terça-feira, dezembro 27, 2011

NARCISO DO MEU ÓDIO...


... E VÓS TAMBÉM, NOJENTOS DA POLÍTICA
que explorais, eleitos, o Patriotismo!
Maquereaux da Pátria que vos pariu ingénuos
e vos amortalha infames!
E vós também, pindéricos jornalistas
que fazeis cócegas e outras coisas
à opinião pública!
E tu também rebento fardado:
Futrifica - te espantalho engalonado,
apeia - te das patas de barro,
larga a espada de matar
e põe o penacho no rabo!
Ralha - te mercenário, asceta da Crueldade!
Espuma - te no chumbo da tua valentia!
Agoniza - te Milhafoles armado!
Desuniversaliza - te da doutorança da chacina,
da ciência da matança!
Groom fardado da Negra,
pária da Velha!
Encaveira - te nas esporas, luzidias de seres fera!
Despe - te da farda,
desenfia - te da Impostura, e põe - te nu, ao léu
que ficas desempregado!
Acouraça - te de senso,
vomita de vez o morticínio, 
enche o pote de raciocínio,
aprende a ler corações,
que há muito mais a fazer
do que fazer (TRAVAR , perdoa - me Almada!...) revoluções! ( é que os tempos são outros... )


... E tu, meu rotundo e pançudo - sanguessuga,
meu desacreditado burguês apinocado
da rua dos bacalhoeiros do meu ódio
co'a Felicidade em casa a servir aos dias!
tu tens em teu favor a glória fácil
igual à de outros tantos teus pedaços
que andam desajuntados neste Mundo,
desde a invenção do mau cheiro,
a estorvar o asseio geral.
Que mais penso em ti, mais tenho fé e creio
que Deus perdeu de vista o Adão de barro
e com pena fez outro de bosta de boi
por lhe faltar o barro e a inspiração!
E enquanto este Adão dormia
os ratos roeram - lhe os miolos,
e das caganitas nasceu a Eva burguesa!
...
... Olha para ti!
Se te não vês, concentra - te, procura - te!
Encontrarás primeiro o alfinete
que espetaste na dobra do casaco,
e depois não percas o sítio,
porque estás decerto ao pé do alfinete.
Espeta - te nele para não te perderes de novo,
e agora observa - te!
Não te escarneças! Acomoda - te em sentido!
Não odeies ainda que ainda agora começaste!
Enjoa - te no teu nojo, mastodonte!
Indigesta - te na palha dessa tua civilização!
Desbesunta - te dessa vermência!
Destapa a tua decência, o teu imoral pudor!
Albarda - te em senso! Estriba - te em Ser!
Limpa - te do cancro amarelo e podre!
Do lazareto de seres burro!
Desatrela - te do cérebro-carroça!
Desata o nó cego da vista!
Desilustra - te, descultiva - te, despole - te,
que mais vale ser animal que besta!
Deixa antes crescer os cornos que outros adornos da civilização!...


Almada Negreiros - excertos, abusivamente retirados, do Narciso do meu Ódio de Almada Negreiros


Que querem? Não estou nos meus dias...

sábado, dezembro 24, 2011

O " Almeida - Mor do Reino "





" Portugal precisa de uma boa vassourada " - tal é a exigência do sr. António Ribeiro Ferreira ontem, hoje, no " I ", como anteontem, como sempre, nos jornais que lhe sustentam a prosa reaccionária, salazarenta e bafienta. 
Para esse senhor, Portugal ainda vive prisioneiro dos sindicatos e de mitos ( sic ) como o da concertação social..., cito, e que essa ralé sindicalizada deveria ser toda arrebanhada ( ai que saudades do Velho, não é Ferreira? ) e posta a trabalhar numa democrática requisição civil.


Para o sr. Ferreira, as greves não deveriam  incomodar ninguém, nomeadamente o seu nariz aristocrático e o espaço entre as suas orelhas e se pudesse acabava com elas numa decidida vassourada.


É pena que tanto zelo faxineiro não possa ser aproveitado por nenhuma Câmara municipal, nomeadamente nos dias em que os seus empregados de limpeza, incomodados com tanto mau cheiro com que certas luminárias empestam o ar, se afastam por umas horas do seu trabalho.


Fica aqui a sugestão da sua requisição civil para quando necessário...
É gente desta fibra patrioteira que o País precisa, não é?

quinta-feira, dezembro 22, 2011

ONDE PÁRA O CINISMO?



A Coreia do Norte chora em prantos a morte do seu líder mui amado e provoca no Ocidente uma vaga de  cepticismo sobre a possibilidade de em qualquer outra parte do mundo acontecer tão inacreditável manifestação de pesar pela morte do principal responsável da governação...

Do que isso nos diz sobre a nossa circunstancialidade desafectiva de incapacidade de compreensão empática dessa , para nós, despudorada manifestação pública de pesar pelo desaparecimento de um líder político, sem a referenciar como uma ópera bufa, também ela despudoradamente ensaiada, um reflexo contundente de como se manifesta sobre os povos o poder da lavagem cerebral e o medo induzido pela repressão, seja ela fascista, comunista, religiosa, cultural, financeira, económica ou...DEMOCRÁTICA, quando ela se nos apresenta, não necessáriamente com a face da Morte como em outras paragens, mas com a desconjuntividade oclusa de NÃO HÁ ALTERNATIVAS no OU...., OU reaccionário e tendencialmente autocrático que nos marca hoje o percurso histórico, é que há uma reflexão a fazer, sobre nós e sobre os outros.

Claro que seria impossível, ensaiada ou não, assistir, por enquanto, nas sociedades ocidentais esse tipo de pranto, por razões óbvias...

terça-feira, dezembro 20, 2011

RESERVAS...



Muito DIFICILMENTE comentarei o que diz, pensa e faz este senhor, a quem nunca compraria um carro usado, sem cair nos braços da Justiça. 
Se alguma vez tiver de comentar o que ele diz, pensa e faz, terei de usar de toda a minha civilidade para não cair no insulto.
Daí a ausência forçada de opiniões sobre ele...
Virá tempo...







PAZ COM A HISTÓRIA?







O ministro da Defesa, José Aguiar Branco, afirmou ontem, segundo o jornal " I ", que, cito, " Portugal vive mal com o tema da guerra colonial... e que é preciso fazer a paz com a História "


Eu quero crer que ele se refere à estória em vez da História, coisas completamente diferentes. É que a História regista os factos;  os historiadores e os interpretadores trazem à nossa memória a sua visão racionalizada, quero crer, se não seriam meras opiniões, do que, na mais das vezes, conheceram em segunda ou terceira mão.
Só as estórias do conflito continuam ainda a alimentar em desassossego algumas almas. A História, essa, registou um passado, cujas recordações traumáticas atira aos que como eu, lá estiveram, para outro campo de análise.
 Ora, isso é o campo da Psicologia e, ressalvando as consequências que sobre fracas almas provocou, tudo isso já é PASSADO. Basta perguntar aos angolanos, aos guinéus e aos moçambicanos e, eventualmente a alguns caboverdianos que ou de um lado ou doutro lá estiveram o que pensam da angústia existencial ( cinismo à parte...) do Ministro - a resposta seria uma gargalhada bem - disposta.


É também a minha...

segunda-feira, dezembro 19, 2011

PAULO BENTO



O actual seleccionador nacional da equipa portuguesa deu uma entrevista à " ÚNICA "  do Expresso e falou, de si e dos outros.


Sobre o seu perfil psicológico desvendou, ou melhor, reforçou o que, leigos ma non troppo, como eu já sabiam...
" Dou máxima liberdade, exijo máxima responsabilidade " - diz ele... Acontece que essa máxima EDUCATIVA tem as suas virtudes no relacionamento pais/filhos e é completamente improcedente e releva de uma arrogância e autoritarismo evidente na relação entre adultos pela projecção pessoal e  impertinente de um cargo hierárquico na interpretação do que é liberdade e responsabilidade para o Outro.


Sem renegar o papel de gestor/organizador que lhe cabe no funcionamento, TÉCNICO e não formador, de um grupo de homens adultos e responsáveis ( chegaria a maneira como geriram as suas carreiras profissionais...), não lhe devia caber, por uma questão de respeito, o papel de mestre-escola com que ele costuma pontuar a sua posição de TREINADOR TÉCNICO E... MAIS NADA.


A discordância, a queixa, o arrufo, as birras, a competitividade, dentro de uma equipa de futebol faz parte do seu normal funcionamento, mormente com as escolhas do seu técnico.
Saber gerir, sem juízos de carácter, os campeões na sua profissão, não é para qualquer um. Poucos o sabem fazer e Paulo Bento, se não fossem os circunstancialismos que rodearam a sua formação como homem, deveria sentir isso.
A questão que se põe quando se confunde o falar claro e ser frontal com falsas consciências não tem nada a ver com verdades e mentiras; o insulto, o autoritarismo, a ignorância,o ressabiamento, a mentira, as más decisões, por exemplo, também podem ter essas características, aparentemente virtuosas para Bento, sem deixarem de ser condenáveis, em juízo.


VIVA A SELECÇÃO NACIONAL! FORÇA RAPAZES!

domingo, dezembro 18, 2011

Da História moderna...

... após o decreto terminal da morte das Grandes narrativas resta um olhar apaziguador, comprometido, com o seu fim, de que a derrocada do experimentalismo soviético deu um grande empurrão com a incapacidade de conciliação da liberdade política com a construção de um estado TENDENCIALMENTE justo, afrontando os seus representantes com o cumprimento do compromisso que esteve na matriz da construção das comunidades, nações, estados - o equilíbrio das forças em presença em vez da lei - do - mais - forte.


Sobre o papel conformista e demissionário, pelo menos no que à sua componente científica diria respeito, dos historiadores modernos, após a derradeira tentativa falhada na ex- URSS, diz Peter Sloterdijk in Palácio de Cristal - .... por fim torna -se necessário pôr em prática um pensamento com uma configuração totalmente diferente - um discurso sobre as coisas históricas discreto, polivalente, não totalizador, mas, antes do mais, ciente da circunstancialidade das suas perspectivas.... E conclui ...- Nesta concepção, tudo é correcto, até à conclusão final, que quase sempre aponta para a direcção falsa, de RESIGNAÇÃO. ( sublinhado meu...)


O perigo do que ele chama precipitação na análise, necessáriamente circunstancial do historiador que escreve sobre a pressão dos factos e do calendário é evidente, pela distorção, quase sempre anexada a uma visão pessoal e comprometida com os factos decorrentes e a funcionar em velocidades tão pouco históricas.
Tudo isso veio - me à lembrança e como leigo deixo a minha apreciação sobre o desapreço do historiador moderno Dr. Rui Ramos sobre a escolha por parte da revista TIME, do Protester ( contestatário ) como personalidade do Ano.


O historiador faz uma distinção apressada entre o contestatário da chamada Primavera árabe e o contestatário europeu com uma, também denunciada linearidade por parte de Sloterdijk, distinção legitimada ( fantástica a nuance...) dos contestatários árabes, que na visão do historiador afrontam uma ditadura em nome de uma democracia ( vulgo, eleições... ) enquanto o contestatário europeu, já a viver uma democracia, só tem de se resignar às consequências incontroladas do seu voto e ponto final e não per der o seu tempo a tentar MELHORAR o que nítidamente fede por todos os lados, num mero hedonismo de protesto, útil para alimentar os circos mediáticos ocidentais  ( cito ), quando o que se pretende é discrição absoluta na estratégia do derrube e demolição de uma conquista civilizacional - o Estado Social.


Confesso que não soube exactamente como lidar com o texto e de quem estava a discordar, se do político, do comentador ou do historiador. O que eu sei é que o medo é muito grande e há razões para isso. Por enquanto, os sindicatos estão a fazer o papel controlador que lhes está na matriz..., porém não me admirava que da desobediência civil pacífica que tarda, se parta para uma escalada menos hedonista...


Os conselhos paternalistas, amestrantes, dentro em pouco de nada valerão àqueles a quem se aponta o caminho do exílio, porque não terão nada a perder, pelo contrário...


CUIDEM - SE!

AOS ESQUECIMENTOS CONVENIENTES...

... Que aos portugueses desatentos foram trazidos à sua lembrança, por M.Sousa Tavares no Expresso de ontem, convém um cotejo comparativo com o que nesse mesmo semanário tem sido dito e redito por esse poço de ódio e manipulação rasteira que, ao mesmo tempo que esconde os factos, insiste em bolsar estados de alma sobre o carácter de quem o ignorou e ignora - José Sócrates.


Miguel S.Tavares escreve sobre factos e sobre a injustiça das aleivosias interpretativas que sobre eles se escondem nos ataques rasteiros que semanalmente o Sr.Crespo nos traz nesse jornal, como o faz o sr. Ferreira no " I ".


Da compreensão do que faz um e fazem outros como esses dois, está a diferença entre duas maneiras de encarar o papel de um jornalista.
Eu cá prefiro a honradez de M.S.T. 

sábado, dezembro 17, 2011

DA LEVEZA MÓRBIDA DO SER....

....E da desafectação, que num espaço tão exíguo como o é o ambiente familiar, e o modo como ela se compraz em mesquinhas atitudes de desamor que só a empatia concordante e cúmplice universaliza, deixo - me transportar adivinhante, para cada um dos espaços familiares do país que habito, em mágoa de estupor e pasmo...


A ser verdade a transliteração, não me sobra uma gota de mágoa pelo ser desviante que eu sou, habitante desse espaço que tento moralizar em decência, que o afecto, por mais que me digam o contrário é coisa de inteligência, pelo menos para os adultos racionais.


Deveria estar a lamentar mas racionalizo já que é condição que me protege de qualquer tipo de sofrimento, vindo de onde venha, da mesquinhez, da estupidez, do pasmo e infantilidade emocional do Outro que, em qualquer situação, habita o MEU universo.


Impossível o RESGATE contrabandeado da minha essência de Homem, IMPOSSÍVEL!
Da outra impossibilidade que seria a sua corrupção, nem a morte, com a sua carga de esquecimento, apagaria uma narrativa que comigo se irá, incorrupta, e que nunca deixou de me pertencer, para além das leituras outras...


EU FUI, SOU E SEREI LIVRE..., para além das interpretações que qualquer Ser vivo faça sobre esse corpo e espírito, que habito respeitosamente...

D' os GUARDA -LIVROS...

... e dos contornos de uma assumpção culposa do direito de ser feliz se faz hoje a história dos povos mediterrânicos, armadilhados por uma visão mítica e mistificadora do mundo por parte de uma cultura glaciar onde de há muito se desvaneceu, numa fria e sistemática racionalização existencialista, a narrativa do humano na plenitude de todas as suas aspirações terrenas ao direito de ser o condutor da sua própria história.
O amestramento condutor do que se considera vil e irresponsável, ocupante de um edénico espaço matriciador, fede a inveja da capacidade do gozo da Vida nas suas potencialidades AQUI e AGORA, por parte de um conjunto de nações que ao NADA existencial já há muito descobriram a resposta terrena.


Descobrir hoje nesse espaço comportamentos miméticos e  descaracterizados por parte dos seus habitantes releva de uma esquizofrénica aculturação que a massificação tendencialmente globalizante tende a impôr culturalmente, BUROCRATIZANDO, não sòmente os líderes colaboracionistas mas também a sua classe média, assustando - a com a perca dos " privilégios " patrimoniais obtidos. Cria - se uma cínica cumplicidade efectiva que os braços caídos testemunham.


" GOVERNO LANÇA PACOTE DE REFORMAS MAS ESPERA  FORTE CONTESTAÇÃO " - titula o Expresso
E eu acrescento, E ESTÁ - SE BORRIFANDO PARA OS PROTESTOS, enquadrados por sindicatos democratizados, melhor, domesticados pelo políticamente correcto, os quais à imoralidade efectiva do Poder, responde com o bom - comportamento, desprezível, desprezável e castrador que lhe tem marcado  o conteúdo programático do seu, também arrebanhamento das massas, quando DEVIA apelar a uma desobediência civil generalizada a todas as medidas sem alternativas do Poder vigente e demissionário das suas obrigações para com o povo que REPRESENTA.


Há uma programação, não necessàriamente obscura, por parte deste Governo, ideológicamente marcada, a que urge pôr termo, JÁ, antes que de povo bovino, na sua perspectiva bisonha e sabuja, passemos a mentecaptos.
As medidas programadas para a Segurança Social são inaceitáveis. É preciso PARAR POR AQUI! 

ADEUS, CIZE...


ADEUS, CIZE, descansa em paz...
Ao enfrentares o Velho canta - lhe uma das nossas mornas. Lembra - Lhe a imperfeição da Sua obra nos humanos e na " divinização " que alguns tentam fazer ao Seu trabalho.

quinta-feira, dezembro 15, 2011

AQUÍ TE AMO...

Aquí te amo.
En los oscuros pinos se desenreda el viento.
Fosforece la luna sobre las aguas errantes.
Andan días iguales persiguíendose. 


Se desciñe la niebla en danzantes figuras.
Una gaivota de plata se descuelga del ocaso.
A veces una vela. Altas, altas, estrellas.
O la cruz negra de un barco.
Solo.


A veces amanezco, y hasta mi alma está húmeda.
Suena, resuena el mar lejano.
Éste es un puerto.
Aquí te amo.

Aquí te amo y en vano te oculta el horizonte.
Te estoy amando aún entre estas frías cosas.
A veces van mis bejos en esos barcos graves,
que corren por el mar hacia donde no llegan.
Ya me veo olvidado como estas viejas anclas.
Son más tristes los muelles cuando atraca la tarde.


Se fatiga mi vida inútilmente hambrienta.
Amo lo que no tengo. Estás tú tan distante.
Mi hastío forcejea con los lentos crepúsculos.
Pero la noche llega y comienza a cantarme.
La luna hace girar su rodaje de sueño.


Me miran con tus ojos las estrellas más grandes.
Y como te amo, los pinos en el viento, 
quieren cantar tu nombre con las hojas de alambre.


( Pablo Neruda )

quarta-feira, dezembro 14, 2011

E VOLTANDO ÀS GAJAS...





....Já que ficaram coisas por explicar...


É claro que seria quase impossível ver acontecer à Sra. Merkel, à Tipzi Livni, à Christine Lagarde, à sra. Clinton, ou à longínqua Thatcher, o que aconteceu ao DSK, ao Cain, ao Bill Clinton, ao Spitzer e ao Berlusconi.
Não diria o mesmo da Kirchner, da sra. Dilma ou da insonsa Aung San Suu Kyi, nunca se sabe...


É que a capacidade de sedução ao poder, pelo poder, é tremenda e quando o sedutor(a) é apetecível, então não custa muito o sacrifício se o algoritmo ainda funcione...


Eu não chamaria " GAJAS " a esses dois exemplares do feminino aí em cima e por outro lado, o que vem aí por baixo não seduz 99% dos gajos, quer o sejam ou não...



PATETICES

1 - CASO RUI PEDRO


Está em julgamento, em absurdo, a " validação " das provas aduzidas, não se sabe de quê ao certo, numa kafkiana demonstração da inversão do ónus da prova, à espera que seja o acusado, ninguém sabe bem de quê, a demonstrar, depondo, a sua inocência sobre a acusação de um rapto não provado.


PATÉTICO!


2 - D'OS MEDIA


O país, segundo as diarreicas e diárias reportagens das televisões, DEVIA estar suspenso das implosões das duas torres do bairro do Aleixo...


PATÉTICO!


3 - DO DESPREZO...


...  do governo pela sorte e empenho de 5.ooo crianças filhos de pais portugueses emigrantes aos quais se retira a possibilidade de aprenderam a lingua dos pais e eventualmente do seu país com o despedimento dos professores encarregues desse mister...

PATÉTICO e IRRESPONSÁVEL!

segunda-feira, dezembro 12, 2011

D' os XX e dos XY...











Tenho por mim, e estou a repetir - me, que tal como tinha previsto nos longínquos anos sessenta à minha então namorada, que a emancipação feminina que, então, ajudámos a cumprir, nós, a minha geração, foi a maior e mais importante revolução que aconteceu neste belo planeta.


O equilíbrio que, periclitante, nos mantinha na perna única do Y, iria sustentar - se no duplo V, no X sólido e prático do feminino.
A Democracia, produto racionalizado do masculino, teve então uma aderência  avassaladora por parte das nossas companheiras que a sentiram como o veículo ideal para a sua independência futura.
A realidade de hoje mostra - nos uma voraz liberalização do mundo, sustentada por uma aceitação abrangente e quase totalitária do feminino em tudo o que ao humano diz respeito. Resistem ainda bolsas de condicionamento religioso, dependências várias e... algum medo da SOLIDÃO, o drama maior que ainda limita a sua total liberdade mas já não falta muito...


A EVA dá cabo de qualquer Paraíso, dizia - se perante o desconforto que a rápida compreensão pelo feminino das armas ao seu dispôr, provocava no derrube, por vezes irreflectido, de dogmas, preconceitos,  tabus, respeito humano e... dependências várias ao prazer do gozo pleno da VIDA.


Googlem as gajas, brinca muito sèriamente, Clara Ferreira Alves, na sua Pluma Caprichosa do último sábado e cai (rá), em devolução prazenteira, numa uniformização peniana do bicho-homem - os gajos são todos iguais. Serão, Clara?


Eu não a compararia às vetustas criaturas da Casa dos Segredos, que certamente olhamos com uma certa sobranceria, pela simples razão de que há primatas para todos os gostos. Há gajos, como eu, que se divertiram muito a sério com a seriedade do seu prazer e outros que, às gajas prefere - as únicamente na missionária posição do antigamente que muito gozo nos deram e dão, às gajas e aos gajos, e se deixar de ser assim, ISSO tudo perde a piada e não serve para nada...


Eu sou dos que ainda diz cachopa, pela infantilidade charmosa ( essa foi para suavizar...) e inultrapassável, que aos meus olhos, mantêm até morrer...


MAS.... grande mas..., acho que a COLABORAÇÃO e não juízos apressados ( normalmente sobre a nossa pulsão sexual ) sobre um ser que para o feminino é mais complexo do que querem acreditar ser, é FUNDAMENTAL. No fim de contas não vos EXTERMINÁMOS, POIS NÃO, e estão cada vez mais belas... e... LIVRES, NÃO?

domingo, dezembro 11, 2011

REAL MADRID 1 BARCELONA 3

É que não há volta a dar, MOU..., Barcelona é de outra galáxia e tem um jogador ímpar que, joga como uma velhinha, segundo Cajuda e que quando precisam dele responde como o extraordinário jogador de equipa que o é nesta EQUIPA fantástica que é o Barcelona.


 E ainda por cima os teus jogadores já se convenceram disso, a começar pelo Ronaldo, que à primeira contrariedade do jogo com Messi, esconde - se dele  e... apaga - se, reconhecendo - lhe implicitamente a justeza da ostentação do ceptro que merecidamente empunha.





sábado, dezembro 10, 2011

FODASSSSSSS!!!!

A Alemanha, o Reino Unido e a França, são nações com contas a saldar, assim como os USA com a RÚSSIA  e aqueles com a China.
Ora bolas, por onde andam os historiadores, sociólogos, filósofos, mesmo que venais, conformistas e colaboradores, para não serem capazes de explicar com TRANSPARÊNCIA INTELECTUAL, em cada um dos ramos do seu saber (!!!!!????), as motivações elementares dos líderes medíocres que encetaram, à frente das suas nações, esta pocilga mal - cheirosa com que começámos o século?


Que Cameron tenha, sem novidade alguma, " boicotado " a Cimeira decisiva ( mais uma...) da UE e que Sarkosy tem-te-não- te-caias mascare a petainista independência colaboracionista com ses....., merdosos e impotentes, lembra - me a mole posição europeia antes da invasão da Polónia o que não me admira nada - os british são piratas, sempre o foram - e a modernidade só os refinou na abordagem. Da UE,como històricamente lhes assiste só lhes interessou a polpa e nunca as ideias e isso já vem desde o despertar do iluminismo no Continente e assim continuará. Nunca apoiarão, e têm razões para isso, a Alemanha ou a França e não foi por acaso que não quiseram entrar no EURO. Hoje, os factos dão-lhes razão.
 Há uma estratégia de capitulação, com colaboracionistas úteis, da qual o seu espírito ilhéu se
 desmarcou, numa racionalização rebelde de que aparentemente só um ilhéu foi capaz de produzir naquele conformista " peditório " lunar onde a Alemanha não aceita um BCE universal, já que lhe é o instrumento fundamental no controlo dos pedintes  e eventuais mendigantes.


E segue a dança à volta da fogueira...

DOS " INTERPRETADORES " ...

Sócrates, ex P.Ministro português disse numa conferência coloquial em Paris o seguinte - " ... Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida  é uma ideia de criança... "


Eu interpreto - Na lista dos devedores, em termos nacionais, Portugal, Grécia ( não referido...) ou Espanha, ocupam um lugar modestíssimo no ranking mundial. Do que se trata, já que nenhum país, uns por impossibilidade material, outros sob o risco de um apocalipse económico, é que NENHUM país põe como possibilidade o pagamento imediato e total das suas dívidas, até porque o sistema vive disso, exceptuando claro os muuuuito pobres ou o meu amado Cabo Verde.


Esta foi a minha interpretação livre e gratuita do que o ex - P. M. quiz dizer. Muita gente quis ver de outra maneira; uns porque não estudaram, os leigos, outros por manifesta má - fé.


Eu dou uma pequena lembrança para ajudar e o raciocínio interpretativo é vosso...


Eis uma amostra da lista fornecida e actualizada do site INDEX MUNDI  sobre as dívida nacionais em biliões de dólares:


ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA - 13,980 BILIÕES DE DÓLARES
REINO UNIDO                                  -    8,981        "          "         "
ALEMANHA                                      -    4,713
FRANÇA                                            -    4,698
HOLANDA                                         -    3,733
JAPÃO                                               -    2,441
......
ITÁLIA                                               -    2,223
ESPANHA                                          -    2,166
GRÉCIA                                             -       533
PORTUGAL                                       -       498
.....


CABO VERDE                                   -           0


Raciocinem sobre esses números com uma certeza diplomática - Se os Estados Unidos fossem obrigados a pagar a totalidade da sua dívida, entraria em guerra com os países credores. Não!!!? Não acreditam?

sexta-feira, dezembro 09, 2011

ESPERO QUE NÃO ACABE ASSIM...



A MEMÓRIA DOS POVOS é curta e quando associada à miopia política em circunstâncias de grande tensão social e civilizacional torna - se criminosa, por negligência e estupidez.


Está já , parece, completamente apagada a lembrança do terrorismo europeu. Hoje, com as " armas " de que poderá dispôr, a começar pela informação à sua disposição poderá ser devastador, se o ressentimento e a pobreza continuarem a crescer entre e dentro das nações europeias.
É que só Estados fascistas poderão fazer - lhe frente...

COMEÇOU ASSIM...

                                         
                                              ( com uma vénia ao Helder's cartoons...)


Já não falta muito para que as discussões se centrem nos " culpados "..., eu diria melhor, nos mentores de uma U.E. a duas velocidades. Toda a gente sabe quem dirigiu o conformismo paralisante e a cínica estratégia de refundação de um espaço económico, depois da engorda das últimas décadas pelos maiores beneficiadores da zona euro.


Enquanto os resgatados, os em via de o serem, caíram numa negação esquisofrénica da denúncia do abandono e perante a Grécia assumiam ares de imbecil soberba, em vez de terem  uma posição concertada sobre o que há ano e meio se perspectivava, quando TODA A GENTE, especialistas e leigos, já tinha descoberto que TUDO se resumia, ( malgrado os excessos de endividamento dos países mais débeis econòmicamente, deslumbrados pelo crédito fácil ) , a um ataque virulento, sem precedentes, ao EURO, toda uma estratégia de dominação voluntàriamente aceite pôs - se em marcha com uma alternativa catastrófica, em caso de resistência.


A falta de escrúpulos em toda essa encenação tem um marcador genético, por um lado, ( podem chamar - me misógino...) e nacional por outro e provém de uma narrativa histórica temporária e circunstancialmente suspensa.


Agora está a retomar a sua marcha...

segunda-feira, dezembro 05, 2011

D'os MENINOS RABINOS...









O desenquadramento ao Poder, configurado nas simbologias paternas, políticas, económicas ou religiosas com a definição tacteante  das margens de actuação e transgressão é uma marca identificadora do crescimento, sempre problemático, para a juventude de qualquer comunidade humana.
A paz aparente que no Ocidente tem sido até agora manipulada pelos poderes, influenciando por décadas o niilismo juvenil enquanto os graúdos tratavam do seu futuro, ameaça acabar.


Distraídos em esquemas ( não encontro melhor designação...) de remendos do statu quo, as supremacias, na feliz terminologia de Sloterdijk, com o apoio de escribas arrepiados então com o aparente nivelamento consumista que aproximava a ralé dos senhores, atropelando - os numa invasão ruidosa do espaço público, desleixaram o essencial quando ao empobrecer a ralé e os remediados deixaram sem controlo os seus filhos que sem dinheiro nem apoio dos pais, nem emprego, começaram a pensar e os resultados, ainda trôpegos, ainda caóticos, ainda hesitantes, começam a aparecer, sinalizados por exemplo nos ataques cibernéticos.


Dêem - lhes mais tempo e reforcem a intimidação policial. Será o rastilho necessário para o refinamento das estratégias e da racionalidade no desmascaramento de tudo o que é corrupto ou está em vias de se corromper, como a Democracia, por exemplo...
Há uma certeza evidente - são decisivamente mais inteligentes e o tempo joga a seu favor, como é próprio da natureza das coisas.

domingo, dezembro 04, 2011

DA " REFUNDAÇÃO " da U.E.



A Política deve(ria) ser actualmente o único ramo específico do conhecimento que se obriga(ria) a interrogar as massas " não - especialistas " sobre o que deveria fazer ou ser feito.
Sabemos que isso nem sempre acontece; em rigor só acontece quando se referenda, não um projecto, ( seria tolice...) mas uma Lei específica.


A particularidade de leigos a ajuízarem especialistas e eventualmente condená - los à demissão coerciva pelas eleições, radica no conceito muito pouco racional da vontade da maioria, entendida como uma entidade colectiva dono de uma omnisciência que escapa ao individual, a que se deve atribuir a Verdade, ou no mínimo o bom-senso no seu julgamento.
Um piloto de um Airbus com problemas na cabine nunca abandonaria o cockpit para indagar junto dos passageiros, sem ser tomado por imbecil, sobre o que fazer. Porque há de parte a parte uma relação de confiança tácita que se estabelece quando alguém entra num avião, da capacidade assumida por um e da " crença " baseada na normalidade que a racionalidade exige, do outro.
Essa confiança, chamemos - lhe civilizacional, está a perder - se em relação à classe política que delegou cobardemente as suas obrigações aos BUROCRATAS fazedores e multiplicadores de dinheiro traindo uma máxima universal que nos diz que a riqueza de uma nação, em qualquer das suas vertentes, é criada pelo trabalho concreto do seu povo no sentido do seu melhoramento global.


O sentimento geral que engloba hoje os governados, do lado de fora do condomínio, é a falta de confiança nos seus líderes, baseado no único critério de avaliação pertinente e fundamentado que lhe é possível  -  a Realidade, onde todos somos especialistas de nós mesmos. E a realidade evidencia - nos que as coisas não são o que desejaríamos.
Como ela pode ser transformada num prazo relativamente curto, o que não é possível à natureza humana, tomada como uma complexa e mítica entidade colectiva, a solução é evidente - Mudam - se as normas do funcionamento do regime e principalmente do sistema económico e financeiro que foi sufragado pelo apelo ao que a Democracia tem de controlar - o individualismo, o corporativismo, a selvageria financeira, insensível ao descalabro das nações.


Quando vejo, revejo e continuo a ver a dupla Merkozy em exercícios imperialistas de puro narcisismo político hesitarem na contenção da gangrena mercantil que se alastra pela U.E., porque não sabem o que deve ser feito ou sabem e não o querem fazer, só me resta uma conclusão, já pressentida então nas hesitações sobre o resgate da Grécia  - A estratégia está hoje à vista - Quer - se a refundação da U.E. extirpando as maçãs podres ou em troca a sua submissão aos ditâmes do par-dançante no Poder.


A pergunta é imperiosa: - Para quê?

sábado, dezembro 03, 2011

A MAMÃ MANDA...



... E OS FILHOTES OBEDECEM.


Assim é que é bonito, não é, ZÉ?


Acontece que, cá para o leigo cidadão, o provincianismo evidente da senhora já custa muito à UE, apoiada que está por uma demissionária e conformista casta parateológica, com uma configuração contabilística do mundo e dos seus habitantes, em que até hoje, pela nova doutrina a única coisa GLOBALIZADA tem sido o dinheiro e a " abertura " militarista dos espaços tendencialmente aptos a pô - LO a circular em selvática e democrática abrangência, como tem acontecido na nossa humanística solidariedade com a primavera árabe na Líbia, Tunísia, Egipto, e.... eventualmente se a China e a Rússia deixarem, na Síria, no Irão e... mais tarde, fatal como o destino, na Venezuela de Chavéz, países produtores de uma riqueza que convém estar em mãos mais comandadas e ....corruptas.


Merkel, dizia, é uma provinciana, tornada presa fácil e útil do Capital, hoje chamado  Mercado e da sua venal e corrupta burocracia.
Mais, é uma fantoche dirigida e directora da resignação ao pasmo evolutivo com que se tem formatado a opinião na U.E., com uma redutora e imbecil palavra de ordem - NÃO HÁ ALTERNATIVA- ; impossível sair do poço se não metermos mais água, o que a nossa mesquinhez recusa.


Acontece que há OUTRA alternativa para sair do poço - é trepando por ele acima e se no topo houver alguém para atirar uma corda, mais depressa se alternaria, passem as conotações corriqueiras, se esse alguém tentasse encher o poço.
Mas... desgraçadamente, a U.E. de hoje não produz esse alguém, pelo contrário e com eficiência material, enxameia - nos de drenadores, de água, impulso vital, pensamento, liberdade, revolta... e alegria.


Os meninos bem-comportados que nunca enfrentaram os pais ou as mães, cultural e anímicamente castradoras, permanecem na infantilidade, na demissão e conformismo, mimados pelo sabor das chinelas, até à velhice.
Apesar de tardiamente, o rei LEAR compreendeu as suas circunstâncias e ... morreu velho.
As juventudes ocidentais e mundiais terão esse tempo todo para crescer?

terça-feira, novembro 29, 2011

SÍRIA



Aperta - se o cerco a Assad com sírios a manifestaram - se contra as sanções da Liga Árabe e contra a ingerência estrangeira nos seus assuntos internos.
Eventualmente, se a posição da Rússia de contrariar as sanções económicas não passe de uma manobra táctica, Assad cairá como previsto na lista dos chefes de estado a depôr, aqui estampada neste blogue por alturas da queda de Sadam.


A Europa fia mais fininho... é mais cínica e matreira de que o seu parceiro do outro lado do Atlântico e por cá vai substituindo os chefes de governo eleitos democráticamente por tecnocratas gerados pela Burocracia da UE, homens de mão sempre prontos ao beija -. mão dos chefes, ou da chefe, como é o caso presente. Será a sua contribuição imbecil para a NOVA ORDEM INTERNACIONAL...


 Entretanto, os contornos da Democracia que se está a impôr no mundo árabe são inquietantes; a burrice reiterada não tem limites, quando se prepara com toda a pompa a subida da SHARIA às Constituições de toda aquela zona na esperança estúpida de que a moderação será a palavra chave no desenlace democrático do fundamentalismo islâmico.

??????????.......



NÃO CONSEGUI AINDA DIZER NADA SOBRE ESTE SENHOR PORQUE NÃO SEI POR ONDE PEGAR....


A minha dificuldade na análise de burocratas e Burocracia acentua - se com a ascensão no panorama mundial dessa nouvel classe dirigente que está a substituir o político, o pensamento, a imaginação, a evolução, em nome de uma conservadora e reaccionária manutenção de uma visão da natureza humana definida pelas suas pulsões mais primárias e imediatas, eventualmente tomando -  se como exemplo.
Resultado - Um mundo cada vez mais bisonho e pardo com paraísos cínica e fortemente defendidos por detrás de discursos robotizados e anémicos. 


Aos poucos, este regime de castas que vai paulatinamente esvaziando a Democracia das suas virtudes, tem feito o seu percurso à vista de toda a gente que não ao seu entendimento, hoje focado em SOBREVIVER. O tempo de lazer, o pouco que ainda resta se os sindicatos se deixarem vencer no roubo de mais meia - hora de trabalho gratuito, será preenchido com narcosiantes ofertas " culturais " de que as televisões privadas se encarregarão para manter sossegado o pagode e não a pensar em revoluções fora - de - moda.


TRABALHO E ESTUPIDEZ, pois claro... Eis a alternativa contida no - Não há alternativa - ouvida na boca dessa casta de parasitária dormência...

RESCALDOS DO DERBY

Eu tinha a certeza de que o " jogo " iria a prolongamento após o apito final, e não me enganei.
A jogar só com dez jogadores durante meia - hora do desafio e ganhá- lo contra jogadores que tudo fizeram para conseguir a victória, num jogo eléctrico e bem disputado, o Glorioso teve uma comemoração entusiástica por parte dos adeptos lagartos - INCENDIARAM - LHE O BELO ESTÁDIO .


O que aconteceu a seguir, no seguimento da rábula da gaiola, foi simplesmente patético e que foi ouvir os dirigentes e ex-dirigentes do Sporting a desculpar em compreensões formais e efectivas a acção comemorativa dos seus adeptos depois da grande partida de futebol que presenciaram. Como sobre a arbitragem só o Benfica tinha razões de queixa pelo evidente exagero da expulsão do Cardoso, incendiaram a gaiola colorindo com mais vermelho a Catedral. EXEMPLAR fair-play, pois claro!


Se um estádio como o do Sporting, que possui uma FOSSA ( até a designação é insultuosa nos seus contornos metafóricos...) para conter os seus amados adeptos e não lhes causa nenhuma cócega à susceptivel dignidade, porque haveria a tela do estádio do Benfica ser uma ofensa?
 Eu sei que a cretinice pode ser contagiosa e por aí tudo bem mas já agora, se os jogos entre os chamados grandes são considerados de alto risco porque é que o Benfica haveria de armar a tela de segurança num jogo com o Setúbal, por exemplo e não com o Sporting, Braga, ou Porto?


Para acabar... o Domingos que se cuide...
Apesar da sua experiência passada com a claque do Porto e do Braga lhe ter feito alguma luz sobre esta matéria energúmena, convém pôr - se a pau...

sexta-feira, novembro 25, 2011

EM POUSIO...












...Mas atento, muito atento ao que por aí se passa - os desenvolvimentos da situação política no Egipto, na Líbia, na Síria, nos USA e, principalmente na Europa e em Portugal.
E, claro, ao diz que  se diz, de raspão, e às análises de Clara F. Alves, do JPP, de M. Sousa Tavares e de duas agradáveis " descobertas " no jornal " I " nos comentários de José Neves e de Serra Lopes.


E... um sorriso à reiterada tentativa de castração do masculino misturando alhos com bogalhos, engate com stalking, azedumes com alertas, sexualidade com melancolias.
E uma pergunta, à qual nenhum estudo ainda ousado se faz - Para quando, num universo feminino que vem dos 60 anos e por aí abaixo, um rigoroso, corajoso inquérito do desvendamento do molestamento e abuso sexual exercido sobre as, então crianças e adolescentes mulheres portuguesas, principalmente ( e por que não incluir o masculino, perguntar - se -ia, se os homens se queixassem muito de assédio ), e a publicação do resultado desse estudo?
Quero acreditar que as conclusões desse inquérito seriam de uma importância decisiva no que ao conhecimento das mulheres portuguesas e dos seus parceiros, pais e companheiros diz respeito, e explicaria, talvez, os desenlaces afectivos que medram em Portugal como produtos de um recalcamento dramático e sem saída.


Quem sabe se dos 40% da população europeia que, segundo outro estudo, sofre de perturbação mental ( eu já desconfiava... ) uma boa percentagem, que não aparece incluída ou QUANTIFICADA, ( um tabu recalcado ou desdramatizado, evidentemente... ) não padeça dos males incuídos na minha proposta/percepção?


QUEM SE ATREVERÁ, com uma tese de mestrado, por exemplo, a levar por diante esta tarefa de desmascaramento?

terça-feira, novembro 15, 2011

ESCLAREÇAMOS...

O QUE À DEMOCRACIA SE EXIGE É O SEU APERFEIÇOAMENTO e não a sua demolição, o que necessariamente OBRIGA  à melhoria genérica dos seus praticantes, se não perde o fundamento e o sentido que A deve orientar. A não ser assim, se regressarmos à lei da selva ( não esta, convenientemente formatada para alguns...), sabemos bem de que lado está a força no Caos.
Se o melhoramento da Democracia, em todas as suas componentes definidoras, deplora os chamados radicalismos e extremismos, crente na sabedoria dos seus eleitos moderados, deveria ser porque crê ser possível a UTOPIA,  o que quer que isso seja ou venha a ser no imaginário, COLECTIVO, já que ela JÁ é pertença efectiva na vida de uma minoria triunfante, que ao criar as regras do funcionamento do seu status, esvazia fraudulentamente o Real de outros reais possíveis.
ISSO é que merece ser denominado de extremismo, hipócrita e manipulador, que não as esperanças da maioria, ou não?


A visão da Utopia de Moore, lido por aí, como um aviso à navegação DO que NÃO se deveria fazer ou sonhar, é no mínimo original, como prática de psicologia invertida e de uma vigorosa gargalhada às aspirações da plebe ignara do seu tempo. 
Enfim...

DOS AUTORES INOCENTES...

Facto 1 - Anders Breivik declarou -. se autor confesso da morte de 77 pessoas mas ressalva a sua condição de inocente das acusações de homicídio.


Facto múltiplo -  Os senhores das guerras, de todas as latitudes, nunca se confessam autores de massacres nem tampouco culpados de coisa alguma.


Por alturas do massacre, escrevi por aqui que apesar do horror da tragédia, ela tinha indubitávelmente uma leitura política, não no sentido lato do termo, mas efectiva, coisa que nem os Media nem os comentadores encartados se referiram por evidente má - consciência, a mesma que assiste serena e diáriamente ao assassinato dos OUTROS, em outras paragens, apaziguada pelas necessidades políticas e ideológicas do Poder dos seus países, sem nunca ter sido chamada a se inocentar ou a se culpabilizar pelos actos hediondos cometidos em SEU nome.


A crítica das razões do Poder teria, deveria ter como um dos objectivos a chamada à Razão, ao nosso conhecimento da verdade escondida atrás dessa natural e quase automática aquiescência dos cidadãos à falsidade contida nas alegações expressas ou tácitas por um indivíduo ou por uma ideologia.


Breivik trava uma luta política e despertou brutalmente a consciência dos seus compatriotas e da U.E. com o seu acto hediondo, postulando uma ideologia de repúdio do multiculturalismo, que paulatinamente faz a sua marcha silenciosa nos corredores do Poder e nas consciências dos cidadãos europeus, uma resistência cultural ameaçada pelo Outro, pelo bárbaro alienígena.
Diz - se por aí que Sarkozy e o Berlusconi levaram a guerra ao norte de África devido à preocupação com a invasão contínua dos refugiados.Uma colega do seu partido chegou a propôr o seu despejamento nas águas do Mediterrâneo caso ela se tornasse incontrolável.


Pergunto: se neste universo despudorado em que as decisões executivas que levam ao assassinato de milhares sob o alibi de evitar outras supostas vítimas, essas classificadas de inocentes, quando no fundo as razões serão efectivamente outras e não as hipócritas e de costas largas razões humanitárias...:
 -  Qual é a diferença moral e política entre essas decisões e as tomadas individualmente em nome dos mesmos princípios, que permite descriminalizar uns e punir outros?
A resposta sabêmo - la nós e está profundamente enraízada nos nossos automatismos biológicos de sobrevivência e não na suposta superioridade ética do linchamento praticado por um indivíduo, por uma turba ou pelo Estado em nome DO QUE QUER QUE SEJA. 


Só a auto - defesa é moral e legalmente válida.


A responsabilidade representativa do eleito não o iliba nem moral nem legal, nem criminalmente pelo assassinato, nem em presença nem à distância, porque o que está em causa é o acto em si que se repudia e não os alibis da sua aceitação. NÃO HÁ INOCENTES em nações que combatem outras nações, há vítimas de embuste e falsidades nos dois lados.
A perversidade conceptual que nos torna bons e os Outros maus também se manifesta dentro de portas quando naturalmente empurramos para as margens da criminalização os anti - sistema, com a complacência firme dos nossos preconceitos e do nosso sossêgo, ignorando que o regime teve origem no diálogo e no compromisso e não na força das verdades terminais, inexistentes.



As ideias de Breivik são falsas. Como cidadão posso contestá - las com argumentos que o levariam eventualmente a chegar à mesma conclusão; o Estado norueguês, a U.E., o Ocidente, NÃO! Só o poderão julgar como criminoso e NUNCA como político porque nesse combate de desmascaramento, perderiam.

sexta-feira, novembro 11, 2011

É disto que falo...

...Quando aconselho o escárnio como arma de demolição do statu quo.






Com a devida vénia ao blog africa minha, que postou  esta imagem do tiro de pólvora seca da abstenção ruidosa do PS e do seu líder A.Seguro na votação do Orçamento, definiu, sem palavras, o resultado final dos avanços e recuos de um partido manietado nas suas contradições ideológicas.

quinta-feira, novembro 10, 2011

Ao ABRUPTO...

Há uns tempos que não visitava o abrupto...
Fiz mal, esquecendo - me de que o JPP é um dos mais lúcidos analistas portugueses do nosso tempo e dos outros.
Continua contundente e certeiro mas precisa, justamente porque lida preferencialmente com matéria séria e gente pouco séria, de não se levar excessivamente a sério, já que não há, aparentemente, do outro lado, quem possa apontar falhas ao seu processo de desmascaramento de más - consciências quando V. funciona como um verdadeiro iluminista que o é ; só lhe tem respondido o silêncio e condescendência executiva.


Uso este termo, iluminista, porque o tem utilizado ambiguamente, quando o acho mais apropriado à sua pessoa do que às luminárias do Poder que nos tem dirigido cujas denunciadas pulsões são exactamente o contrário das aspirações iluministas; para começar, NÃO dialoga, as suas posições (delas ) são terminais, fundamentadas grosso modo no fim da História, quando qualquer processo progressista, merecedor de uma anexação iluminista, sem renegar o seu elitismo condutor ( as eleições democráticas reconhecem essa necessidade...) tem de se basear no compromisso livremente assumido, sim, de progresso equitativo entre as partes, num diálogo hoje completamente traído por uma BUROCRACIA triunfante e auto - suficiente a funcionar no olho do furacão, cuja finalidade é o PODER, ele mesmo, traduzido nos seus tentáculos financeiros e militares.
As perguntas a fazer sobre o Progresso contínuo, à legitimidade desse Poder em democracia, sobre o seu uso dissonante com a realidade social que lhe daria o sentido da justiça numa liberdade, hoje meramente teórica e vazia de conteúdo prático, a denúncia virulenta dos exercícios hipócritas da sua compreensão formal pela contínua decadência da saúde física, moral e económica dos governados, à vista do que se passa nos centros de decisão, são, dizia, obrigações a que a CRÍTICA iluminista não se pode furtar sob o risco de também ela trair os pressupostos do que se reclama moral e socialmente portadora. 


Honra lhe seja feita  ao chamar os bo(y)is pelos nomes. E que tal, já que a caravana segue impávida e serena, até que lhe sobrevenha o assalto esperado, vergastar com mais sarcasmo, escárnio mesmo, ( sei que é capaz...) esses outros iluministas(!!!?) de que V. fala?


Até à próxima!
Cordiais saudações de um leitor atento

quarta-feira, novembro 09, 2011

HAJA QUEM MANDE...

Onde é que já ouvi isso? De todos os adversários da Democracia...


Nesses casos, quando não querem falar connosco, temos de falar deles...


António Ribeiro Ferreira, editorialista do jornal " I ", insiste nos seus dislates contra o que ele chama de políticos da treta, só que o que se revela às escâncaras é o seu desamor pela democracia...
Ontem, verberou com violência palavrosa a postura democrática tout court do ex primeiro ministro grego Papandreou por se ter ousado pensar propôr um referendo ao seu país no sentido de lhe apurar a sua capacidade de afrontamento com as duríssimas medidas impostas pelos seus parceiros da U.E.
Por outro lado, ensaliva - se pavlovianamente com a perspectiva de ver a Grécia entregue a uma Comissão de tecno - burocratas a mando da sua adorada Merkel, que iria pôr ordem na " desbunda democrática ", cito.


O que importa, para o sr.Ferreira, é a deriva tendencialmente fascista onde " a Alemanha da senhora Merkel mostre ao mundo e aos europeus que na U.E. há alguém que manda ", recito.


Política com laivos de testosterona mal amanhada, claro, em que a MAMÃ, de chinelo em riste compensará as botas saudosas do outro num imaginário em que esta estória de Democracia catita é uma parvoíce pegada.


Heil Merkel! Viva Salazar! Abaixo o comunismo!


Haja pachorra, sim, para tanta invertebração!

terça-feira, novembro 08, 2011

VOU POLEMIZAR...




VEJAMOS: EU sou um  caboverdeano, mestiço, como eventualmente o serão esses dois senhores e fatal como a Terra continuar a existir, virão a ser todos os seus habitantes, pelo menos no mundo ocidental democratizado.
Isso quererá dizer que o racismo já não é problemático nos dias que correm por estas paragens? De maneira nenhuma... Mas uma coisa é certa - não tem já a componente dramática e insultuosa que o léxico de outros tempos e de outras circunstâncias substantivava históricamente.


Chamar negro a um negro só lhe pode, se não for tão estúpido como o pretenso insultado, merecer - lhe uma gargalhada ou o sarcasmo em resposta - Isto era para ser um insulto?
Desconheço, como TODA A GENTE, a pretensa imprecação do jogador Javi, caucasiano meridional, ao jogador Alan, mestiço brasileiro, mas se meteu a palavra negro desfasada de um determinativo ou adjectivação, como por exemplo branco de merda ou preto sujo, não vejo onde poderá estar o insulto, a não ser que o ofendido, por NÃO se considerar Negro, se sentir ofendido pela ignorância do Javi e se calhar da sua, em distinguir as tonalidades que permitem distinguir as raças, sub - raças e seus derivados.


Tudo isto para dizer, desdramatizando, que mais insultuoso é o predicado e a adjectivação que o nome, para quem saiba diferenciar ou conhecer a Lingua que os veiculam.




- Ó branco, passa a bola!
- Vem cá tu buscá - la, ó negro...


Ó minha gente dos jornais, tomem juízo! 
Não façam uma tempestade num copo de água misturando as mariquices lamurientas do Alan com a facilidade de serem manipulados com a vossa tendência irresistível de manipular quem goste disso.


INSULTOS dentro de um campo de futebol!!!!???? Que PORRA, é preciso nunca ter estado lá dentro para se fazer juízos do teor dos que tenho lido. Ignorância ou pura má -fé, pois claro!

segunda-feira, novembro 07, 2011

SUSPIROS...

Um homem entra numa livraria e dirige - se  à empregada:


- Minha senhora, é capaz de me ajudar a procurar um livro?
- Certamente, senhor... Qual é o título da obra?
- O homem, o sexo forte, diz ele.
- AHH!.., suspira a empregada. Os livros de ficção científica são na cave, senhor.

quinta-feira, novembro 03, 2011

DIÁLOGOS INTERROMPIDOS...

Os problemas que hoje assolam a modernidade têm uma raíz tão funda como a história dos seres humanos e baseiam -se na resistência do conhecimento velho perante a nova consciência que o interroga e desmonta os preconceitos cristalizados em cansaço e impotência.
Quando, sobre a estabilização dessa velha sabedoria, datada, cimentada e arrogantemente surda, mudam as  realidades, que teimam em desmentir a morte das soluções, hoje apresentadas como terminais,  se levantam interrogações e reavaliações sobre o caminho seguido, o Poder responde com o reforço das suas certezas sobre um sistema em crise sistémica.
A precipitação com que as luminárias burocráticas lançaram a Globalização, sob o alibi da universalidade do Comércio e da amoralidade do Dinheiro com o pano de fundo da victória sobre as ideias contidas na ideologia socialista, foi fatal ao Capitalismo , em confronto com realidades outras históricamente desenquadradas com o seu suporte singular - a Democracia ocidental.

O grito de guerra no Ocidente é, hoje, mais PRODUTIVIDADE, para fazer face ao trabalho escravo de outras paragens.
 Numa sociedade de abundância produtiva e uma monstruosa riqueza acumulada, o normal seria, em termos de justiça para com o povo contribuinte para essa riqueza e bem-estar se o automatismo cego contido nos genes do sistema a isso não obstassem, a gestão solidária dessa riqueza em favor desse povo em crescimento e não, em demandas prossecutórias, formatar coercívamente o resto do planeta, desfasado em relação ao percurso histórico que permitiu A realidade ocidental.

A Grécia é hoje o véu de Maya a disfarçar uma evidência - a falência do Sistema - que os preconceitos reforçados pela queda do regime soviético, então simulacro perverso das ideias socialistas, não deixam ver - a superioridade ideológica e humanista contida nos seus pressupostos, princípios e fins e a sua conformidade ética com o elevação espiritual da espécie.

Daí o regresso urgente à discussão, ao diálogo ideológico com o velho e o esclarecimento, num critério intelectual, filosófico, ético e prático, junto dos jovens, sedentos de uma base PROGRAMÁTICA de acção.
Um dos maiores crimes cometidos pela inteligência ocidental e não só, foi o abandono cínico e despudorado das suas obrigações elitiistas aos práticos e positivistas de toda a ordem e à sua visão amoral do mundo e dos homens, em nome de um academismo intragável e narcisista quando não o coloca ao seu serviço em venais beija- mãos.

segunda-feira, outubro 31, 2011

A NÃO ESQUECER...








... Por TODOS os líderes do mundo, numa reflexão URGENTE e NECESSÁRIA sobre os retratos que de si dão aos povos que lideram e ... principalmente aos OUTROS.

domingo, outubro 30, 2011

E UMA PERGUNTA...

... Sugerida pelos ALTOS do Expresso de hoje ao Presidente da Ordem dos médicos, cujas posições sobre a prescrição por princípio activo se estão a revelar - se militantemente contra, que é esta - cito de cor - Se o controlo de qualidade dos medicamentos por parte do Infarmed não é suficiente, por que razão não o fazem os médicos, partindo do princípio que esta deveria ser a sua principal preocupação, em nome da saúde dos doentes, acrescento eu...


É claro que dizer que essa não é a sua função, que há uma entidade responsável por este trabalho levantaria a mesma questão:- Quem, melhor do que os clínicos, tem a capacidade real de monitorizar a eficácia dos fármacos? E fazer denúncias públicas, como é suposto ser a sua obrigação, das malfeitorias e ineficiências associadas a tal produto?
Se a Ordem tiver dúvidas sobre a incompetência da Infarmed que ponha tudo em pratos limpos antes que a sua posição comece a ser contaminada por suspeitas de interesses pouco claros com as Farmacêuticas que a rebaldaria dos bailes de piratas e dos congressos médicos trouxeram a lume.


Posto isto e como doente quero crer que são exigidas  posições claras e transparentes sobre toda a matéria dos genéricos.
É que nós confiamos NOS médicos e não nos industriais do ramo. Pelo menos eu, pela minha saúde!

EIS UM EXEMPLO...

Com outros contornos, com outras justificações amorais, já que estão em matéria de Direito, do estado de Direito, vem o Presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, António Martins alertar - nos para a violência dirigida a uma classe profissional - a dos funcionários públicos - na apropriação ilegal por parte do Estado, através do corte nos subsídios de Natal e de férias, de rendimentos dos quais são credores.


A ilegalidade dessa acção, que segundo o magistrado só seria exequível numa situação de estado de emergência ou de sítio, proclamações jurídicas que não foram até à data accionadas, é no seu entender clara e inconstitucional.


Uma pergunta: - Como é que o governo iria descalçar o SAPATÃO que uma corrida aos tribunais por parte dos cidadãos lesados, com o apoio explícito dos juízes, lhe enfiaria?

quinta-feira, outubro 27, 2011

E DA VIOLÊNCIA POLÍTICA?

Essa seria a reflexão seguinte se hoje, mesmo a despropósito, o tema não me tivesse sido roubado pelo historiador José Neves na sua " Gramática da multidão " no jornal " I ", em que exige que se faça uma distinção entre Violência e violências. É que a má-fé que acompanha o uso indiscriminado e malfeitor da palavra, que quando associada aos nossos interesses e praticada pela democracia é pedagógica, como a outra - a Liberdade - e abominável quando, dentro ou fora da democracia se expõe num outro argumentário e com outros fundamentos.


Citando, com a devida vénia, - " ... Mas estas notas poderiam igualmente aparecer aqui em resposta ao modo como muitos media tratam o problema da violência. Se há semanas atrás um jornalista se condoía com o sofrimento e a dor envolvidos nos vidros partidos de uma montra de Londres, ontem um seu colega comprazia - se excitado com o assassinato bárbaro de um homem odioso como Kadhafi. Falemos então de violências e não de violência... "


Fica para outra altura...

quarta-feira, outubro 26, 2011

LIBERDADES 2

...Dito isso, dou por mim em melancólica reflexão sobre o futuro da Líbia que acabou de assassinar o seu presidente, libertador em nome de outras liberdades então, em tempos que ainda não são memórias históricas...


Em cada alma líbia se organizou um objectivo, uma determinação, uma indiferença, uma negação, à volta da sua revolução para depôr o seu presidente, que, sabêmo - lo agora pelas filmagens dirigidas entre os revoltosos, estaria a defraudar as expectativas de liberdade do seu povo.
O objectivo claramente definido foi a reposição da LIBERDADE. Muito bem... Que Liberdade? Quais liberdades? 
Os desenvolvimentos para a nova constituição do país colocam no centro do Estado a lei islâmica. A Líbia não será um estado laico e as consignações respeitantes ao formato legislativo terão o cunho dos legisladores do partido que vencer as próximas eleições para as novas autoridades dirigentes do país.
Se levarmos em consideração as posições e as aspirações ocidentais acopladas no apoio expresso à revolução e os retomados azimutes dos otomanos expulsos da Europa e a forte componente fundamentalista abafada até então por Kadahfi, muito sangue vai correr até que sobressaia na matrix do novo país a Liberdade almejada.
Resta saber se será aquela da qual possuímos individualmente a interpretação POR ESTAS BANDAS, ou uma outra decorrente de OUTRAS MANEIRAS DE VER E SER.

LIBERDADES...

Esclareçamos as razões do meu cepticismo em relação ao receituário que se tem aplicado aos povos libertos e a libertar pela Nato...


Eu já não estou ao serviço de nenhuma Ideia sem ser aquelas continentes e sustentadas por uma formada auto-consciência que a cada passo me baliza a racionalidade pela Ética, assim mesmo, com maíuscula metafísica que é para a distinguir das éticas existencialistas, positivistas, que levaram ao falhanço do Iluminismo. 
A Liberdade é um bem pelo qual darei a vida, aliás como uma boa parte da população adulta e esclarecida, creio eu, do planeta. Conceito só fundamentado numa interiorização vivida por esse esclarecimento, ela tem nuances que as circunstâncias locais vão esbatendo em cada povo, em cada cultura.
A minha liberdade, por exemplo AQUI, em Portugal, não tem muita coisa a ver com muitos, com a maior parte da liberdade dos outros portugueses; ela só se tornou no que é, só se formou como é como produto de toda uma história de vida e assim acontece com a liberdade dos outros. A minha não é melhor nem pior do que a dos outros, é simplesmente MINHA, só que difícilmente manipulada...




( continuaremos...)

d'O CON(C)SELHO INÚTIL...

DIÁLOGO CONSTRUTIVO!!!???


O que é que ISSO pode, minimamente, significar perante as situações concretas vividas pela população em geral, a inocente e a culpada, se não uma inconsequente declaração, aliás na linha dos pressupostos que fundamentaram esse conclave simulado pelo P.R.?
Diálogo entre quem e com quem, quando, ouvindo os responsáveis, TODOS, tudo se reduz à formula desencantada pelo Governo, nas palavras do Burocrata-Mor dessa Repartição da troika em Portugal chamado Passos Coelho, aliás pertinentemente citada de Gottfried Benn (poeta expressionista alemão) - SER ESTÚPIDO E TER TRABALHO - para justificar o tipo de comportamento que se deseja aos interlocutores nacionais, nomeadamente os funcionários públicos.


A cristalização da subserviência pelo medo das circunstâncias cínicamente manipuladas e o seu empolamento deplorável faz parte de uma estratégia, se não for já a sua consequência, de abandalhamento do valor Trabalho por troca com o novo valor triunfante Dinheiro, mais fácil de manobrar e circular.


 Toda a realidade europeia vive hoje anexada à nova fase do Capitalismo que nos quer reduzir, obliterando das consciências a Ideia do Estado-Social, à realidade hoje triunfante na China, nos moldes burocráticos da administração do Estado com a selva liberal à volta nas mãos dos empreendedores e do seu valor moral supremo - Fazer mais dinheiro -, não a produção da riqueza traduzida em bem estar colectivo como garante de equilíbrios no humano, mas por puro narcisismo, a psicopatia marcante das superestruturas dominantes do nosso tempo.


Essa reunião do Conselho do Estado teve uma maquiavélica intenção a começar pela marcação pública da sua agenda com  um falso descolar do P.R Aníbal Cavaco Silva da estratégia do Governo.


Quem, entre os conselheiros, sentiu a manipulação?

segunda-feira, outubro 24, 2011

AI AI AI, OCIDENTE...

SHARIA NA NOVA CONSTITUIÇÃO LÍBIA?


Ou muito me engano ou muita gente vai sentir amargos de boca quando e se o poder na Líbia cair, democráticamente, nas mãos dos fundamentalistas islâmicos dentro de um ano.


Quando isso aconteceu na Argélia socorreu - se do exército laico. Para a Líbia que novas conspirações serão desenhadas?

AI AI AI , PORTUGAL...

Prevejo, com a entrada no melancólico Outono, um agravamento brutal da saúde da  psique dos portugueses, que o implacável Inverno atirará para o divã do psiquiatra se entretanto não  levantar o rabo desse sofá e se juntar a quem está a lutar na rua contra o status quo que a nova brigada do reumático, desta vez internacional, quer manter.

sexta-feira, outubro 21, 2011

VIVA LA MUERTE!!!???



O presidente da Líbia foi ontem assassinado brutalmente na sua terra natal pelos revoltosos apoiados pelo Ocidente.


Mais um, da lista dos inimigos dos USA e da UE, a pagar pelo seu atrevimento de bater o pé ao Império...
Na minha lista vem o presidente sírio e só depois o presidente iraniano. O presidente venezuelano, que acaba de vencer um cancro, virá por fim, se a China  abandonar  o seu comparsa sudanês entretanto... Nunca se sabe...


Por outro lado, se as coisas aquecerem na servil e democrática população ocidental e os governantes começarem a  ser abatidos pela sua população enraivecida, quem tocará os sinos a rebate?


Se me abandonar ao cinismo vigente diria que Kadafi teve o que merecia, mas acontece que me sinto um privilegiado, quase imune ao contágio amoral e hipócrita das justificações justiceiras contrabandeadas em nome de valores como a Liberdade, a Justiça, os direitos humanos, já despidos da sua roupagem original, e não o vou fazer; é que desprezo profundamente os pressupostos que estão na matriz e no pensamento da claque.


A Líbia celebra hoje em alegria a Sua Liberdade, o que quer que isso venha a ser para ela. Que aprenda depressa e bem a senti - La antes que lhA roubem outra vez, tendo bem presente o que lhe custou reganhá -La.

segunda-feira, outubro 17, 2011

POR OUTRO LADO...



... Rufa o tambor e não temas
    E beija a vivandeira!
    A ciência não é mais do que isso,
    Esse o sentido mais profundo dos livros.  ( Heinrich Heine, Doktrin )


Assim começa a Crítica da Razão Cínica de Peter Sloterdijk a sua crítica da modernidade... sem a metáfora imagética, claro...


As patologias sociais que teimam em contaminar o EU na sua procura de uma auto-consciência que lhe permita a adequação à oposição do Outro reclamada pelo Super-Eu e do Outro, reivindicante na sua autonomia, serão necessàriamente tratadas no livro que acabo de abrir, com uma antecipação de GOZO só comparável ao rufar de um tambor imaginário cujas ressonâncias imagino em antecipação.




O poderoso pensamento alemão continuava a marcar a Filosofia ocidental que, nas palavras do autor, se recusa a abandonar a cena porque a sua tarefa ainda não está concluída ...


Página 11...

A DEMOCRACIA É LUTA...



... Em todas as vertentes do que lhe está na essência - a JUSTIÇA - e será através do seu reconhecimento como uma indispensabilidade na harmonização possível e necessária das sociedades e das nações que de colectiva acabará por se interiorizar fundo em cada cidadão.
Não basta vê - la como um Bem, a venerar em displicência, como uma utopia que a natureza humana desmente nestes tempos tão pouco éticos onde a Decadência moral campeia; ela é possível tanto como é possível até onde for possível e é nestas margens de possibilidades dadas pela nossa capacidade de A exigir, forçando as coisas no sentido de contrariar a atomização acelerada dos valores que sustentaram e sustentam em dignidade humana as sociedades, hoje em vertiginosa decomposições culturais.


Num envelhecido, temeroso e conservador Ocidente, instalado em décadas de acumulação material de riqueza, a morte da IDEIA tem - se revelado na tibieza das lideranças, presas a compromissos de casta e a tautológicas redundâncias nas soluções (!!!???) sistemàticamente falhadas que estão a levar à ruína de tudo o que tão duramente foi conquistado pelo esforço de gerações passadas, traídas na sua generosidade por uma classe de contabilistas e burocratas de corrupta e amoral racionalização.
Esse desaparecimento da Moral e da Justiça nos Concílios Ocidentais tem de ser enfrentado e denunciado com vigor e, se preciso for..., com violência, com a mesma violência com que esse poder vai usar para manter o statu quo.
Enquanto a Democracia se mantiver nas estritas margens do formalismo ( por inconsequência ) eleitoral e da liberdade de expressão arrebanhada e enquadrada pelos Media do Sistema, todas as chamadas reformas ( o Velho só reforma, não tem capacidade nem pulsão para revolucionar, MUDAR o que quer que seja... ) reconduzirão, já domesticadas, todas as forças vivas do presente, representadas pelos jovens, ao passado que originou ESTE presente.


As manifestações de ontem alegraram - me como há muito não me acontecia. Espero mais e espero  que as cataratas do Poder ainda consigam descortinar o mundo real para lá da avalanche dos Power Points, das resmas das folhas de cálculo e da ementa da próxima reunião... inconsequente... e OUÇAM junto dos filhos e dos filhos dos outros a sua visão do mundo que estão, em demolição, a construir.

terça-feira, outubro 11, 2011

UMA ONDINHA...

... ESTÁ - SE FORMANDO NOS USA. Pode ser que o Tsunami inevitável venha a ser a soma de várias ondinhas que por aí se vão formando...


As informações sobre elas escasseiam, bem como de imagens livres. Eu por exemplo não consegui nenhuma  foto grátis para postar sobre as manifestações anti - Wall Street ou em outras cidades dos USA. Coincidências ou direitos protegidos? Seja como for é sempre saudável ver jovens, principalmente eles, a lutar, sem enquadramentos amestrantes, democráticos, pelos seus direitos a uma vida digna.
Sem querer, apesar de vívida, recorrer a nenhuma internacional, a verdade a que os factos históricos dão caução,  só pela luta dos povos se criarão as condições de mudanças de paradigmas sociais.


As chamadas manifestações democráticas são consideradas hoje, pelos detentores do poder, um folclore necessário que teria a mesma função de catarse de frustrações como os desportos de massas - Um circo, portanto, onde os protagonistas, bem separados dos espectadores, tratam do que interessa enquanto a turba berra à distância segura. Acontece que aos poucos uma parte dela está a saltar para a arena e mesmo que os Estados entrem num torvelinho fascista, as mudanças chegarão, DE UMA MANEIRA OU OUTRA, pela paz ou pela subversão.

domingo, outubro 09, 2011

COM JEITINHO....VAI!l

Foi - me preciso algum esforço, depois da minha visita semanal aos Media portugueses, vir falar do sr. Mário Crespo e os seus Inadaptados apontados na sua opinião de ontem no jornal Expresso, nomeadamente depois de ler Clara F. Alves ouvindo um relato lúcido de um grego amigo, do Miguel Sousa Tavares a descerrar - nos as cortinas da memória sobre um passado tão recente que só é realmente memória para quem fundo enterrou os factos e de D.Oliveira com o seu Capitalismo de candonga, ainda sobre a razão das razões das coisas serem assim e não assado num mundo onde a História dos povos está entregue à Cibernética e aos contabilistas....


Mário Crespo é um exemplo concreto dos " intelectuais " ( tenho de aspeá - lo ) ao serviço do fim da História que apontei no post anterior.
A sua azia pela vida dos outros e possívelmente da sua, espelha - se no seu fácies, onde cada músculo se retrai em azedume e desprezo, reflectindo um profundo descontentamento com uma certa maneira de ver as coisas..., simplifiquemos..., com a esquerda, ou mesmo o Estado que aparentemente não soube, enquanto andava na RTP, apreciar os seus auto - convictos dotes de fidelidade canina que ele acabou, por fim desprezado, por pôr ao serviço de si próprio.
 Alguém tinha a obrigação de reparar em tanto empenho posto na derrocada do poder socialista e conseguir - lhe o almejado posto de correspondente nos USA, o sr. Miguel Relvas, por exemplo..., Não!!!?
Vai daí, já que o fantasma do Sócrates parece ter - se esgueirado para a companhia do dono em Paris, ainda há por aí uns inadaptados aos quais urge zurzir, uns resquícios da cartilha da Internacional que ainda estrebucha e ameaça a nova Ordem.
A colagem com o caído em desgraça junto do chefe Passos Coelho, Alberto Jardim, é de génio. Nada como comparar a sabujice e a pedintice do povo com esse senhor, que finge não conhecer ninguém... e é um grande ingrato. E se ao povo anexarmos os seus sindicatos, está o serviço feito.


Elementar, diria Holmes, como elementar é a força das coisas, não?