sábado, dezembro 09, 2017

TRUMP?


Poderíamos presumir que seria ISSO...


Mas é apenas ISTO..., um capão pretensioso, megalómano, narcisista e perigoso pirómano. E só consegue grunhir alarvidades em monossílabos.

O mundo já é um lugar perigoso e cada vez mais... insólito e não precisávamos deste espécimen para atestar a nossa menoridade.
Por mim, podem interná - lo.

segunda-feira, dezembro 04, 2017

O APRENDIZ DE FEITICEIRO ( 2 )


Mário Centeno

Dois anos se passaram desde que, por aqui, prefaciei a enorme dificuldade que o académico e burocrata do Banco de Portugal iria enfrentar, no plano político e como político, na demolição da T.I.N.A. e no enfrentamento previsível com as reivindicações dos partidos apoiantes da solução negociada de governo pelo Partido Socialista.

Aprendiz de feiticeiro que, em dois anos fez o mestrado e o doutoramento político, com distinção. Da sanha da Teodora, das reservas do Eurogrupo e das invocações diabólicas do ex - chefe do governo da Direita, Passos Coelho já não restam nada. Tanto é assim, que a Oposição baixou os braços e as vénias vieram de um lugar inesperado - o Eurogrupo - de que corre o risco de vir a liderar, num dos momentos que se pretende de mudança na ortodoxia da U.E.

Afinal, a T.I.N.A. obsoleta sempre foi uma " ideia perigosa ", como diria Mark Blyth, que só trouxe empobrecimento aos países que lhe sofreram os azeites

Veremos, se e quando for eleito, se o uso do doutoramento político desses dois anos de governação lhe tenham dado tarimba e crédito político, que o técnico já tem de sobra, para as difíceis negociações com os seus pares da U.E.

Por cá, essa possibilidade tem sido vista com um misto de orgulho e esperança por uma refundação conciliatória da política da U.E. com os seus cidadãos na qual Centeno teria uma palavra a dizer e o pessimismo da Esquerda dura em qualquer mudança qualitativa da função restritiva do Eurogrupo.

Por outro lado, apesar de se " respirar ambiente político de fim de festa ", como nota pelo absurdo, Daniel de Oliveira no Expresso, não creio que nada de substancial em relação à política económica e financeira do Governo português vá sofrer grandes abalos com a possível " ausência " do seu controlador - mor. Mais danos mediáticos do que a desconjugação dos interesses transpostos na geringonça farão as resistências do Bloco de Esquerda e do P.C.P em troca do reforço dos seus capitais políticos, paradoxalmente endossados ao Governo PS de que indirectamente fazem parte.
Até porque,ainda com D.Oliveira, não têm muita razão de queixa, pelo contrário, face ao " mais redistributivo Orçamento do Estado " de cuja memória tem ele e nós.

domingo, dezembro 03, 2017

D' OS MAIS VELHOS

ANGOLA E...

... PINTO DE ANDRADE

Maria Aparecida do Nascimento Dias da Universidade Estadual de Paraíba, num ensaio suscitado por uma crónica de Mia Couto sobre um olhar africano do passado e de hoje sobre " os mais velhos ", referencia - nos, com um provérbio africano do poeta maliano Amadou Hampaté - Bâ - Quando morre um africano idoso é como se se queimasse uma biblioteca - , um ponto de partida sobre a agonia inexorável das tradições, de todas as tradições.

Isso é o que nos deveria dizer a Tradição de uma África intemporal, num tempo em que o conhecimento passava de boca - em - boca em todos os estádios da evolução do Homem, até à descoberta da Imprensa como veículo de divulgação globalizada do saber.
Até então, no isolamento das comunidades do humano, o saber repousava na experiência e na experimentação do real transmitida de geração a geração aos vindouros, sedimentando a memória colectiva nos " mais velhos ", nos mais sábios, que muito viram, muito sentiram, muito se espantaram.
Esse papel de autoridade e prudência para com a volatibilidade do real humanizado foi, tem sido, devastado, naturalmente, pela rapidez exponencial da divulgação do saber(!!??), sem intermediação da sagesse dos observadores da História.

Veio - me à memória essa leitura do papel dos idosos ao ler a entrevista de Vicente Pinto de Andrade ao semanário angolano Vanguarda sobre os ventos de mudança que atravessam esse fabuloso país do futuro.
Pinto de Andrade, combatente anti - colonial a que acresce uma serenidade do vitorioso na justa luta que travou, é um professor e professou sabedoria.

Saibam os jovens angolanos estar atentos não só ao barulho da " borrasca " mas também às palavras e ensinamentos dos " mais velhos " e daí tirar lições para o futuro.
Pinto de Andrade esteve à altura do seu tempo e a sua fé na jovem geração angolana não merece desilusão.