sexta-feira, outubro 17, 2008

PORTUGAL 0 ALBÂNIA 0

Até o título deste post parece estranho, inusitado, equívoco, pela originalidade que ele contém.

Houve uma característica essencial em falta neste grupo da selecção que enfrentou a Albânia - CARÁCTER e com isso digo quase tudo.
As análises pontuais e gerais sobre o falhanço já foram todas feitas nos seus aspectos técnico - táticos e quase todas elas acertaram na má constituição da equipa de início e no péssimo re - arranjo quando o adversário ficou reduzido a dez elementos.

Para mim, o que ficou também evidente foi a imaturidade à solta a que só o PEPE e o Bruno Alves escaparam; egos à solta que a inconsistência e o mau - uso da condição de capitão pelo C. Ronaldo ajudaram arelevar no mau funcionamento COMO equipa.

Claro que o culpado de TUDO, até pela sua condição de lider traquejado pela experiência de contacto com " craques " e pretendentes a " craques ", é Carlos Queirós.
Será que não aprendeu NADA com a experiência!!!?

domingo, outubro 12, 2008

DA NECESSIDADE DA POLITICA...

Recapitulemos...

Os sistemas politicos, das ditaduras ao despotismo iluminado, resultam SEMPRE de uma dinâmica que a própria história dos povos vai tecendo e construindo na sua evolução social. A partir do momento em que o nomadismo deu lugar à sedentarização dos povos, a necessidade de se criar regras de funcionamento aceites pelos seus reivindicadores - o povo -tornou -se necessária...

A definição formal, a implementação e o aperfeiçoamento das mesmas foi sempre território dos politicos que em primeira e definitiva análise traduziriam o sentir da maioria. A História mostra - nos que nem sempre isso aconteceu, umas vezes pela corrupção da elite dirigente, outras pela estupidificação da cultura popular, outras pela fraqueza do Estado perante a plutocracia, e no limite, pelo fundamentalismo religioso portador de mensagens sobre um paraíso extraterrestre, demissionária pois do que se passa cá em baixo.

Uma sociedade que permite a um dos seus instrumentos de evolução o funcionamento em roda livre, expõe, como tem sido evidente nestes dias, o risco da demissão da sua essência - O Estado é o PODER de actuar; não tem atenuantes, foi " criado " para isso com o conhecimento EXACTO da sua soberania em nosso nome e o seu alcance terá de ser universal. Nenhuma actividade em sociedade tem liberdade para fugir ou esconder - se ao escrutinio do Estado, ou seja, ao nosso escrutínio. E se ele é produto nosso - a MAIORIA - , deve reflectir os pontos de vista da maioria.
ESTAS SAO AS REGRAS e terão de o ser para as minorias como eu, como o meu vizinho, como a minha mulher, como os meus filhos e como os meus amigos e amigas.

O preconceito ideológico no Ocidente sobre o Estado que marcou todo o século passado, muito por culpa da URSS e dos USA, debilitou a noção do conceito de Estado e empobreceu o mundo de ESTADISTAS e marcou uma época de tibieza propícia ao aparecimento de actividades predatórias numa sociedade sem ÉTICA em que o calvinismo anglo - saxónico - a minha felicidade unipessoal está acima de tudo e é uma obrigação minha, não importa como - tem feito escola e desgraça das desgraças está a GLOBALIZAR -SE.

É por essas e outras que dou vivas ao menino de ouro do PS que se está a revelar -se como o menino de ouro do PAÍS, fazendo uso de uma capacidade que deveria ser universal - O BOM- SENSO.

E quando o bom - senso está sujeito ao escrutínio de outros paradigmas, sejam eles fracturantes, imbecilizantes, " modernistas " ou ancilosantes, eu, por modéstia e limitação escolho sempre a sua vulgaridade no seguimento do que nos trouxe ao século XXI e se O deixarem, ao fim dos tempos, porque esta é a resposta ao sentido da Vida, da existência - a procura da Felicidade, da Utopia, da Imortalidade, porque essa foi a grande armadilha que a VIDA nos pregou.