sábado, julho 15, 2006

ESSE GOSTO PELA MORTE...

Já fede a Palestina e essa guerra sem fim entre os bastardos de AGAR e os filhos de SARA...

Rufa o shofar pelas terras de ISRAEL anunciando novos yamim noraim . Quantas vezes mais o corno de carneiro israelita terá de tocar em penitência pelos dias terríveis que protagoniza sobre a Terra Santa?

A desproporção e a selvageria da retaliação !!!? de um país em paranóia persecutiva e brutalmente armada são aterradoras. Ao fim e ao cabo é a Lei de Talião em que uma parte da equação justiceira - um olho por olho... se tornou em - uma nação por um soldado.

A arrogância militar israelita, alimentada pela estupidez suicida de alguns sátrapas palestinianos, tem um mentor e um modelo de peso - os USA. A estratégia na região é comum e quero crer que só uma nação árabe super-armada poderá conter, pela chantagem atómica, o fascismo militar ou então precipitar de vez o Apocalipse das suas tradições.

GOG e MAGOG espreitam...

Bicmillah Irrahman Irrahim!

sexta-feira, julho 14, 2006

...DA NATUREZA HUMANA...

Há dias, na " Quadratura do circulo " ouvi JPP defender cristalinamente o fuzilamento, para o caso de americanos, apanhados pelos USA em Iraque ou Afeganistão nas milicias da resistência à ocupação.
Não ouvi o debate desde o seu início, mas o seu término deu-me para perceber que também se falou de Guantanamo e pela lógica da justificação apresentada pelo JPP concluo, talvez abusivamente, o que não creio, pelo que já conheço do homem que acha muito bem a maneira como estão a ser tratados os prisioneiros dessa prisão.
E dei-me comigo a interrogar-me em que filosofia, dos milhares de títulos da sua vasta leitura, José Pacheco Pereira foi beber a sua visão catastrófica do ser humano e da sua natureza irremediàvelmente biológica, aracional, que se patenteia no seu discurso judicativo.

Foi então que a blogosfera, em www.africaminha.blogspot.com, a propósito de uma posta do dia do www.abrupto.blogspot.com põe o dedo na ferida que os intelectuais, como JPP não conseguem fechar, na sua incapacidade de compreenderem o mundo real ( fora das bibliotecas ), a natureza e História do Homem.

Essa já chamada " filosofia do desespero " já teve representantes como Kierkgaard e Schopenhauer numa altura em que se esperaria que a Razão triunfante resolvesse os problemas da crise de então. A solução desesperada estaria na Vontade, representada pelo Trabalho.

As dionísias permanentes de consagração à vida incomodam os fazedores de receitas à nossa felicidade, a nós, os deserdados do Olimpo.

quarta-feira, julho 12, 2006

DE VOLTA AO MUNDO...


Em Timor o Poder negoceia, recolhe as armas que o ameaçaram, amnistia os rebeldes e decepa Alkatiri, no fim de contas a única vítima das cascas de banana que lhe foram estendidas e das quais não foi capaz de fugir.
Timor será por muito tempo um protectorado da Austrália com o patrocínio da ONU e o amén tácito de Portugal. Não é que lhe advenha mal nenhum por essa condição, pelo contrário. A estabilidade que as forças australianas impõem interessa a ambos os países, pela simples razão de que os negócios só se resolvem nessa base e o Governo terá tempo de construir de vez, e desta vez, com meios substanciais, as infraestruturas de arranque para a reconstrução do País.

Alkatiri teria alguma razão para se tentar proteger, fora do aparelho do Estado, das ameaças que o levaram a criar uma pequena milicia pessoal?

PALESTINA

Dos resultados do oportunismo e das contradições políticas que muitas vezes as oposições enfrentam quando alcançam o Poder,eles nunca foram tão evidentes como o são actualmente na situação palestiniana e no caso de HAMAS. Entalado entre o nacionalsmo político que ambiciona a construção de um Estado Palestiniano e o fundamentalismo pan- islamita, sentiu necessidade de, reabertas as feridas entre estas duas posições, fazer ensalivar de novo o poderoso vizinho, acabando com a ameaça de guerra civil, unindo de novo numa frente comum as Al - Aqsa, Al - Qassam e as Al - Quds contra o inimigo comum.
A previsibilidade canina de Israel, para o qual os palestinianos são todos iguais, torna-O também numa marionete simplória nesse espaço de Babel onde o povo continua a ser carne de canhão e o sangue tinge de vermelho as areias que já dantes colheram o de Cristo.

terça-feira, julho 11, 2006

BALANÇO FINAL

Não podia ter sido outra a explicação para a violenta reacção do tímido Zidane: Materazzi, segundo a versão TV Globo assobiou aos ouvidos de Zizou: - la tua sorella è una puttana. Na versão inglesa do The Guardian o insulto terá sido de natureza racista: - tu és um argelino de merda e um terrorista! Já para os jornais franceses o alvo da imprecação terá sido a progenitora do jogador.
Bem, fosse o que fosse, só poderia ter sido uma dessas bocas ou então um insulto pessoal do género de trocar as voltas ao diminuitivo ZiZou pelo mais adequado fonèticamente ZIZI ao nome do grande jogador ZInedine ZIdane, embora com conotações algo perversas.

O futebol, actividade viril onde a competitividade, o desejo de sucesso, em suma a agressividade, estimulada ao máximo pela testosterona, deixa pouca margem de manobra a outras actividades cerebrais que não sejam para o fim em vista, ocupado que está ( o cérebro ) e pouco oxigenado, em fornecer energia para outras paragens. O autodomínio poderá ser apanhado de surpresa por uma acção intempestiva, fora do contexto, como o insulto, por exemplo e a reacção difìcilmente será outra diferente de um acto reflexo.
Por mim, Zidane está perdoado e é-me impossível separar o seu acto da totalidade do seu carácter e da beleza associada ao seu futebol.

segunda-feira, julho 10, 2006

CAMPEONATO DO MUNDO

Cumpridos que foram os meus prognósticos, e apesar da resistência francesa, ( foi notável a vontade de ganhar e só por isso preferiria não ter tido razão ) a Itália, fazendo jus à sua escola que tão bom resultado lhe tem trazido, leva mais uma taça do Mundo: sem contundência e talvez sem a merecer.

Sobre isso um comentário, redundante, mas porque sim...O futebol, jogo de estratégia e tática, quando é praticado por jogadores imaginativos, cuja liberdade de acção não é amordaçada pelas teias da tática é um jogo fascinante, tão fascinante como o xadrez de Capablanca comparado ao da escola eslava de Karpov.
A lógica do negócio contaminou tudo, dos jogadores às equipas, dos torneios aos campeonatos do Mundo e só isso explicará a atribuição da Bola de ouro a Zidane. Desconheço as razões da perda de controlo, eventualmente justificada perante um insulto soez de Matterazi, mas regras são regras e quando elas são aplicadas incoerentemente...bem, está tudo estragado.
Vai haver um tempo de balanço para toda a gente envolvida neste formidável desporto:
façamo-lo com a cabeça fria, em prol da sua capacidade de unir os homens e mulheres deste planeta na pura alegria das emoções que provoca.