sábado, março 01, 2014

TWITANDO...

Não, NÃo, NÃO!

" A questão não é a dor mas o amor.Só não quer viver quem não se sente amado " - Gonçalo Portocarrero de Almada.
O esvaziamento dos " tabus " civilizacionais que a longa fermentação dos princípios formadores da nossa identidade que tão diligente e criminosamente a Filosofia pós - iluminismo protagonizou irresponsávelmente na demolição dos valores em troca do livre e, hoje se vê, exercício da banalidade racional sem o contraponto de uma ética humanizada pelo que de melhor a espécie possa produzir na definição do certo e do errado, levou -nos à gestão do culto da Morte na subvalorização da Vida, representada individual ou colectivamente por seres vivos, onde o sapiens tem (teria... ) lugar de destaque.

A Bélgica junta - se, racionalmente, (gestão humanitária da dor, diz ela... ) à eugenia e reforça, com laivos cínicos de compaixão, o número dos países praticantes.
Uma miséria lamentável...

ACORDO ORTOGRÁFICO

Um crime lesa - Pátria e uma das mais estúpidas decisões político - académicas que me foi dado a conhecer.
Uma barbaridade a que corresponde uma particularidade exemplar de ver a Língua ser defendida aonde foi imposta à força.

FAIT DIVERS POLÍTICOS

I'M BACK!

Relvas, o desanimado, recuperou forças e enojado com o período de nojo, cobra o exercício do cargo ao amigo Coelho. A lealdade pela grua que o alcandorou à chefia soberana pesou e para encurtar conversas e amuos, com um secretismo onde prevejo a experiência das andanças pelas secretas do nomeado, eis -nos às voltas com com o doer, que o tempo é de acção.

MARCELO, O entertainer

Não é de hoje a apetência de Marcelo R. de Sousa pelos likes , hoje em voga. 
O Congresso do PSD deu - lhe a oportunidade de devolução auto - imposta de um  ego amarfalhado pelo perfil anti - presidência que o líder do partido traçou, numa caracterização que o próprio assumiu por inteiro.
Os likes entusiasmados a uma intervenção sem substância que teve o condão de rasgar sorrisos à plateia, permitiu - lhe a reconciliação empática com o partido e ... mais importante, consigo próprio.
Foi bom para ele. Para os portugueses que se calhar prefeririam tê - lo como bom comentarista é que não sei se os likes serão tão abrangentes tendo - o como Presidente da República.

PALOPS

A inclusão da Guiné - Equatorial nos Palops fará cair a máscara com que os considerandos, políticos, culturais e outros que só agora (?) estamos a descobrir que levaram à sua criação, salvaguardavam.
Uma imbecilidade que só uma soberania burrocrática será capaz de defender.

CRIMEIA

Não há nenhuma razão substantiva ( para a Nova Ordem são- nas todas..., as saídas dos seus templos... ) que obste à formulação de uma Crimeia livre de referendar o seu futuro perante as opções que os últimos acontecimentos na Ucrânia lhe apresentaram, nem históricas nem políticas; as geo - estratégicas, que não o realismo aconselhado pelo bom senso, não estarão no cerne das preocupações dos habitantes de Crimeia, onde perto de 60% da população é de origem russa.
Só a cretinice política transformará aquela região num inferno para os seus habitantes e por arrasto e contaminação, a própria Ucrânia.

ELEIÇÕES EUROPEIAS

Conhecidos que foram os dois cabeças de lista, Rangel pelo PSD/CDS e Assis pelo PS esperava - se um debate sério e credível sobre a Europa. Acontece que as agendas partidárias, mais realistas parecem querer, pelo que se ouviu dos dois até agora, desvalorizar o que SABEM que é para desvalorizar dentro do protectorado, dada a irrelevância dos contributos programáticos vindos do sem - abrigo às portas do CLUB U.E.
A pré - campanha para as legislativas já começou.

sexta-feira, fevereiro 28, 2014

HERE WE GO...

LIBERDADE, ESSA DANADA...

UCRÂNIA/ CRIMEIA

Qual a razão porque a Ucrânia liberta se recusa a libertar a Crimeia, uma república autónoma que maioritáriamente habitada e falada por russos ( perto de 60% da população ) quer regressar à casa - mãe?
Nada tem de retórico a minha questão.

Essa foi uma das decepções antevistas e os enfrentamentos esperados com a vizinha Rússia quando por aqui se referiu à justeza da luta do povo ucraniano por uma autonomia total nas suas decisões nacionais, enquanto derrubava o Poder democrático que se lhe opunha.
É - me impossível não estar de acordo, agora, com a justeza da população maioritária da república autónoma da Crimeia na assumpção da sua prerrogativa nacional de regressar às origens, enquanto a Ucrânia quer afastar - se delas.

A maneira como isso se fará vai - nos remeter a um processo cínico e hipócrita de representações psico/políticas das linguagens do Poder, no caso o poder actual ucraniano e dos seus aliados ocidentais, perante as democráticas exigências da Crimeia.

Este teatro geo - político patético com que as soberanias actuais insistem em brindar, com consequências quase sempre funestas para os povos, os ingénuos, os conformistas e os pregadores da Nova Ordem, convida - os à expectativa salivante do abrir das cortinas e do click televisivo e não à reflexão/ debate sobre o perigoso desenvolvimento que as suas acções poderão despoletar.

quarta-feira, fevereiro 26, 2014

MÁRIO COLUNA


                                                                   COLUNA ( 1969 )

Mais um ídolo carismático do Glorioso BENFICA que nos deixa...

Fica a memória de um profissional de grande carácter, cujo exemplo de verticalidade aos veteranos e, principalmente aos novatos que então demandavam o Benfica, perdura até hoje.

As minhas homenagens ao Monstro Sagrado e condolências à família e aos amigos chegados...

domingo, fevereiro 23, 2014

UCRÂNIA III

MUDANÇAS

Uma luta democrática espontânea, quase caótica, determinada, consciente dos valores em causa pelos quais valia a pena " dar a vida ", se necessário, marcou, pelos resultados ( não, não houve revolução, ainda, esse conceito que amolece os espíritos temerosos da Europa domesticada de hoje... ) que permitiu alcançar e projectar uma victória significativa de uma nação que se recusa a ser governada contra os seus anseios mais profundos, a ser controlada, mesmo nas suas decepções que um futuro incerto poderá trazer.

As reformas nunca trouxeram mudanças em nenhuma parte do mundo político, houve sempre gestão de continuidades com remendos ad - hoc, para tudo continuar, em substância, na mesma.

Na China, por exemplo, houve uma revolução, uma mudança temporária que não será sinónimo de progresso, que teve a particularidade de ser encabeçada por um Poder autocrático que teve o bom senso de saber ler uma realidade já, então, incontrolável. A assumpção/manutenção das forças armadas enquadradas pelo P.C. chinês permite o controlo virtuoso dos desvios programáticos definidos pela cúpula.
Indubitávelmente uma democracia vigiada como as são todas, desobrigou - se, pela liberdade individual dispensada ao povo, da gestão da miséria e das responsabilidades pessoais que ela, a liberdade, obrigaria e obriga aos seres livres no sentido de fazer, por ser livre, o melhor que lhes fôr possível pela SUA FELICIDADE.
Foi, portanto, uma revolução, pelo abandono, dos dirigentes e dos dirigidos de uma idiossincracia política e psicológica, vencida pela natureza humana.
Os sucessivos golpes que as utopias políticas concernentes ao estabelecimento de um mundo, ou no mínimo de uma nação que servisse de farol ao planeta no sentido efectivo de uma harmonização civilizacional que soubesse gerir a polis de modo que o seu funcionamento não desse origem às obscenas desigualdades originárias da pobreza, exclusão e fome e sem - abrigos não obstam a que as circunstâncias históricas, que não os personagens políticos en passant, moldem e reequilibrem os anseios mais profundos das nações, representados pelo seu povo.
Só a Política tem essa obrigação e só a Política a capacidade de impôr ( todas as leis são imposições... ) democráticamente as condições desse equilíbrio.
Por que não o faz? Por corrupção na sua essência e nos homens que ela promove aos lugares de decisão e... por um criminoso conformismo burocrático que mantém e sustenta o status quo.

Se à natureza selvagem do sapiens se soube controlar uma razão de força pelo esclarecimento em prol da cidade, da nação e do estado, porquê esse SILÊNCIO cúmplice sobre a incompetência e a corrupção política generalizada pelo sequestro da Democracia pelos INVESTIDORES ou capital, se assim o preferirem?
Nada digo que não tenha já sido dito ou pensado; nenhuma solução teórica teve virtuosas resoluções práticas mas o crime, hoje, é que NADA ESTÁ A SER FEITO AGORA PARA MELHORAR OS SUCESSIVOS ERROS NO SISTEMA E NO REGIME QUE NOS GUARDA, NADA!
As crises sistemáticas do capitalismo sempre foram resolvidas com injecção de mais capital pago pelos contribuintes e NUNCA com ideias outras e quando existiram foi para sufragar a não-alternativa.
O que isso senão uma viagem interminável numa rotunda sem escapatória, conceito racionalmente absurdo.

Entre duas compras de soberania representadas pela UE e pela Rússia, a Ucrânia escolheu a Liberdade, primeiro passo para futuros enfrentamentos.
Louve - se a coragem, a maturidade cívica e política e ... o PATRIOTISMO.