terça-feira, dezembro 11, 2018

A DERROTA DE HOBBES...

... KANT, PLATÃO... ORWELL..

O TRIUNFO DE SCHOPENHAUER


Num mundo em turmoil, que não em mudanças substantivas e desestruturantes, já que continuam a prevalecer os mecanismos de Poder que a burguesia triunfante impôs no rescaldo da revolução francesa, a Democracia burguesa encontra - se numa encruzilhada. 
Conservadora que baste, a rapidez das mudanças, essas sim intangíveis, com que a evolução tecnológica a tem sacudido na letargia política que a sustenta, amedrontada e incapaz de previsão das consequências projectáveis da acção do pensamento não enquadrado nos mecanismos burocráticos da acção político/social, a sedimentação cristalizada e reactiva de receitas testadas, falsamente alternantes dentro do universo pluripartidário, deixou - se descredibilizar através da venalidade incompetente da acção dos seus intérpretes nos lugares cimeiros do Estado.

Um sopro de impaciência varre o planeta em rajadas localizadas e em calmarias ameaçadoras.
A Democracia liberal que aparentava durante meio-século ter metido o planeta numa nova Ordem, triunfante sobre outras maneiras de ver o mundo, tornou - se hoje o principal alvo dos seus praticantes ou(e) beneficiários, conquanto a deslocalização do alvo contaminado pelo sistema económico/financeiro vá passeando impune, como dado adquirido e inamovível no imaginário sócio/político do planeta, um HiperMercado Global.

O facilitador Hobbes, o utopista Kant e o tremendista Orwell, viram - nos como animais fácilmente amestráveis, onde inteligências superiores imporiam, argumentativas, a força de um Leviathan num Poder Centralizado Iluminado e a Razão divinizada na solução dos problemas que a Vida em comum provou ser capaz de produzir.
O sapiens de Schopenhauer recordou -nos e remeteu - nos à nossa condição singular de mamíferos num mundo que colapsa, cíclicamente, sobrepujado pela singularidade do EU, na sua representação de um Mundo guiado, consciente ou inconscientemente por uma Vontade que o ultrapassa e que o ignora em toda a sua plenitude. No espaço da sua representação do Mundo as estórias que vivencia e que com outras se faz História, se desenrola a nossa condição falsamente libertária. A cada um a sua Vontade e a sua Representação decifrável, de si e do Universo.

Acção/Reacção no nosso pequeno tempo e espaço marca, histórica e cíclicamente, como o sopro de Brama, a marcha material e espiritual do Homem - território, presas, recursos e... Sobrevivência.
As estratégias, pessoais, tribais, nacionais, continentais, que, como qualquer outro ser vivo do planeta executa, exponenciadas pela singularidade da consciência da sua perenidade e urgência de ser, marca, sardónicamente, a nossa condição.
Bastaria a humildade desse reconhecimento, na ausência de Deus, para que, efectivamente, a Mudança, a Revolução acontecesse.

Entretanto, fiquemos pelo espectáculo das nossas mesquinhas auto - produções..., por hoje.

Amanhã será outro dia... e ... dançarei...



segunda-feira, dezembro 10, 2018

MACRON

BASTA!...


... Disseram os franceses ao seu presidente E.Macron e, na rua, mostraram a sua insatisfação e paciência esgotada. E Macron... capitulou.

Por ora,o discurso patriótico, mesclado de meas-culpas e exortações patrióticas abrandará a fúria gaulesa.
Et puis... on verra...