sábado, agosto 04, 2007

Vigílias...?

Esclareça-se de vez, já que parece existir uma grande ignorância à volta do assunto, que em Portugal, o cargo de Director Geral nos organismos pùblicos é de nomeação e de confiança política.
Se um Director Geral do que quer que seja discorda da política implementada no sector sob a sua directoria, deve dar conhecimento disso ao seu superior hierárquico e DEMITIR-SE em discordância, antes que seja representante do Governo a convidar o " dissidente " a mudar-se. Numa democracia, esta é a única posição digna de quem não vê concordarem com a sua posição de " estar contra ".

É claro que nenhum mandante quer ter como colaborador um adversário delarado das suas orientações, a não ser que queira ver boicotadas todas as SUAS ideias para o sector. Ou não é assim?

Continuo a pensar, como já o digo repetidamente por aqui, que há uma ideia MUUUUUITO estranha em Portugal do que seja o Poder democrático.
Há uma responsabilidade a que os MEDIA não poderão excluir-se a não ser que, como parece, já que são os primeiros a alimentar a confusão sobre a matéria, NÃO queiram ou não podem porque também estão confusos sobre a dita.

Sinceramente acredito que vão acontecer mais coisas semelhantes. Convém pôr de lado a histeria vigilante sobre o poder democrático e que até ver está a sê-lo e vigiar outras paragens com mais atenção - a Madeira - por exemplo.

QUEM PÁRA ESSE SACANA?

" A Razão ajuda mas não decide uma receptibilidade " V. Ferreira

Marques Mendes sabia ao que ia quando se deslocou à Madeira em busca dos votos que precisa para as directas e eventualmente deve ter calculado os constrangimentos por que ia passar e os sapos que teria de engolir em troca de um terço dos votantes para as eleições do novo líder do PSD.

Feitas as contas, é possível que venha a obtê-los com o apoio do Cacique-Mor, mas a que preço...
Muito mal lhe correm as coisas para aguentar tamanha humilhação.

Por outro lado, foi bom saber que finalmente alguém resolveu chamar os bois pelo nome e afrontar de frente e de caras o despautério chantagista, corruptor e cobarde que medram por aquelas paragens. Ele é o novo líder socialista na Madeira, de seu nome João Carlos Gouveia, que está a levar muito a sério aquilo qu ele chama de passos para a independência que está a ser trilhado pelos A. João e seus títeres.

Quando é que o Poder Central, Cavaco incluso, resolve acabar de vez com o regabofe, e sim, PÔR NA ORDEM as leis da República na Madeira, antes de ser obrigado a ter de mandar o exército contra a FLAMA?
Estão à espera que proclame primeiro a independência? É que o efeito " libertador " da cachaça tem por vezes contornos inesperados e com A. João nunca se sabe...

domingo, julho 29, 2007

HMMMMM!...


Muuuuito preguiçosa esta equipa do Benfica que estou a ver a 30:33 minutos do jogo no Egipto.
Vejamos a segunda parte com a entrada de novos elementos...
COISAS E LOUSAS...

Gasset, um dos maiores visionários europeus e para mim um dos precursores da Ideia da Europa como uma entidade global de estados federados, analisando os fundamentos da LIDERANÇA política numa Europa pós II G. G. concluia que ela nunca se deveria apoiar-se no poder material ( força das armas ) nem na coacção económica.
Citando exemplos históricos, pela positiva, o Império Romano e pela negativa o Império napoleónico, que apesar do aviso do seu Ministro Talleyrand " Com as bainetas, Sire, pode-se fazer tudo menos uma coisa; sentarmo-nos em cima delas " ,nunca chegou a mandar um dia que seja nos estados invadidos.

Eis-nos em pleno século XXI e comparando as campanhas bélicas das últimas Administrações Americanas, do Vietnam ao Afeganistão e Iraque, sabe-se, parafraseando Ortega, que nunca nenhuma delas se " sentou " na liderança desses países invadidos.

Nas sociedades, continuamos com Gasset, só há ordem ( revolucionária, fundamentalista semi-democrática ou democrática ) quando existe uma OPINIÃO democrática ( no seu sentido lato, acrescento eu ).
E o que é uma opinião democrática? É a opinião que se baseia, em primeiro lugar na aceitação de uma Autoridade por nós sufragada e que se transforma numa opinião Pública.

Acontece que a opinião pública, a existir, nos países onde existe, é um privilégio de Nações, adultas em formação, informação, educação, moralidade.
Nos países em que a " opinião pública " está baseada no eco dos Media, reactiva e negligente, a puerilidade que acompanha a " digestão " dos factos apresentados molda, nessa situação, o gosto pela mesquinhez, pela intriga, pelo voyeurismo e... nivelamentos pela mediocridade.

Não é de admirar portanto, o aparente divórcio entre eleitores e eleitos na sociedade Ocidental.
A não existência, de facto, de uma Opinião Pública ( na minha opinião ela não existe onde não há uma vida pública, que na Europa está em decadência ),explica como a deriva ditatorial dos condicionalismos dos Media, escravos do prime share da primeira página e da pressão editorial, está a moldar, com pobres fundamentos a visão global do Zés- Povinhos do Globo.

Actualmente em Portugal, " o que está a dar " é o anti-socratismo. Para dizer a verdade, não está a dar em nada, mas a moda do anti-poder que os Media crêem alimentar não tem, irónicamente, Eco junto da população. Primeiro pela incapacidade de formulações criticas consistentes e pelo abandono da responsabilidade cívica, perdida na anarquia toleimosa e infantil do NÃO porque sim e que não acrescenta nenhuma mais -valia à capacidade de análise pelos cidadãos do que o Governo que eles elegeram com maioria absoluta está a fazer de positivo para o futuro.