quinta-feira, novembro 03, 2011

DIÁLOGOS INTERROMPIDOS...

Os problemas que hoje assolam a modernidade têm uma raíz tão funda como a história dos seres humanos e baseiam -se na resistência do conhecimento velho perante a nova consciência que o interroga e desmonta os preconceitos cristalizados em cansaço e impotência.
Quando, sobre a estabilização dessa velha sabedoria, datada, cimentada e arrogantemente surda, mudam as  realidades, que teimam em desmentir a morte das soluções, hoje apresentadas como terminais,  se levantam interrogações e reavaliações sobre o caminho seguido, o Poder responde com o reforço das suas certezas sobre um sistema em crise sistémica.
A precipitação com que as luminárias burocráticas lançaram a Globalização, sob o alibi da universalidade do Comércio e da amoralidade do Dinheiro com o pano de fundo da victória sobre as ideias contidas na ideologia socialista, foi fatal ao Capitalismo , em confronto com realidades outras históricamente desenquadradas com o seu suporte singular - a Democracia ocidental.

O grito de guerra no Ocidente é, hoje, mais PRODUTIVIDADE, para fazer face ao trabalho escravo de outras paragens.
 Numa sociedade de abundância produtiva e uma monstruosa riqueza acumulada, o normal seria, em termos de justiça para com o povo contribuinte para essa riqueza e bem-estar se o automatismo cego contido nos genes do sistema a isso não obstassem, a gestão solidária dessa riqueza em favor desse povo em crescimento e não, em demandas prossecutórias, formatar coercívamente o resto do planeta, desfasado em relação ao percurso histórico que permitiu A realidade ocidental.

A Grécia é hoje o véu de Maya a disfarçar uma evidência - a falência do Sistema - que os preconceitos reforçados pela queda do regime soviético, então simulacro perverso das ideias socialistas, não deixam ver - a superioridade ideológica e humanista contida nos seus pressupostos, princípios e fins e a sua conformidade ética com o elevação espiritual da espécie.

Daí o regresso urgente à discussão, ao diálogo ideológico com o velho e o esclarecimento, num critério intelectual, filosófico, ético e prático, junto dos jovens, sedentos de uma base PROGRAMÁTICA de acção.
Um dos maiores crimes cometidos pela inteligência ocidental e não só, foi o abandono cínico e despudorado das suas obrigações elitiistas aos práticos e positivistas de toda a ordem e à sua visão amoral do mundo e dos homens, em nome de um academismo intragável e narcisista quando não o coloca ao seu serviço em venais beija- mãos.

segunda-feira, outubro 31, 2011

A NÃO ESQUECER...








... Por TODOS os líderes do mundo, numa reflexão URGENTE e NECESSÁRIA sobre os retratos que de si dão aos povos que lideram e ... principalmente aos OUTROS.

domingo, outubro 30, 2011

E UMA PERGUNTA...

... Sugerida pelos ALTOS do Expresso de hoje ao Presidente da Ordem dos médicos, cujas posições sobre a prescrição por princípio activo se estão a revelar - se militantemente contra, que é esta - cito de cor - Se o controlo de qualidade dos medicamentos por parte do Infarmed não é suficiente, por que razão não o fazem os médicos, partindo do princípio que esta deveria ser a sua principal preocupação, em nome da saúde dos doentes, acrescento eu...


É claro que dizer que essa não é a sua função, que há uma entidade responsável por este trabalho levantaria a mesma questão:- Quem, melhor do que os clínicos, tem a capacidade real de monitorizar a eficácia dos fármacos? E fazer denúncias públicas, como é suposto ser a sua obrigação, das malfeitorias e ineficiências associadas a tal produto?
Se a Ordem tiver dúvidas sobre a incompetência da Infarmed que ponha tudo em pratos limpos antes que a sua posição comece a ser contaminada por suspeitas de interesses pouco claros com as Farmacêuticas que a rebaldaria dos bailes de piratas e dos congressos médicos trouxeram a lume.


Posto isto e como doente quero crer que são exigidas  posições claras e transparentes sobre toda a matéria dos genéricos.
É que nós confiamos NOS médicos e não nos industriais do ramo. Pelo menos eu, pela minha saúde!

EIS UM EXEMPLO...

Com outros contornos, com outras justificações amorais, já que estão em matéria de Direito, do estado de Direito, vem o Presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, António Martins alertar - nos para a violência dirigida a uma classe profissional - a dos funcionários públicos - na apropriação ilegal por parte do Estado, através do corte nos subsídios de Natal e de férias, de rendimentos dos quais são credores.


A ilegalidade dessa acção, que segundo o magistrado só seria exequível numa situação de estado de emergência ou de sítio, proclamações jurídicas que não foram até à data accionadas, é no seu entender clara e inconstitucional.


Uma pergunta: - Como é que o governo iria descalçar o SAPATÃO que uma corrida aos tribunais por parte dos cidadãos lesados, com o apoio explícito dos juízes, lhe enfiaria?