domingo, dezembro 31, 2006

AI DOS VENCIDOS!...

Sadaham não teve o que merecia. A morte é sempre uma libertação, não só para os tiranos assassinos como para os ameaçados pela tirania.

É bom que doravante os assassinos políticos sejam julgados pelos seus crimes, pelas ordens que dão para assassinar e pelas milhares de vítimas que as suas decisões políticas por vezes acarretam. Isso é que seria Justiça em toda a sua verdade e a execução de Sadaham não apareceria como a mim me pareceu um gesto de vingança, cruel, desnecessária e estúpidamente insensato, como o que se seguirá doravante o provará, com a morte de milhares de inocentes.

Mas o que é que isso interessa. Nós não vamos conhecer as vítimas das nossas responsáveis decisões e conhecíamos Sadaham.

Abominei a execução do homem porque sou CONTRA A PENA DE MORTE e o assassinato, seja ele cometido pelo ESTADO ou pelo indivíduo.
Para mim não se fez JUSTIÇA.

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Adeus 2006 !

Não deixarás saudades como todos os outros que te precederam.

A única genuína felicidade este ano tive-a com o nascimento da minha neta e com a minha determinação na minha evolução espiritual, que não religiosa, claro e definitivamente, quanto mais não seja por uma questão de rebeldia de carácter e aversão à moda e ao políticamente correcto como soe dizer-se nos conformistas dias de hoje.

Passou-se meis um ano e como tem sido norma nas últimas décadas, os problemas adensam-se sem que a Humanidade no seu todo, com os diagnósticos perfeitamente identificados, lhes consiga pôr termo ou pelo menos amenizar os contornos.

No plano interno, a moralização do Estado tem caminhado a par de uma tentativa séria de amadurecimento de uma sociedade infantil que vive o presente alegremente ( a lamúria funciona como contrapeso psicológico ao sentimento de culpa ) e para a qual o futuro é uma incógnita, a desprezar portanto, e não uma projecção do presente sem a qual o próprio presente não faz sentido, como não faz. Vivemos à deriva e fingimo-nos preocupados com o futuro dos nossos filhos sem que sejamos capazes de VOLUNTÁRIAMENTE fazer algum sacrifício para lhes deixar um mundo melhor e mais DECENTE.

O ter, o efémero, o deslumbramento, a satisfação imediata e o enfado subsequente do infantilismo narcísico - indução de baixa potência, como já foi chamado, só poderá criar uma sociedade de débeis mentais, infelizmente.
Essa mudança de mentalidade que urge provocar, tem sido, voluntária ou inconscientemente, a política deste governo e ainda bem.
Que tenha sucesso são os meus votos para 2007.

No resto do mundo, pela volatibilidade própria dos relacionamentos tão próximos e tão distantes de culturas e regimes políticos tão cronológicamente desfasados num ambiente de resistência à uniformização aos ditames do mundo Ocidental ( à autofagia do capitalismo só lhe valerá a conquista de novos consumodores e novas necessidades ) será difícil antever até onde vai a estupidez humana.

A História, por vezes, é feita pelos grandes Homens que o seu próprio determinismo acaba por moldar. Tenhamos esperança de que o novo milénio esteja a moldar uma nova safra de dirigentes e de um novo Homem, racionalmente solidário, culturalmente sábio, pacificamente forte, intolerantemente agressivo à pobreza planetária, ecológicamente paranóico e alegremente aberto à diversidade biológica do planeta que ocupa com as outras espécies.
E não acabo sem uma secreta esperança: a de que esses homens novos, de Leste a Oeste, de Norte a Sul aprendam de uma vez por todas que a imposição do tecto super estrutural do desenvolvimento económico - a Democracia - como causa e não como efeito só poderá ter um efeito. Basta ver a História deste século.

E BOM ANO PARA TODOS, da amiba ao Sapiens !

terça-feira, dezembro 26, 2006

Da visão dos outros sobre as nossas paixões...

" Os adeptos estão - se nas tintas para quem é o dono do clube. Tudo o que lhes interessa é o desempenho da equipa. E isso é assim no Japão, na Correia, na Argentina, na Colômbia, em África, por toda a parte. " - Pini Zahavi - super agente para o futebol


Pois é... É esssa convicção sobre o nível da baixeza das nossas pulsões e da nossa acrisolada paixão pela bola que faz com que o futebol esteja a ser medido pela bitola dos conceitos morais dessa gente como o Zahavi. Essa nova escravatura paga por ordenados estratosféricos está a matar o " ESPÍRITO " do desporto em geral e do futebol em particular, onde já quase não pontua o amor pela camisola que dantes marcava os clubes e a sua relação com os adeptos.

É claro que os espectáculo em si evoluíu e a competitividade também, a par da violência, do dinheiro sujo e de uma corja de tubarões e lacaios, das Federações às Direcções dos clubes. Negócio monumental associado a uma massa acrítica, planetária de cuja acefalia a Política também quer tirar o proveito.
Aos poucos porém alguém deserta e denuncia o regabofe imoral e obsceno da entrada do capitalismo selvagem no meio. É a vida - dirão alguns e pouco ou nada poderão os Estados fazer para modificar as coisas.


A Bola já não é dos adeptos? É claro que se quisessem os clubes voltariam a pertencer-lhes e aos sócios. Veremos quando...

O fedor esse está a tornar-se INSUPORTÁVEL

domingo, dezembro 24, 2006

PERPLEXIDADES

Sejamos honestos!

Nós não podemos ser contra o Comunismo e exigir as condições que só um Estado com esse regime pode proporcionar. se votamos na Direita ou na Social Democracia, digo socialismo, para nos governar no contexto de um regime que é do nosso agrado maioritáriamente - o Capitalismo - temos de ser coerentes, no mínimo e aceitar as regras que a adesão implica, ou não?

É que no sistema capitalista o mercado é rei e senhor e mandam as leis que os partidos nos quais votámos fazem aprovar no Parlamento.
Essa confusão em exigir de um Governo social democrata que nos governe com pressupostos comunistas já enjoa.

Saúde gratuita, escolas gratuitas, transportes gratuitos ou subsidiados, emprego universal, já não existem em parte algum do planeta por uma razão muito simples. NINGUÉM está disposto a pagar por isso, NINGUÉM quer ser governado por um estado totalitário que IMPONHA essas condições sociais.

TODA A GENTE quer ser livre para sofrer, lamentar-se, dar coices, dizer mal, estupidificar-se, asnear, choramingar, reclamar dos outros sobre o seu destino miserável de ser LIVRE e não saber o que fazer com a sua liberdade a não ser ISSO.

Eu cá por mim, individualista convicto e céptico qb da nossa capacidade racional de o ser, gostaria mesmo assim que TODA A GENTE soubesse que o verdadeiro significado da LIBERDADE que tanto veneramos sem lhe conhecer o alcance e o merecimento, implica a responsabilidade pessoal de ser CIDADÃO, ou seja contribuir pela melhoria da minha condição pessoal e a dos outros.

Terá de ser essa a atitude do homem democrata e civilizado e o sentido que o voto TEM de transportar, porque essas foram as regras que criámos para o nosso relacionamento como sociedade civilizada.Caso contrário vivemos numa gigantesca FRAUDE e convém reflectir sobre isso e não sobre a capacidade que os OUTROS têm de governar a NOSSA vida e já agora a nossa inteligência.


BOM NATAL para todos e que o novo Ano traga alguma espiritualidade à secura do nosso tão decantado materialismo

sábado, dezembro 23, 2006

Do catastrofismo...das vistas largas e do resto...

Sobre a justeza das vistas largas sobre as consequências da governação Sócrates, tenho estado a obter números muito interessantes sobre o empobrecimento do País. Enquanto estou por aqui a blogar, os portugueses estão por aí a gastar seis milhões de euros à hora em compras de Natal. Supérfluas? Sem dúvida, mas reveladoras de uma realidade à qual não vale a pena tecer grandes comentários.

Convenhamos que só uma visão economicista dessa realidade trará algum " juízo " a um País pobre que gosta de se tratar como um nababo.
Até ver, sem ser preciso ir a nenhum Oráculo, tenho estado a ver o que está a acontecer; não árvore por árvore que a peste aparentemente não atinge todos, mas sim a floresta e os sinais, apesar das loucuras sazonais, como a que nos está a atingir agora, apontam para uma melhoria, para uma visão menos jacobina do futuro.

Será essa visão economicista que irá pôr equilíbrio, não só nas contas públicas, ( quanto mais tempo levar a se equilibrar mais teremos de pagar, ou não? ) mas também nas cabecinhas assustadas, mas não estúpidas que não sejam capazes de ver que o homem está aí paralixar o povão em nome de... de..., confesso que a minha paranóia não me está a ajudar e que a propaganda governamental estupidificou-me por completo.

Mas há salvação para mim, espero eu. Darei tempo ao tempo e de vez em quando consultarei o Oráculo, acreditando que este País empobrecido está a agir assim nestes dias, como aliás nos outros dias, por uma questão de BURRICE e não porque tem dinheiro para o supérfluo.

A POLÍTICA DO PAU E DA CENOURA

O relatório Baker - Hamilton espelha na perfeição a atitude dos USA perante o resto do Mundo. As recomendações que em princípio seriam pistas para o Presidente Bush se livrar airosamante do atoleiro em que se atascou,acabaram por ser avisos à nova maioria Democrata saída das eleições. Até aí tudo bem.Contudo,as propostas, vulgo cenouras, acompanhadas das dissuações,vulgo pau que acompanharam a definição de uma nova geoestratégia para o Médio Oriente (quando é que já ouvi isso!!!? ) envolvendo a Síria e o Irão pecam por tardias, e o cinismo que as acompanham só poderá deixar de pé atrás, não só a Europa como a própria Síria e o Irão.

RESOLUÇÃO 1737

O que dizer dessa gigantesca má - fé do Ocidente em relação ao Irão?
Irão é uma República democrática, um estado soberano que Nunca atacou nenhum vizinho, nem que se saiba ameaça a Europa ou os USA, tal como a Índia,o Paquistão ou mesmo Israel. Tem uma República Isâmica, (da qual livrámos a Argélia há uns tempos atrás, contra tudo o que apregoamos), que aparentemente tem contornos sombrios de possessão das nossas tão laicas almas: só isso e aparentemente é SUFICIENTE para criar e manter essa atmosfera doentia e persistente que está a contaminar as relações internacionais de TODOS os países com o Médio Oriente.

Se isso não é uma enorme ESTUPIDEZ que, qual uma virose pandémica se está a alastrar por todas as chancelarias do planeta, só pode ser um enorme ensaio sobre a cegueira que espero traga senso para o ano que aí vem.

domingo, dezembro 17, 2006

ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social

À tentação, já por mim sentida, de disciplinar a liberdade da Comunicação Social, melhor dizendo, a liberdade de alguns jornalistas serem incompetentes, judicativos, avaros de ética deontológica, foleiros, nacional - porreiristas para os amigos, não deveria opôr o Estado nada mais do que as leis que regulam a Comunicação Social.
A protecção dos espectadores e dos leitores da sua própria ignorância e da sua tendência quase inata para a cretinice, essa tem de passar pela sua educação, informação e formação do seu gosto. Isso caberá naturalmente aos pais, educadores e amigos mais bem informados e mais bem formados. É esse o preço que a Democracia tem de pagar pelas suas falências no dominio da Cidadania.

PINOCHET

Não teve o que merecia. De qualquer maneira, como defende o homem que o quis levar à justiça, o processo do qual ele era o principal acusado não deve parar até que os facínoras que ainda estão vivos sejam levados a enfrentar as suas vítimas ainda vivos.

PALESTINA

Já só entendem a linguagem da Morte e das armas a crepitar para se comunicarem entre si. Pobres sátrapas! Se nem uma nação conseguem ser, como querem ter um Estado!!!?

IRAQUE

Ninguém poderia travar o plano há muito delineado pelos USA para a invasão do Iraque. Houve quem não se quis associar ao bando ad - hoc alinhando na patifaria, mas todos, TODOS tinham presentes as consequências que tal acção iria provocar - milhares de vítimas inocentes levadas na enxurrada da deposição de Sadam e uma nova Palestina impossível de pacificar enquanto lá estiverem os invasores - a História assim nos ensinou.
A ameaça clara e transparente do aprofundamento do conflito envolvendo a Arábia Saudita por um lado e Irão por outro em caso de uma guerra civil ( que já existe no terreno ) e que o temor ocidental não quer ver institucionalizada pela ONU, com apoios expressos aos sunitas pela A.S. e aos xiitas pelo Irão, não augura nada de bom.
Essas serão as consequências da boçalidade feita política da Ganância feita objectivo humanitário e da estupidez feita estratégia - MILHARES E MILHARES DE MORTOS SALVOS, PELA PREOCUPAÇÃO OCIDENTAL, da sorte do povo iraquiano sob a ditadura de Sadam.

domingo, dezembro 10, 2006

A GUERRA ESTÁ PERDIDA NO IRAQUE...

EXTRAORDINÁRIA CONSTATAÇÃO!!!
De estratego militar tenho o curso de Comandos, interrompido na última prova por uma febre tifóide em Angola; de curso político tenho a simpatia militante no PAIGC na adolescência e as RGA dos idos anos 68 na Universidade de Lisboa; de academismo e títulos tenho a frequência do curso de medicina interrompido pela Pide; de diplomata tenho a vivência numa casa recheada de mulheres e um emprego onde elas são 90% do pessoal.
Pobre curricula para tanta previsão acertada nos últimos anos. Não tenho nada de médium ou qualquer megalómana pretensão de estar no segredo dos deuses ou de possuir poderes divinatórios. Só tenho umas pequeninas células cinzentas e vasta informação sobre o planeta onde habito, como qualquer cidadão do século transacto deveria ter a obrigação de possuir.

E isso permite-me RACIOCINAR, analisar e fazer uso do BOM-SENSO. Só que, infelizmente sabemos (!!!? ) que sendo esta desiderato uma condição sine qua non na Natureza, sob o risco de extinção, está a desaparecer ou a ser deliberadamente ignorada pelo Homopoliticus, que está a considerar o resto da massa vivente uma diversão, peças de um exercício insano e criminoso.

Toda a gente irá perder com a aventura do Neandertal que ainda habita a Casa Branca, no Iraque. Aparentemente poucos se importam e estão-se nas tintas, na placidez das suas vegetativas e imaturas existências.

Quantos séculos ainda se vão passar até que a Humanidade atinja a maturidade espiritual que o liberte de vez da sua menoridade no uso da únoica diferença palpável que tem em relação aos outros habitantes do planeta?

É claro que a continuarmos assim, a DEMOCRACIA continuará a ser um logro gigantesco e uma fraude civilizacional onde a teia criada por uma burguesia emocionalmente trôpega, sexualmente frustrada,sôfregamente ignorante, narcísicamente estupidificada, débilmente espiritualizada, massivamente deseducada, arrogantemente analfabeta, jamais permitirá á HUMANIDADE nop seu todo escapar ao pecado original de falta de ÉTICA nos seus genes primordiais.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

COMPLETAMENTE DE ACORDO...

Faço minhas as palavras dehttp://www.africaminha.blogspot.com em relação à pobreza das prestações do Benfica e do Sporting na Taça dos Campeões Europeus.
Tristes e apagadas exibições, frouxas e pálidas ambições não são pròpriamente argumentos que se exibam pela Europa fora. Já basta fazerem-no cá dentro e já chega.

O valor de uma equipa de futebol está no equilíbrio e contância exibicionais, não importa o adversário. Claro que a derrota faz parte do jogo. Mas que diabo - há derrotas e derrotas!
DA BANALIDADE DA VIOLÊNCIA...

Confesso que foi sem surpresa que tomei conhecimento dos números enviados pela PSP ao MAI , relativos ao incremento da violência nas escolas do País. - Posse e consumo de drogas, uso e porte de armas, vandalismo, agressões sexuais, etc... etc... - tiveram um aumento significativo e preocupante de 40%.

Sintomático e não menos preocupante são os valores e a incidência desse mal por todo o mundo ocidental.

Correndo o risco de passar por sexista, machista, misógino ou o raio que o parta, a previsão dos males que iriam afectar massivamente a nossa juventude já o tinha feito há décadas ( tenho testemunhas ) desde que as mulheres tiveram de abandonar a casa e lançarem-se, por motivos económicos ou pessoais, no mercado de trabalho. A verdade é que foi toda uma superestrutura sobre a qual assentava uma razoável estabilidade social ( passe o marialvismo ), que ruíu com estrondo, sem que ninguém tivesse previsto o eco que se seguiria. E ele aì está.

Era claro, por uma questão de análise sociológica, que as consequências se iriam situar, também elas num nível elevado.

Continuamos a glorificar a LIBERDADE sem termos a MÍNIMA ideia do que isso é e do que ela EXIGE à RESPONSABILIDADE, pessoal, política, económica,social,ecológica, biológica de sermos HUMANOS e às vezes racionais.

O desprezo por essas ninharias levar-nos-á fatalmente a um lugar onde EU, um homem DECENTE ( o significado desta palavra ainda é conhecido? ) não quero estar.


sábado, dezembro 02, 2006

LONGA VIDA AO GLORIOSO!!!

E pronto, despachámos os lagartos. Foi uma boa victória num bom jogo com controlo total os acontecimentos. Gostei o meu Benfica, onde a maturidade,desta vez compensou os pecadilhos que de vez em vez passam por aí.

Simão foi brilhante e está em grande forma. Nuno Gomes precisa e algum banco para pôr as ideias em ordem; destoou completamente do resto do plantel e está cada vez mais cobarde na abordagem dos lances. Acho, se não houvesse outras razões, que Mantorras e Kikin merecem mais oportunidades, assim como os outros elementos do plantel, saiba F. Santos ser um bom líder.

Venha o M. United, pois!

domingo, novembro 26, 2006

A MANIFESTAÇÕES DOS MILITARES, A CIDADANIA, OS PRIVILÉGIOS E DEVERES...

Só uma pergunta: aos militares são exigidas posturas e atitudes que não se exigem aos outros cidadãos e toda a gente acha que é assim que deve ser, portanto deveres acrescidos. Perante isto qual é o problema em relação a alguns privilégios que possam ter em relação aos outros cidadãos?

CAVACO E A DIREITA

A incomodidade que a posição de Cavaco Silva perante o Governo Sócrates tem provocado no PSD e no CDS tornou-se impossível de esconder.
Louve-se entretanto as atitudes sensatas de Ribeiro de Castro e Marques Mendes perante a orfandade e perda de referência política que Cavaco representava nesses espaços partidários.
DE GLORIA OLIVAE

Qual será o enigmático significado para Bento XVI na profecia de Malaquias?

Normalmente, os Papas não escolhem os nomes por mero acaso; eles têm sempre um significado profundo que, decifrados, permitem fazer suposições sobre a sua posteriror postura no pontificado.
Bento XV, na profecia malaquiana - REGIO DEPOPULATA - teve um reinado de "esvaziamento" da Cristandade provocado pela 1ª Grande Guerra e a revolução russa que lhe subtraiu milhões de almas.

Posto isso. o que levará o Papa a quem aparentemente o título do reinado - DE GLORIA OLIVAE pressupõe um reinado de Paz, à Turquia, sede d o Patriarcao Ortodoxo? A comunhão total com os Ortodoxos, quando até agora não se tem visto nada de novo nas posições dos seus líderes que pressuponha algum eventual acordo, nomeadamente em relação à autoridade papal?


sexta-feira, novembro 24, 2006

MONTAIGNE REVISITADO - OS USA E O MUNDO - BUSH E A SUA REPRESENTAÇÃO...

É extraordinária a capacidade humana na justificação dos seus actos e dos outros, por vezes para lá do imaginável.
Mas o que será justificável? O meu, o teu ou o interesse colectivo?. Qual será a referência, num universo sempre em mudança ( pobre Fukuyama ! ) que justifica a acção política ou a individual? A Ética, não sendo um subproduto das emoções ou das afectividades, como erroneamnte já foi classificado, nem estando na sua origem, permitiria uma distanciação que a torna ( tornaria... )uma referência universal se não existisse a Política, superestrutura sobre a qual a Humanidade caminha.
Pelo seu fim último - a conquista do Poder - não se coaduna com a Utopia da harmonização social que a natureza humana mais os condicionalismos económicos travam a montante.

O mundo perfeito não existirá com o Homem e não fará sentido sem ele.
Apesar de tanto mau uso, a esperança está na Razão, instrumento de adaptação ao ambiente, sem a qual a sua sobrevivência como espécie está condenada.
O racionalismo puro, o acto de pensar, terá necessáriamente de conter mais qualquer coisa para além da consagração da liberdade. E é aí que a Democracia está a falhar.

O mundo não terá de ser ùnicamente representação e Vontade porque nesse espaço há um ser racional, que apesar de ainda não ter legitimado tamanho atributo para lá caminhará se a sua escolha o levar à Verdade.

E isso levar-nos-ia à questão da legitimidade dos actos políticos.

Voltaremos a esse raciocínio...

quarta-feira, novembro 22, 2006

Não dá para entender este Benfica...

Tão depressa dão três como no passo seguinte levam três. Será que a Liga está a ficar pequena para as ambições desses atletas. Será que a montra europeia é muito mais apetecível e claro que é, para o marketing e amostragem dos seus talentos? Será que de facto as equipas nacionais têm uma motivação super inflaccionada quando enfrentam o Glorioso, e conhecedores das movimentações encarnada acabam por sermuito eficazes na anulação das suas pedras mais influentes? Será?

Que diabo se for assim, por que é que o treinador encarnado não se precate contra isso, respeitando de facto o adversário, seja ele qual for e anulando também ele as pedras do outro. Enfim...

Bem, que venha o Manchester e que Ronaldo não esteja com a fúria toda...

domingo, novembro 19, 2006

Como tem sido evidente...

... a História não acabou nos anos 90 como Fukuyama previu, enebriado com a queda do murode Berlim e do Império Soviético e a aparente universalização do neo -liberalismo como matrix e objectivo de qualquer sociedade do século XXI.

Infelizmente, à liberdade humana sempre repugnou as limitações à sua capacidade de experimentação do impossível, e de testar as verdades que lhe apresentam como definitivas.

Digo, repito e repiso que a Democracia Ocidental é um dos sistemas onde a vida humana, formatada pelo tipo de desenvolvimento económico que seguimos, é possível atingir um equilibrio meritório desde que salvaguardadas das suas perversões, nomeadamente a CORRUPÇÃO, tremendismo onde cabe toda a panóplia da fraqueza humana ainda incivilizada.

De todos os regimes experimentados pelo Homem, da monarquia ao feudalismo,do fascismo àos traídos socialismos soviético e chinês, nenhum regime conteve em si uma tal capacidade de se regenerar e corrigir a sua trajectória enquanto procura a sua perfeição.
Curta, muito curta tem sido a experienciação que quer abarcar o planeta estribado apenas na sua vertente económica de aparente sucesso, esquecidas que têm sido toda a mesquinhez e intolerancia que estiveram na origem das maiores manifestações de selvageria que o planeta presenciou até hoje, nomeadamente nas guerras religiosas na Europa, no extermínio dos indios na América do Norte e nas duas Guerras Mundiais com a suprema barbárie da detonação de duas bombas atómicas no Japão.
A compreensão e conhecimento da nossa história deveriam ensinar- nos a humildade suficiente que nos libertasse da arrogância civilizacional que nos está a levar à cegueira no relacionamento com os OUTROS.

Haja esperança na Democracia, pois!

domingo, novembro 12, 2006

Semana interessante essa que passou...

Foi bom ver os poderes de Bush reduzidos e o seu amigo Donald despejado do Pentágono.

Foi bom ver, pela reacção intempestiva e pesporrente, como foi classificado e bem pelo M. das Finanças, que finalmente Sócrates resolveu reduzir o escandaloso regabofe da BANCA.

Foi bom ver a acabar a arrogância malcriada e chantagista do cacique da Madeira.

Foi penoso ver a vassalagem de Mendes e seus pares ao Alberto João.

Foi uma desgraça política com consequências pavorosas para o povo iraquiano a condenação à morte do deposto ditador.

Foi necessária a greve geral ela foi feita. Amanhã já estará infelizmente esquecida sem consequências de maior, embora eu acredite que Sócrates tomou muito boa nota do que viu e daí terá de tirar as consequências para o futuro.

Foi uma surpresa a renovação ( será !!!? ) do plantel da selecção nacional...

Enfim...

sábado, novembro 11, 2006

O cerco a Sócrates

Há uma tentativa, melhor dizendo, uma acção deliberada de ataque ao Governo de Sócrates, que pela globalidade das áreas atingidas pressupõe um único alvo: o primeiro ministro. Inexplicávelmente, o homem continua em alta nas sondagens. Dá para perceber? Todas as políticas sectoriais deste Governo têm sido orientadas e aprovadas pelo PM. Como é que é possível aprovar o indivíduo e ao mesmo tempo criticar-lhe tão veementemente as acções?

De duas uma: ou as sondagens estão desvirtuadas nas suas conclusões ou as formulações estão manipuladas de tal maneira que as conclusões estão definidas à partida.
Haverá evidentemente uma outra análise, que pelo seu carácter delicado me abstenho de prosseguir, limitando-me a seguir-lhe as incidências, por ora.

sábado, novembro 04, 2006

Continuemos...

Dizia eu que o que me trouxe aqui foi aquilo que MST condenou vexatóriamente sem conhecer ( !!!? ) do que estava a falar, cito - " ...todo esse universo dos chats e dos blogues, não apenas me é absolutamente estranho como ainda o acho..." e seguem considerações paternalistas sobre como os inadaptados blogueiros deviam gerir o seu tempo e a sua vida.
Chamar à blogosfera, cito, o paraíso do discurso impune, da cobardia mais desavergonhada, da desforra dos medíocres, etc,é revelar de facto, não um desconhecimento penoso para quem se diz um homem moderno, mas uma maneira um pouco insólita de se defender. Em vez de desmontar a mentira começa a espadeirar paranòicamente...
Toda a gente sabe do controlo dos Media por interesses vários. Abundam, infelizmente as vozes dos donos sob o risco de exclusão. Há alguns, como MST, que usa sem vergonha as páginas de um jornal como o Expresso para defender interesses pesoais e outros aos quais a blogosfera permite esse " despudor " que eventualmente não seria aceite no Expresso.

Eu, por exemplo, gostaria, como todos o blogueiros de ter uma coluna nos jornais que me permitisse escrever sem censura como o faço aqui.

Esperamos pelo convite...
Do plágio e da blogosfera...

Confesso que hesito em falar deste assunto, pela simples razão de que já muito se disse e naturalmente repetirei o que eventualmente alguém abordou, mas o " plágio " da intervenção será naturalmente uma consequência do atraso do post. Mas a culpa não foi minha...

Francamente, para começar, desconheço os contornos da polémica à volta do suposto plágio cometido por MST no seu livro - Equador - porque não o comprei nem tampouco a obra supostamente plagiada. Por isso, sobre o assunto, até ver, ficarei por aqui embora acrescente que o PLÁGIO é pandémico.
Hoje em dia, cada frase, cada ideia, cada raciocínio, por se plasmar de e num universo exaurido de formulações novas, cai fàcilmente no dito, no formulado, no experienciado, e pouca coisa escapará a isso, nem mesmo a Arte ou a Ciência.
A manipulação ( a escrita é-o, definitivamente ) das palavras, das notas musicais, glosando temas análogos cairá fatalmente em palavras ditas e acordes já executados. Basta aos censores tempo e capacidade de pesquisa - Água mole...- e plageio sem citar o autor do pesamento.

Mas o que me trouxe aqui foi aquilo que MST condenou...

sexta-feira, outubro 27, 2006

Continuando...

Por que não a China!!!? Eu traduzo: - Só há uma razão - COBARDIA e inconsequência. A China tem meios de pôr na ordem os Estados que o ameaçam, só isso e é tudo.
Esse temor de saber que nos podem ripostar em conformidade está na origem dos nossos medos e a nossa política é limitar esse medo à sua expressão mais simples, ou seja impôr limitações de defesa a quem isso ainda seja possível, porque é disso que se trata no fundo e vigiar os outros contra os quais já não há remédio a não ser " obrigá-los " a tratados de contenção. O resto é uma pirâmide colossal de hipocrisia quando é apresentado sob o manto beatífico de preocupação humanitária.

Na minha opinião, a verdade da realpolitick é menos nefasta, mais transparente e mais respeitador dos governados - o Povo votante em democracia e o povo não - votante em outros regimes, que os há e merecem percorrer o seu espaço de evolução sociológica que fatalmente ( !!!? ) os conduzirá à Verdade e à perfeição democrática, ou não?
PREPOSPERANDO...

Apraz-me fazer um paralelismo entre o que se tem dito a propósito do nuclear coreano e tremenda MÁ-FÉ do Ocidente versus resto do Mundo no que diz respeito às suas (deles ) opções políticas, económicas, religiosas, sexuais, etc, etc...

Vejamos: em toda a História Moderna, nenhum país do Planeta impôs regras, obrigações, tutelas morais ou outras, sobre qualquer nação do Ocidente, nomeadamente aos USA, exceptuando o parêntisis fascista de Hitler e Mussolini e mesmo isso passou-se entre nós, assunto interno, portanto.
Na nossa marcha de desenvolvimento armámo-nos até aos dentes, de Leste a Oeste, desconfiados dos nossos vizinhos e afins, que por sua vez faziam o mesmo.
Convinha que essa superioridade militar que íamos transformando a pouco e pouco em superioridade moral enquanto relativizávamos e esvaziávamos de conteúdo a " canga " de valores que estiveram na génese da nossa Civilização XL fosse absoluta, já que era a única maneira de impormos a " Democracia " aos bárbaros que de repente deixámos de ser sob o risco da extinção. ( É preciso não esquecer que a única civilização regional que teve esse poder e ainda o tem é a Ocidental )

Foi-nos possível invadir o Iraque ( que se estava a transformar em mau exemplo de desenvolvimento, porque não-democrático, uma impossibilidade claro, e ainda por cima com laivos de independência sobre o seu destino ) porque as inspecções sossegaram-nos sobre a inexistência de ADM's.
O Irão limitou-se a raciocinar como nós: a melhor defesa contra a " Democracia Ocidental", aliás como a China, seria a posse de armamento nuclear e faz por isso e faz muito bem.

Quanto à Coreia, só não vê quem não quer, procura proteger-se do seu gigantesco e potencialmente ameaçador vizinho; não tem, que se saiba, nenhuma ambição territorial sobre o Ocidente, mormente sobre os USA.
Só a parveira cega da arrogância tecnológica do Ocidente se incomodaria com este triste tigre e só os IDIOTAS ÚTEIS nos media dão eco às vozes dos donos sob as convenientes máscaras de acusação de Totalitarismo dos regimes que se quer abater.

Já agora deixo uma sugestão e uma singela pergunta: e por que não a CHINA? Por que é que nimguém se mete com esse colosso? Não tem ele tudo o que de MAU nos tem servido de alibi para expedições punitivas?

domingo, outubro 15, 2006

A COREIA - A GIGANTESCA MANIFESTAÇÃO DA CGTP- AINDA OS ECOS DE RATISBONA - A INSENSATEZ POLÍTICA DO GOVERNO EM ÁREAS CHAVE- SAÚDE, EDUCAÇÃO - A AGRESSIVIDADE DO EXPRESSO CONTRA O " O SOL " - A CABAZADA DO GLORIOSO AO LEIRIA -....


ENFIM TANTA COISA E EU SEM TEMPO...

domingo, outubro 08, 2006

TEMPO DE OUTONO...


...que se reflecte nas palavras e no desfastio das análises.

Boring!

Cavaco falou sobre a corrupção em Portugal e quando apelou aos concidadãos no sentido de combaterem a sua " mentalidade " permissiva que alimenta a pandemia do dito, reflectiu, com palavras diplomáticas de PR o que provocou o meu post uns dias antes e há uns meses atrás.
Nada vai mudar, é claro..., que as mentalidades, produto de décadas de decantação e aprimoramento do "savoir faire " no que à corrupção diz respeito não vai com conversa mole e apelos à moralidade; só a repressão cega, quase vingativa, poderá produzir algum efeito a longo prazo; e para isso a máquina da justiça terá também ela de ser moralizada e devolvida aos seus propósitos primeiros, senão... bem podem os moralistas continuar a ladrar que a caravana continuará no seu rumo de impunidade.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Da relevância do passado dos adolescentes e...

...na má consciência que inadvertidamente cria no homem adulto, tivemos o exemplo patético, porque desnecessária foi a contricção que só nos revelou a suprema importância que o homem se atribuíu como o Moralizador da sua Pátria. Vergastando durante décadas a consciência dos seus conterrâneos, Gunther Grass mais não fez, durante todo esse tempo do que tentar apagar da sua memória a "peçonha" de ter pertencido às SS.

E por que é que ele teve " necessidade " dessa pública confissão? Porquê agora?

A ideia de que o moralista é um ser que paira acima dos outros mortais sempre foi um conceito bizarro na cabeça dos hipócritas e de quem o ataca pelo seu passado, relevante ou mesquinho.
O moralista é um ser que HOJE se tornou um homem melhor porque reconheceu os seus eventuais erros e os dos outros e não os pratica, de TODO.
A sua ética condu-lo no sentido de um aperfeiçoamento espiritual e humano que ele tenta transmitir a quem ama principalmente e por inércia cívica ao espaço que coabita com os seus semelhantes; daì a sua crítica permanente à amoralidade e mais incisivamente à imoralidade militante dos nossos dias.

Isso não faz dele um santo que acha que deve descascar pùblicamente as cebolas da sua biografia antes que outros lhe apontem erros de adolescência e o façam descer do pedestal que deliberadamente criou para si. Esse foi o seu pecado e não de ter ficado com as mãos sujas de tanto labor culinário.

domingo, setembro 24, 2006

Da função do jornalista intelectual e do intelectual jornalista....

M. S. Tavares, ( já lhe perdoei a paranóia anti- Glorioso) tem consubstanciado de uma forma que eu considero louvável o papel que ao intelectual ( como produtor de ideias, investigador das culturas, transmissor de conhecimentos, crítico " no aggiornato " de comportamentos criticáveis) se deveria exigir.
A diletância narcísica que, infelizmente, a par da deserção e da cobardia, tem marcado as intervenções que abundam por aì em nada têm ajudado à leitura dos acontecimentos e às tomadas de eventuais posicionamentos cívicos dos cidadãos.

Não foi por acaso que na sua crónica desta semana no Expresso tenha abordado o discurso de Ratzinger ( foi o intelectual a falar e não o Papa, isso foi evidente ) e lido nas entrelinhas o verdadeiro alcance do que se quis dizer.

A controvérsia que o ex- cardeal, académico e filósofo, conhecedor da Palavra e do Verbo lançou, ao citar, sem inocência o que citou, embora enquadrado numa lição sobre os contornos e contradições entre a Fé e a Razão, no mundo muçulmano teve como alvos, não só o fundamentalismo islâmico mas o cerne do Islão e dos ensinamentos corânicos. O extraordinário foi tê-lo feito como Papa e não como teólogo.
Mas o Papa quis ir mais além e ao mesmo tempo teorizou sobre os limites que à Fé a Razão Ocidental tem levantado, com todas as consequências da relativização dos valores que ela provocou no Espírito Ocidental.

É claro que a Fé e os Impérios andaram de mãos dadas durante séculos de colonização e conquista quer pelas espadas dos cruzados ou pelas alfanges da Civilização Árabe.Essa época acabou.

O relativismo ocidental racionalizou a Fé cristã ao mesmo tempo que a Ciência depurava os milagres. O Islão teve a sorte contrária dos Impérios cristãos europeus: cristalizou-se no seu passado de grandeza perdida e toda a interpretação do real ficou a cargo de um homem do século V com os resultados que se vêm actualmente.
Ver o mundo actual com os olhos de Maomé é tão patético para os muçulmanos como para os cristãos interpretá-lo com os olhos de ClementeV.

A contribuição de Ratzinger foi notável como pensador mas imprudente como político e Papa.
Que as suas palavras façam pensar com olhos de homens do século XXI aos ocidentais e aos muçulmanos é o que se deseja.

sexta-feira, setembro 22, 2006

CURVO-ME...

...em sentida homenagem pela brilhante conferência e análise feita pelo Papa Bento XVI na Universidade de Ratisbona.

Só um brilhante filósofo e atento observador do Mundo seria capaz de um texto com este alcance e saber.
M'envergonho de não ter sido capaz de, com os parcos conhecimentos que trauteio, de não ter conseguido, com o mesmo sentir do Papa, trazer a melhores observadores do que eu as pistas de reflexão várias vezes por mim evocadas e tão bem fundamentadas pelo Papa.

A mim pelo menos, cimentou o que sempre pensei sobre as raízes do diálogo de surdos entre o Ocidente e o resto do Mundo.

E quando fizer o download do texto integral aprenderei mais sobre aquilo que os nossos intelectuais, pelo menos até hoje, foram incapazes de discernir, por manifesta incapacidade ou cinismo e má-fé.

domingo, setembro 17, 2006

SPORTING - PAÇOS FERREIRA

Mais do que o resultado, completamente irrelevante para o que se viu, embora me tenha provocado esta reflexão que talvez não acontecesse no caso de eventual resultado positivo para os leões, o que se viu foi futebol, ou seja a imponderabilidade que fez com que há dias essa mesma equipa do Sporting tenha derrotado nesse mesmo estádio o melhor plantel do futebol mundial - Mourinho dixit - e não a melhor equipa, como erradamente traduziram as palavras do treinador ( é que há uma diferença não dispicienda e ele disse exactamente o que quis dizer e não o que os jornalistas disseram, mas adiante... ).

Pois dizia eu que no futebol, ganhar, mesmo que seja à melhor equipa do mundo, não torna o herói da façanha, sim não passa disso mesmo - uma façanha - o melhor do mundo, pela simples razão de que ele há dias, há estatísticas, há continuidade, há troféus, há história, e eu sei lá que mais que põem as coisas no seu devido lugar, por vezes até injustamente por ocorrências anómalas como as do golo do Paços obtido ilegalmente sem que o árbitro disso desse conta, aliás como deu conta dos incontáveis mergulhos do uzeiro e vezeiro Levezinho quando as coisas não lhe estão a correr de feição e não deu conta da agressão malévola do Tonel sobre o herói do dia.

O campeonato não tem vencedores antecipados, sabem-no os jogadores e as equipas técnicas. Os lagartos, que não os leões, já se viam campeões da época de 2006 e alguns mais afoitos já devem ter encomendado as faixas depois de terem visto o Glorioso aos papéis e o Dragão ainda titubeante e este ano espero eu, sem APITOS ou BANDEIRINHAS comprados.

Ainda nos esperam muitas surpresas este ano no mundo do futebol.

sábado, setembro 16, 2006

DO PAÍS DAS OPORTUNIDADES...

Pois é... não foi preciso esperar muito tempo sobre a previsível pressão do P.R. e dos apaniguados que lá o puseram, sobre a governação Sócrates. Aliás, esse canto de sereia de co - habitação colaborante por parte de Cavaco só enganará os ingénuos.
Ao primeiro sinal de " abertura " do PS, pela assinatura do Pacto na área da justiça, a alcateia viu, neste " País de oportunidades " uma brecha para cravar os dentes.

A Previdência, pelos milhões que movimenta, sempre esteve na mira dos lobos e dos seus lacaios. Essa cobiça já é antiga e, criados paulatinamente desde há décadas os pressupostos que " justificarão !!!?" a sua reforma, com sucessivas flexibilizações das leis laborais e criação de contratos a prazo com o seu cortejo de precaridade e empobrecimento das contribuições à Segurança Social, a par da campanha mediática da sua falência a prazo, chegou!!!? o momento esperado, pelos que muitas vezes à frente dos destinos desse grande fundo financeiro, para reclamar os despojos depois do saque.

A obscenidade, companheira inseparável da gula e da amoralidade é evidente e a preocupação desses " homens de negócios " é a mesma que os nortea no esvaziamento de todas as armas que o Estado tem para fazer face à fundamentação da sua própria existência - cuidar da sua população e não dos que dela se alimentam como vampiros.


O PAÍS DAS OPORTUNIDADES II


O " faz-te pela vida ", anexado ao comportamento esperado e aceite e o desenrascanço, tornado prática louvável, estão na base e na origem da corrupção em Portugal. A verticalidade com que atravessa todos os estratos económicos sociais e políticos do País e as faces que apresenta em todas as actividades, da mais corriqueira à mais nobre, leva-me, sem cair no odioso da afirmação a acreditar que ela está inscrita no código genético do País.

O próprio raciocínio, eivado de má-fé, estribado numa cumplicidade interesseira e acrítica pelo mundo que o rodeia e uma inveja malsã e universal pelo exterior do seu quintal, fazem-no estender esse carácter na abordagem de tudo o que à sua vida lhe diz respeito.

A matemática, esse mundo incorruptível, é-lhe um mundo estranho, porque aí, a linguagem trôpega e de duplo, triplo e sei lá... sentido é inaplicável e inaceitável.

Claro que o carácter se forma e a opção de se ser um patife funcional ou de facto é sempre uma escolha pessoal e...intransmissível. Os resistentes bem avisam " NÃO HÁ VOLTA A DAR-LHE " , no sentido de tomar as opções correctas e desunham-se a explicar o que a alcateia pretende.

Mas que é uma luta árdua e sem fim próximo também é uma verdade. É tudo uma questão de coragem e de, caso seja necessário, MAIORIA ABSOLUTA.

domingo, setembro 10, 2006

ESTA LUTA SEM TRÉGUAS...

Em tempos conturbados de emissão de opinião e crítica à nossa vil condição de então, de filhos menores de um Estado propotente e ancilosado na ignorância, incultura e religiosidade, eu seguia e admirava a coragem dos " resistentes " da República e da Capital que com as suas crónicas diárias nos punham a par do estado da Nação e apontavam os culpados, zurzindo de caminho a indolência mole e a covardia induzida pela Pide e os seus lacaios.


Sousa Tavares foi um dos nomes desses mensageiros.

Outros tempos, outros nomes, outras lutas, outras vozes, que o aperfeiçoamento do Homem terá de ser uma batalha contínua, têm aparecido a combater nas mesmas trincheiras " essas coisas que nunca mudam ", incansàvelmente.

M. Sousa Tavares tem-se distinguido desde há anos, pela sua postura ética, na primeira linha da denúncia da falência da MORAL na consciência dos seus conterrâneos, principalmente daqueles onde ela deveria, por imperativo da sua condição, estar sempre - o aparelho do Estado.

Nos nossos tempos, os moralistas e os pacifistas, assim mesmo, sem aspas, têm sido vistos como seres aberrantes, à cuja postura de abelhão irritável e irritadiço se tem acrescentado abusivamente uma aura de " santidade ". É que esse atributo torna mais fácil o ataque ao humano da sua condição quando não há argumentos para a defesa das ferroadas. - Cá te espero... ruminam enquanto aguardam pela queda do juíz. O diabo é que o moralista é intelectualmente honesto e isso distingue-o dos patifes e sabe " vigiar " as suas incoerências e as suas tentações de humano e conhece os limites e as contradições do Bem como Mal e do Mal como Bem. E faz uso desse conhecimento para se tornar um homem melhor, pelo que os outros também são capazes de o fazer.

É uma opção ser ou não ser um patife - não um determinismo humano.

Façam o favor de não desistirem de vergastar os velhacos quer habitem cantos de montras ou salões da realeza, ó moralistas de todo o mundo.

EU SOU UM MORALISTA!

domingo, setembro 03, 2006

VALHA-NOS A CIÊNCIA PORQUE...

...também a Filosofia e a sua irmã menor, ou deveria dizer mais nova, - a Sociologia andam pelas ruas da amargura. É que a vida prática com todo o seu cotejo de exigências primárias e imediatistas não deixam espaço à reflexão. Não falo de uma minoria privilegeada, que ainda hoje se vê como sujeito da História, enquanto os seus intérpretes continuam como vítimas dessa mesma história que constroem no seu dia - a dia. É que nós, a quem ainda é permitido a liberdade e tempo de pensar no intervalo do tédio que é a vida contemporânea, continuamos a tentar decifrar por que é que os outros não conseguem " usufruir " da vida que enfastiamos em pantagruélicas manifestações de cinismo, obesidade física, debilidade emocional,narcisismo galopante e tonta megalomania,( fruto do histerismo que as sociedades mais atrasadas económicamente nos permitem a comparação ) aparentemente estamos à deriva, e por mais que nos interroguemos sobre o destino da espécie, o nosso estupor devolve-nos sempre o reflexo patético de uma Torre de Babel em ruptura comunicacional,cultural,emocional e civilizacional.

Valha-nos pois a solidez da Ciência, que no seu amoral posicionamento perante a nossa ignorância, trilha o seu caminho de descoberta e conhecimento em prol do bem estar colectivo para lá dos paradigmas que ditam as ideias feitas e as modas dos milénios.

sexta-feira, setembro 01, 2006

VALHA-NOS A CIÊNCIA...

O Líbano está em " banho maria " ; Cuba vai perder um dos líderes mais carismáticos do século XX ; a Alemanha confronta-se com os seus fantasmas com Gunther ; a Espanha faz o balanço da bestialidade franquista ; a França demite-se de ser o cérebro da Europa e abraça as armas a ver se daí lhe advenha a glória perdida ; os USA impacientam-se com o seu boçal Presidente e aguardam o dia em que despacharão a sua tão simplória e provinciana Administração ; o Brasil, governado por um chico-esperto pequeno-burguês aguarda o dia em que cumprirá o seu potencial grande destino; a África ainda agoniza em corrupção, origem de toda a sua miséria, e espera pelo dia do ajuste de contas com os seus dirigentes; a China, anafada de tanta força de trabalho, globaliza o que lhe é possível; o Japão aguarda por melhores dias, enquanto espera que os seus dirigentes deixem de olhar para a sua população como a raínha dos térmitas; Portugal está...ESTÁ...ESTÁ... e não me sai o conceito...

Este mundo está uma seca medonha e a funcionar " ad hoc ".

domingo, agosto 27, 2006

MÉDIO - ORIENTE

Sobre o Médio - Oriente hoje não abrirei a boca, por respeito à lúcida análise que Miguel Sousa Tavares fez hoje no Expresso. Tudo o que já disse e poderia acrescentar corria o risco de apropriação indevida das palavras do autor, já que pecaria por redundância e repetição de coisas ditas há já longo tempo. Mas é bom saber que não estou sòzinho...
SILVA VIEIRA - O CORSÁRIO DE AVEIRO

" Às vezes m'envergonho... " mas foi-me irresistível à empatia com esse homem.
Como bom racionalista respeitador q.b. das leis da República, encontrei na minha incontrolável costela de anarquista e livre - pensador a explicação do encanto que as aventuras deste " bom pirata " me provocou, espero que sem seguimento.

Corsário, pirata não... deliciosa correcção. Os meus parabéns à elegância da distinção repovoada de memórias de um mundo que também já foi meu.

sexta-feira, agosto 25, 2006

TIVE UM APAGÃO...
O QUE É QUE ESTÁ A ACONTECER COMIGO? VIRO-ME PARA TODO O LADO E TUDO ME ESTÁ A ENTEDIAR DE MORTE, SEXO INCLUÍDO. OS NÍVEIS DE EXIGÊNCIA PARA TUDO ESTÃO TÃO BAIXOS QUE NÃO VALE O ESFORÇO DA ALMA POR MAIOR QUE SEJA, QUE PESSOA ME PERDOE...
SE NÃO, VEJAMOS... AS NOSSAS FÊMEAS, REFIRO-ME AO GÉNERO , SALVO SEJA ,DE TÃO OFERECIDAS, FORMALMENTE PELOS SINAIS-MENSAGENS QUE TRANSMITEM, OU DE FACTO, DESLIGARAM , PASSE O PLEONASMO,OS NOSSOS IMPERATIVOS CATEGÓRICOS QUE NOS ALIMENTAVAM O EGO E NOS FAZIAM SENTIR ESPECIAIS.
PARA CÚMULO, PARECE QUE TAMBÉM ELAS ESTÃO A FICAR TÃO SATURADAS DAS NOSSAS INSUFICIÊNCIAS ORGÂNICAS QUE NÃO TÊM PEJO NENHUM DE SE ABALANÇAREM FRONTALMENTE NO SEXO LÉSBICO, MESMO COM TODAS AS CARÊNCIAS A ELE ASSOCIADAS E AS FRUSTRAÇÕES EVIDENTES. TÊM VALIDO OS ARTEFACTOS PENIANOS, APESAR DE TODA A SUA POBREZA EMOCIONAL PARA ALÉM DA EFICÁCIA ORGÁSTICA.

APARENTEMENTE, PARECE QUE TUDO SE ESTÁ A REDUZIR ( SE CALHAR NUNCA PASSÁMOS DISSO ) AO SEXO E APESAR DE SOCIALIZADO, À CONSERVAÇÃO DA ESPÉCIE.
TRISTE FADO O NOSSO...

A POLÍTICA NÃO TEM PRODUZIDO, DESDE A REVOLUÇÃO DE OUTUBRO NADA DE NOVO E RELEVANTE PARA A MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE VIDA SOBRE O PLANETA. A SUA IRMÃ GÉMEA - A ECONOMIA, IDEM ASPAS ASPAS...
SÓ A CIÊNCIA, NA SUA MIRAGEM DA IMORTALIDADE INDUZIDA PELO TRAUMA JUDAICO - CRISTÃO DA SUA ORIGEM, TEM TRAZIDO NOVIDADES À POBREZA GERAL DA NOSSA VIDA COLECTIVA E UM UPGRADE À NOSSA CIVILIZAÇÃO DE OBREIRAS A LABUTAR NA ENGORDA DE UMA SOCIEDADE DE PARASITAS E DO RICH MAN WORLD.

PATÉTICO, EM SUMA...

sexta-feira, agosto 18, 2006

Quem ganhou a guerra?...

...tem sido a pergunta que muitos comentadores e jornalistas já deram resposta, mas à qual, por falta de enquadramento dos objectivos que lhe estiveram na origem ninguém respondeu convictamente.

Eu também tenho uma pergunta ALGUÉM DA EUROPA E DO OCIDENTE EM GERAL, SABE UM ÚNICO NOME DAS VÍTIMAS DESTA GUERRA ?

Quando Israel atacou e invadiu Líbano tinha um objectivo definido ou foi uma reacção
de quem se sentiu mordido nas canelas quando dois dos seus invencíveis soldados foram raptados pelo Hezbollah ? Se tinha, qual era ? Punir os civis pelo apoio que dão a essa organização ? Libertar os soldados raptados ? Obrigar o Governo do Líbano e por arrastamento a Europa a criar uma zona tampão no sul desse País e fazer aquilo que nem ele nem o Governo libanês foram capazes de fazer - desarmar o Hezbollah ?

Se foi essa a intenção de Israel, apesar do maquiavelismo da concertação com os USA, aplaude-se a estratégia e lamenta-se ( o que P.Pereira chamou já de banho de realidade ) para a Europa a guarda do caldeirão em ebulição incontrolável. E porquê?
O Hezbollah não se vai deixar desarmar pacíficamente. E por que o faria? O mundo assistiu durante 25 dias à tentativa de o destruir sem mexer uma palha, à espera que Israel tivesse êxito. Por que se iria desarmar perante quem o considera uma organização terrorista? Por quanto tempo a ONU irá aguentar as suas forças no sul do Líbano? E o que faria no caso de um ataque extemporâneo de Israel? E depois?

Enquanto a solução do problema palestiniano for deixada a Israel - USA - Autoridade ( !!!? ) Palestiniana, ela não verá NUNCA a luz do dia.
Surgiu agora, caso se queira aproveitar uma oportunidade única de globalizar as soluções em negociações SÉRIAS, associando fortemente a Rússia, a China, a África do Sul à imposição diplomática da criação definitiva do Estado palestiniano e da segurança das fronteiras de Israel, acabando de vez com o Obsceno negócio de venda de material bélico que alimenta essas escaramuças de Iraque a Afeganistão passando pela Palestina.

Já se disse que nas guerras há duas personagens - as vítimas e as que ficam ricas.Resta saber de que lado está a Europa e a sua população.

terça-feira, agosto 15, 2006

Da Utopia cercada...

"...Aos meus companheiros de luta, glória eterna por resistirem e vencerem o Império demonstrando que é possível um mundo melhor..." ( Fidel Castro 13 de Agosto de 2006 )

Voto de melhoras da parte de CALAMATCHE
PAZ !!!?

Pararam por agora as armas, destruição e o morticínio de civis, felizmente; ( e é MUITO ) e agora a Razão dos homens sábios vai-se debruçar, creio e desejo, sobre a maneira de decifrar o " código " da resolução GLOBAL da violência por aquelas paragens. Tarefa gigantesca para a qual, como primeiros responsáveis da sua criação terão a OBRIGAÇÃO moral de ser uma parte activa e não presencial. Refiro-me, como é bom de ver, à EUROPA, porque as sucessivas Administrações americanas e hebraicas só têm feito merda por aqueles lados.

Como na decifração de qualquer código, comecemos do princípio e com pequenos passos: uma vez sustentados passemos à etapa seguinte e assim sucessivamente. A determinação europeia terá de ser vigilante e denunciar, desmontando as " cascas de banana " que irão aparecer durante este processo, quer por parte dos radicais islâmicos ou dos USA ou dos sionistas. Europa perdeu a credibilidade moral perante os árabes, incluindo dos moderados e tem de se esforçar por reavê-la nos passos que terá de dar a partir de agora. O uso da diplomacia respeitosa para com um Estado soberano como o Irão na questão nuclear é um passo, não a AMEAÇA, pela simples razão de que ali NÃO RESULTARÁ; o extremar de posições criará um inimigo nuclear quando é preferível tê-lo como amigo, mesmo que ele consiga a bomba como o fizeram a India, o Paquistão, a China, a França, os USA, a Rússia, a Grã-Bretanha, a África do Sul, Israel, a Coreia do Norte...( esqueci-me de algum ? )

Tenho por mim que a dissuasão nuclear tem sido a maior protecção dos países que a possuem contra a loucura total que tem sido a arrogância dos bombardeamentos impunes e insanos sobre populações civis.

NENHUM POVO DESEJA O SEU EXTERMÍNIO e quero crer que o Irão não é excepção, assim como Israel também não o é, como tem sobejamente demonstrado.

domingo, agosto 13, 2006

Dos novos fundamentalismos... ao charuto de Churchill

Gostei da prosa de J.Pereira Coutinho no Exp. desta semana glosando a ausência do charuto de Churchill numa peça a retratar o estadista num teatro de Edimburgo, devido à proibição de fumadores em locais públicos.
A talhe de foice, também Henrique Monteiro no mesmo jornal conta um delicioso episódio de um professor americano que acendendo um cigarro em 1989, antevê o futuro que nos esperava com uma profética esperança " Espero que nos tornemos rapidamente uma minoria para então reivindicarmos alguns direitos ".

Eu não queria cometer o pecadilho de citação própria, mas logo que surgiram as primeiras hipócritas reacções aos fumadores dos miseràvelmente poluidores americanos, sabia que a " moda " chegaria Europa com mais ou menos atraso; e enumerava os milhões de "determinações", leis, normas, etc, que diariamente dão à luz no mundo a reduzir em cada dia que passa a nossa liberdade e a nossa responsabilidade cívica para com os outros.

Como é fácil de entender eu sou um fumador inveterado e apesar de me chocar, física e estèticamente a multidão ululante de obesos, alcoólatras, mentecaptos, cretinos, porcos, energúmenos, nazis, mal- cheirosos que comigo se cruzam em lugares públicos, não desejo que o Estado lhes tire a liberdade de se " matarem " com carne, álcool ou cretinice aguda, desde que seja essa a sua vontade de adultos.
UM ALERTA AOS PACIFISTAS...

...para as perigosas e apressadas " marcações " que têm sido utilizadas na identificação dos anti - Guerra ( seja ela qual for, sejam quais forem os protagonistas, sejam quais forem os alibis ) , como simpatizantes do outro lado.

A recusa e a condenação do que já foi chamado de, erradamente a meu ver, um anacronismo do séculoXXI, não faz do, perdoe-se a simplificação e o rótulo, Pacifista, uma ingénua aberração ou portador de qualquer espécie de simpatia, melhor, empatia com beligerantes de qualquer raça, cor, religião ou ideologia.

O pacifismo é o resultado de uma evolução ética e racional que distancia o Homo sapiens, pela sua postura em relação à Natureza, do neanderthalensis que desgraçadamente não foi capaz de se racionalizar.

É que têm sido muitos os marcadores que têm sido utilizados para etiquetar os anti - guerra como simpatizantes dos islâmicos. Num futuro que antevejo sombrio, a caça às bruxas que tem estado contida pela democracia fará uso dessas marcas para apontar a ignomínia.

A redutora e limitada capacidade de análise de situações complexas criou sempre impaciência, frustração e violência nos lugares e nas cabeças onde as células cinzentas não abundam. O conhecimento é penoso para o neanderthalensis; ele não consegue ver o Mundo em toda a sua paleta de cores e perspectivas e age em conformidade com o preto e o branco da sua pobre visão.
Infelizmente, essa espécie tende a tornar-se maioritária, num retrocesso biológico notável e perturbador, de decadência. E está a acontecer em todo o lado.

Uma das razões por que vou lamentar a minha morte é não poder "presenciar " a evolução dessa situação ímpar no mundo bioógico.

sábado, agosto 12, 2006

POIS É...

A impossibilidade de repetir o que a partir de agora é irrepetível - a guerra dos seis dias- está a levar o exército israelita ao desespero, como tem sido comentado por quase todos os jornalistas, israelitas incluídos.

É que a guerra de guerrilha tem cambiantes que um exército clássico como a FDI, apesar das experiências que julgou obter contra as intifadas palestinianas, não está preparadopara enfrentar. O inimigo não tem rosto e não se mostra senão nas emboscadas desmoralizantes que as TONELADAS de bombardeamento não conseguiram desmobilizar.
Já só resta o orgulho, mesmo ele desacreditado numas Forças Armadas que se está a especializar-se no morticínio de civis e estruturas de betão. Ganhar tempo para uma saída mais airosa do que aquela que foi protagonizada em Maio de 2000 para suster os danos da aventura que foi a invasão do Líbano é o que também resta a Israel.

Os danos, esses são de monta. A contenção do mais poderoso exército da região é possível como o tem demonstrado à saciedade o Hezbollah e a ameaça que pende sobre Israel aumentou significativamente, o que irá exigir da Comunidade Internacional ( o que é isto !!!? ) muita inteligência a lidar com os novos dados acrescentados à complexa situação do Médio - Oriente, sob o risco de ver Israel a incrementar apocalìpicamente a sua resposta ao cerco fundamentalista, com todas as consequências que isso irá ter na mudança da face política do planeta.

domingo, agosto 06, 2006

ORA AQUI ESTÁ...

...o texto mais claro e definitivo que eu li durante a guerra do Líbano.
Com os pedidos de desculpas, pela transcrição literal das conclusões da crónica de Jaime Nogueira Pinto no Expresso desta semana, conclusões essas reclamadas desde o fim da Guerra dos seis dias e que desde então se mantêm válidas, exequíveis, caso existisse uma coisa chamada comunidade internacional representada pela ONU, como bem diz o autor.

" Israel terá de reconhecer um Estado palestiniano plenamente estatal e independente se quiser ter paz; e o mundo árabe terá de perceber que Israel tem o direito de viver, porque está disposto a bater-se duro por esse direito. E terão que dividir território, traçar fronteiras, e portar-se como Estados normais e vizinhos.

Querer resolver as coisas a partir de textos utópicos, redigidos por cínicos na euforia das novas ordens, ou em sentenças moralizantes e boazinhas que comovem as almas laicas suburbanas e electrizam os espártacos de serviço, é tratar a guerra do Líbano em em termos de " silly season "

O problema, na minha opinião, tem sido os constantes elementos novos que se tem estado a acrescentar à já de si suficientemente complexa situação no Médio - Oriente, nomeadamente a inevitável posse de armamento nuclear pelo Irão. Nada os fará desistir, a não ser o extermínio, em nome de ALÁ, claro. E depois...será a escalada, caso a comunidade internacional continue a usar a Razão como cúmplice e advogada da violência justificada.

sábado, agosto 05, 2006

AQUI VAI UM PEDIDO HUMILDE DE DESCULPAS À BLOGOSFERA...

Para quem preza tanto a Língua Portuguesa e nutre por ela um grande respeito, foi lamentável descobrir, numa pequenina viagem que fiz pelos meus arquivos, erros vários, do tipo dos que que costumo apontar aos outros: o tê-los referenciado desculpabiliza-me por uma eventual ignorância e acautela-me para os riscos de escrever a quente e o mau hábito de não fazer a edição dos textos.

Terei mais cuidado de agora em diante. É que detesto janelas de vidro.

sexta-feira, agosto 04, 2006

PORQUE É NOS FAZEMOS ODIAR TANTO?...

...tal deveria ser a pergunta de YAIR LAPID, jornalista israelita, em contraponto à sua cândida interpelação, mistura de estupor e fuga à realidade - PORQUE É QUE NOS ODEIAM TANTO?

" Mil e quinhentos anos de anti - semitismo ensinaram-nos, da maneira mais horrível, que há qualquer coisa em nós que irrita o mundo... ", divaga melancòlicamente o nosso repórter, sem resposta à sua angustiada condição.
Foi-lhe relativamente fácil entender a hostilidade dos palestinianos, cuja realidade sem futuro para os filhos é-lhe visível no dia- a dia. O que ele não entende é o que chama de irritação do resto do mundo e o ódio dos árabes e dos vizinhos.

Sem ter a pretensão de uma resposta a essa irritação pelo povo escolhido ao qual foi dado a explicação do Bem e do Mal e a Revelação da Verdade, diria que a quase " fatalidade histórica " de fascínio-repulsa que os judeus provocam tem a ver com a sua recusa da Tradição com o Advento de Cristo e da Era dos Peixes. Israel, na História da Civilização, segue uma tradição blasfema, desenquadrada do passo cronológico e zoodiacal: entrou na Era do Aquário em plena Era dos Peixes e estará a sofrer as consequências da blasfémia. Isso diria a História não-oficial...e os iniciados " saberão do que estou a falar ". Quanto aos racionalistas sugiro outras leituras bem menos convencionais e aos trocistas desdenho a sua ignorância.

As guerras, produtos irracionais da espécie humana têm feito parte da sua ainda não resolvida animalidade e do fracasso da Cultura. A sua recorrência está, infelizmente a anos luz da extinção enquanto deificarmos a obscenidade repisada no " Viva la muerte! ", com que acarinhamos a nossa existência medíocre, por tão efémera, neste planeta.

terça-feira, agosto 01, 2006

OI LAMPIÕES!

Este Benfica de Fernando Santos começa a preocupar-me...
Ao fim de um mês de trabalho NÃO SE VÊ OBRA FEITA... a uma semana de um compromisso muito importante para as aspirações da época que se avizinha.
Aquele famigerado losango do meio campo é inoperante, quer defensiva ou ofensivamente. A bola NUNCA chega aos avançados: é enervante a lentidão dos processos nesse sector onde aparentemente ninguém sabe qual é o seu papel. Rui Costa, se não melhorar os seus índices físicos e dar mais rapidez de execução na construção das jogadas ofensivas terá NECESSÁRIAMENTE de ir para o banco até melhorar.

O futebol moderno super defensivo e tático é altamente eficaz contra o rodriguinho à Pedroto que a equipa tem apresentado. Se continuarmos nessa linha e não conseguirmos segurar na equipa o HOMEM que irá deitar abaixo este sistema - SIMÃO, estamos feitos este ano, porque os sinais são PREOCUPANTES, pelo que se tem visto.

domingo, julho 30, 2006

LÍBANO

Vivemos num planeta onde a ética dos deuses, abastardada pelo pecado original, foi substituída pela eficácia dos que sentem e vivem o Mundo como uma selva. Matar e ser morto tornou-se um acto socialmente aceite , descrentes que somos já da punição do Inferno.

Há, definitivamente, um conceito quase religioso da associação da tecnologia militar e não só, e de quem a possui, a uma superioridade genética nunca exteriorizada, a não ser nas franjas da imbecilidade dos lumpen , contrapondo-se aos sub - humanos fora do novo Éden ( o Ocidente ) , para os quais a extinção, provocada pelas bombas, doenças e a indiferença é uma fatalidade quase necessária.

Por cá, buscamos a imortalidade e assobiamos para o lado... ao mesmo tempo que ACEITAMOS as justificações para a barbárie e para o HORROR, quando não as procuramos para sossegar o que resta da nossa já tão diáfana CONSCIÊNCIA.

A minha vergonha é INFINITA!!!

quinta-feira, julho 27, 2006

LÍBANO

Continua a dança macabra com a assistência ocidental na 1ª fila a gozar o espetáculo...
A decadência comporta sinais dos quais a lentidão do processamento intelectual, emocional,sentimental e ético se aproxima da indiferença. O processo degenerativo das grandes civilizações coincidiu sempre com a substituição da acção pela reacção. Neste momento, o Mundo é dirigido por uma falua que leva a reboque um porta - avião e vários cruzadores...

quarta-feira, julho 19, 2006

BOAS FÉRIAS À BLOGOSFERA!

EU VOU CUMPRIR O MEU RITUAL ANUAL BANHANDO-ME NAS ORIGENS... E TENTANDO ESQUECER, POR ALGUM TEMPO ESTA DANÇA DE CADÁVERES EM QUE SE ESTÁ A TRANSFORMAR ESTE BELO PLANETA.

segunda-feira, julho 17, 2006

O desastre do Português...

...titula o Expresso no seu editorial, a propósito de hecatombe dos resultados do exame de Português do 9º ano de escolaridade.

Com o pedido de desculpas pela imodéstia de citação própria, recordo o que aqui foi dito em Outubro de 2003, a propósito deste tema...

" Já agora, porque não começar com o Tio Patinhas? "

Foi a pergunta deixada por um ouvinte do Fórum-TSF dedicado à introdução de textos do Big Brother e Telenovelas no " curriculum " do ensino do Português no 10º ano, em resposta aos argumentos contra a leitura " traumatizante " dos clássicos.

Quando cheguei a Portugal, vindo de Cabo Verde, no longínquo ano de 1968, para entrar no curso de Medicina, fiquei chocado com o baixo nível do Português falado e escrito dos meus colegas de curso e pelos estudantes da Secundária: o vocabulário era indigente, limitadíssimo; a formulação de qualquer ideia, mais ou menos roçando a " seriedade " do abstracto, tropeçava e tombava na incapacidade da explicação porque não havia palavras do léxico do dia- a -dia que permitissem o entendimento de uma maneira clara.

Já nessa altura, creio eu, o desconhecimento do Português estava na origem do fraco aproveitamento escolar por parte da maioria dos estudantes. Nenhuma matéria é passível de entendimento e assimilação sem se conhecer a linguagem que a veicula.

Hoje, passados estes anos todos, ninguém ainda descobriu a origem da incapacidade dos estudantes para a matemática, filosofia, etc, e abordado uma forma nova de ver a origem da " chatice ".
A verdade é que sem conhecerem o Português erudito ( que o outro o dia- a dia se encarregará disso ) não há Reforma de Ensino que nos valha.

Isso para dizer que não é facilitando, abaixando o nível das matérias, dos temas, e da linguagem que está a solução.

A aprendizagem não tem de ser traumatizante. Nenhum jovem está imune à alegria de aprender. O problema está nos adultos encarregues da sua instrução.

Não se passou muito tempo, mas parece que o diagonóstico das razões de sucessivos fracassos tarda a ser descoberto, e até lá vamos acrescentar mais uma geração de analfabetos funcionais aos que já formámos ( !!!? ) e dançar à volta de uma pergunta que também ela parece vir desse grupo: PORQUÊ ?

domingo, julho 16, 2006

MÉDIO ORIENTE

A obscenidade continua em escalada com o apoio expresso do Presidente Americano.
QUE TUDO O QUE NÃO FOSSE OU PRETO OU BRANCO nunca estaria ao alcance de Bush nós já sabíamos e que os americanos que o apoiam estão-se borrifando para o resto do Mundo também já sabíamos e que Israel esteja eventualmente, na mente de muitos europeus, a livrar-nos de uma resma de terroristas também sabemos. Posto isso, pergunto: até quando o mundo civilizado se manterá manietado nas teias dos martírios passados desse povo e se sinta incapaz de pôr termo ao que eles só farão QUANDO lhes apetecer e COMO lhes apetecer e segundo as condições que lhes aprouverem. Já é tempo da Europa abandonar o divã do psiquiatra e olhar-se definitivamente nos olhos e à volta...Já BASTA de complacências e de retórica e de COBARDIA

sábado, julho 15, 2006

ESSE GOSTO PELA MORTE...

Já fede a Palestina e essa guerra sem fim entre os bastardos de AGAR e os filhos de SARA...

Rufa o shofar pelas terras de ISRAEL anunciando novos yamim noraim . Quantas vezes mais o corno de carneiro israelita terá de tocar em penitência pelos dias terríveis que protagoniza sobre a Terra Santa?

A desproporção e a selvageria da retaliação !!!? de um país em paranóia persecutiva e brutalmente armada são aterradoras. Ao fim e ao cabo é a Lei de Talião em que uma parte da equação justiceira - um olho por olho... se tornou em - uma nação por um soldado.

A arrogância militar israelita, alimentada pela estupidez suicida de alguns sátrapas palestinianos, tem um mentor e um modelo de peso - os USA. A estratégia na região é comum e quero crer que só uma nação árabe super-armada poderá conter, pela chantagem atómica, o fascismo militar ou então precipitar de vez o Apocalipse das suas tradições.

GOG e MAGOG espreitam...

Bicmillah Irrahman Irrahim!

sexta-feira, julho 14, 2006

...DA NATUREZA HUMANA...

Há dias, na " Quadratura do circulo " ouvi JPP defender cristalinamente o fuzilamento, para o caso de americanos, apanhados pelos USA em Iraque ou Afeganistão nas milicias da resistência à ocupação.
Não ouvi o debate desde o seu início, mas o seu término deu-me para perceber que também se falou de Guantanamo e pela lógica da justificação apresentada pelo JPP concluo, talvez abusivamente, o que não creio, pelo que já conheço do homem que acha muito bem a maneira como estão a ser tratados os prisioneiros dessa prisão.
E dei-me comigo a interrogar-me em que filosofia, dos milhares de títulos da sua vasta leitura, José Pacheco Pereira foi beber a sua visão catastrófica do ser humano e da sua natureza irremediàvelmente biológica, aracional, que se patenteia no seu discurso judicativo.

Foi então que a blogosfera, em www.africaminha.blogspot.com, a propósito de uma posta do dia do www.abrupto.blogspot.com põe o dedo na ferida que os intelectuais, como JPP não conseguem fechar, na sua incapacidade de compreenderem o mundo real ( fora das bibliotecas ), a natureza e História do Homem.

Essa já chamada " filosofia do desespero " já teve representantes como Kierkgaard e Schopenhauer numa altura em que se esperaria que a Razão triunfante resolvesse os problemas da crise de então. A solução desesperada estaria na Vontade, representada pelo Trabalho.

As dionísias permanentes de consagração à vida incomodam os fazedores de receitas à nossa felicidade, a nós, os deserdados do Olimpo.

quarta-feira, julho 12, 2006

DE VOLTA AO MUNDO...


Em Timor o Poder negoceia, recolhe as armas que o ameaçaram, amnistia os rebeldes e decepa Alkatiri, no fim de contas a única vítima das cascas de banana que lhe foram estendidas e das quais não foi capaz de fugir.
Timor será por muito tempo um protectorado da Austrália com o patrocínio da ONU e o amén tácito de Portugal. Não é que lhe advenha mal nenhum por essa condição, pelo contrário. A estabilidade que as forças australianas impõem interessa a ambos os países, pela simples razão de que os negócios só se resolvem nessa base e o Governo terá tempo de construir de vez, e desta vez, com meios substanciais, as infraestruturas de arranque para a reconstrução do País.

Alkatiri teria alguma razão para se tentar proteger, fora do aparelho do Estado, das ameaças que o levaram a criar uma pequena milicia pessoal?

PALESTINA

Dos resultados do oportunismo e das contradições políticas que muitas vezes as oposições enfrentam quando alcançam o Poder,eles nunca foram tão evidentes como o são actualmente na situação palestiniana e no caso de HAMAS. Entalado entre o nacionalsmo político que ambiciona a construção de um Estado Palestiniano e o fundamentalismo pan- islamita, sentiu necessidade de, reabertas as feridas entre estas duas posições, fazer ensalivar de novo o poderoso vizinho, acabando com a ameaça de guerra civil, unindo de novo numa frente comum as Al - Aqsa, Al - Qassam e as Al - Quds contra o inimigo comum.
A previsibilidade canina de Israel, para o qual os palestinianos são todos iguais, torna-O também numa marionete simplória nesse espaço de Babel onde o povo continua a ser carne de canhão e o sangue tinge de vermelho as areias que já dantes colheram o de Cristo.

terça-feira, julho 11, 2006

BALANÇO FINAL

Não podia ter sido outra a explicação para a violenta reacção do tímido Zidane: Materazzi, segundo a versão TV Globo assobiou aos ouvidos de Zizou: - la tua sorella è una puttana. Na versão inglesa do The Guardian o insulto terá sido de natureza racista: - tu és um argelino de merda e um terrorista! Já para os jornais franceses o alvo da imprecação terá sido a progenitora do jogador.
Bem, fosse o que fosse, só poderia ter sido uma dessas bocas ou então um insulto pessoal do género de trocar as voltas ao diminuitivo ZiZou pelo mais adequado fonèticamente ZIZI ao nome do grande jogador ZInedine ZIdane, embora com conotações algo perversas.

O futebol, actividade viril onde a competitividade, o desejo de sucesso, em suma a agressividade, estimulada ao máximo pela testosterona, deixa pouca margem de manobra a outras actividades cerebrais que não sejam para o fim em vista, ocupado que está ( o cérebro ) e pouco oxigenado, em fornecer energia para outras paragens. O autodomínio poderá ser apanhado de surpresa por uma acção intempestiva, fora do contexto, como o insulto, por exemplo e a reacção difìcilmente será outra diferente de um acto reflexo.
Por mim, Zidane está perdoado e é-me impossível separar o seu acto da totalidade do seu carácter e da beleza associada ao seu futebol.