nova safra, corrupta e éticamente transtornada pela Plutocracia.

A serpente já pôs o OVO...

terça-feira, maio 27, 2014

DAS ELEIÇÕES EUROPEIAS...

...AO  FALHANÇO DA " BURROCRACIA "...

... E DO TRIUNFO DA DEMOCRACIA. ..

... O resultado proclamado pelos cidadãos foi um monumental bofetão à Europa merkelizada e ao desplante e cinismo provinciano com que gerem a vida das nações.

Impossível não reter o trambolhão político que à Política foi imposto na fragmentação do voto e no pseudo - alheamento que a brutal abstenção poderia, em leituras apressadas, configurar.

Num continente, berço de uma civilização comparativamente exemplar pelo que da sua contribuição o planeta alberga, onde de um tronco comum nasceram as mais fortes identidades nacionais que cansadas de se guerrearem abraçaram um projecto grandioso, que a própria Cultura comum sustentaria, hoje, nas mãos de uma inépcia tão gritante que a medíocre, mesquinha, doméstica liderança contempla, a IDEIA está a ser reduzida a pó num divórcio já quase impossível de esconder entre os seus cidadãos e a sua pretendida e pretensa elite.
Os motivos que dantes justificavam as " fronteiras " conflituosas entre as nações europeias, de tão estudados e escalpelizados, julgavam - se então reduzidos, racional e políticamente, a desperdícios históricos que as guerras cessadas cimentariam na grandeza geo - estratégica do espaço comum europeu.

Hélas, eis que o que se julgava enterrado sob os escombros deixados pelas guerras familiares, religiosas e expansionistas e demenciais como as duas últimas ( não as serão todas? ) deu à costa com o protestantismo da Alemanha e dos estados do norte. Já denunciado por Gasset, o Costume de Uns voltam a ser  Juízos dos Outros e o julgamento penalizante, penitencial sobre pretensas inferioridades estão a levantar dos túmulos os cadáveres insepultos.

O pensamento global, essa aberração sustentada para rebanhos, vai ter em Bruxelas a face da Resistência.