O BLOCO DE ESQUERDA

Uma das melhores qualidades dos políticos do Bloco está no domínio da Retórica, da assertividade e da Paixão.

Outra coisa não seria de esperar de um Partido cuja visão da Política é tudo menos pragmática, bem distante do cinismo de outros mentores cuja máxima - Não interessa a cor do gato desde que cace ratos - esbarra no sentido mais profundo do Ideal de Louçã e companheiros.

A Democracia só faz sentido e se justifica se o seu objectivo for a melhoria generalizada do bem - comum, um exercício de civilidade e de CIVILIZAÇÃO, um patamar de excelência sempre em crescendo no melhoramento da condição do Sapiens.

Só que sem a organização que a Burocracia permite, o Pragmatismo que os necessários ajustes exigem, o Funcionalismo que o Desenvolvimento cria e mantém sob o risco de impasse, difícil é a Política, quando se torna refém de uma ética tão necessária quanto a desnecessária Moralidade ideoligizada.

O Bloco possui brilhantes dirigentes políticos que só uma experiência governativa nos permitirá aquilatar da sua capacidade PRÁTICA de o serem. Em Oposição é tudo demasiado fácil.

Esperemos que não esperem muito para nos brindar, já amadurecidos mas ainda com paixão e o fogo da Utopia, com a sua energia e sagacidade.

É que os meus filhos são fans e as minhas netas seguramente o serão!

GROSSERIAS SINTOMÁTICAS

Apetecia - me ser o que não sou e ser capaz de usar da mesma impunidade com que algumas senhoras usam a palavra.

" Sou levada a crer que Sócrates emprenha pelos ouvidos " - Judite de Sousa

Para um P. M. acusado de asfixiar tudo à sua volta, há por aí línguas viperinas que pelos vistos, ladinas como raposas, já preparam e se põem em posição para os dias P.S ( pós - Sócrates ).

Mas há outra análise possível - perdido por cem, perdido por mil, não é Judite?

Já agora e usando a mesma linguagem carroceira na linha da sua mentora M.Guedes, pergunto e constato que a emprenhar, Sócrates só podia fazê-lo metafóricamente já que não possui c... que o valha.

" O senhor era capaz de matar o pai e a mãe para passar por órfão ( cito de cor ) -M.F.Leite, dirigindo -se ao P.M.

Confesso que eu não sirvo para político. A contenção, preparada ou não com que Sócrates tem aguentado aleivosias, grosserias, invejas, má - educação, vindas quase sempre de " senhoras " que abusando da sua condição de putativamente o serem AGRIDEM impunemente cientes do condicionalismo idiota que aos senhores lhes foi incutido de não responderem como o fariam eventualmente em relação a outros senhores é de louvar e marca a diferença.

Repito, eu não teria tanto tento na linguagem.

Quanto ao debate de hoje foi o esperado - Competência e inteligência política contra quem já foi chamada pelos seus uma abécula política.

PORTUGAL 1 HUNGRIA 0

Acabo de assistir a um dos piores jogos de futebol de que tenho memória.
Nem a nulidade, e por isso, da selecção hungara a imitar os gregos na final europeia perdida pelos portugueses merecia da selecção portuguesa a mesma mediocridade.

Nada se salvou como iremos ver, nem o resultado.

Houve demasiados equívocos e autênticas nulidades neste jogo e deu ainda para perceber o porquê da situação actual.

HIPOCRISIAS DEMOCRÁTICAS

A democracia tem exigências tais que a maioria dos mortais tem sempre de fazer uso de toda a sua capacidade racional para a aceitar no que tem de essencialmente anti - natural.

Criação cultural pela necessidade evolutiva da polis e do Sapiens, reiteradamente ajustada pela História, não admira que a Ética seja uma das condições essenciais na manutenção do seu rigor.

A lógica dos interesses, individuais, de classe, de género, de orientação sexual, de condição social e páro por aqui... é um truismo biológico que tem de ser combatido em prol da maioria ou então a Democracia perde o sentido que esteve na sua origem e ele nunca foi únicamente pela LIBERDADE que já a nossa condição de primata assegurava.

Não admira pois que a coerência e verdade, com ou sem maíuscula tropecem nessa condição difusa em que a Ética entra em suspensão quando um dos interesses citados está em equação.

M. F. Leite deu há dias um exemplo lamentável, não só no julgamento da situação da Madeira e na análise do poder democrático aì exercido por um cacique enquanto o tem deplorado no Continente em nome da verdade e pseudo asfixia dos cidadãos por um Poder que na minha opinião tem sido o mais vergastado pela intolerância minoritária dirigida a um P.Ministro odiado no que ele tem das virtudes que não abundam entre os seus conterrâneos - CORAGEM - DETERMINAÇÃO - INTELIGÊNCIA POLÍTICA e, principalmente uma IDEIA para o País.

DEBATES, DEBATES...

Coisas interessantes têm acontecido nos frente - a - frente dos líderes partidários.
De um lado, a Oposição que tem aproveitado estas oportunidades para entre si " malhar " no Governo e fazer tempo de antena e do outro o Secretário Geral do PS a defender a política do Governo do seu partido.

À primeira vista, estaria sempre em desvantagem em relação aos seus adversários, reduzido a uma posição reactiva, defensiva mesmo perante as críticas dos opositores.
Surpreendentemente, mas não de todo, dada a sua inteligência política, Sócrates tem conseguido fugir da condição de réu ou mesmo de advogado de defesa no confronto com os oponentes e as suas vagas propostas ( PSD e CDS ) e com as claramente definidas ( Bloco e PCP ).
E tem - nas confrontado no seu realismo e adequação ao regime, ao País e à Crise.

A sua positividade e optimismo ( chamem - lhe crença, se quiserem ) na motivação da população e no esclarecimento dos porquês do que fez, tem feito e provávelmente fará merece louvor.

E ele aqui fica, assim como o mérito, profissional desta vez, dos moderadores.

DINAMARCA 1 PORTUGAL 1

De Queirós eu já disse tudo no que diz respeito à sua capacidade de liderança e motivação - ZERO.

Esta selecção está a tornar - se um enorme equívoco e as starlets portuguesas não podem, de maneira escapar à sua quota parte de culpa no redimensionamento para baixo da sua real valia.

Sinceramente, eu creio que bem lá no fundo muita boa gente dispensa bem essa cansativa etapa do Mundial e quer é FÉRIAS.

Por que não aproveitar mais o pessoal dos sub 21, loucos por sucesso e ter a coragem de dispensar quem está na selecção principal só pelo treino?