sexta-feira, setembro 30, 2011

EVENTOS CABOVERDEANOS



                                                   Eugénio Tavares ( 1867 - 1930 )


Soube que vai haver um recital de poesia e intervenções sobre o poeta caboverdiano Eugénio Tavares a par de outras actividades culturais no Museu de São Roque em Lisboa hoje às 18 horas e no dia 2 de Outubro. Há mais informações no blogue africaminha.


Infelizmente não me é possível estar presente o que lamento. Desejo que o local seja pequeno para os presentes e que a lembrança das nossas raízes esteja presente no coração dos participantes.
Eu estarei lá...

MODISMOS?...

De há uns tempos a esta parte tenho reparado que os nossos jornalistas, comentadores, bloggers e por aí adiante passaram a usar o termo mil milhões em vez de bilião. A razão dessa terminologia na língua portuguesa motivou uma pequeno sururu cá em casa com os meus garotões. Tive de recorrer - me aos meus e aos, com mais fundamentação, deles, já que um é bioquímico e o outro é eng. informático, conhecimentos aritméticos, para o caso, para chegarmos por fim a uma conclusão da qual eu tinha a certeza, ou seja - 1 bilião de euros é a mesma coisa que mil milhões de euros, coisa que eles contestavam.


Não sei se os apontados em cima enfermam do mesmo êrro e sendo o caso, não têm a noção do que estão a falar quando se referem a estes números, ou então...


A minha estranheza sobre a confusão e a terminologia levou - me a cavar mais fundo, o que me levou ao site do Jornal de Negócios que sobre a matéria já tinha feito um esclarecimento e cito de cor - Nos países de língua inglesa e no Brasil a escala usada conduz a uma terminologia diferente da Europeia, que pára no bilião, que apesar disso corresponde a mil milhões europeus. A partir daí a coisa muda o que leva a que dois trilhões deles correspondam a dois biliões nossos.


De qualquer maneira, o uso de mil milhões em vez do bilião só tem pertinência para o exterior e É um modismo mimético, mais nada.

quarta-feira, setembro 28, 2011

REVISITAÇÕES...

... Benignas e sempre esclarecedoras para quem, no tempo heideggeriano, a liberdade e a temporalidade se ajustam na procura de significados sobre o presente e o futuro remetendo - se ao passado, ao lugar da Culpa e da Responsabilidade, às origens, perscrutando o porquê das dificuldades de hoje nas arrojadas e pioneiras invectivas de harmonização do real com o sujeito da História - NÓS.


Nesta demanda se encontra o historiador José Pacheco Pereira. Que lhe seja claro e transparente o olhar e sobre as suas redescobertas nos dê alguma luz.Lamento não conhecer o grego e directamente, da fonte, superar a incomunicabilidade ou a reinterpretação que sobre a palavra, numa hermenêutica quase sempre condicionada por uma inteligibilidade inexorável que o Tempo e o Espaço vai cavando na sua marcha, se exerceu.
Limito - me, pois, às traduções e aos conselhos de quem me merece atenção.


Sugiro, a propósito, para o reconhecimento dos gregos a revisitação ou a abordagem da Odisseia de Homero ( menos denso que os epicuristas, os socráticos ou os platónicos ) para, quase de seguida (re) pegar n'os Lusíadas de Camões,( mais positivo que Pessoa, Senna ou Almada ) desta vez sem a divisão de orações ou a localização geográfica das estâncias. Vai ser um bem à auto-estima nestes tempos conturbados...

segunda-feira, setembro 26, 2011

NÓS e os OUTROS...

Semanalmente são a minha companhia necessária nesse vício reflexivo que o tempo de reforma me permite diàriamente. Falo de alguns cronistas cujas reflexões e visões do mundo são - me preciosos na busca de um não sei o quê que dê algum sentido ao que não tem, às razões que não as causas, à compreensão que não a explicação, aos porquês que não as respostas.


O meu fascínio semanal sobre essas três pessoas, sobre a sua visão do mundo e de nós prende -se também com os contrapontos não necessáriamente polémicos com que outros cronistas  ao lado lhes fazem companhia. Falo de Miguel S.Tavares, Clara Ferreira Alves e de Daniel de Oliveira.
 Do seu " nós individual  " ao " nós grupal " de D.Oliveira ( Expresso 27/8) ao O que correu mal ( Expresso 24/9) de M.S.Tavares, e fechando no " Acabar de vez com a Cultura " de Clara F.Alves a remeter - nos, o primeiro, sem transigência ideológica à razão das razões das nossas acções, o segundo, com uma breve, distanciada porque neutra, mas clarificadora súmula das nossas responsabilidades colectivas representadas nos e pelos governos, em sucessivas homenagens referendárias exercidas em eleições livres e finalmente numa visão mais restrita, porque dirigida, nostálgica e contundente, a Clara F.Alves a lembrar - nos com obsessivas e estalantes chibatadas a CRETINICE global que marca o nosso tempo de cultura inculta em que o único esforço intelectual vigente é constatar o óbvio e derramar lágrimas e queixumes sobre ele.


Há pouco tempo escrevi  por aqui que esses tempos de mudança - SÃO EFECTIVAMENTE DE MUDANÇA , não há volta a dar - em que tudo anda com sorrisos de vacas pastantes, alegremente perfilados em responsabilidade, civismo e espírito de sacrifício, conduzidos por cães - pastores de sibilina cretinice, exigiam Lobos, mais atentos aos cães do que à manada.


HAJA MAIS...

domingo, setembro 25, 2011

LUTA DE CLASSES reloaded... 2

JUSTA CAUSA NOS DESPEDIMENTOS? - Não haveria suficiente papel para a Direita e para os " patrões " que contivesse todas as motivações capazes de serem inseridas nesse pressuposto de justa causa. É claro que só faltaria o supremo desplante de deixar esses critérios na imaginação dos empregadores.


QUEBRA DE PRODUTIVIDADE? - Fácil de arranjar, com exigências de tarefas com prazos úteis inexequíveis a trabalhadores semi - competentes sem capacidade de argumentação e fundamentação técnica para se opôr, até judicialmente se for o caso a um processo disciplinar intimidatório. Infelizmente o universo laboral português seria pasto fértil para os abusos dada a sua fragilidade e capacidade de explicar a encarregados ou a patrões sem trabalho de campo, incompetentes por vezes, a asnice orçamental que por vezes sustenta as exigências de calendário.


INADAPTAÇÃO AO POSTO DE TRABALHO? - O que é isto senão uma mistificação dos termos da responsabilidade contratual? Quais são os âmbitos ou os pré - requisitos de adaptação inexoràvelmente presentes? Quem contrata quem?


Tenho para mim que a única base de negociação séria e no sentido de a melhorar e nunca de a subverter é a legislação vigente sobre o Trabalho. Custou sangue suor e lágrimas e será uma traição IMPERDOÁVEL dos trabalhadores de hoje à geração que ajudou a criar as condições de protecção dos direitos dos trabalhadores a sua subversão oportunista e velhaca pelo Poder elitista europeu representado hoje em Portugal pela troika e seus apaniguados.


SE A NOVA GERAÇÃO NÃO SE MEXER, ESTÁ A REMETER - SE VOLUNTÀRIAMENTE A UM FUTURO DE LAMÚRIAS... PRÉ - 25 DE ABRIL.