sexta-feira, novembro 22, 2013

UM AVISO...

... SINTOMÁTICO!



                                                                                                                                                                          Encenado ao milímetro, a manifestação e a escalada cénica, género Agarrem - me, se não... das escadarias da sede do poder actual traduzem, para quem quer ver para lá da espuma dos rebentamentos, um sentir latente e grave a pulsar na sociedade portuguesa.

Há limites que não podem ser ultrapassados em Democracia - reclama o Ministro da Administração Interna, chocado com o desfazer da interpretação, objectivada pela Burocracia, pela invasão da subjectividade maltratada. É o que acontece na vida real quando a LEI se desenquadra com o sentir das subjectividades maioritárias que lhe dão origem e a sustentam, minudências que perpassam, em cínicas lamentações, pelo Governo PSD/CDS.

Ou muito me engano ou esses sinais passarão em claro e serão considerados um fait-divers que uma demissão arrumará de vez...

AULA MAGNA

Palavras duras para orelhas moucas e ignorância histórica. Muita gente não gosta dos alertas do resistente anti - fascista, anti - totalitarista e do democrata irrevogável que é o Dr. Mário Soares, quando fala da tensão crescente na sociedade portuguesa e da violência potencial que ela poderá epotenciar.
Os avisos são sérios e a boa- fé evidente. Não ver, no pedido de demissão dos protagonistas catalizadores desse previsível abandono do mitológico brandos costumes dos lusos, uma consequência lógica da análise feita pelo ex-presidente e confundi - la com um apelo à insurreição civil, é cegueira autista.
Como o próprio enfatizou, ser - lhe - ia mais fácil ficar quieto, sem arriscar o lugar na história de que os adversários aziados julgam ser os benfeitores promissores, no remanso dos seus livros e de companhias mais respeitáveis, de que fazer uso da sua lucidez e do seu patriotismo.

A tendência global que os MERCADOS, hoje titulares das soberanias onde o dinheiro se tornou num Bem per se, sem correspondência com o valor TRABALHO, protagonizam, tem esvaziado, quando não encontra resistência, as instituições democráticas das suas prerrogativas e da essência das suas funções, hoje tituladas de forças de bloqueio pelos cúmplices transnacionais no topo das hierarquias dos estados. 
ESSA é a ditadura antevista por Mário Soares e por todos os cidadãos atentos, informados e... NÃO - ALINHADOS com o regabofe pseudo-liberal. Chamei - a de Democracismo e irei desenvolver em tempo a minha tese.

O atrelamento do Tribunal Constitucional à capitulação à Nova Ordem seria o fim da resistência institucional e a partir daí, será cada um por si. Só não vê quem não pode, por estupidez, quem não quer, por oportunismo, quem não sabe, por indiferença; porque os protagonistas, o Governo, os deputados da maioria, o presidente da República sabem o que estão a fazer...