sábado, abril 16, 2005

ORFANDADES...

Agora percebo...

Luís Delgado,cito da citação de Daniel de Oliveira,não gosta de viajar,de passear,de ir ao cinema,de ir a festas com amigos,de almoçar,de jantar,de ter férias,de conversas privadas,do contacto físico,e diz que não é uma pessoa estranha:o articulista conclui que o homem é um ser desinteressante,simplesmente.

Por mim,sofre de uma tristeza,cujos sintomas derivam de um estado de alma que só uma orfandade violenta e inesperada justifica,a par de uma aguda crise de neurastenia que só um novo Governo do PPD curará.

APITO DOURADO

Pinto da Costa está literalmente com a careca à mostra.Dias da Cunha deve estar à espera de muitos pedidos de desculpas...
DO REFERNDO À CONSTITUIÇÃO EUROPEIA

Confesso que às vezes não entendo...

Se o conhecimento da língua portuguesa pelos portugueses mal lhes chega para conseguirem interpretar um texto mìnimamente complexo como é possível continuar a "pregar" contra o não esclarecimento do Zé das entrelinhas do Tratado?Mesmo que lhe seja fornecido uma versão "digest" do mesmo,com as respostas às questões mais pertinentes para o seu dia-a-dia,ela só teria eficácia se não estivéssemos a falar de um Pais com uma elevada taxa de analfabetismo funcional.
Por outro lado,CARAMBA,já estamos há uma vintena de anos numa instituição com os resultados visíveis que relevam as vantagens do ingresso para lá de qualquer conhecimento ou desconhecimento das alíneas e entrelinhas que enformam a UE.Foi bom para Portugal e os eleitores quando votam fazem-no no pressuposto de o fazerem num Bem,que para o caso já provou sê-lo.
Daí pergunto:Qual o espanto sobre o desconhecimento dos cidadãos sobre a UE?A informação anda por aí e não tem de nos entrar pelos olhos adentro.Quem se interessa vai à sua procura.
A verdade,na minha opinião é que os cidadãos,portugueses ou não ESTÃO-SE BORRIFANDO .Querem ver os resultados e se eles agradarem nem querem saber como foram obtidos.Tem sido assim e penso que vai continuar a sê-lo.

Toda a gente sabe,excluo-me,quem são os habitantes da Quinta e aposto que não sabem quem é o representante do BLOCO,por exemplo,no Parlamento Europeu.
O civismo que nos faz sentir Cidadãos do Mundo é muito baixo em Portugal,por culpa dos cidadãos"eux-mêmes" , dos seus políticos e da negligência dos seus Educadores.Até que as coisas mudem muita água falta correr...

De outro lado,de certeza que não serão os políticos,como erradamente tenho lido por aí,a perder com a azelhice do voto negativo ao referendo.

sexta-feira, abril 15, 2005

PARABÉNS LAGARTOS

Confesso que vibrei com a vossa prestação.Parabéns de um LAMPIÃO e força aí para a Taça UEFA,que a Liga vai ser nossa,Malta.

Mourinho-Á arrogância invejosa da incompetência a jactância gloriosa do sucesso.PARABÉNS!
SÓCRATES

"O discurso político da verdade é uma falácia"-JOSÉ GIL

Ontem tive o prazer de ver um Primeiro-Ministro,de seu nome SÓCRATES, a ter uma prestacão,ao nível de "discurso" político,das mais notáveis que já assisti na nossa democracia.

José Gil,no número zero da edição portuguesa do Courrier Internacional,fazendo uma análise do "discurso político" e da relação,para ele hipócrita, que se estabelece entre o receptor,ou seja nós,e o emissor,ou seja eles,os políticos,relação essa em que,segundo o Prof. GIL o povo que os escutam finge que acredita e abre um espaço de simulação destinado a ser ocupado pela crença,pela adesão afectiva,revisita o consulado de Santana Lopes e atribui-lhe o fracasso pelo estreitamento desse "espaço de simulação",onde as regras foram viciadas pelo emissor do discurso político,não deixando espaço de fingimento de crença,onde a simulação dessa crença é condição "sine qua non"da,fim de citação,grande HIPOCRISIA,do sistema.

Deixando de lado a opinião que tenho sobre o discurso político e a sua eficácia,que não é a do Prof.Gil,"malgré lui",venho aqui declarar o "ALARGAMENTO" do meu espaço de simulação ocupando-O com a simpatia,melhor, empatia,que o "discurso político" do Eng.Sócrates em mim provocou,na entrevista que ontem deu na RTP.

Na parte final da entrevista,em que,na imagética mediática,ele é encostado às cordas pela entrevistadora,num simulacro de "escolha de Sofia" a propósito das eleições presidenciais,se lhe pede um "comentário",a resposta define-o e define a relação que o PODER,na minha opinião,deve ter com os MEDIA,a saber "NÓS,OS POLÍTICOS,SOMOS OS AUTORES DOS FACTOS POLÍTICOS QUE OS COMENTARISTAS ANALISAM;NÃO TEMOS DE OS COMENTAR.ESSA FUNÇÃO NÃO É NOSSA",mais coisa menos coisa...

Se o exemplo da postura do Primeiro-Ministro for seguido pelo resto do Governo,isso será um salto de gigante no combate à desconfiança das masssas aos "discursos políticos" e à RESPEITABILIDADE dos titulares dos cargos públicos que nos últimos tempos tem andado pelas ruas da amargura.