sábado, novembro 16, 2013

RESISTÊNCIA

A POLÍTICA É ISTO




Ao ataque insidioso e contumaz ao sentido progressista do espírito e letra da Constituição da República Portuguesa em vigor pela Direita conservadora e reaccionária, Mário Soares contra -  atacou, com uma iniciativa poderosa em sua defesa.
Com uma reunião na Aula Magna, onde ela irá estar no cerne das intervenções dos oradores convidados, conseguiu agregar, com uma ordem de trabalhos transparente - a defesa da Constituição e do Estado Social que ela propõe - um leque alargado de personagens de várias matizes políticas, da Direita à social-democracia e à extrema esquerda ( as designações são meramente instrumentais... ) numa discussão mais alargada sobre o papel do Estado como regulador social tendo, naturalmente, como referência, a captura da Política globalizada pelo laissez - faire, vulgo, poder do capital; tema esse que a esquerda europeia não produziu, até hoje, uma reflexão consistente e pró - activa sobre a morte anunciada da História política pelo advento de um novo regime - o Democracismo. Em devido tempo caracterizarei o que entendo por isto...

Enquanto o líder actual do PS vai, molemente, ruminando a sua ladaínha pouco substantiva e sistemáticamente reactiva, os senadores do PS, do PSD, do CDS, cientes do privilégio e da responsabilidade de terem feito História com a que foi considerada, então,  a mais progressista definição do papel do Estado na Europa moderna através da sua Constituição, aprovada por unanimidade após duras negociações partidárias, zelam pelo respeito que ela deve merecer por sobre as circunstanciais ocupações da cadeira do poder.
Mais tarde, não se coibiram de aliviá - la dos anexantes  circunstancialmente históricos que o processo revolucionário pós-25 de Abril obrigou, mantendo contudo a substância do progressismo orientador, o que hoje lhes atribui uma legitimidade substantiva que filtra qualquer conotação litúrgica que os adversários lhes possa atribuir.

Não sendo um manual escolar para alunos cábulas e papagueantes, a sua exigência e manuseio incomoda à falta de substracto humanista, cultural, cívico, político e intelectual. É infinitamente mais fácil ser guiado que liderar e com as espaldas resguardadas pela troyka, então...

quinta-feira, novembro 14, 2013

UFFFF!!!




" Wheels are made for rolling
   Mules are made to pack... "

( born under a wandering star ) 

A " sensatez " burocrática, instrumental e instrumentabilizadora, que faz com que, hélas, os considerandos políticamente realistas do FMI, do BCE,  e da débil Comissão europeia, contra a  Austeridade sejam atirados para o lixo das avaliações, pelos funcionários que hoje decidem o que é bom ou mau para a minha saúde, para a educação das minhas netas e para o futuro dos meus concidadãos, tem envenenado qualquer possível e desejável " conversa " entre os líderes partidários.
< O estúpido TEM DE SER> terá de desaparecer antes que seja possível abrir as conversações.

Se não bastasse a prevalência, em Portugal,  da " sabujice " empática que os contornos da desfaçatez com que se abraçam condições financeiras criminosas sem um lamento por parte deste governo, deste presidente da república, incapazes de se sentirem solidários com o seu país e com o seu povo, já TODA A GENTE lá fora bota faladura sobre a nossa menoridade e a nossa inconsequência internacional.
A impunidade e a pouca vergonha ( alguém saberá hoje o que é ter vergonha na cara? ) sobram nas vozes da Comissão europeia através do presidente da Comissão, o sr. Barroso e de mais personagens avulsas sobre o último reduto de resistência democrática em Portugal sobre o regime neo - fascista e globalizado que cavalga as democracias ocidentais - a Constituição Portuguesa - e falo da pressão política imoral sobre o Tribunal Constitucional que quer apresentar este órgão de soberania como o bode expiatório dos males da Pátria aos olhos do país.

Reféns das suas escolhas sobre o caminho único que se auto-propuseram, a coligação oportunista democrata-cristã/social-democrata avulta a morte das ideologias e a instrumentalização do Poder como um fim.
A provocação actual, noutras partes temerária, só tem sido possível sobre o dorso manso da mula lusa, desvirgada pelos mansos costumes, ajoujada por quem dela quis serenidade e civismo ad-oc.

Até quando?