sábado, dezembro 26, 2015

DO CAPITALISMO SELVAGEM...

...E O ROUBO ÀS NAÇÕES

Por onde param os 15 a 25 biliões de dólares nos U.S.A. e entre 13.5 a 22.5 biliões de dólares na zona Euro que se encontram fora do sistema bancário normalizado, referenciado e regulado?

Toda a gente atenta sabe que estes biliões, surripiados à economia das nações, em termos da sua introdução virtuosa e socialmente útil na sua economia,  encontra - se alhures em offshores e em Fundos de Investimento, num sistema bancário - sombra, segundo o FMI, fora dos sistemas de regulação nacionais. Um casino global que NENHUM estado quer desmantelar. Porquê? Por pura corrupção dos seus representantes, beneficiários da sua existência clandestina.


Esse Mercado paralelo de especulação financeira tem ameaçado o FMI, que vê fugir -lhe o controlo, que sobre as nações em dificuldades económico - financeiras, impunha, soberana, a sua agenda ideológica e económica, na linha dos estados e dos bancos que o financiam. Um caos venal, sem agenda e propósito que não o puro lucro, sem estremecimentos éticos ou mesmo morais, portanto imoral. Daí a preocupação, não inocente, com a concorrência desabrida.

A famigerada regulação, através dos Bancos Centrais, por ser, objectivamente, cúmplice do sistema regular, fez fugir para um pousio predador os outsiders financeiros, melhor, especulativos, atentos às debilidades que ela apresentava e por arrasto, a economia e as finanças das suas nações, debilidades essas que a sua inacção, quando não incompetência e , por vezes, venalidade, criavam.
Depois é só poisar sobre as presas debilitadas. Que o digam os estados intervencionados, resgatados financeiramente após intensa, e nem sempre subtil manipulação político-económica.

( continuaremos... )

terça-feira, dezembro 22, 2015

B.A.N.I.F.


                                                          Maria Luís Albuquerque...

... a ex -ESTRELA CINTILANTE do Governo da Coligação de Direita que foi deposto na Assembleia da República que detinha a função de Ministra de Finanças, continua a revelar - se uma política de verbo fácil mas desmemoriada e... manhosa.

NÃO TENHO INFORMAÇÃO - foi a expressão mais acabada que se lhe ouviu na entrevista que concedeu à TVI, sobre mais um caso de aldrabice generalizada na Banca portuguesa.

" Apresentámos oito planos de reestruturação ( à gestão do BANIF que tinha como accionista maioritário o Estado português representado pelo Governo de que fazia parte e à Comissão Europeia... ), o último foi entregue em Setembro passado, o que revela um grande esforço do Governo no âmbito da reestruturação do banco. Ao mesmo tempo havia um processo paralelo para que fosse feita a venda "., palavras da ex - Ministra...

Vejamos - oito planos de reestruturação - OITO! E, todos foram rejeitados. Por quem? Quais foram os critérios de rejeição sucessivamente apresentados pelos decisores? De duas uma, ou os planos foram de uma completa incompetência ou a ideia subjacente nas suas apresentações foi a procastinação irresponsável e com dolo na resolução do que, em potência, então, se deflagrou nas mãos do novo Governo, agora.

DERIVANDO...

Por mim, a decisão governamental de proteger os investidores em desfavor dos contribuintes está éticamente errada e, políticamente, será um golpe sério, a arquivar no somatório das incongruências que os alibis da salvação do sistema financeiro, farão aparecer no futuro, com consequências das quais o P.S. não se poderá furtar à responsabilidade política em eventuais e sérias fracturas com os partidos que, hoje, o apoiam.
Este governo em funções será ideológicamente diferente nas soluções dos problemas ou será uma farsa sobre a qual cedo cairá o pano.



quarta-feira, dezembro 16, 2015

PRESIDENCIAIS/SAMPAIO DA NÓVOA

                             
                                                        SAMPAIO DA NÓVOA

Está em entrevista no canal 3. Ficarão a conhecê - lo melhor e as razões porque é um excelente candidato à Presidência da República Portuguesa.

Não estão a ver? Façam o favor de ir ver, do princípio... e garanto - vos que o seu humanismo, a sua cultura, a sua visão do País vos irão conquistar. 

terça-feira, dezembro 15, 2015

O " CASO " SÓCRATES


                                             
                                                               JOSÉ SÓCRATES

... Tem sido, para mim, um manancial inesgotável de (re)conhecimentos de características marcantes das alienações humanísticas que, desde a década de 80, pontuam no universo " sapiens "; digo universo sapiens, porque global.

Racionaliza - se pelo absurdo como premissa e prossegue - se com a indução como método. A Lógica tornou - se perversa porque relativizada e os conceitos instrumentais porque escravas dos contextos.
Um pandemónio meta - racionalista que o niilismo narcísico tem cavado fundo na fragmentação da Verdade pelos estilhaços do espelho em que cada um se reflecte e se revê como intérprete.
Sintetizando, estamos no reino da Vox populi como referenciador, venal, porque deliberada e maliciosamente instrumentalizado e manipulado.

A defesa jurídica de ex - P.Ministro, José Sócrates, acusado, melhor, indiciado, de corrupção no exercício do seu cargo, teve, finalmente, ao fim de mais de um ano de indiciação, o acesso aos autos de investigação do Ministério Público e deparou - se com um VAZIO  acusatório pendurado em suposições e que parece exigir do indiciado a prova da sua inocência. Um absurdo, por inversão do ónus da prova, que compete, TEM de competir ao Ministério Público.
Espera que, sacudindo o edifício incriminatório  construído, escorra o mel probatório da existência de abelhas no interior transubstanciado em colmeia.

A premissa/sabichona - Quem queijo tem e cabras não tem, de algum lado lhe vem - ( acho que era assim o ditado... ) desembargada num despacho judicial, remete - nos inapelávelmente, estribados nas fugas de informação processual para títulos restritos dos Media, para os estremecimentos justiceiros que deram origem ao processo Sócrates.
É daqui, dessa indução, melhor, inferição, que todo o processo investigatório se quer basear.

Sócrates, o outro, não este, deve estar a rebolar - se de riso com a aplicação trôpega da sua logística ultrapassada.
Os factos conhecidos, que os Tavares, os Teixeiras, os Oliveiras, os Silvas e os Ferreiras conhecem e sobre os quais a sua mesquinhez e, oh céus!, a sua moral se desdobrou célere são estes.
O nosso Sócrates tem um amigo de infância que se fez empresário de sucesso que lhe permite ter uma vida generosa, de seu nome Carlos Santos Silva, que, sendo rico, o ajudou, após ter abandonado as suas funções públicas, a recompôr a sua vida, concedendo- lhe empréstimos pecuniários, ajudando a sua família e pagando  - lhe despesas durante as férias em conjunto das famílias. Dono de um andar em Paris, cedeu - lhe temporáriamente o uso e usufruto enquanto aí se encontrava no reatamento das suas aspirações académicas.
Fosse eu um milionário e faria EXACTAMENTE o que Santos Silva andou a fazer pelo amigo.
Quanto aos benefícios que, eventualmente, como quer fazer crer e não prova, a acusação popular e oficial contra o cidadão Sócrates, ainda estamos todos à espera de provas factuais.

Este caso está a demonstrar à saciedade e à sociedade como se fazem certas investigações em Portugal. Servirá de alerta e exemplo para os advogados de TODOS os cidadãos vítimas de uma Justiça que teima em sair dos carretos...

segunda-feira, dezembro 14, 2015

SINDROMA DE ESTOCOLMO?...

... OU... REPRESENTAÇÃO DO AFORISMO DE W. BRANDT?


Maria José Morgado, uma extremista activa do M.R.P.P., um dos partidos da pequena burguesia revolucionária e libertária que Abril deu à luz, hoje Procuradora - adjunta Distrital de Lisboa, passou, assim como o ex - Presidente da Comissão europeia, Barroso, e, valha a verdade, a maioria dos dirigentes da Extrema - Esquerda de então, pelas fases de amadurecimento político identificadas por Brandt, como uma peregrinação inevitável e normal no processo de crescimento de uma consciência política que a própria evolução sócio - económica normalizaria em conservadorismo.

Como polícia, nos cargos de relevo que exerceu e exerce na Magistratura nacional, tem sido dos mais acutilantes perseguidores dos pecadores da República, nomeadamente dos chamados crimes de colarinho branco e, pela exigência sistemática, junto dos Poderes decisórios, dada a eternidade do processamento das investigações que a incompetência e , principalmente, a falta de meios, de uma política mais assertiva contra uma criminalidade cada vez mais sofisticada. 

Na sua crónica no último " Expresso " a que chamou - O efeito da toupeira do Chiado - vergasta os idiotas úteis, como eu, por exemplo, que escudados num conceito de Liberdade que dá primazia aos Direitos, Liberdades e Garantias dos cidadãos da República, apontou armas às condenações feitas às arbitrariedades que as escutas aos cidadãos prefiguram, para os ingénuos, um abuso a que nenhum elemento do circulo próximo ou afastado do escutado escapa, para ela um método de obtenção de provas sem o qual nenhuma polícia pode funcionar.

Eu não sei se a criminalidade organizada, ou não, escuta a Polícia mas quero crer que a vigilância seja mútua. No fim de contas, justifica - se, em nome da eficácia dum e doutro lado essa vigilância.
Acontece que a criminalidade conhece a Polícia, identificável, como a Procuradora ou o Juíz Carlos Alexandre e eventualmente os polícias do bairro.
Para a Polìcia, por seu lado, TODO o cidadão é eventualmente um criminoso que deve ser escrutinado e, como os meios rareiam, ESCUTA - SE. Mais, escutam - se os vizinhos, os amigos e a famíla e, como a realidade dos últimos anos provam, o resultados dessas diligências acabam plasmados nos MEDIA.

Correndo o risco de não só ser escutado e passar por um idiota útil para os criminosos, ou daquele que " vive no pavor de ser apanhado em alguma imprevidência... " e daí as minhas reservas, uma idiotice, claro, essa de ver a vida pessoal devassada por gente sobre a qual se desconhece, de todo, o perfil moral e capacidade de julgamento, no mínimo interpretativo, que poderia exemplar um tipo de relação de confiança da e sobre os meios utilizados pela Justiça, diria que a perspectiva da Polícia, sendo global e cega, consegue assustar - me tanto, porque concreta e definida, como o Terror alarve e caótico. 

TODOS os casos mediáticos que se deram à luz nos últimos anos viram transcritos para o público os " segredos de Justiça ". E, até hoje, ninguém tem conhecimento das investigações que a divulgação desses segredos de justiça exige, como crimes que são. Alguém, porventura, foi julgado e condenado?
De duas uma - ou, por incompetência, não foi possível descobrir, DENTRO DE CASA, o culpado ou... a direcção e o alcance desejados dessas fugas de informação foram... um método adoptado, que, mutatis mutandis, ainda acompanhando o efeito toupeira, na citação de Kundera em que  " a polícia gravava as conversas dos adversários do regime e depois divulgava - as pela rádio para os aniquilar ", tornaram mais difícil a confiança dos idiotas úteis na visão simplificada e redutora que a uma percepção de Segurança, e como no FASCISMO, sacrifica o que eles defendem - OS DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS dos cidadãos.

P.S. Hoje , dia 17/12, " alertado ", sinto - me na obrigação de transparência. EU SEI o significado da expressão que deu título a este post e parto do princípio de que os leitores conhecem o passado político da procuradora, a quem, só se fosse estúpido, e não o sou, não quero de modo nenhum diminuir... A analogia pareceria, mesmo assim, deslocada, mas o seu sentido é o de uma análise política.
Quanto à invenção do aforismo de Brandt, c'est une blague, um neologismo, esse sim abusivo,  de autor. E remeto - vos a R.Carnap...

terça-feira, dezembro 08, 2015

PRESIDENCIAIS

                             
                                                             Marcelo Rebelo de Sousa

O candidato à Presidência da República Portuguesa deu uma entrevista à televisão e esclareceu ao que vinha e o que os portugueses poderão esperar dele como Chefe de Estado.

Gosto do Marcelo. Sou dois anos mais velho e acompanho a sua carreira política e o seu percurso mediático ainda antes do 25 de Abril. E gostei da entrevista e da clareza com que ela se pontuou.
Acontece que as eleições presidenciais não são um concurso de misses, de popularidade, como julgo ter descortinado na possibilidade de ter acontecido uma votação maciça da parte do feminino pouco politizado no " candidato " a Primeiro - Ministro, Passos Coelho.

A componente política dessas eleições é demasiado importante e é por essa perspectiva que também deve ser relevada. Eu não tenho dúvidas, pelo conhecimento que possuo, toda a gente, afinal, do candidato de que, a ser eleito, tem todas as condições, pessoais, culturais e políticas para vir a ser um excelente chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa apresenta - se como candidato independente e não poderia, em verdade, ser de outra maneira e o mesmo se passa nas outras candidaturas, só que, não sendo genuínamente de Direita, ela é o seu espaço original e é nessa avaliação, política, numa sociedade que se bipolarizou, que se encontrará a resposta dos eleitores.

segunda-feira, dezembro 07, 2015

ERRATA

FOI PARA RASCUNHO ATÉ SER EDITADA O TEXTO QUE ANTECEDE ESTE POST, POR UMA QUESTÃO DE CLAREZA TEXTUAL, QUE A IRRITAÇÃO COMPLICOU.
NÃO PERDE PELA DEMORA, QUE O TEMA NUNCA FOI TÃO PERTINENTE COMO NOS DIAS DE HOJE, OS DIAS DA MUDANÇA.

E, A TALHE DE FOICE, CHAMO A ATENÇÃO PARA AS REGIONAIS FRANCESAS DOMINADAS PELA FRENTE NACIONAL. NADA DE SURPREENDENTE QUE NÃO TIVESSE SIDO POR AQUI ABORDADO.

NA POLÍTICA, COMO NA VIDA EM GERAL, É UMA QUESTÃO DE DINÂMICA - ACÇÃO/REACÇÃO. E NÃO VAI FICAR POR AQUI...

domingo, dezembro 06, 2015

CRETINISMO PARLAMENTAR...

...OU CRETINISMO INTELECTUAL?



                                                       
                                                         Vasco Pulido Valente

VONTADE E REPRESENTAÇÃO...

... Ao privilégio da idade e diletância intelectual que só um conforto resguardado e snob, alimentado còmodamente pelo sistema de deslumbramentos culturais que o permite -  o do eudeusamento de manhas e prestígios, que rebeldias de má intencionalidade, enformada pela enumeração históricamente exaustiva de factos que à história do século XIX pertencem e  sobre os quais se exige, exige V.P.Valente ( ver no Público de hoje... ) e outros que tais, uma obediência programática que não adversarie as ideias feitas e cristalizadas do(s) pensador(es) que à laia de independências, inconsequentes , tecem - se loas à vacuidade inerte de uma intelectualidade que NADA traz ao progresso das condições sociais do planeta, sem uma reacção condigna da paróquia bem - pensante, uma resposta substantiva.

Continuamos ainda na Idade - Média, no que a exterioridade exemplar da Ciência nos dá do mundo uma aproximação interpretativa, para além dos narcisismos teorizados em boutades baconianas, prenhes de intencionalidade capciosa o que lhes confere uma exigência de análise ética, o que não vem ao caso, por agora...
A pretensiosa, e deslocada no tempo e espaço, diatribe do polemista/retaliador anarquista!!!??? de Direita na exigência de conformidade histórica ao pai fundador por parte do Partido Comunista Português, de realidades hoje extintas - Lenine e a U.R.S.S. é, no mínimo, caricato.
Afinal, quem ficou pelo passado, na exigência da sua emulação histórica e praxística pelos seus filhos, no caso o Partido Comunista Português, foi a reacção à mudança, representada na(s) prosa(s), naturalmente reaccionárias, dos depostos do Poder, real e imaginado.

P. C. P.? BUUUUU! QUE MEDO!!!!

sexta-feira, dezembro 04, 2015

D'A ELITE DO REGIME X

                                                     
                                                                   PAULO PORTAS

UNE BLAGUEUR

À UNE BLAGUEUR, une blague - Qu' est qu'un buisson sur une autoroute? - Un portugais qui fait du stop.

O programa do governo P.Socialista Português foi aprovado, naturalmente, na Assembleia da República pela maioria que o suporta.
Estranho foi que não tivesse sido escrutinado, ajuízado, adversariado e discutido pela oposição parlamentar da Direita que apresentou um voto de rejeição, sem que as suas opções estratégicas de curto e longo prazo merecessem do Governo deposto pela maioria parlamentar um pio sobre a validade das escolhas outras do novo governo.
Não aconteceu, porque não houve da parte da oposição da PàF ( que à onamatopeia satírica e blagueur do nome teve a resposta, em altos decibéis da Esquerda... ) uma única palavra sobre a governação, a iniciar o seu programa.

O discurso de vitimização, misto de incredulidade, com a mudança imposta pela maioria de Esquerda, e ressentimento político, foi a catarse que a Coligação de Direita faceada pelos líderes do P.S.D., Passos Coelho e do C.D.S./PP , Paulo Portas, escolheram como terapia, sobre uma inevitabilidade, que, hoje, é um facto. Há um Governo e não é da Coligação da Direita. Aconteceu Política, em vez da Burrocracia e Conformismo.

Paulo Portas, o mais antigo líder partidário em exercício, foi a Voz do " sermão " político da PàF na Assembleia, visando o P.Socialista de 1975, adversário político do P.C.P, e convém não esquecer, do PSD e do CDS, que a memória histórica tende a ser instrumentalizada nos processos de indução política, cavalgando o anticomunismo partidário de resistência contra a extinta URSS, debitou, como porta - voz da Coligação, títulos mediáticos e soundbites da década de 80, que faziam capa dos jornais de então, como o " Independente ", de que foi Director. O mundo mudou e não se deu conta.

A Coligação, apoderada e manipulada por Paulo Portas, no seu processo de refundação como partido de Direita que não social - democrata, não consegue, na Oposição, como não conseguiu nos quatro anos de Governo, por inércia, por vazio identitário ou por incompetência, um discurso de oposição política à mudança imposta.
Do que se ouviu, do P.Portas e do P. Coelho ficou o silêncio da irrelevância que a Assembleia da República lhe dedicou. À falta de substância de um discurso política e programàticamente elaborado sobrou o silêncio irónico à desdenhosa pose.

Paulo Portas, é um " gambler ", como já ouvi e reitero, por aí... e acrescento, um diletante, cujo formulário e  argumentação metapolítica, que a ocupação do espaço do Poder onde se exerceu, em obrigação, por necessidade interpretativa do discurso que emite(iu), obriga, se compraz no exercício indutivo, vagamente racionalizado, porque anacrónico e básico, da Política, fundamenta a caracterização.
Como indutivo e conscientemente manipulador, por e na enumeração dos factos que permitem a sua judicialização tout- court num universo lusitano, tão opinativo como mal informado, contrabandeia, porque consciente, as outras faces do espelho que finge não ver,  na interpretação do que pretende História Acabada.

A batota, consciente, acontece, quando as hipóteses que o raciocínio indutivo, político, para o caso, bloqueiam, (des)acontecem.

Foi o que aconteceu nos discursos dos líderes da PàF que, difícilmente voltarão a ser Credíveis. E, não preciso citar Lincoln...

domingo, novembro 29, 2015

NÁAAAAH!


ISTO É TUDO MUITO BONITO...

...ASSIM COMO A PROSA QUE O REFLECTIU, INÊS, ( ver o " I " de sábado... ) MAS A ESQUERDA NÃO PODE NEM DEVE SER ISSO.



ISTO, SIM!
E NÃO É PRECISO PROSA PARA PERCEBER...

quinta-feira, novembro 26, 2015

CAVACO E COSTA

DE COSTAS VOLTADAS



SURREAL, no mínimo, a situação vivida pelos portugueses hoje ao ouvir os discursos da tonada de posse do novo governo, emitidos pelo presidente da República cessante e pelo P.Ministro a ser empossado formalmente no cargo.

A bravata, deslocada no tempo e no espaço de Cavaco Silva foi um sinal de impotência e de azia incontida contra uma solução governamental a qual NADA pode fazer no sentido de a obstaculizar; no mínimo, vai - lhe atirando pedras enquanto ocupar Belém e, a abrir, não escondeu a frustração de voltar a dar posse a um governo socialista.

De seu a seu dono, o cidadão Aníbal teve de engolir um sapo que lhe ficará atravessado nos seus Roteiros Presidenciais.

A. Costa relembrou ao seu empossante que o Governo responde POLÍTICAMENTE, perante a Assembleia da República e não precisou de responder às considerações deselegantes, no mínimo, sobre o seu programa económico.

Eu bem dizia que vinham aí tempos interessantes...

terça-feira, novembro 24, 2015

A INEVITABILIDADE...

... SEM SOLIDARIEDADE INSTITUCIONAL


António Costa, o líder do partido Socialista foi, finalmente, indigitado para formar o próximo governo do país.


Aníbal Cavaco Silva, o presidente em exercício tentou tudo o que pôde para manter a Coligação de Direita no poder, mesmo na débil posição política de um governo de gestão a que foi remetida pela Assembleia da República. E fê - lo através das tentativas sucessivas de fragilização do acordo parlamentar negociado na Esquerda portuguesa entre o P.S., o P.C.P. e o Bloco de Esquerda.

Nos tempos que correm, os partidos socialistas europeus, embalados pelo discurso liberal e orçamentista do Partido Europeu, maioritário nas instâncias políticas da U.E., foram perdendo o que os distinguia programáticamente da Direita e, " obrigados " a lutar pelo Centrão político, abandonaram o espaço da Oposição aos, hoje atirados pela nomenclatura vigente a uma " radicalidade " que só a radicalização direitista admite o contraponto conceptual.

Não é de admirar, portanto, que os partidos que se situavam à esquerda dos P.Socialistas e que hoje reivindicam eleitoralmente o espaço vazio abandonado da sustentação de um estado Social inconformista com a acentuação das desigualdades sociais e de rendimento, leve o rótulo de radicalismo.
Foi com esta postura da sua família política que o pres. Cavaco Silva se opôs, procastinando, ao que, na Assembleia da República se decidiu, em sucessivas audições das " forças económicas e corporativas " no que já foi classificado por J.Pacheco Pereira, de um arremedo da Câmara Corporativa de má memória do Estado Novo salazarista. Curiosamente, o Conselho do Estado não foi tido nem achado nestas audições.

Finalmente, creio eu, abandonando, talvez inconscientemente, o Maquiavel dos meios aéticos do " Príncipe " se tenha aconselhado com o dos " Discursos ", já que prevaleceu o desiderato tido por justo ( ou será o inevitável... ) e democráticamente incontornável em democracias sem príncipes.
No entanto, antes de encerar as cortinas ainda houve tempo e espaço para pedidos de esclarecimentos, totalmente inviezados pelo que a Constituição outorga À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.

Freitas do Amaral decifra, numa frase lapidar, as motivações " virtuosas " contidas na resistência a um governo de Esquerda - Quer salvar a face!
ISSO tem um nome...

sexta-feira, novembro 20, 2015

MODERATOR!!!???...


... OU L'AGENT PROVOCATEUR?

Radicada no passado e daltónico perverso sobre o futuro que normalmente os leitores das folhas de chá contemporâneos projectam desde o fim do século XX, está em marcha em Portugal uma narrativa histórica, refundada e reinterpretada por uma Direita que nunca desistiu de, o sendo, fazer um ajuste de contas com o passado recente pós - 25 de Abril.

A visão, melhor, a projecção, é perversa porque, ao contrário do daltónico, só vê o vermelho e vê - o como uma ameaça, hoje anacrónica e vencida por um real que só a ainda existência dos Estados que lhe deram e mal, existência histórica, ainda existem - a Rússia e a China. E existem, poderosas e... intocáveis.
Aconteceu, neste jardim à beira mar plantado, que os compêndios escolares salazarentos marcaram fundo na geração que me precedeu e na minha, muitas almas, através dos discursos, política e históricamente enquadrados pelo real pós - II G.G. - O Comunismo é a subversão de tudo; na sua fúria destruidora não distingue o erro e a verdade, o bem e o mal, a justiça e a injustiça... -  que o sr. Prof.Dr. Salazar apregoava nos seus discursos de regime, mole e provincianamente fascistas.

O reciclamento do statu-quo mental, conformista, quando não deliberada e convictamente interiorizado pela maioria esmagadora da, então, elite do regime e pela maioria analfabeta do país, pobre, honrada, servil e temente dos poderes do Estado e da Igreja, foi uma dura prova de resignação e... penitência, com o perdão democrático e humanista a caucionar a reciclagem.

Hoje,  Novembro de 2015, a sanha anti - comunista é um eco do passado histórico transmitido por gente vencida mas não convencida das virtuosidades democráticas que Abril abriu, que sobre o passado tece, insidiosamente, dos factos, uma simplificação analítica que sobre realidades históricas que as nações que as construíram e as dissiparam, atiram - nos ao século de Occam em mirabolantes  dissertações conceptuais sobre a soberania em democracia.

A simplicidade linear e mediática, convém ter isso presente, na linha da propaganda dos " estremecimentos democráticos " da Direita representada pela Coligação governamental demitida pela Assembleia da República, que as luminárias elitistas e, curiosamente (!!!???), em consonância com os seus valores,  sufragadas em sapiências, eleitas pelo presidente da República, para sobre o País, política e maioritáriamente representado na Assembleia da República, condicionar o exercício da sua maioria a contemplar num governo por si apoiado, é uma tentativa desesperada e histérica de reduzir a complexidade das mudanças do tecido político do país a soundbites e a " pintelhos " ( desculpe lá, Catroga! ) argumentativos que lembram e fedem ao Estado Novo.

Em Democracia, o poder legislativo, um dos braços do Estado, reside NA Assembleia da República, ou seja NENHUMA lei é vinculativa sem a sua aprovação e as leis aí aprovadas obrigam o Governo à sua aplicação.
O absurdo impasse político criado pela presidência da República, que aos representantes da maioria parlamentar torce o nariz, numa procastinação displicente, alimentada pelos próceres prudenciais, a justificar o injustificável à inevitabilidade da formação de um governo estável, o contrário de um governo de gestão que, pelos vistos, parece acarinhar CONTRA o seu palavreado recorrente das urgências dos superiores interesses da Nação ( estarão  no seu juízo!!!!??? ), está a desvirtuar a função que lhe compete como garante da Constituição que jurou e que, pelos vistos, está a requerer uma nova leitura.

O papel moderador tem de começar, hoje, pelo depois e não pelo antes, seja ele o que quer que este tenha sido, como plebiscito, na cabeça e nas idiossincracias do cidadão e presidente Cavaco Silva.
Citando Renan - a existência de uma Nação é um plebiscito quotidiano - de que o cidadão Cavaco Silva, embora exercendo a magistratura que a Democracia lhe outorgou, não tem, a não ser autocráticamente, a definição.

É que a definição do Governo da República é da competência da Assembleia.

domingo, novembro 15, 2015

SNOBEIRAS E DILETÂNCIAS

O PORTUGAL PEQUENINO e MESQUINHO

Uma das mais extraordinárias constatações que a nossa nova " crisesinha " nos trouxe ao conhecimento foi que o discurso do - NÃO HÁ ALTERNATIVA - estava já em profunda interiorização prática em paragens insuspeitadas da nossa provinciana elite, dos críticos diletantes das acções da Direita portuguesa que, também pela linguagem, tomaram de assalto o PSD, radicalizando - o, à medida em que afastava do seu convívio próximo os seus militantes sociais - democratas.

Espantosamente, toda a Oposição política vai sendo demonizada, em nome de terrores que, durante a Revolução dos Cravos, ameaçava trazer ao convivio de uma elite média - burguesa, a " ralé " da sociedade representada, nesses dias, para ela sombrias, pelo P.C.P., e pela extrema esquerda radical enquanto se radicaliza o discurso e a pose mascarados até então pelo poder de uma maioria absoluta no Parlamento.
Por outro lado, quando Henrique Monteiro, no Expresso de ontem, o faz sobre uma convergência de esquerda que se opõe à bisonha realidade em construção pelo Pensamento Único em Portugal, chocado com o que pensa(á)!!!? ser uma radicalização quando não a viu durante esses quatro anos a ser construída com diligência e cumplicidades de quem agora, cego pelo vermelho, investe, diz - nos muuuuito sobre a hipocrisia e cinismo político mascarados de temperança.

Chamar de capitulação do P.S aos resultados dos acordos possíveis que um pacto de apoio parlamentar vai sustentar em caso de um governo P.S., é, no mínimo, idiotizar todos os dirigentes desse partido a quem Portugal deve a Democracia parlamentar que hoje sustenta e permite os insultos democráticos debitados pela casta dos direitinhas videiristas que  ainda se acoitam no Poder enquanto vão criando e fortalecendo um futuro rentista em caso de retirada, junto dos grupos económicos que hoje defendem e protegem, em nome do País, claro.

A evidência de que este governo demitido não poderia continuar em funções está a ser demonstrada por estes dias na selvageria, democrática, claro, com que substituíram o desprezo pelo P.Socialista e a Esquerda em geral, com o cair da máscara fascistóide com que enfrentam com arrogância e desprezo o Parlamento, assim, como o afrontamento com o Tribunal Constitucional, então, exemplam. Os discursos, nomeadamente dos líderes da Direita, Coelho/Portas estão a ser cada vez mais perigosos, caudilhistas e alarves.

As snobeiras e diletâncias de uma classe média tropista, horrorizada com a possibilidade de convívio político e social com o estrato social donde a maioria proveio têm, nos altos cargos da República e nos Media, representantes militantes dos retratos psico - sociais de uma Direita que conseguiu demolir todos os valores com que dantes se apresentava, nomeadamente a Pátria, a Família e a Ordem. 
A outra, a intelectualizada, num país abrangentemente deseducada e mantida numa ignorância servil e conveniente, a par da miséria tida como lei natural da vida, também está a sentir como uma afronta o seu impasse tropista porquanto irá sofrer, num governo de esquerda, a pressão dos que almejam uma felicidade que aquela interiorizou como sua, em exclusividade.

Toda a gente informada sabe das desvantagens de um governo de gestão. O espantoso é ver a sua defesa, contra os interesses do país, por parte dessa Direita transmontana, passe a conotação geográfica, que põe, como sempre o tem feito, muitas vezes às escondidas é certo, os seus interesses à frente do país que, hipócritamente dizem defender.

( continuaremos... )

sábado, novembro 14, 2015

TERROR

FRANÇA, DE LUTO

Jacques Bergier, herói condecorado da Resistência francesa contra a ocupação nazi, notório terrorista, dizia, a abrir o seu livro - A III GUERRA MUNDIAL JÁ COMEÇOU - , publicado em 1976, que, cito, " O terrorista que combate pelas nossas ideias é um herói sublime . O terrorista que combate por ideias diferentes das nossas é um miserável assassino. Ambos, porém, sacrificam a vida, algumas vezes aos quinze anos... "
Hoje, se fosse vivo, confirmaria e deploraria com veemência a precisão da sua projecção futurista na escalada do Terror que a cada golpe desferido contra o Ocidente parece reforçar a crença sobre uma impossibilidade que nenhuma brutalidade é capaz de banir da alma ocidental -  o amor pela Liberdade.

As circunstâncias que alimentaram o terrorismo bergiano  são bem conhecidas e também os seus alvos - o exército ocupante de Hitler. Foi uma guerra, com as armas possíveis, contra a mais formidável máquina de guerra e genocídio da época.

Sim, eu sei, hoje, um dia após o frio assassinato de cidadãos franceses, não é o tempo de 
racionalizações sobre o Terror e a sua justificação moral, mas é seguramente TEMPO de se prever com antecedência as consequências dos nossos actos e a obrigação pelos Estados  da protecção dos seus cidadãos.
Deixemos as reflexões para outra altura. Agora é tempo de chorar os mortos e solidariedade com as vítimas dos atentados desta guerra suja.

terça-feira, novembro 10, 2015

ANARQUISTA... sim, de ESQUERDA, OBRIGADO!

CAIRÁ HOJE O GOVERNO da Coligação de Direita!

A multiplicação concertada, nos Media, dos neo - Anti - comunistas anacrónicos que ainda não se deram conta da queda da URSS e vivem assombrados pela Sibéria e por novos Goulags, neste jardim à beira mar plantado, e que de súbito foram despertos da sonolência conformista com que aceitaram, digeriram e interiorizaram a BURROCRACIA política como o novo ideologismo do planeta globalizado, tem - nos dado uma imagem do país que, de intuída e esboçada a espaços por aqui, passou a ser uma certeza.

Há um país que renasceu, redescobrindo - se na sua dignidade possível, no 25 de Abril de 1974; há um outro que nos remete, pela sua abrangência vertical e transmitida, quando Poder, com o domínio da Educação como corrente de transmissão, a uma parte sensível da nova geração, adulterando a memória histórica do País.
Essa corrente, reaccionária e servil, em todos os parâmetros de análise política e social, remete - nos, pelo argumentário que, nítido, se projectou nestes dias febris, a uma Idade Media bolorenta e a espaços, racionalmente escolástica, tomasina.

O raciocínio dos neo - Anti - comunistas parte da mais simplificada operação lógica e reduz a complexidade, no caso, democrática, com proposições sobre o futuro político próximo, contingente, naturalmente, que não lhes irá pertencer como catalizadores directos, como verdades projectadas e que se fundamentam num passado tão longínquo como inexpectável.
Encontrar argumentos, políticos ou meramente racionalizáveis, baseados num acto de fé como premissa, não é pensar a realidade, como se esperaria de alguns " prudêncios " anti - comunistas, porque sim, doutros porque foi a herança interiorizada, doutros " contrabandeados " por memórias pessoais de um tempo de raiva que nos marcou a uns de uma maneira e a outros, doutra.
Todo o juízo de intenção que do particular extrapola,  40 anos depois e num campo que se quer e é, pela sua natureza, tão volátil como a Política, é temerário, injusto e intelectualmente deficiente.

O campo crítico a exercer jaz na legalidade constitucional e, felizmente, em Democracia , na legitimidade formal que não supera aquela, e no caso em apreço em que, com hipocrisia e cinismo político se afronta a formação de uma maioria de esquerda de apoio a um governo outro que não a um indigitado e democráticamente, sem apoio na Assembleia da República.
E, uma vez em posse, o seu programa e as suas acções políticas. Tudo o resto, pela desonestidade intelectual evidente, é fomentar um radicalismo estúpido que nos vai esclarecendo, aos distraídos, a essência política dessa gente que governou Portugal nos últimos anos.

AZIA, MAIS NADA!

segunda-feira, novembro 09, 2015

DANCINGH WITH THE DEVIL ( reloaded )

O MEU É MAIOR DE QUE O TEU

Está de volta a grotesca escalada, melhor, a velha escalada de exposições penianas entre a NATO e a Rússia. Esta recorrente amostragem de argumentos militares entre duas potências com capacidade declarada de se auto - destruirem é no mínimo indecoroso.

Quando a NATO começa a fazer - se ouvir por cima da Voz política ou em vez dela, a Europa, que não o destinatário das bravatas, deveria tremer de susto. Basta ter presente as consequências das suas intervenções e a miséria e o Caos que levaram aos países aos quais levaram as suas diligências humanistas.

As Forças Armadas americanas que chefiam a Nato são hoje dirigidas por dois generais, Mark Milley e James Dunford, que apostam no reacender da distanciação da Europa à Rússia, na linha de uma estratégia política militar que vem desde  o fim da II G.G., não vão os europeus estar distraídos com a crise dos refugiados.

VEJAMOS...

1) O conflito, melhor, as escaramuças que se seguiram à decisão da Nato se " encostar " às fronteiras da ex - URSS através do aliciamento da Ucrânia com a deposição democrática ( hoje todos sabemos como é que essas coisas se fazem. A imaginação não é muita e os resultados não têm sido muito decepcionantes, não é ? ) do seu presidente eleito que mantinha boas relações com o vizinho russo, um despautério, portanto. Se a coisa tinha funcionado a contento com a nova satelização levada a cabo com a democratização dos antigos " aliados " da URSS, porque não estender o domínio até às suas fronteiras próximas? Acontece que os novos poderes na Rússia, vulgo Putin, não gostaram do que consideram um abuso e reagiram, com a anexação da Crimeia, de vital importância estratégica de defesa da gulodice insaciável da Nato, vulgo USA, e armaram a dissidência pró - russa contra o fascismo ucraniano.


2) Os USA e através da Nato, os países do Ocidente, desmantelaram o Afeganistão, o Iraque, a Líbia e soltaram as garras humanitárias sobre a Síria, um aliado militar da Rússia. O Irão ainda assusta já que o desconhecimento real da sua capacidade nuclear intimida e o cerco é feito pela destruição da sua capacidade económica, levando à reacção democrática do seu povo contra os tiranos ayatollahs. A receita é tão simplória que admira que os povos ainda nela caiam. 

ADIANTE...

O resultado de tanto Bem levado às terras do  Oriente Médio batem - nos hoje às portas, cobrando - nos o Paraíso prometido, deixando para trás a terra queimada pelos salvadores entregue à resistência fundamentalista e ao CAOS. 
Por fim, a Rússia, por razões fácilmente descortináveis, resolveu prestar o auxílio devido, pelos tratados que assinou, à Síria, no combate ao Daesh e aos " democratas " insurgentes armados pela CIA para descartar mais um ÁS do seu baralho punitivo.

A braços com sérios problemas nas suas políticas domésticas que uma política austeritária agravou e sem NENHUMA razão PALPÁVEL para temer o vizinho próximo diabolizado pelo Complexo Militar - Industrial dos USA a Europa, vulgo Merkel, e agora Cameron, não estão muito entusiasmados com a abertura de novas frentes de confrontação e... têm consciência do MUITO que perderam no balanço das aventuras e cowboyadas dos yanques.
Era imperioso despertá - los para o urso esquecido e vai daí é MANOBRAS militares conjuntas e conferência em Wisbaden com os galarós emplumados da Nato a lembrar - nos que, oh céus!!!, os russos têm armas nucleares que podem varrer - nos do mapa, enquanto as da Nato são para fazer filhoses.

JÁ NÃO HÁ PACHORRA, e se a Europa, que ganhou inimigos externos à custa de uma camaradagem que ainda a levará para a cova, continuar a ser estúpida será o que lhe irá acontecer.

quinta-feira, novembro 05, 2015

CONTRA ATAQUE

UNFORGIVEN

Imperdoável será para a Esquerda, nomeadamente o P.S., o Bloco de Esquerda e..., principalmente o P.C.P. a desarticulação programática da estratégia política encetada com o fim de afastar a Direita do Poder em Portugal por longos e duradouros anos.

Qualquer tique de má - fé, na suposição de ganhos desmesurados, agora e no futuro próximo, num país " desmantelado " pelo cinismo da Direita neo - liberal e que, à boleia de menos Estado, se apoderou dele reforçando profundamente a sua influência nos Ministérios e Direcções - Gerais enquanto criava, pelas nacionalizações, lugares de chefia para os próximos nas Administrações, será aproveitada pelos MERDIA e pelos Media, onde a superioridade de representação conservadora ,jornalística e comentarista tem sido de peso, para cavar fundo a desconfiança entre a Esquerda e desfragmentar uma aproximação que, a dar frutos hoje, será uma torrente no futuro, nomeadamente nas autárquicas, com maiorias que darão o controlo das Câmaras nas mãos da Esquerda, com o poder de as pôr ao serviço das populações.

Como exemplo, basta ver a recuperação apressada dos ex - seguristas, hoje pés - de - microfone de jornalistas a serviço e o endeusamento de um refractário profissional do P.S., desafiador contumaz das chefias do P.S., sedento de mando e chefia, de seu nome Francisco Assis.
Nesses anos de apropriação da nossa Vida, a Direita e os parasitas do sistema sangraram os portugueses em proveito próprio; uns a enriquecer o currículo para outros voos perante o conformismo atávico e indiferença asinina de grande parte da população e outros a catar os restos do repasto neo - liberal enquanto os oportunistas se moviam livremente em empreendedorismos cantados pela Coligação.
Portugal deixou de pertencer aos portugueses e ainda não se deram conta disso ou então acreditam que, Pessoa que se lixe, é o seu destino.

Essa oportunidade histórica de marcar a diferença neste país outrora resgatado da vil tristeza que aos poucos estava a regressar a uma dignidade ansiada, não pode ser perdida.
Se isso acontecer a ESQUERDA desaparecerá na representação do ou dos partidos responsáveis pelo desaire, porque a deserção será catastrófica na população votante.
E, acreditem, saber - se - á a história TODA, a contada e a real.

HAJA DISCERNIMENTO, POIS, em relação aos, agora sim, superiores interesses da Nação.

sábado, outubro 31, 2015

EIS QUE EMERGEM...


Se houve e haverá uma repercussão virtuosa, na quebra do ostracismo político a que a esquerda do Partido Socialista, desde que um dos seus fundadores - Mário Soares - ao meter o socialismo na gaveta  ( limitando o espaço da sua representação interna... ) e de onde nunca mais saiu a não ser em alternância e não como alternativa como a encetada pelo actual líder do P.S., António Costa, ela já começa a revelar - se na limpeza higiénica dos aparelhos partidários, da Esquerda, nomeadamente do P.S.


                                                                     Francisco Assis

Este senhor, eurodeputado pelo P.S., opõe - se às negociações que a Comissão Política do seu partido autorizou e mandatou o secretário - geral a encetar com vista à criação de uma maioria de apoio parlamentar que consubstanciasse a formação de um governo P.S em alternativa à Coligação de Direita minoritária no Parlamento.
Até aí, tudo bem. Está no seu direito e inclusive verbalizá -lo.

O que é de todo inaceitável, uma vez emergente a sua repulsa política pela Direcção do seu partido, é combatê lo por dentro. Este não é , hoje, o " seu " P.S. O P.S. de hoje é socialista e de ESQUERDA.
Assis está no partido errado. Sempre esteve e não sabia, de maneira que a atitude política mais honesta, já que não se reconhece na matriz identitária da Esquerda, é demitir - se, violentamente. E, na volta, criar um novo partido, um PSDR(ecauchutado). e lutar pelas suas ideias num espaço hoje ocupado pela Coligação com quem preferia entender - se.
Ou então mudar - se, de armas e bagagens, mais os dissidentes do mesmo perfil, para a Oposição, aonde estarão em breve bem acompanhados.

" Criar uma corrente crítica e alternativa... " Dentro do P.S.?
Eu daria um outro nome a isso... E, se fosse secretário - geral convidá-lo - ia a deixar o lugar pelo qual foi eleito nas listas do P.S. E... a abandonar a militância, hoje incongruente.
É que a Democracia também passa pela ética política. E Assis, hoje, pela dissidência só se representa a si próprio, até ver...

sexta-feira, outubro 30, 2015

ECOS DA SEMANA

CAVACO SILVA



DO estupor ressentido do último discurso ao choque da realidade marcante do discurso de hoje, na posse do novo governo da Coligação, muita ponderação, cabeça fria e auto - análise passou pela cabeça do presidente da República.

A espaços, também se sentiu que o destinatário dos conselhos e alertas redundantes que não improcedentes, para o caso, foi o líder do Partido Socialista, eventual primeiro - ministro a indigitar se, como se prevê e foi anunciado, o governo agora em posse for demitido na sequência de um voto de rejeição da maioria parlamentar ao seu programa.

Tudo normal e dentro das obrigações e rituais que a Democracia formal consagra. Poderia ter sido assim no discurso inclassificável, então, da indigitação de Passos Coelho como P.Ministro. O registo ficou e o lowprofile agora exibido se atenua a carga negativa do outro discurso, não o apaga como demonstração  efectiva do posicionamento pessoal e político de Cavaco Silva durante os seus mandatos como Presidente DA República representante de TODOS os portugueses com uma agenda pessoal na interpretação do que representa os seus ecoantes superiores interesses da Nação.

DA PÁTRIA...

... melhor diria... da Nação.


Intriga, invejas, Mesquinhez, Maledicência, Desonestidade Intelectual, têm sido os marcadores sociais que estes tempos, que ameaçam ser de Mudança de um paradigma que aos poucos, num processo de lavagem cerebral a impôr à boleia dos medos arcaicos que a Sobrevivência, tornada em pleno século XXI um leitmotiv comportamental para os povos do Ocidente, em detrimento do fortalecimento humanista dos laços de solidariedade, harmonia e evolução social, dizia, estão a lançar sobre as nações e sobre a Individualidade.
Uma breve que não atenta análise aos MEDIA permite - nos assistir a desmascaramentos, para mim saudáveis quando transparentes, de acantonamentos sócio - políticos ( que à boleia do pantanal reverenciador do Pensamento Único aliado à Oligarquia, se mantinham à sombra de uma neutralidade pragmática, pontuada aqui e ali de umas pitadas de independência protocrítica ), que indistintamente pontuavam e, hoje às claras, no panorama comentarista do bate - boca televisivo nacional, nos pasquins e jornais de referência.
A virtuosidade das mudanças, projectadas em utopias ou sobre realidades actuais, do dia - a - dia, são sempre bem - vindas face ao marasmo contemporizador das ideias definitivas que se quer enraizar por sobre a liberdade de escolha das nações.
Até pela separação das águas que elas promovem e estão a promover, criando uma dinâmica social de tensão inseparável de uma sociedade adulta, elas continuarão a ser virtuosas.

SAMPAIO DA NÓVOA


A falta de notoriedade, para além do espaço do seu exercício profissional académico, foi apontado por aqui e por aí como um handicap da candidatura de S. da Nóvoa face aos pesos - pesados políticos que se lhe opunham.
O tempo e o modo de actuação do candidato têm - se encarregado de preencher as lacunas apontadas, então.
Há dias, numa entrevista à TVI, revelou - se e revelou - se - me, o que não tinha acontecido até agora e num contraponto virtuoso em relação ao famigerado discurso de indigitação proferido pelo actusal presidente da República, um político de fino recorte e com uma transparência notável, pela honestidade das proclamações programáticas, um candidato de peso a que nem a candidatura divisionista de Belém, e dos Media, Marcello Rebelo de Sousa, irão resistir, num universo extremado com maioria de Esquerda.

SÓCRATES


A LUTA CONTINUA...

Os adversários são de respeito e não podem ser menosprezados. A campanha contra o ex - Primeiro - Ministro do país foi, no mínimo, indecorosa, nos Media e velhaca na Justiça, até agora.
A sua libertação da preventiva, após onze meses e de dois anos de, até agora, cuscuvilhice investigativa sem uma acusação apresentada à nação e ao próprio, foi uma demonstração, tardia, que as coisas não estão a correr bem para os lados da Acusação.

domingo, outubro 25, 2015

BENFICA 0 SPORTING 3

                                                             
                                                                 NELSON SEMEDO

Volta depressa, maninho! A tua equipa, hoje não te mereceu. Foi uma equipa de velhos, a começar nas escolhas do V/ técnico.

Jesus provou, NO NOSSO ESTÁDIO, que foi dele durante tantos anos que é, de facto, um GRANDE treinador. Só tem três meses como treinador dos lagartos e... a diferença que marca, face aos adversários da Liga, tem sido... excepcional.

Costumo dizer que uma equipa de futebol é a CARA do seu treinador e refiro - me ao biorítmo do seu líder. O do nosso só poderá ser compensado no linfatismo expresso,  pela garra do teu " nervo " e doutros da equipa B. Os nossos veteranos já não têm pernas para essas lides...

quinta-feira, outubro 22, 2015

FALOU O " BOM ALUNO "...


ANÍBAL CAVACO SILVA
( presidente cessante )

O discurso de " posse " do governo do país à Coligação ultrapassou a normalidade que TODA a gente esperava, a previsibilidade institucional de indigitar a Coligação para formar governo e embrenhou - se na macropolítica de pacotilha , com o enfrentamento antidemocrátrico e anticomunista primário, dividindo o país em dois blocos que, perante o ataque a um deles, o da Esquerda, o que foi de uma estupidez a toda a prova, ( Portas deve estar de rastos perante tanta incompetência do seu chefe de facção... ) reforçará o seu propósito de afastar essa casta política que tem um Presidente da, de República que se permite e se atreve a indicar ao P.S. ( podia ser outro o partido... ) com quem deve dialogar no sentido de criar condições de governabilidade.

O servilismo " intuído " de desagrado da Burrocracia da U.E. dominado pelos partidos de Direita, marcou a comunicação do aluno temeroso do puxão de orelhas dos mestres. Lamentável a assumpção interiorizada de protectorado que o lapsus linguae de Portas banalizou no léxico político da Coligação.

É como digo - CHAVE DE LATA!

quarta-feira, outubro 21, 2015

ANTI - PRUDÊNCIO


EU, ANTI - PRUDÊNCIO, ME CONFESSO...


...E me desnudo... Prefiro Diógenes ao E. Carpenter, Darwin a Proudhon, e , hoje,  A. Costa à " Pluma Caprichosa ".

Eu, um cidadão apodado de irresponsável e que, pelos vistos, se está nas tintas, na interpretação alheia e desatenta, pela felicidade e bem - estar dos filhos, das netas, da mulher, da família, dos amigos, dos vizinhos do país, votei CONTRA a manutenção desta Coligação no governo do país por mais um dia que seja. assim como a maioria dos portugueses, com toda a sua votação maioritária nos partidos políticos que são CONTRA a  manutenção deste governo, por mais um dia que seja.
Outros não pensam do mesmo jeito e mal seria essa unanimidade dentro de uma sociedade adulta.

A Direita, unida à volta dos seus interesses de classe e de um cortejo de instalados confortávelmente no statu quo, mais os wannabes capturados pelo canto da sereia do Pensamento Unificado pelo Partido Popular europeu, reiterou a confiança no guardião - mor nacional das suas expectativas e... ganhou as eleições e o direito formal de formar um novo governo. Como e onde? Numa Assembleia de deputados maioritáriamente CONTRA essa possibilidade formal e com meios, constitucionais e democráticos de obstar a que isso aconteça sem que o derrubem ao virar da esquina, ou seja na primeira votação parlamentar.

Chamar isso um golpe de estado é de uma imbecilidade atroz que nos vai dando a medida da infecção anti - democrática que os anos de governação absoluta produziu na sociedade portuguesa.
O Partido Socialista será a cara de um Syrisa luso? Baboseira grosseira a que a sua história na implantação da Democracia portuguesa desmascara a fundamentação eivada de má - fé, que os prudêncios temerosos ( de quê, afinal? Qual será a perda? ) e liberais xuxalistas esgrimem na sua argumentação impassante.
Apaga - se a História do partido e enfatiza - se o relacionamento anti - esquerdista do passado com morte já anunciada, para atacar um presente de ruptura com pensamentos e ideias cristalizadas no hábito, na preguiça e... em mitos mil vezes ensaiados, contra a assumpção clara de uma identificação com um projecto político, social, humanista que nada tem a ver com o neo - liberalismo de pacotilha praticado pela Globalização e, entre nós, pelo provincianismo deslumbrado dos intérpretes políticos que nos governaram.

ABAIXO A COLIGAÇÃO DA DIREITA!
QUE VENHA A MUDANÇA!

domingo, outubro 18, 2015

BIG MISTAKE, Mr.PRESIDENT!

CARTA ABERTA

                                                           
                                                          José Eduardo dos Santos

Quando, pela Europa e U.S.A. se criticava duramente o Estado angolano, a braços com uma infindável guerra civil contra a UNITA, esperança democrática contra o marxismo do MPLA, ( Em África!!!??? Santa  e reiterada ignorância histórica... ) eu acreditava piamente que a História ( evolução bio - social ) faria o seu caminho, independentemente dos estados de alma e dos decretos piedosos das interpretações universalizadas sobre o particular circunstancial de cada processo histórico.

Desde que conseguisse pôr fim ao conflito armado Angola, seria obrigada, pelas circunstâncias que levaram à sua existência como Estado independente e pela dinâmica histórica que o seu passado colonial cavou fundo no seu psiquismo social, a abraçar, naturalmente, a Democracia e o pluralismo partidário. 
Por uma razão, que, digamos estrutural, a própria cópia das instituições que vigoram e exemplarizam em Democracias mais antigas, o seu funcionamento integral e interiorizado seria uma questão de templo até que, criada uma massa crítica apoiada numa média burguesia, que a acumulação/apropriação ( a corrupção foi e é, infelizmente, um elemento incontornável e presente em todo o processo e em todas as latitudes...) potenciaria, levaria à contemplação plena das suas virtualidades, só possível em Liberdade.
Uma das liberdades incontornáveis numa Democracia é a liberdade de expressão, o direito de debater, discutir, adversariar e contrariar, opiniões, políticas, e exigência de uma matrix ética a marcar a gestão dos recursos patrimoniais da nação, em proveito de TODOS.

Quanto mais forte fôr a resistência do MPLA e da sua presidência aos ventos da História, pior será para a nação angolana e para o seu prestígio, justamente ganho nos combates políticos que protagonizou no sentido de dar uma dimensão unitária e nacional a um povo díspare.

A Democracia, apesar dos erros que o Ocidente tem multiplicado pelo Globo, não se faz por decretos ou estados de alma. É um processo dinâmico e dialéctico que quanto maiores resistências à sua implantação mais se sedimenta nos seus dinamizadores já que veicula a mais importante aquisição da Humanidade - a Liberdade -  , um sortilégio que a torna invencível, a curto a médio ou a longo prazo.

Fora disso ou dentro disso, uma estabilidade que vai apodrecendo por dentro o dinamismo social que enforma qualquer sociedade adulta, aprisionando a liberdade de pensar de outro modo, merece ser demolida, ali, em Portugal ou em qualquer parte do Globo.
Silenciar vozes que exigem uma visão outra dos dirigentes do país sobre o País, é um tremendo erro político que o deveria remeter à história recente do seu país. Quanto mais cedo fôr corrigido, até porque é um erro estúpido, melhor, para Angola, para Democracia e ... para si.

quarta-feira, outubro 14, 2015

PÂNICO NA DIREITA PORTUGUESA...





O ex - presidente do C.D.S., hoje retirado das lides políticas, diz - nos no " I " de hoje, porque é que, afinal, todo este estremecimento FALSAMENTE PATRIOTEIRO que varre a Direita portuguesa e os seus anexantes oportunistas, na perspectiva de sucesso de um governo apoiado maioritàriamente pela Esquerda, esconde razões outras e essas... sim tão naturais como hipócritas e mesquinhas.

OUÇAMO  - LO...

" Entendamo - nos, senhores: há quem esteja contra a possibilidade de um governo de esquerda em nome de princípios, de convicções e de memórias vividas e há quem evoque tudo isto mas, na realidade, esteja apenas preocupado com o que vai pessoalmente  perder...

... Misturam - se hábilmente com o povo da direita e dizem inclusive falar em seu nome quando, na realidade, o que os inquieta é perderem influência, lugares, vantagens e privilégios.
Não sei se o próximo governo será ou não de toda a esquerda, mas sei que, se ele vier, poderão estar criadas as condições para que o joio se separe do trigo e o debate de valores possa regressar. Em nome da verdadeira política! " - Manuel Monteiro

AMÉN! 

...  E uma vénia ao autor pelo abuso da transcrição...

Basta ler no mesmo jornal e no mesmo dia a prosa troglodita de Carlos Carreiras, o edil da Cascais sobre o secretário - geral do Partido Socialista, António Costa, ( eu processava - o... ) para se perceber o que acima se caracterizou.
O pânico que grassa nessa fauna dos beneficiados da governação durante estes anos, cuja máscara democrática vai caindo em cada dislate, também se ancora na perspectiva, para ela sombria, de uma aproximação generalizada às autárquicas, em caso de sucesso governativo, o que levaria ao ganho de quase TODAS AS CÂMARAS do país para a Esquerda, a acrescentar à limpeza higiénica do aparelho do Estado assaltado literalmente, sem pudor, pela Coligação.

António Costa não tem nada a perder, pelo contrário, e essa provável experiência governativa mudará o País, sem deixar consolidar a lavagem cerebral veiculada pelo método e pela palavra de ordem da Direita nacional e europeia - Não há Alternativa - , para melhor. Em termos de decência programática com forte cariz humanista será UM FACTO. Só por isso vale a mudança.


segunda-feira, outubro 12, 2015

SACUDIR O PÓ...

... Da história das últimas décadas, enfrentar uma realidade que se  instalou e se vai fortificando, pela ameaça, pela chantagem, e pela cobardia política dos socialistas europeus, na arrogância do Pensamento Único que os partidos conservadores estão a implantar na consciência dos cidadãos europeus será o desafio da Esquerda portuguesa e europeia para o ano que se avizinha.

Através do domínio das Instituições e do controlo do BCE ( aparentemente neutra... ) , a manipulação das políticas nacionais, nomeadamente dos países sob resgate, teve o seu apogeu no vergonhoso e anti - democrático tratamento que foi ministrado à Grécia rebelde que ousou pensar pela sua própria cabeça.

Esse discurso da moda, uniformizador, vazio de ideias, tem arautos espalhados, maioritàriamente presentes, nos Media, hoje capturados pelos interesses que ele veicula. São os novos apparatchiks do sistema e uma primeira barreira contra a tirania das massas, que infelizmente para ele, os actos eleitorais que a Democracia exige, não permite obnubilar.

Portugal está hoje a atravessar um momento histórico singular, desde a implantação da Democracia em 25 de Abril de 1974. Quarenta anos durou um regime ditatorial a que, não há volta a dar, a cobardia nacional manteve e a espaços acarinhou, face  às extraordinárias mudanças histórico - evolutivas que o mundo estava a sofrer, enquanto definhava na pacatez do discurso unificado da mistificação salvífica da nação.

Esse será o desafio que o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português têm pela frente, pouco interessando, para já,  Cavaco Silva, Passos Coelho ou Paulo Portas. Haverá tempo de os ouvir... Pouco importa a pressa nessas conversas cruciais, sem agendas escondidas, que encetaram. O ter acontecido é, por si, extraordinário, políticamente, e demonstra que OUVIRAM o que o país lhes disse durante a campanha.

A limpeza, no sentido de clarificação identitária do P.S. e inclusivé do P.C.P. não deverá atemorizar os seus líderes, já que penso que os ganhos substanciais a obter, definirá, limitará de vez, o espaço que ainda tem sido ocupado, de um lado pelos liberais " socialistas " e do outro pelos estalinistas.
Ambos os partidos ficarão a ganhar e o país, também. A Direita ficará acantonada e sem submarinos dentro do P.S. e o P.C.P. refinará o seu, hoje, ADN democrático.

( a continuar... )

sábado, outubro 10, 2015

NOTAS SOLTAS

CAVACO SILVA

O presidente cessante da República Portuguesa acabará o seu mandato como presidente honorário do PSD, numa linha de coerência que sublinhou, a traços grossos, nos oito anos que ocupou o posto mais elevado da Burocracia da República.
Foi um dogmático, um burocrata falsamente isento, com uma interpretação sectária do cargo, na linha dos princípios que a sua área política de origem sustenta, não foi, definitivamente, um presidente dos portugueses.
No seu último discurso, após as eleições, excluiu de soluções governativas dois partidos representados na Assembleia da República, o Bloco de Esquerda e o P.C.P., representantes de uma maioria numérica que votou contra a Coligação de Direita e a sua permanência no poder, reduzindo à improcedência e infantilidade a votação dos portugueses.
É evidente que, formalmente, só poderia convidar a representação vencedora das eleições a formar governo e, na linha das proclamações reiteradamente dadas à costa ( então, a crença era que o P.S. seria o vencedor sem maioria absoluta... ) exigir um governo estável e comprometido, nas suas linhas essenciais, com o caderno europeu.
Acontece que o condicionamento da estabilidade pelos resultados importantes obtidos pelo P.C.P e pelo Bloco de Esquerda fez cair a marca e a máscara do compromisso, pelo afastamento desses partidos de quaisquer soluções governativas.
Mais um ilustre do P.S.D. a juntar - se ao ex- presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, ao fechar com chave de lata, os seus mandatos.

PRESIDENCIAIS

Marcello R. Sousa apresenta - se como um fortíssimo candidato às próximas eleições presidenciais contra o provável aglutinador dos votos de Esquerda - Sampaio da Nóvoa.
Acontece que as coisas não serão assim tão simples e lineares já que há uma bissectriz, não só política como social e de género, quer queiramos ou não, de seu nome Maria de Belém, que terá uma voz na definição dos candidatos que irão passar à segunda volta das eleições.

Aparentemente, será dada liberdade de voto na área socialista e , caso Rui Rio não avance, duvido que o faça, Passos terá de engolir um sapo catavento.

ANTÓNIO COSTA

O líder do Partido Socialista tem entre mãos as mais difíceis negociações da sua vida política e das mais complicadas decisões a tomar, em relação ao País, aos eleitores, aos camaradas do partido, à Coligação do governo e... à restante Esquerda, para não falar das Presidenciais.

O que fará com a disponibilidade manifestada pelo Bloco e pelo P.C.P ( brilhantes passos politicos... ) pela disposição de apoiar um governo socialista no Parlamento?
Quero crer que só a relação de forças dentro do P.S. permitirá, condicionará, as tomadas de posição que vierem a ser conhecidas.
De um lado teremos os liberais socialistas, como o Assis. o Sousa Pinto, o A. Galamba e o Beleza a rasgar as vestes perante a hipótese de tais companhias; do outro, teremos os históricos, como João Soares, o Ferro Rodrigues e J. Galamba a avisar dos riscos de colonização programática pela Direita, entre outros...

Veremos se a cantada capacidade do líder nas negociações e  criação de pontes irá acautelar Entre-Rios ideológicos/partidários...

E remete - se para o meu post de 26/6, sob o título - Uma Entrevista -, sobre os " fora de moda " ideológicos...

quarta-feira, outubro 07, 2015

VÃO SER TEMPOS INTERESSANTES.....

... PORQUE SERÁ A VEZ DA POLÍTICA, PURA E DURA.


E... COMEÇOU COM O DISCURSO DO Presidente da República, infelizmente...

Infelizmente, pelas mensagens contraditórias que esboçou. De um lado, " afasta " subreptíciamente a possibilidade da integração, já manifesta do Bloco de Esquerda e do P.C.P. na criação de uma maioria de apoio governamental e promove, pressionando o Partido Socialista, a formação de um governo de Direita sem apoio parlamentar que o sustente.


ENCRUZILHADA

Se o P.S. avalizar o eventual programa da Coligação de Direita, a pergunta e as conclusões impõem - se - Afinal, de que mudanças se representa, quando se propôs aos portugueses, nas eleições transactas? Que cedências à Coligação, rejeitada pela maioria da população portuguesa, está disposto a fazer?
É que a Coligação diz que NÃO QUER acabar com o Estado Social, que o P.S. diz promover e defender, mas tem criado as condições objectivas da sua extinção, nomeadamente pela descapitalização dos serviços públicos que oferece e a desmobilização dos seus funcionários, quer nos serviços do S.N.S, da Educação Pública, da Justiça, dos Transportes Públicos e da Segurança Social.

A transferência para os Privados dos recursos nacionais, sob o alibi, que a subtracção qualitativa e financeira promove, de uma suposta incompetência de gestão é uma marca tangível, mensurável, da política neo - liberal que a Esquerda combate.
A cedência/aposta de Costa numa pretensa estabilidade política num País com uma maioria contestatária dos quatro anos dessa receita e não a ruptura ideológica com o Pensamento Único dominante na U.E., nomeadamente a Austeridade, só poderá e deverá ter uma consequência política - Uma cisão dentro do partido, entre os neo - liberais socialistas e os socialistas de esquerda - .

Por mim, Costa, o Partido Socialista e os seus militantes, do topo da pirâmide ao mais humilde dos simpatizantes, encontram - se numa encruzilhada histórica - Política, pura e dura ou Conformismo e estão sob os holofotes da análise situacional retratada em Popper no " Mito do Contexto ", na figura de Richard.

P.S. - Se a estabilidade política, endeusada pelo P.R. e pela ala direitista do P.S. e demais conservadores, fosse um Bem absoluto e estimável e não relativizável à luz dos contextos, a Líbia , o Iraque e a Síria ainda seriam estados soberanos,  também à luz dos pressupostos hipócritas que põem a salvo a China, a Coreia do Norte, o Irão e a Rússia.
Aconteceu - lhes, como a nós, numa outra dimensão, estarem " fora " dos contextos do Mito e... mal " armados ", literal e metafóricamente.

domingo, outubro 04, 2015

UMA LÁSTIMA!

A COLIGAÇÃO GANHOU AS ELEIÇÕES? MAS... ISSO FOI UM CONCURSO DE MISSES?

Eu não nasci cá, nasci em Cabo Verde sob domínio de uma ditadura fascistóide que me marcou indelévelmente como um rebelde que a psicanálise apoda de vítima de síndroma anti - obediência. Sem querer entrar por aqui em explicações sobre a formação do meu carácter, que não será para aqui chamado, declaro a minha completa ignorância sobre o que aos portugueses lusos lhe definem o seu carácter.
Na verdade, pelos perto de cinquenta anos de convivência, a diferença com a maioria, protagonistas da mesma História que eu, tem sido cavada em cada decepção.
Hoje será mais um dia de lástima sobre um povo que, culpa minha, naturalmente,penso funcionar em campos de racionalidade que eu deploro com veemência.

Sendo assim, apesar da alegria que o Bloco de Esquerda me deu, garantindo - me que não sou alienígena e que não estou só nessa deploração, estou, para  gáudio da Direita que se apossou do País, em estado de choque, pela destruição, a breve passo, que antecipo já, do Partido Socialista.

Não darei, jamais, os parabéns de hipócritas à Coligação que hoje demonstrou que Portugal, afinal, é um domínio de manha e falsos prestígios.
A votação nacional que obtiverem dar - nos - á a medida e o grau da infecção.

P.S - COMO PREVISTO, A ABSTENÇÃO FOI... DEMOLIDORA E MERECE SÉRIA REFLEXÃO POR PARTE DA DEMOCRACIA POLÍTICA.

sábado, outubro 03, 2015

E POR QUE É QUE...

... OS AVISOS DO PENSAMENTO ÚNICO  NEM SÃO ASSIM TÃO ESTÚPIDOS?

NÃO SÃO EXCESSIVAMENTE ESTÚPIDOS, porque uma sociedade que, perante receitas que reiteradamente lhe são exibidas por ELE , cujas consequências sente na pele e não são nada agradáveis, e através das suas escolhas eleitorais os cidadãos  lhe poderão, eventualmente, avalizar, confirmam a justeza da sua constatação  e análise que faz sobre a natureza humana.

Perante essa realidade, só resta já a resistência intelectual, o NÃO cortante e definitivo com a bisonha normalidade dos colaboracionistas da BURROCRACIA. Isolamento ou emigração, já que a educação democrática não permite testar outras vias de esclarecimento ou desmascaramento sobre o que o analfabetismo e a Estupidez consagrada sustentam,  a não ser o caderno de MAO.

Eventualmente, a Estupidez poderia residir  por aqui, neste espaço de crença na racionalidade e na inteligência, não a natural que os neurónios e a Biologia sufragam, mas na social, cultural e humanista, se a História da Humanidade não me enfrentasse com a sua evolução.

Essa é a companhia que eu tento proteger...

Amanhã, os meus concidadãos vão a votos comigo. Espero estar bem acompanhado... contra uma Coligação BURROCRÁTICA ADMINISTRATIVA que me desassossega... e me acabrunha...