sábado, dezembro 20, 2014

CONGRATULATIONS, OBAMA!



O presidente norte - americano acaba de dar passos decisivos na " despenalização " de Cuba, do seu atrevimento em querer, por força das circunstâncias históricas induzidas pela hostilidade dos USA, ser dona do seu destino e da sua liberdade.
Cuba sofreu durante uma geração o que nenhum outro estado comunista de então sentiu - um bloqueio total do seu relacionamento, político, militar, económico e financeiro, com o resto do mundo. A sua diplomacia fez milagres e o seu povo foi de um hercúleo estoicismo.
Seria impossível a sobrevivência durante estes anos sem rigores extremados no que à segurança interna de um país " amaldiçoado " durante décadas pelo Ocidente, dizia respeito. Ao amor pela liberdade tout - court da dissidência, opôs - se a liberdade colectiva, a socialização e coesão nacional que nem os derrames migratórios, humanamente compreensíveis face ao el dorado prometido pelo poderoso vizinho, fizeram vacilar a justeza e a justiça da liberdade de errar, em liberdade.
Ditadura? Sofrem, essencialmente mais ( as aspirações são exponenciais e gratuitas... ) os cidadãos em algumas democracias, mas com liberdade inconsequente de expressão, cujas leis, instrumentalizadas no sentido da formatação de burocracias serventuárias  do que, em certos regimes apontados como ditactoriais, os cidadãos dessas repúblicas.

Adiante, que o que se quer celebrar é o bom- senso dos actuais líderes, de Cuba e... pela coragem no enfrentamento da tremenda pressão da face mais reaccionária do país, Obama, que vai pôr fim à insânia de 50 anos a que só a higiénica inteligência actual de Cuba, de braço dado com a intermediação da personagem ímpar da política actual, o mais decente e incorruptível chefe de Estado actual - o PAPA FRANCISCO, permitirão,

quarta-feira, dezembro 17, 2014

JULGAMENTO DA JUSTIÇA? (2)

( EM  CONTINUAÇÃO )...

O caso GES foi um dos mais extraordinários acontecimentos que a este país, em depauperamento suicida, foi dado a conhecer pelos seus cidadãos. Um império económico financeiro sustentado por práticas imorais de gestão, apoiado implíta e explícitamente pelo Estado, cresceu como a rã da fábula e explodiu, ecoando sobre o país o carácter da sua elite, no caso, a endinheirada.

A Comissão de inquérito a correr na Assembleia da República está a tentar perceber a história do colapso por entre as estórias narradas pelos responsáveis directamente implicados na gestão do grupo de que o BES, como financiador das tropelias, é, ou antes, era, a jóia da coroa.
Um penoso espectáculo de desculpabilização a que só o principal rosto - Ricardo Salgado - por entre lapsos de memória, aparenta, pela pose, alguma dignidade, se é possível ter havido alguma que não tivesse sido esmagada pela amoralidade do sistema bancário proclamada pelo próprio, há bem pouco tempo.
Que justiça sairá das invectivas da Comissão, se à cumplicidade total com a chefia, paga a peso de ouro, não tiver, perante ela, a essencialidade do silêncio criminoso?
Por arrasto, já que as incompetências e os silêncios políticos já vêm de longe, cumpre esclarecer TUDO, o PORQUÊ e COMO das decisões políticas pouco transparentes, porque escondidas à nação, do actual governo, que deixaram que a destruição do grupo acontecesse e a separação do BES em duas entidades com o apoio do erário público mascarado de Fundo de Resolução.


CALARAM - NO...



Falemos do outro caso que tem ocupado a opinião pública - a prisão do ex - primeiro ministro, José Sócrates, só para dizer o óbvio sobre o que esperava que acontecesse, assim que Sócrates  começou a defender - se através dos Media, em resposta às insidiosas fugas de informação, que NINGUÉM sabe se são fugas ou pura sacanice de chicos - espertos em grosseiras manipulações, cujos danos só em grosseiras mentes costumam fazer eco. E aconteceu!

segunda-feira, dezembro 15, 2014

JULGAMENTO DA JUSTIÇA?

E... POR QUE NÃO?...

Uma das características sobre as quais se assenta a definição de estados fascistas, melhor, estados tendencialmente fasciszantes, que é para sermos claros, prende - se com o sistema de justiça, o funcionamento do espaço da definição das leis, os processos de investigação policial,  a solidez das provas criminais para lá dos vislumbres de verdade que intuições mais ou menos acuradas possam produzir e... a salvaguarda, até ao julgamento de todo o processo que conduziu à apresentação de provas irrefutáveis, dos direitos liberdades e garantias dos cidadãos.

Portugal, a realidade concreta perspectivada por este cidadão, está num caminho perigoso neste campo, a que desgraçadamente se associou uma governação que, ancorada em receitas de taberneiro e de contabilista manhoso tem, sob alibis indefensáveis pela decência, estuporado a cada dia que passa os direitos liberdades e garantias dos cidadãos, ao mesmo tempo que diaboliza a resistência institucional de controlo das leis feita pelo Tribunal Constitucional.

À pobre sorte dos anónimos cidadãos, de cujos direitos consagrados numa Constituição que se pretende arquivo histórico, ninguém parece sentir a mínima simpatia, fez bem a cobertura mediática que não a pasquinária e merdiática  , que os chamados caça aos poderosos, despoletou e da discussão jurídica que fatalmente levará a reformas antes que se solidifiquem os vícios, não só processuais como os relevados na incompetência na obtenção de provas concretas a definir decisões sobre a cidadania e a liberdade de QUALQUER cidadão.

Do absurdo dessa união corporativa da instrução processual e da investigação policial, dessa cumplicidade efectiva, já se falou bastante no meio especializado; por aqui só funciona o bom - senso, a racionalidade democrática, a contestar a figura da prisão preventiva para investigar, um aborto jurídico que objectivamente torpedeia princípios básicos da liberdade, de inocência até prova em contrário.
Das fugas cirúrgicas de informação para, que coincidência, os MERDIA, e sempre numa linha anti - arguido, sem que a incompetência de investigação dos culpados ( parece que é crime, não? ) em casa própria apouque a credibilidade do sistema, também já se fala há décadas. Porém...
O conforto e a almofada do julgamento popular e não só, sempre pronto a pisar os leões moribundos ( o caso GES e a comissão de inquérito tem sido de uma exemplaridade chocante, moralmente definidora do carácter de TODA A GENTE envolvida nesse processo em audição... ) corrompe à partida os pratos de uma balança que se almejaria virtuosa. Uma vergonha e um despautério que até hoje não teve arguidos. EXEMPLAR, portanto...

( continuaremos... )