sábado, junho 06, 2009

ALBÂNIA 1 PORTUGAL 2

Lamentável a todos os títulos a prestação da selecção portuguesa de futebol.

Inacreditável a falta de empenho de ir à maior montra do futebol mundial por parte da maioria dos jogadores... A displicência que demonstraram durante a partida marcou o carácter de um grupo, salvo pela raiva de quem NÃO GOSTA DE PERDER - Bruno Alves.

Não me admira o processo de aburguesamento de atletas inchados de prosápia e de dinheiro para quem o estar no mundial da categoria é igual ao litro.

Não quero nem desejo sofrer a vergonha de ver esses atletas a competir nessa prova. Serão o BOMBO DA FESTA do campeonato. " Não tenho nada a provar...." é das bocas mais foleiras que tenho ouvido a alguns desses rapazes como se tivessem algo a exibir além de habilidades formais que os distinguiram em talento que não da maturidade e carácter com que se fazem campeões.

O meu reparo é extensível ao seu actual treinador cuja incompetência para gerir homens é de uma pasmosa redundância que só não vê quem ainda vive no mundo da asssociação de graus académicos com a competência que lhe deveria estar obrigatóriamente associada. Só que a realidade insiste em demonstrar a falsidade dessa asserção.


É que chapéus há muitos... Faltam cabeças onde os enfiar.


E pela do Queirós já passaram muitos sem proveito.

continuando...

... e a propósito de Cavaco Silva e do BPN, o seu silêncio, bárbaramente confundido com dissimulação e confirmação de NADA, e que não foi mais do que uma reacção de asco que eu também sentiria no lugar dele, à ofensa contida no questionamento, alguém que o meteu no mesmo saco dos POLÍTICOS, sim, desses oblíquos que é para os distinguir do resto, tem o arrojo de dizer hoje, no mesmo jornal que, cito,...

" Eu tenho o maior respeito pelo Presidente da República.... mas sobre as acções que Cavaco teve na SLN, não tenho quaisquer desculpas a pedir, pelo contrário. " - Henrique Monteiro - Expresso 5/6/09

Mas que raio de respeito é esse?

Dizer que se tem respeito a alguém e em seguida perguntar - lhe se é velhaco diz mais de quem pergunta, neste caso, do que do interpelado.
Quem não percebe isto é porque lhe falta o que o outro possui.

PERSPECTIVAS - da importância da informação/ deformação dos Media

Da sacrilização dos direitos individuais perante o Dever colectivo derivou toda a doença incurável de que sofre o sistema que deu origem ao regime democrático no Ocidente.
A enumeração fastidiosa das mil e uma sondagens à opinião dos cidadãos europeus sobre o funcionamento das instituíções democráticas de cariz político, económico ou cultural atesta pela sua negatividade o mal - estar reinante.

Algo está podre no regime e ninguém quer apontar o dedo da denúncia na sua origem quando o cheiro provém de todos os lados...

As " excepções " , tidas como a credibilização de Tudo - a liberdade lato sensu a que se associa a famigerada liberdade de expressão, não resiste sequer, sem fragorosa queda, a uma análise mesmo que superficial.

O êrro na sacralização do mediático, por exemplo, deriva da falta de cultura, racionalidade, bom - senso, objectividade, maturidade na sua prática que outrora nos permitiam acreditar na notícia, no comentário, aprender, em suma, a formar opinião, fundamentada em factos.

Actualmente abundam opiniões massificadas, interesseiras, dirigidas, intelectualmente desonestas num grau tão elevado que a dificuldade está em saber da veracidade do que se diz mais do que QUEM diz.
Dessa batota ( porque não denunciada internamente ) corporativa salva - se a independência rara, ( não porque dispara indiscriminadamente à esquerda e à direita, sobre o Governo ou sobre a Oposição ) credibilizada, factualizada, honesta, èticamente louvável de uns quantos, poucos, paladinos.
O panorama geral, principalmente em época de eleições é sempre confrangedor dada a teia de cumplicidades e do contrabando ideológico transportado em cada página.

Seria mais verdadeiro que os Media, em vez da independência aldrabada, impraticável, assumissem com transparência o seu posicionamento rotulado, sem peias.
Aí ao se ouvir ou ler se saberia estar a ouvir ou a ler opiniões sustentadas numa determinada matriz de pensamento.

É que do albergue espanhol, aparentemente de louvável e democrática representação ideológica, difícilmente se distingue o lacaio do nobre, a voz do dono do rosnar da indignação verdadeira.

OBAMA, uma visão outra, do Mundo e das coisas...


Aos poucos, com uma sinceridade desarmante num discurso claro e transparente, Obama tem levado ao conhecimento dos amigos e dos adversários o homem e o político.
A tónica humanista, adulta, substituíu a marca imatura com que o seu antecessor pontuava, com testículos pré - históricos, o seu miserável desempenho.
Nada de surpreendente para quem lhe viu a capacidade que as suas palavras e acções carregadas de sabedoria, ética, bom - senso, tinham sobre os seus seguidores nos USA e posteriormente na Europa e no Mundo.
O mundo árabe e muçulmano olhou -o, olhos nos olhos e sentiu a força da sua sinceridade e do seu empenho. Os efeitos, espera o planeta, que sejam duradouros e eficazes no sentido da PAZ e que a mortandade sacrificial deixe de o ser para ser vista como sempre foi - REPUGNANTE.

LUÍS CABRAL


A História, vulgo os homens que o conheceram de perto e os que lhe conheceram as acções como guerrilheiro, político e como homem, julgarão ( !!!? ) os seus actos na sua passagem.


O Estado Português não o devia ter feito com a sua ausência nas suas exéquias. LAMENTÁVEL os critérios, quaisquer que eles tivessem sido, à luz do comportamento devido em outras circuntâncias a Nino Vieira, por exemplo, para além do facto de que Luís Cabral era um amigo de Portugal. Só por isso mereceria respeito.

sexta-feira, junho 05, 2009

EFEITOS PERVERSOS...

O Presidente da Comissão Europeia - D. Barroso - ao apresentar as propostas da Comissão para superar o desemprego que fustiga a Europa, afirma ( supõe ) que " O maior receio de qualquer cidadão é perder o seu posto de trabalho " e que " não me ocorre nada mais grave, a não ser a morte de alguém próximo " ( conjectura ) e remata " É a maior tragédia pessoal que alguém pode viver ".

Eu não esperaria melhor do Burocrata - Mor de Bruxelas na defesa do sistema e do lugar.
E pronto, está dado o mote para as empresas e um aviso aos governos no sentido de, numa época de pressão social, serem pressionantes na ultradomesticação da classe trabalhadora já de si tão desprezada pela Economia e tão laboriosamente maltratada pela Política.

Ver esta crise ( mais uma para quem não lhe sente na pele as consequências ) como uma oportunidade tem sido um tema glosado à direita e à esquerda do espectro político, nos Bancos Centrais e nos aerópagos internacionais mas o sentido das soluções a encontrar e a Oportunidade a aproveitar é que não mudará.
Remenda -se o furo que provocou o " esvaziamento " como a um pneu e retoma - se o ar perdido.
Nada, absolutamente Nada se prepara, se fez e se fará, a não ser a cosmética habital, para mudar o que está na base dos falhanços sucessivos dos herdeiros do Iluminismo - a Razão sem Ética - por um motivo óbvio - quem podia e têm meios, em democracia, para o fazer não o fará já que são os principais beneficiados.

A Razão sem ética só tem um nome para isso -Estupidez, claro!

domingo, maio 31, 2009

EXERCÍCIOS... diletantes e meramente racionais sobre a Liberdade

Se na Natureza tudo é pré - determinado e tudo se passa segundo leis inabaláveis, o comportamento humano não obedece de todo às leis naturais senão no estrito campo físico da sua condição biológica.

Isso, apesar de ser TUDO, já que lhe delimita as fronteiras do possível, os limites da sua acção, remetendo - o à sua pequenez temporal não lhe marca o destino que a sua liberdade animal, proclama.

Até porque só nesse campo é que ela existe e tem o seu sentido pleno.

A outra, a liberdade cultural, a adquirida, social, política é uma bela utopia baseada numa concepção monista e necessária da existência da Civilização em todas as suas formas de ver o MUNDO, o COSMO e DEUS.

A sua pertença ao reino das probabilidades implica ajustamentos permanentes em relação ao REAL. O que tem falhado no seu aperfeiçoamento está no sentido das medidas correctivas.

A abundância de legislação tem reduzido amplamente o espaço do seu exercício quando a acção exigiria sim a culturalidade, a mudança consciente de mentalidades que só o Conhecimento sustenta e dá sentido.
Após o falhanço dos economistas profetizando o futuro em fórmulas matemáticas aplicadas à Liberdade, hoje, os únicos profetas serão os meteorologistas.
Apesar do caos que é o " tempo" ele pode ser mesmo assim teorizado em bases sólidas. Olhando para o céu, hoje, enquanto escrevo, posso afirmar com 99,99999% de certeza que não vai chover hoje.

O Homem precisa da universalidade para poder prever. A Globalização deriva dessa necessidade que só o Conhecimento permitiria a aplicação. Em vez de ter começado pelo cultural preferiu a matemática e pulsões primárias, essas sim universais mas com cambiantes que histórias únicas definiram e que têm sido desprezados em favor daquelas.

A taxa de juro pode -se mudar de noite para o dia; os conceitos culturais, NÃO!

Derivados de uma acumulação de conceitos empíricos que descrevem uma narrativa histórica e cultural única, a vida dos povos criou um universo paralelo tão válido como o do vizinho e o mesmo estupor perante a diferença.

Não compreender isso, simplificando o que é complexo deriva da estupidificação acelerada que a incapacidade determinante de interpretação de factos, dados, enunciados, textos, linguagem, o sapiens- sapiens cibernético tem dado provas.

O assustador é que a Estupidez, globalizada, é estúpidamente contagiosa e difícil de erradicar.

O irónico em tudo isto é que esta " nossa " capacidade adquirida ( já que não se encontra em nenhum ser vivo - a ignorância é coisa outra ) de ser ESTÚPIDOS vem de uma patologia necessáriamente do racional, incurável portanto pelo que lhe deu origem, crescimento e a sustenta até que....

P.S. - São 17:30 e pelos vistos, pelo que estou a ver, parece que o " tempo " quer contrariar as minhas 99,99999% certezas. Pois é! Nada é óbvio...

O SÍNDROMA DE WATERGATE

Eu não duvido da sinceridade da M.M.Guedes na sua auto-avaliação como boa jornalista e da seriedade com que leva a sua profissão. Essa convicção, associada a uma coragem evidente no confronto com o Poder, confrontando -O com a Sua incompetência, com a Sua venalidade, com a Sua corrupção, DEVERIA estar indelèvelmente associada a uma Objectividade que a sua apreciação pessoal do adversário descredibiliza.

Esse distanciamento exige uma frieza que a sua emotividade feminina não conseguirá ultrapassar. Associada a um posicionamento político já revelado públicamente, convenhamos que a " hostilidade " terá sempre de ser vista como um ataque do mesmo teor.

Por mim, que não sou jornalista, tenho a obrigação de " SEPARAR AS ÁGUAS " por mais desencantado que esteja e estou SEMPRE, com a prática política.

Mas a convicção, tão verdadeira como a de quem me " governa " é porventura menos válida do que a dos políticos. Eu tento funcionar intelectualmente ao nível do Ideal e os políticos ao nível do Real.

É evidente que há políticos e políticos e é EXACTAMENTE nessa obliquidade que os distingue que se releva o papel do bom jornalista.
Ora, a M.M.Guedes tem da Economia, das Finanças, da Saúde, das Obras Públicas, etc, etc, o mesmo peso crítico que um observador como eu e não sou nada parvo, até porque com menos " pittibullismo" era capaz de encostar muitos políticos à corda no lugar dela.

Posto isso, tenho de concordar que o panorama jornalístico tem sido uma porcaria, até porque não é de hoje que o proclamo e que lhe chegaria ter mais controlo emocional nesses confrontos com a Política, abandonando a agressividade, essa sim carroceira, com que pontua a sua argumentação. Na política, o cinismo é mais elegante que a frontalidade. Saber usá -lo em momentos certos e não por sistema dará melhores resultados.

Com simpatia, apesar de me ter feito perder as estribeiras, por vezes... lhe digo que o " justicialismo " tem de estar fundamentado porque senão corre o risco de ser confundido com pusilanimidade. E isso tem sido a praga dos Media, particularmente em Portugal.

Então essa ambição de derrubar ministros, assim na linha do PCP e governos.... à Watergate.... bem....