sexta-feira, março 19, 2010

Dos males da Nação...




... e da defesa dos " dissidentes " que ao longo dos séculos tentam descortinar a maneira de governar este ambiente líquido que é a Pátria portuguesa e as razões dos seus atavismos, muito se tem escrito.

Normalmente, mesmo em espíritos livres e cultos , cai-se na tentação de apontar o dedo aos avatares, na sublimação da decadência, individual e colectiva.

Já Antero de Quental sofria in Queda e Decadência dos Povos Peninsulares na diagnosticação do " espírito " da Nação, pugnando por reformas morais, sociais e políticas que arrancassem o país da letargia.
Muitos outros se seguiram como Almada, Sena, etc, verberando o " pântano " e acabaram enlameados e proscritos.
MAS..., em NENHUMA CIRCUNSTÂNCIA puseram toda a culpa da situação nacional de então nos políticos e nomeadamente na Política.

É que além de desonesto intelectualmente seria redutor e revelador de uma mesquinha preguiça mental e ética, condições essas sob combate pelos próprios.

A defesa de quase todos os reformadores revolucionários ou não lavra a minha liberdade sem crédito sobre os condicionalismos que( o bota - abaixo sem retorno, o conformismo, a desmeritocracia, a inveja malsã, a boataria, a cretinice ímpar, a par de uma quase nula noção de interesse nacional que os factos ocorridos,m a ocorrer e futuros nos provaram,provam e provarão )marcaram a marcam a sua acção.

Apontar todos os dedos a Salazar, M.Soares, Sá-Carneiro, Cavaco Silva, Pintassilgo, Barroso, Santana Lopes, Guterres, Sócrates, pelo que Portugal tem sido e não consegue deixar de o ser, deixando de fora o seu POVO, a árvore donde brotaram esses homens, é COBARDIA POLÍTICA E.....PRInCIPALMENTE, INTELECTUAL.

As razões da Decadência também passam e passarão por aí...

MARSELHA 1 BENFICA 2

Hoje só se deveriam ouvir elogios ao desempenho da equipa benfiquista no Vélodrome de Marselha e ainda não os consegui ouvir por parte dos adversários nacionais.

Jesus emendou a mão e o " travão " com que, por excessivas cautelas, " doma " e contém o carrocel ofensivo do Benfica actual. Libertou - o com um discurso optimista e confiante e... foi o que se viu - Uma equipa de 11 contra 16, enormes que foram os " erros " e dualidade de critérios da equipa de arbitragem.

Até à conquista do campeonato, passando pela Taça e pela Liga Europa terá de ser sempre assim - ESTE Benfica é capaz de enfrentar com as mesmas armas qualquer equipade futebol e ganhar, hoje, sem grandes surpresas.

Foi impertinente as costumeiras " provocações " de Víctor Pereira na nomeação do árbitro Jorge Sousa para a final da Taça da Liga. Por mim, tem sido uma busca parola de protagonismo que se tem repetido com alguma frequência.

Oxalá os atletas do Porto e do Benfica exercitem, como deveriam fazer sempre, um altivo " desprezo " aos juízes da partidas e se concentrem no seu trabalho e no sucesso das suas equipas.
Apesar da nova moda num certo Portugal falho de moralidade, onde os fins justificam todos os meios,espero e desejo uma partida limpa de casos, reais e/ou inventados.

Sporting despediu - se com honra da Europa. Era difícil fazer melhor com os " ovos" à disposição de Carvalhal. Se para o ano querem lá estar outra vez têm de se escforçar até ao fim da época. Guimarães espreita...

segunda-feira, março 15, 2010

ENTÃO... E A ASFIXIA? PASSOU?

O congresso do PSD aprovou, por proposta do seu ex - líder P.Santana Lopes uma norma que proíbe com a exclusão do Partido qualquer crítica à sua Direcção no periodo de sessenta dias antes de um acto eleitoral.

BRILHANTE !
A verdade obriga a que se diga que não houve unanimidade, a julgar pelas considerações da actual líder - M. Ferreira Leite que é a favor, Rangel que é " nim," Passos Coelho que é contra e Aguiar Branco que é a favor.

Enfim, está tudo bem quando a democracia interna funciona. Se a maioria dos militantes é a favor, então que se calem os dissidentes. Discordar, respeitando o voto maioritário e bico calado na altura das eleições.

Fantástico !

Eu não queria chamar de " farsa " às indignações democráticas que por aí abundam nomeadamente por parte de um partido que fez da liberdade de expressão o mote para uma campanha eleitoral que perdeu, DEMOCRÁTICAMENTE, mas não me coíbo de dizer que o fedor a hipocrisia é evidente.