quarta-feira, março 28, 2018

PROCLAMAÇÃO...

... DE UM  " INGÉNUO "...

...Que, do " senso - comum ", hoje remetido às cavernas, se espanta e se aparta, continua e continuará sempre fiel ao racionalismo, libertário e caótico, que a nossa condição cumpriu e até ao fim dos tempos continuará a cumprir, saúdo a Inteligência humanista, feroz, intrangisente, que, ao longo da nossa jornada neste belo planeta, nos define, em complacência, como seres racionais.

Só no aprofundamento dessa capacidade gratuita e generosa, que a barbárie devastou, a vaidade hipotecou, o niilismo claudicou, o relativismo menorizou, a cristalização político - ideológica impassou, o positivismo " facilitou ", o cinismo desactivou, o populismo desarticulou e o feminismo " cavalgou ", maior que todas as diferenças aprofundadas, estará a salvação da espécie, que este CRENTE na inteligência ético/racional, se proclama.

Philip Roth, como acontece a todos os " atentos " da nossa extraordinária condição de " vítimas " da nossa animalidade e do nosso divino projecto de ascensão, no dealbar do abismo ignoto do fim, regressa à melancolia dos antepassados, à procura de Godot, e abandona a ficção literária, tendencionalmente  vitalizante, em prol da revisitação da marcha, quand même, optimizada, per cause, da espécie.
Sem qualquer intenção ostentatória, este escriba fê - lo há uma década e com as mesmas derivações. Sem querer estar na posse das razões que, na sua entrevista dada à luz na Revista do Expresso de Janeiro deste ano, o fez regressar às origens, quero acreditar que o desencanto que uma história apercebida como comum, nos surja como falhada nos seus objectivos possíveis e possíveis, não seja uma coincidência geracional.
Nada nos unirá a não ser a philosofia, essa crença, despida de preconceitos e amarras tantalizantes, que a nossa bestialidade domável, ainda gere. na Humanidade.

Esta " subtil " ligação parasitada, hoje, com Roth, tentou fazê - la ele, então, na demanda da História , da confirmação do intuído, do projectado, do desejado, do explorado, do exigido, do malogrado, da possibilidade..., como milhões de nós.

A Estupidez, se bem uma singularidade nossa, pode ser um anexante descartável. A transmissão dessa " mensagem " é, nos tempos que correm, não só uma possibilidade como uma urgência.

ESSA é a revolução que, antes de contemplarmos o abismo, se exige à nova geração.