sábado, janeiro 09, 2016

MARCELO / NÓVOA

DAS PRESIDENCIAIS

Seria anti - democrático a definição prévia da importância das mensagens que os candidatos às eleições presidenciais queriam emitir junto aos eleitores, pelos Media. Felizmente o bom - senso imperou e tivemos debates de todos contra todos.
 A curiosidade de ver putativos chefes de Estado a definir projectivamente medidas inadiáveis de política interna e externa num quadro constitucional que atribui decisões nesses domínios ao governo em exercício, teve a vantagem de, perante o exemplo dado pelo presidente cessante, fazer JÁ a triagem sobre os candidatos a excluir nas nossas preferências. Para uma presidência de facção, de conflito, majestáticamente imbuída de poderes de guardião dos supremos interesses nacionais por si interpretados como representados por uma classe restrita de cidadãos da República, chegou e sobrou a experiência.

Sampaio da Nóvoa enfrentou Marcelo R. de Sousa com uma troca renhida de argumentos desmascarantes sobre as suas posições políticas passadas, enquadradas num campo definido de posição política - o da Direita -, recusando - lhe a condição com que se apresenta, como independente e supra - partidário, tendo como contra - ataque do M.R.Sousa a sua cidadania política com opiniões que toda a gente foi conhecendo ao longo de décadas, enquanto o seu oponente tem o vazio político que ele quer preencher numa promoção surpreendente de soldado raso a general.

A sua exacta noção, de ambos, sobre os poderes presidenciais evitou - lhes as " gaffes " que outros candidatos vão somando, num processo peteresco de auto - eliminação.

Aí está! Em Democracia quem, sobre as mensagens transmitidas ou a transmitir por candidatos a qualquer cargo público electivo, decide sobre a sua relevância mobilizadora somos nós.
Eu, por mim, reduzi as candidaturas a duas. E o pragmatismo teve tudo a ver com isso. Por razões bastamente substantivas e também ideológicas, votarei Sampaio da Nóvoa, na primeira e na segunda volta das eleições.