sexta-feira, abril 27, 2018

MARCELO...

                                                                      M.R. DE SOUSA
... E O DISCURSO

Hermético, esfíngico e generalista. O aviso sobre os riscos de populismos numa República que o tem como presidente de todos os portugueses e com taxas elevadíssimas nas sondagens com uma postura benévolamente populista, foi, no mínimo bizarro.
A quem se referiria o Presidente da República? E com que finalidade?

Quanto às reformas políticas recorrentemente aventadas em todos os quadrantes políticos do Globo e nomeadamente em Portugal, vá lá que não mencionou as famigeradas reformas estruturais de que ninguém ainda compreendeu o alcance, fica sempre bem nos discursos políticos e... depois... é o que se vê.

O enfoque nas Forças Armadas só poderá ter resultado das queixas dos Altos Comandos nas reuniões com o Presidente.
Um país ao qual se tentou, com a ajuda da troika, ver reduzido ao mínimo o papel e intervenção do Estado, com o beneplácito silencioso e compreensivo de quase todas as Corporações, vê -se, assim que conseguiu poupar uns cobres, a ser sacudido por todas a espécie de reivindicações, umas justas e outras a reboque, em prol de interesses vários. DÁ CÁ O MEU!, tem sido a palavra de ordem.
A história recente já lá foi..., portanto... regressa, verticalmente, o assalto ao erário público.

Desse despertar tropista, finda a penúria, não ouvimos nenhum aviso, a não ser do Governo e não creio, como se insinua, que a época das eleições abrirá a porta à felicidade dos portugueses em ofertas... populistas.

quarta-feira, abril 25, 2018

25 de ABRIL



UMA REVOLUÇÃO COM 44 ANOS

Foi uma revolução. À força das armas fê - la quem pôde - as Forças Armadas de Portugal.
Foi uma revolução, pela mudança de regime e pela activação que proporcionou na maturidade de um povo até então menorizado nos seus direitos, liberdades e garantias.

O regime então deposto, foi de uma singular mediocridade, na elite política e religiosa que o sustentava e nas Corporações, que à custa do trabalho quase escravo, mantinha na pobreza material, espiritual e cultural todo um povo, já conformista e quase convencido de uma mediocridade imposta por uma bisonha e provinciana visão do "Estadista" Salazar e seus herdeiros.

Portugal é hoje, passados 44 anos, um país outro, que se vai libertando dos atavismos interiorizados por mais de quatro décadas de abusos. Os " tiques " ainda cá estão, TODOS, e o combate pelo esclarecimento e contra o condicionamento, tem sido uma luta árdua e constante.
A Direita troglodita deixou seguidores, infinitamente mais " espertos " e munidos de armas mais poderosas. A pobreza do discurso deixa contudo passar os preconceitos de classe na confrontação do que nunca deixou de ser o que, socialmente, É. - UMA LUTA DE CLASSES - aqui e em todo o planeta.

Da criação de novos países que a revolução proporcionou - Angola, Cabo Verde, Timor, Moçambique, Guiné - Bissau e S. Tomé e Príncipe, quero destacar o meu país e o orgulho que sinto pelo trabalho de crescimento, do zero, económico, cultural e político, abafado pelo nacionalismo bacoco, à criação de um Estado do qual todos os caboverdianos devem estar orgulhosos.
BEM - HAJAM!

 

VIVA O 25 DE ABRIL

segunda-feira, abril 23, 2018

VOANDO...



... SOBRE O QUE HOJE SE VAI TORNANDO UM NINHO DE CUCOS

Os MEDIA tem donos que, como negociantes que são, e nessa vertente cada vez mais vorazes, querem lucros e quanto mais, melhor.
A regência por um código deontológico e por uma legislação restritiva no domínio dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, está aos poucos mas decididamente, a ser mandado às malvas.

A inauguração do achincalhamento é de pouco mais de uma década e começou com a cumplicidade criminosa entre o Ministério Público e os MEDIA, mormente com a Cofina, através do diário tablóide, Correio da Manhã e do seu canal televisivo, pela divulgação de processos judiciais em segredo de justiça.
Já tudo se disse sobre a boçalidade informativa, e a passos criminosa, desse tipo de jornalismo. Não por acaso, NUNCA se descobriu, dentro da Magistratura, o foco ou os focos infecciosos e, que eu saiba, nenhum dos responsáveis pela divulgação da investigação, das narrativas processuais sobre suspeitas e dos interrogatórios dos suspeitos terá sido levado aos tribunais. Incompetência ou cumplicidade alvar?

Por razões que não serão difíceis de descortinar aflorado na abertura deste post, a estação de televisão SIC do grupo Impresa que este ano alienou treze títulos editoriais, atordoou - nos com as IMAGENS, feitas pela Justiça, dos interrogatórios levados a cabo no âmbito do processo Marquês, das testemunhas, dos advogados e dos arguidos.
Um crime, à luz da legislação portuguesa, que parte do Ministério Público, detentor das imagens e se prolonga pela sua divulgação em canais noticiosos de televisão.

Uma profunda desilusão, a fundamentar os sinais que as preocupações, a semântica e os títulos de primeira página do semanário Expresso, nos ia alertando a cada semana.Juntou - se ao... resto...
A minha curiosidade sobre este pinote tem também a ver com uma dúvida - A quem atribuir esse desvio? ; ao Balsemão sénior ou ao júnior?