sábado, junho 08, 2019

EQUILÍBRIO DO SISTEMA? OK!


                                                                        MARCELO

Bizarra, no mínimo ou talvez não, a inferição do nosso presidente da República sobre como deve votar o cidadão sem que com isso não desequilibre a estrutura constitucional.
Julgava que, desde o 25 de Abril, essa particular singularidade tinha sido cometida aos cidadãos da República, a de " equilibrar "ou " desequilibrar " as suas representações políticas, votadas, na Assembleia.

Acontece que a particularidade, sábia, na visão dos especialistas, de não " pôr os ovos no mesmo cesto ", ou seja, para um governo de Esquerda convém ter um presidente de Direita e, no caso de escolha de um presidente de Direita, seria de bom - senso  escolher um governo de Esquerda, não comete nem ao presidente nem ao governo a OBRIGAÇÃO de uma presumível guerrilha " equilibradora " entre esses órgãos de soberania do Estado.

Marcelo Ribeiro de Sousa, um presidente de Direita, eleito pelos cidadãos, posto perante o que considera uma crise da Direita política em Portugal pós - eleições europeias, e que prenuncia, pelas suas análises do panorama político a possibilidade de uma maioria absoluta do P.Socialista, sentiu - se na obrigação de alertar o país para a possibilidade necessária de ter de assumir o papel de EQUILIBRADOR do sistema.
Para um constitucionalista, mais do que para este cidadão comum, as interrogações sobre o COMO, para um presidente de TODOS os portugueses, o bloqueamento equilibrador de medidas de Esquerda, deixaria de ser visto como uma força de bloqueio, para citar Cavaco Silva, deverá ser de monta.

Se amanhã os portugueses resolvessem, democráticamente, repartir os seus votos pelos dezoito partidos que aportaram às europeias últimas, nas eleições legislativas de Outubro, fragmentando ao absurdo a representação política, que não institucional, claro, da nação, dificultando eventualmente a constituição de um governo estável na Assembleia e no país, " desequilibrando ", de facto, a vida política, como, perante o papel hoje assumido de líder da Oposição de Direita, equilibradora perante a força da Esquerda, seria capaz de aparecer como o grande EQUILIBRADOR?

A partir de hoje, a Esquerda, se ainda não tinha reparado, tem um desequilibrador que veio lembrá - la que terá uma oposição, subtil ou declarada, por parte do presidente da Direita, que já lançou, com as suas declarações a sua recandidatura, como um candidato da Direita.

terça-feira, junho 04, 2019

PS § PAN!!!???

NONSENSE!

Tenho ouvido por aí uns zuns - zuns sobre uma inferida tentação do Partido Socialista de se apoiar, caso vença as eleições de Outubro sem uma maioria, no PAN, vulgo partido dos animais, para governar.
O PAN, para quem não saiba, tem como projecto a " redefinição da pessoa humana ",nas palavras do seu líder e que oportunísticamente redescobriu - se como um partido ambiental.

Sei que em Política, nos dias que correm, as cogitações pragmáticas que não programáticas, tendem a privilegiar laços neutros mas úteis, em desfavor de parcerias familiares ( abrenúncio! por vezes incómodas e mito reivindicativas, mas esse (im)possível e cínico namoro constituir - se - ia, nas circunstâncias actuais e de futuras dependências, um profundo disparate.

O P.S. foi derrotado pela PàF há quatro anos e só conseguiu reerguer- se quando resolveu seguir o seu caminho natural que não histórico, que foi governar à esquerda como apoio do PCP e do BLOCO de ESQUERDA, trazendo justiça democrática à maioria sociológica do país que se reviu na solução encontrada e até hoje a apoia.
O abandono do apoio do BLOCO ou do PCP, em queda eleitoral, só justificável pelo voto útil na liderança operacional da Geringonça faceada pelo PS ou a domesticação do BLOCO através da ameaça panista terá consequências sérias, não só ao nível da governabilidade como ao próprio Partido Socialista, como partido " charneira " no universo eleitoral do país.
Com a Direita em queda e no reajuste do seu posicionamento comunicacional, seria de um grande desvario político por parte da liderança socialista o desmantelamento da Geringonça com a descredibilização que minaria de vez futuras alianças.

Quanto aos panistas, sirvo -me do excelente texto de H.Raposo - Um funeral - no Expresso, cito, " O afecto por cães e gatos ( e já agora por touros, javalis, etc... acrescento... ) quimicamente castrados e transformados em peluches não é um argumento moral, nem sequer é um argumento ambiental... ).
Nem político/partidário, acrescento eu.
Fundamentalismos por aqui? Nem pensar nisso é bom. A reconversão numa ONG seria mais consistente com a manutenção do paraíso proibido que a estupidez, uma característica só nossa, ainda não atalhara ao seu desaparecimento, até hoje. E teria o benefício do Mecenato Global.
Uma força de pressão, que a solução será dos cientistas e... dos políticos.

domingo, junho 02, 2019

RUI RIO...

... UMA LIDERANÇA NO SEU LABIRINTO...


Foi bom a Pluma Caprichosa de C.Ferreira Alves deste sábado ter vindo lembrar aos esquecidos na voragem dos casos mediáticos que assolaram a Geringonça durante esta legislatura, as patifarias da PàF durante o consulado de Pedro Passos Coelho, Portas e companhia, nomeadamente a venda ao desbarato de sectores chave da soberania do país entre os quais se avultam os CTT, a REN, o Aeroporto de Lisboa, a TAP, os Estaleiros de Viana, etc. e outros que eventualmente congeminadas não foram avante com a subida do P.S. ao poder.

A ameaça de desmantelar o Estado, confiada pelo ex-líder do PSD de má memória, Menezes, na linha do seu seguidor, Coelho, era para ser levada a sério e felizmente foi - o.
Foi preciso topete para se apresentarem durante a campanha eleitoral finda a dar a cara pelo arruaceiro Rangel, como se tudo já estivesse esquecido num país de curta memória como, por vezes, Portugal consegue ser.

Rui Rio, o novo líder social - democrata, prometeu, à data da sua consagração, afastar - se do neo- liberalismo serôdio dos seus antecessores e remeter de novo o partido à linha social- democrata dos seus fundadores, afastando-o da contaminação dos Arnault, Barroso, Relvas, Menezes, Coelho e seguidores.
Contudo, a perspectiva do afastamento por mais quatro anos do pote orçamental, tem pressionado a militância empreendedora junto do líder, turvando - lhe a sensatez nos últimos tempos, levando o partido a uma forte derrota nas eleições europeias e minando, por arrasto, a sua credibilidade auto - afirmada de homem de Estado.

Que tenha coragem de fazer uma limpeza no seu partido que quer social - democrata e que atire para os braços do incaracterístico e populista CDS detodasascausas de Cristas, os oportunistas infiltrados de Direita.Com suavidade, Costa fê -lo, com bons resultados no P.S., expurgando - o, paulatinamente de não - socialistas.
Fará, mesmo que afastado por uns tempos do Poder, melhor serviço ao país, ao PSD e a si próprio, na definição de reformas humanistas de que o país carece e fará jus à sua imagem de estadista. Amén!