quinta-feira, junho 02, 2011

EU VOU DIZER NÃO...

...E por isso voto no Bloco de Esquerda.

Eu abomino a " bandalheira " feita regime político, a Liberdade feita pusilanimidade, a Esperança como método de análise e acção individual, a Ética feita anacronismo, a violência sustentada ( ela pode ser SEMPRE justificada ) em " alibis " moralmente abjectos e... isso é um problema muito pessoal, a vulgaridade de que a suposta " elite " do SAPIENS é capaz.

Voto contra o Corporativismo reaccionário, contra o ultra - liberalismo económico selvático, contra o desinvestimento do Estado nos sectores essenciais e referenciadores de uma efectiva igualdade de acesso dos cidadãos à democracia, como a Saúde, a Educação e a Energia, voto contra o despedimento sem justa causa, voto contra a corrupção, voto pela soberania nacional, voto contra a estupidificação cultural, em suma voto contra o empobrecimento material e espiritual dos povos, no caso, o povo português.

terça-feira, maio 31, 2011

MESMO A PROPÓSITO...

Repescado da revista do C.da Manhã li essa perplexidade, cheia de actualidade, de Miguel Torga, publicado no extinto Diário no dia 17/09/61.

É um fenómeno curioso:
o País ergue - se indignado,
come, bebe
e diverte - se indignado,
mas não passa disto.
Falta - lhe o romantismo
cívico da agressão.
Somos, socialmente,
uma colectividade pacífica
de revoltados?

segunda-feira, maio 30, 2011

POISSSS!

Cristiano Ronaldo é o REI da NET, com 20 milhões de leitores. Rooney, do M.United vai em 5 milhões, Vin Diesel tem 7 milhões, Lady Gaga com 5 milhões, o Boliche está por perto, tem 4 milhões.

Por outro lado, Barack Obama envergonha - nos com 7 milhões.

E M. Sousa Tavares, coitado, ZERO!

Isto é muuuuito embaraçoso, de facto.
E sugere - me uma singela pergunta: - Quem lê o Quê???



A propósito, parabéns ao blog Áfricaminha que chegou à bonita soma de 100.000 visitas na blogosfera.

Eu vou sempre que posso...

DAS OPÇÕES...

" O PRISIONEIRO QUE TEM A PORTA DO SEU CÁRCERE ABERTA E NÃO SE LIBERTA, É UM COVARDE " - Kalil Gibran

A Democracia é uma porta aberta à Liberdade como nenhum outro regime político até hoje contemplou. Essa liberdade que ela transporta nos seus critérios responsabiliza - nos, nos nossos actos e nas nossas omissões.
Torna - se evidente que ela só fará sentido, se de individualizada se se tornar uma responsabilidade colectiva, exercitada no espaço que os seus aplicantes habitam e têm por obrigação, não só natural como principalmente cultural, de promover a excelência, fazendo melhor uso dos seus recursos, naturais e culturais em prol do Todo.

Acontece que à natureza humana sobre a qual se impôs, desde o aparecimento do " primeiro " sapiens a Cultura que os mais esclarecidos conseguiram interiorizar e fazer interiorizar, indispõe a mudança; porém, ela aconteceu e tem acontecido, mesmo que com alguns extraordinários revezes, até chegarmos ao século XXI, herdeiros de um Iluminismo, hoje traído, que decretou que a natureza humana, no seu todo, devia parar por aí de evolução e que a sua história, pelo menos no que concerne à produção de IDEIAS, tinha acabado.
Não por acaso, com o ocaso das Ideias, hoje discute - se o Ego e os seus apêndices articulados, como se de facto a massificação sub - cultural atrelado ao Homem de hoje seja, não uma consequência do desinvestimento intelectual e cultural mas um seu produto consequente.

Paradoxal é ver a cegueira que acompanha o reconhecimento, porque evidente, dos Factos dos quais se absorvem os efeitos e dos quais nenhuma consequência, suposta racional, se tira.

O medo, não o recitado pelas Direitas - NÃO HÁ ALTERNATIVAS - e a deriva que se instalou no Ocidente, sobre a AVENTURA de experimentar outros caminhos que não a obscenidade campeada pelo sistema capitalista, hoje mais do que nunca porque liberta da regulação dos Estados, que empobrece as nações em nome de uma gigantesca fraude que mantém captivo e dormente, não só a inteligência, em prol da robotização mas também a inacção em nome da estabilidade, NÃO É OPÇÃO, para nada.

Cobardia, é também para mim, a palavra que me ocorre quando procuro os porquês da capitulação dos povos.
Em África há um ditado que diz - A UNIÃO DO REBANHO OBRIGA OS LEÕES A DEITAREM - SE COM FOME .

Neste rebanho tresmalhado e sem pastores capazes parece que a condução do Homem ocidental ( porque é do Ocidente que reflicto a estúpida embriaguez... ) foi deixada aos cães - pastores.
E nós sabemos como eles agem sem um pastor a assobiar as ordens e como acaba tudo, conduzido ao redil da ruminância... e do circo.