domingo, outubro 16, 2016

REALITAS, a nova T.I.N.A.


A. COSTA

BALANÇOS? STILL NOT YET...

MAS... Nunca como agora se justifica tanto a identificação ideocromática e política da solução governativa em vigor, de uma Esquerda outrora fragmentada e empenhada numa confrontação irrealista, lá está, como agora, em plena negociação de um Orçamento de Estado - Uma geringonça - sem possibilidade de entrar em velocidade de cruzeiro, limitada que está pela determinação dos títeres da U.E., a soldo dos interesses do Capital que não pela felicidade dos povos.

Tardou, mas já aí está, na sua rotação global o esvaziamento de qualquer veleidade nacional de, através das suas escolhas democráticas, dos seus líderes e das políticas sufragadas, fazer face à REALIDADE, ao status quo criado pela predatória subtracção das riquezas nacionais em prol da elite mais estúpida que a História humana deu a conhecer até hoje.

Eis - nos atirados, os 99%, à condição de viver o Presente, pelo Presente e para o Presente, a lógica da sobrevivência. Impossível, a manter - se essa contingentação, qualquer projecção futura sem que a sombra asfixiante da dívida externa esmague, à nascença, outros caminhos.
Mas, será esta a Realidade contra a qual se desvanece a Política portuguesa, nas palavras do presidente da República, dos líderes da Oposição, P. Coelho e A. Cristas e a acefalia papagueante dos MEDIA num coro imbecil e imbecilizante e..., oh céus!, paradoxalmente, uma aberração social, política e económica?
Da morte da Ideologia, que na interpretação redutora do statu, aconteceu com a queda do Comunismo na ex - URSS, emergiu a selvageria biológica que o fim da História caucionou na perda irremediável dos valores humanistas que a Ideologia socialista, pelos vistos a única existente, prossegue.

A REALITAS é um movimento contínuo e dialéctico, uma ilusão, ainda que muito persistente, nas palavras de Einstein, não é, seguramente passível de ser falseado mas percorre muuuuuitos trilhos e vai - se transformando em cada viagem, em passos vigorosos por vezes ou em passos trôpegos outras vezes.
A Democracia encontra - se numa enruzilhada, um epifenómeno formalizado nas urnas e corrompido por uma nova Realidade que um mundo de ladrões e seus lacaios, conscientes uns e inconscientes outros, nos governa. Nenhum governo mundial está livre dessa nova Realidade, a outra T.I.N.A., a verdadeira, e dos seus beneficiários.
Nunca, como hoje, a luta de classes foi mais premente e os seus reflexos no Caos internacional, que a hipocrisia e o desleixo de uma intelectualidade, maioritáriamente ausente deixa definhar em desmascaramento, sentem - se na juventude pária do Ocidente, nas carnificinas do Oriente - Médio e na autofagia repugnante das lideranças africanas e sul - americanas. 

Ainda não é tempo de balanços para A.Costa...