terça-feira, maio 24, 2011

PORTUGAL



Não há nada em Portugal que não se " suporte ", nem a Crise...

Se há capacidade humana que o meu povo de origem tornou uma segunda natureza foi a ADAPTAÇÃO, que a falta de recursos, naturais e políticos nos impôs sob o risco de extinção. Uma das suas vertentes é a sua capacidade de reprodução que o fez um dos mais jovens países do Planeta o que sem ser um privilégio ou uma novidade biológica nutre - o com uma energia acrescida que opõe ao derrotismo e à distracção que os tempos de hoje alimentam.

Portugal está a envelhecer a um ritmo preocupante e tem " absorvido " crises cíclicas desde décadas, ostracizando todos os diagnósticos das suas mentes mais esclarecidas. Nesse enlevo embarca TODA A POPULAÇÃO residente, do passado e do presente.

Tenho por mim que o causador desta aflitiva distracção também está no espaço privilegiado que coube ao lusitano, o que lhe provoca um efeito edénico singular.

Vem aí um acto eleitoral e o seu resultado ameaça ser um sério problema, dentro dos condicionalismos impostos pelos credores, com a exigência de uma estabilidade política que garanta as condições do " consenso " necessário ao cumprimento das obrigações contratualizadas.

Qual será a percentagem dos portugueses que condicionará o seu voto ou a sua abstenção, pela criação dessa estabilidade política num exercício racionalizado de decisão?

Pela parte que me toca, confesso - me " contaminado " pelo clima e como um português como os demais não garanto muita racionalidade no meu voto...