quinta-feira, agosto 23, 2018

D'A ELITE DO REGIME VII

SANTANA LOPES - O PATHFINDER DESPISTADO?


                                                       
O ex - líder da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Câmara Municipal de Lisboa, do P.S.D, do Governo da República, da Santa Casa da Misericórdia e ex-challenger de todos os líderes do PSD, andava sem nada para liderar e vai daí cria algo, de cima abaixo, de seu nome Aliança, para liderar.

E o que é a Aliança? Ninguém sabe, até se saber quem é que lá vai estar. Por agora anda - se a catar, com o " apoio " ( Santana dixit... ) do CDS, do PSD e por que não, de psdesiludidos, nunca se sabe..., as inscrições necessárias para a burocracia funcionar.
O programa desse albergue espanhol, que não é nenhum, a não ser a prevista adesão de desencantados com o universo político existente, gente muito branda, que funcionou com o trumpismo e com o macronismo, será, incontornávelmente, populista e Santana crê que tem boa Imprensa e charme para dar e vender.

Num mundo facebookiano, de cafunés e pancadinha nas costas, quando não brutalmente alarve, julga Santana e a pequenina corte que o amima, ter o chão propício para a sementeira.
O menino - guerreiro auto - intitulado, a má - moeda cunhada pelo ex - presidente, Cavaco, teve experiências políticas que, quer se goste ou não, lhe terá dado tarimba e intuição para ler o país.
Acontece que as leituras que últimamente tem feito resultaram em más avaliações.

A desfragmentação da Direita por todos os nichos anti - geringonça de modo a obter uma maioria de deputados que lhe permita depôr o governo de Esquerda liderado por António Costa, não é de desprezar, mormente quando se abrem fissuras, alimentadas e excitadas pelos Media, maioritáriamente inseridas na narrativa bisonha do quarto poder, dentro do entendimento que tem permitido a aprovação das políticas progressistas encetadas pelo governo socialista.

A ver, veremos, se a " leitura " santanista é escorreita...

segunda-feira, agosto 20, 2018

RESCALDOS ÉTICOS

DE QUANTAS ÉTICAS PRECISAMOS?

" Não imagino que quem prega com tanta virulência a moral política cometesse pecadilhos " - António Costa, líder do P.Socialista e actual Primeiro- ministro, a propósito das contradições do ex - vereador da Câmara Municipal de Lisboa, Robles, entre o veemente verbo moralista e acções que o esvaziavam de credibilidade... política. Um problema político que como tal foi tratado, a começar pelo próprio vereador, que pediu a demissão, dada a fragilidade, política, que não moral, resultante das suas acções.

Acontece que, as palavras do Primeiro -Ministro, inseridas no coro do contexto oportunista dos ataques da Direita, foram canibalizadas e... interpretadas como um ataque político, pelo Bloco de Esquerda.
E parte - se, isso sim, através do artigo de José Manuel Pureza no último Expresso para uma sibilina distinção entre o que J.M.Pureza infere da política do P.S. ( ou será do Governo actual? ) e as posições declaradamente, radicalmente, moralizantes do Bloco, em oposição ao que classifica de " mínimos éticos " por parte da política pragmática (eficácia política? ) do P.S. no Governo.
Em termos de ofensa, a ironia política de A.Costa não chegará aos pés da diatribe radical, retaliatória, de J.Beleza.

Toda a programação política e ideológica está assente em pressupostos éticos e a Ética, política, para o caso, nunca foi capaz de substituir em eficácia, um mau governo, pelo que... " Deve a acção da Esquerda deixar de usar juízos éticos para se afirmar? ", pergunta Beleza e a resposta, complexa, foi tornada simples - Não, não deve - e eu acrescento -Não chega! A Política não é uma religião e a superioridade , intuída, projectada, da solução ( crítica ) moral pode ser igualmente brandida pelo Outro, da Esquerda ou da Direita. E não é só uma questão de grau; poderá ser tão convictamente defendida a sua superioridade não só através de juízos morais como políticos. Pela singela razão de que os valores de que estão imbuídos fazem parte do nosso imaginário social. A diferença, prática, está nas escolhas e essas distinguem - nos... em cada circunstância da vida que não em cada ACÇÃO isolada.

" Moderação amoralista? " Não, simplesmente... tolerância democrática de humanos para com humanos.