sábado, janeiro 28, 2012

DA NÁUSEA...

... E do privilégio marcante e definidor dos carácteres que ainda a conseguem SENTIR  e que lhes define a integridade ética, tive esta semana três exemplos, para não falar dos meus...


www.africaminha.blogspot.com verbera com incontida repulsa as palavras e a pose de uma antiga dirigente do PCP, de seu nome Zita Seabra, sobre o partido de que foi militante apreciada e da CGTP,  com uma reescrita oportunista de lavagem ideológica, usada então, como roupagem  ( outrora denunciada por Cunhal no seu - Radicalismo pequeno - burguês de fachada socialista - ) e fachada deletéria de falsas e cínicas convicções.


Miguel Sousa Tavares não aguenta a náusea que lhe causou a leitura de Manuel Maria Carrillo no DN de quinta feira, sobre o PS, sobre Sócrates, em palavras e opiniões que lamento não ter lido para assim reforçar uma opinião antiga, aqui emitida, sobre a mistificação que lhe acompanhava os textos críticos sobre o partido que lhe tinha dado alguma notoriedade mediática.


Henrique Monteiro, no Expresso de hoje e sob o título - Infelizes somos nós - comenta em virtual repugnância as lamúrias de Cavaco sobre os cortes nas suas pensões, num país que o teve 16 anos como seu líder político e que vai sendo paulatinamente empobrecido por um sistema repulsivo de vasos comunicantes que drena aos poucos que ainda não mendigam o que lhes sobra, para os empreendedores.

sexta-feira, janeiro 27, 2012

CRETINICES

Não encontro outra maneira de qualificar a imaturidade cívica e cultural dos bur(r)o - tecnocratas que hoje pontuam em todas as esferas do mando no planeta.


A displicência com que, em Portugal por exemplo, se está a encarar o simbólico na estrutura cultural do seu povo, as suas datas históricas, a sua coesão social num mundo cujas culturas formadoras e individualizantes se vão desvanecendo num pântano fétido chamado pomposamente Globalização, tem laivos de estupidificação alarmantes, pela coincidência (!!!???) de se realizar numa época de penúria e dissociação colectiva.


Matar o 5 de Outubro ou o 1º de Dezembro na memória dos portugueses sob o alibi da produtividade reflecte, mais do que um suborno ideológico, a arrogância da ignorância cívica que confunde as celebrações públicas  com a interiorização histórica e a obrigação de a transmitir aos descendentes, festejando - os, em silêncio ou com foguetório.


A aleivosia tacanha continua manobrando irresponsàvelmente no espaço sem - alternativas criado e manipulado pelos princípios de desarticulação da DIFERENÇA, aqui, e cavalgando a  ingenuidade hoje focada na sobrevivência, na vida do dia - a - dia,  no resto do planeta.
Há uma dose de realidade à qual o humano aguenta. Quanto mais se carrega na sua capacidade de temporalização do encaixe das arremetidas dos realistas, dos pragmáticos, mais ténue se torna a digestão do real e mais violenta o seu repúdio.

segunda-feira, janeiro 23, 2012

A PREVISÃO DO IMPROVÁVEL

Richard Lewinsohn ( 1894 - 1968 ) poderoso pensador alemão, num dos capítulos da sua obra SCIENCE, PROPHECY and PREDICTION, traduzido em português ( do Brasil ) por Revelação do Futuro, reflecte, com o título encimado, sobre a dificuldade inerente a tal desígnio...

E diz - " Nenhuma Língua possui, ai de nós, vocabulário suficiente e bem claro a este respeito. A Língua alemã é particularmente pobre sob este aspecto. Até o Francês, que oferece pelo menos duas expressões - provável e verosímil - em matéria de sinónimos empregados a propósito e a despropósito, indiferentemente, bem que a sua origem e o seu sentido sejam diferentes. A palavra « provável » provém da esfera moral; indica o que pode ser justificado, o que merece geral aprovação. A palavra « verosímil », pelo contrário, - assim como a palavra alemã « wahrscheinlich » que lhe corresponde exactamente quanto à formação etimológica - tem um carácter mais exterior, um subentendido céptico: a afirmação pode ser exacta mas não o é forçosamente - o que parece verdadeiro pode também não o ser "

E é com essas reservas que perante a reunião de hoje do Euro Grupo e pela lei de probabilidades objectivas referidas a páginas 231 da mesma obra, citando Keynes, não é VEROSÍMIL que saia outra coisa diferente da redundância tautológica daqueles neurónios em reflexão sobre os seus umbigos e suas iminentes importâncias auto - atribuídas.
É o que nos diz a nossa experiência desses últimos 3 anos de reuniões das cúpulas europeias...