sábado, dezembro 30, 2017

POR ONDE ANDÁVAMOS?...

AH!... OS " CASOS "...

Foi uma pausa imposta pelas netas em visita aos velhotes. Telejornais vistos de esguelha, debates e comentários ouvidos em intermitência, quando não televisões e jornais em black - out totais.

Comecemos pela CATALÓNIA

Já toda a gente sabe dos resultados das eleições impostas pelo governo espanhol como toda a gente sabe que, no mínimo, elas foram marcadas por uma singularidade - a eleição de deputados e do putativo e previsível chefe do governo da Generalitat que neste momento se encontram encarcerados ou exilados por Rajoy, primeiro - ministro espanhol.

Uma maioria regimental absoluta dos independentistas opôr - se - á à vitória partidária dos Cyudadanos, pelo que nada mudou, minto, se definiu, com democracia e outra vez, o querer da maioria dos cidadãos catalães.
Um berbicacho político que só pela Política se poderá resolver. Felizmente, ou infelizmente, pela perspectiva do poder instalado - o Estado - é assim que, em DEMOCRACIA, se devem resolver as COISAS.

Acontece que o Pensamento Único que a liderança da Direita na U.E., hoje acarinha e tentou impôr através da T.I.N.A. aos países não cumpridores, pouco se preocupa com as subtilezas, ontem essências, que definiam a Democracia europeia, se as Finanças e as Bancas Nacionais estiverem em ordem, o que é o mesmo que dizer, se continuam a verificar - se as condições de enriquecimento para as minorias elitistas. Basta acompanhar os processos políticos de alguns países da U.E., nomeadamente dos ex - satélites da URSS e da Aústria, por exemplo, a braços com uma deriva populista e xenófoba que não tiram o sono à Alemanha e à França, apesar das ameaças entre - portas que as últimas eleições nesses países testemunharam.
Não admira, portanto, que, em relação ao abano anti - burrocrático que se desenha em Catalónia e ao desplante português na demolição dos pressupostos tinescos, ainda estejam às aranhas na reformatação do conceito DEMOCRACIA.

D'A FUFICE, sejamos neutros, foçanguice, ANTI - ASSÉDIO

Um exercício mental

Insisto no tema, dado o aberrante interpretativo que, OH CÉUS!!!, os estados - unidenses acabaram de descobrir que fazia parte do nosso património natural. Para o caso, do mais poderoso élan vital, chamemos - lhe assim numa abordagem redutora, da Natureza, sem o qual nem as rosas justificariam a sua condição.
Falo da sexualidade e do lugar que ocupa, nas suas infinitas variações, e como é experenciada pela diversidade das espécies e, para o caso em apreço, do humano.
Não me lembro, assinalado pela História, de algum conflito sério entre nações ou global, exceptuando a destruição de Tróia e do stress de Lesbos, de Salomé, em que ela esteja na base de qualquer mortandade homicida ( não desdenho o seu contributo no imaginário islamita contra a " libertinagem ocidental "... , hoje apelidado grotescamente de guerra de civilizações, em que ela não esteja, subterrânea, denunciada, bem lá no fundo das motivações recalcadas e sublimadas, presente, transparente, como catalizadora, inocente, pois claro, no despoletar das... tensões.
Pelo que..., permito - me generalizar ( não sou biólogo nem psiquiatra ) a todas as espécies viventes e a todas as raças humanas essa provação, esse imperativo, inserta nos seus genes.

No humano, o instinto é o que emerge no e do pensamento estruturado e da acumulação das vivências que, de elaboração em laboração definiu, dessa e nessa capacidade, única mas não exclusiva, o que nós poderemos ser. O seu controlo obriga a uma ordem auto - imposta e, no limite, imposta de fora pelos outros, pela Lei, pelo Estado, que a civilidade humanista que não urbi et orbi, contempla, e vai contemplando como um objectivo, utópico, passível de atingir, pela domesticação social. Daí a diferença, as discrepâncias e as variações das abordagens contextuais sobre o mais poderoso instinto da Natureza - o sexual - . A própria sobrevivência das espécies dele depende, ponto final.
A baboseira interpretativa contemporânea sobre a sua soberania tem tudo a ver com a boçalidade da (r)evolução(?) e da desordem sapiana que o nosso trajecto natural de domínio  socialmente demente, insiste em impôr.
Poucas espécies naturais se poderão gabar desta anormalidade anti - natural que entre nós, evidentemente, se tornou numa ... aberração, com as consequências à vista, no discurso e na pose.

DA UNIÃO NACIONAL, ( reloaded as a wishful thinking... ) desejado pelo populista presidente da República Portuguesa, Marcelo Cae..., perdão, Rebelo de Sousa, falaremos em tempo oportuno.

terça-feira, dezembro 19, 2017

CONTINUEMOS, POIS...

RARÍSSIMAS

Nunca dou por adquirido o que leio, ouço ou vejo na Comunicação Social a não ser numa perspectiva fenomenológica. Nunca faço julgamentos definitivos sobre o que considero importante, tendo sempre presente que o meu olhar e entendimento sobre as pessoas e as coisas são resultados de uma vivência, que embora partilhada com os meus semelhantes serão sempre unipessoais.
Penso que o cinismo generalizado da espécie resulta dessa presunção " de quem já viu tudo ", pelo que, tanto de uma perspectiva penitencial como inquisitorial, os ataques, ad hominem, ao sabor da boataria, me arrepiam.

Feito já o contraditório por quem se sentiu atacado por este caso, nomeadamente a presidente Paula Brito e Costa, entretanto auto - demissionária, o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS), padre Lino Maia, o, na época, presidente da Assembleia Geral das Raríssima, HOJE, Ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, e conhecidos os factos, os contextos, a cronologia e as explicações havidas, reitero a minha primeira impressão aqui dada - Um ajuste de contas - feito de boas intenções, mas falsas na sua fundamentação e alcance contra os alvos pretendidos e, por inerência, o mau funcionamento do Estado.

Sem nada de substancial a agarrar, já que o arrivismo deslumbrado é, não só condição de sucesso na política como a Burocracia, pelas costas largas, alberga todo o funcionamento do Estado actual como os do passado, a Oposição atirou - se a uma presa mais apetecível - o actual ministro do sector, Vieira da Silva na urdidura de uma relação causal e cúmplice de ... gestão danosa (!!!???).

Portugal transformar - se - ia num país de inspectores de polícia do cidadão para poder dar resposta às solicitações, não só da bufaria retaliatória, em tempo mediático, que as carradas de denúncias e queixas e queixinhas de virtuosos cristãos indignados veiculam.
Impossível à Burocracia desfazer esta teia pidesca sem fazer, também, de cada um de nós, um BUFO.

Antes de lançar o anátema pessoal seria preferível a crítica política e isso e sobre isso, seria preciso fazer um tratado etnológico que ninguém se atreve, sob o risco de ostracização social,  sobre o país que somos, sobre a tão cantada simpatia dos seus naturais. Cairia muito mal a queda do mito.
É que, dos famigerados tempos salazaristas, até hoje, a matriz comportamental lusa no que respeita ao malabarismo ético e moral continua a mesma. No fim de contas é da sua natureza.

Para mim, o arrivismo não é uma singularidade no universo humano, é - lhe a primeira natureza, faz parte da, como diria Husserl, intuição originária da espécie a qual se procura dar um sentido que depende inexorávelmente do nosso juízo, que, produto da consciência, só o pode ser sobre o existente. No caso, nada há de singular nesse fenómeno a não ser uma questão de grau e... sucesso.
Nesse processo, só uma perspectiva ética poderá desadjectivar a invectivação, a inveja e a maledicência serôdia.

Aparentemente, o clique iniciador do que se chama deslumbramento, que um sentimento de permissividade e ou impunidade, desperta, toca - nos a todos e só alguns, como eu, por exemplo, ( tinha de dizê - lo, a minha snobeira... ), continuam surdos ao seu chamamento. Aos outros, a naturalidade e presteza na compreensão do fenómeno atesta a sua quase universalidade.

Posto isto, o que fica? Quase que... much ado about nothing, se não estivesse em discussão a descredibilização irresponsável de um importante sector da sociedade.

domingo, dezembro 17, 2017

EXPRESSOANDO...

NA MOUCHE

" No Governo não parece haver, entre dezenas e dezenas de assessores e especialistas em redes sociais, quem tenha uma vaga ideia daquilo a que se chama gestão de crise "- Ricardo Costa, Expresso


No aproveitamento rasteiro que a Oposição, nomeadamente A.Cristas do CDS, sem ideias, sem programa, esvaziada de tópicos políticos de confronto com a geringonça ( a não ser os fait - divers, que os Media titulam a conta - gotas em cada dia que passa, num mimetismo atroz e nauseante da configuração editorial do C.M. e da CMTV ), tem feito para contrariar as boas notícias da governação, o visado, nas entrelinhas do caso Raríssimas, um folhetim patético e maledicente, foi Vieira da Silva, o " técnica e políticamente mais sólido ministro do Governo ", ainda com R. Costa...

 Uma presa de monta, seria, na fragilização do governo, portanto.
Conhecido, através da entrevista que a fundadora de Raríssimas dá ao Expresso, os contornos deste caso, mais se me confirmam como um ajuste de contas, a que nem um eventual " deslumbramento " da visada com o seu sucesso pessoal se possa assacar um reparo consistente que mereça a demolição da magnífica instituição que criou.
Pelo que, políticamente será um tiro de pólvora seca que, infelizmente, terá uma vítima - Paula Brito e Costa.

IURD

Esteve lá tudo, estava lá tudo, está lá tudo, o que hoje se " descobre " em indignação, pasmo e repulsa, o que começou na mente dos seus fundadores numa garagem dos arredores - a exploração da crendice popular - através de uma máfia pseudo - religiosa a que só o desamparo volitivo, emocional, cultural e económico permitiram o aliciamento massivo.

O tráfico de crianças através e sobre um véu de ilegítimas e fraudulentas adopções com a cumplicidade de uma atroz negligência dos serviços do Estado e... dos tribunais, foi um upgrade das actividades da IURD em Portugal, e chega - nos ao conhecimento, com estrondo.

Impossível ao Estado, por mais que queira, atalhar na raiz e bloquear à nascença a emergência de malfeitorias sociais que o imaginário humano traz atrelado à sua condição, nomeadamente quando os seus contornos são propiciadores de miríficos chamamentos à salvação e redenção das aflições.
O controlo, através da legislação e a rapidez de resposta ao menor sinal de suspeita são, terão de ser dissuasores eficazes, também pelos sinais que enviam - Estamos atentos às vossas actividades - .
Porém, nada como o policiamento mediático e vai aqui uma vénia aos trabalhos daqueles, melhor, daquelas, que vão permitindo trazer, em trânsito e apesar de alguma malícia, associada à colagem de conotações partidárias e presunções inferidas e inseridas numa narrativa mimética de falsa objectividade, à luz os podres da sociedade e a venalidade a eles associados.

A IURD foi uma borbulha que inchou à luz da distracção e negligência e se tornou um tumor monstruoso. Reduzir a sua actividade, assim como as de organizações similares ao estrito âmbito de angariação de fiéis e caridade aplicada, terá de ser o dever de um Estado laico, como o de Portugal.
E... já vamos tarde...

( continuaremos... )

quarta-feira, dezembro 13, 2017

AS PALAVRAS IMPORTAM...

... E NA POLÍTICA, DECISIVAMENTE.


A Coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, confirmou, na entrevista dada ao Expresso, a justeza com que previ os danos mediáticos, que não substanciais, com que a geringonça teria de se haver na segunda fase da legislatura. 
As últimas eleições autárquicas assustaram, pelos resultados aquém das expectativas, quando não melindrosos, nomeadamente para o P.C.P., com perdas de Câmaras emblemáticas no imaginário pós 25 de Abril, os parceiros do P.Socialista no apoio ao governo por este liderado.

Não há volta a dar... Se o apoio de hoje, aceite e acarinhado pela Esquerda em geral, for, por razões tácticas, contrabandeado, pelo Bloco ou pelo PCP, a penalização eleitoral, então, nada terá a ver com a utilidade do voto agradecido ao Partido que nos livrou da Direita, da TINA de Passos e companhia.
Se nada garante, pelos resultados que este governo ainda continua a obter, que o agradecimento eleitoral continue a se reflectir num voto útil ao PS, em desfavor dos parceiros desta solução governativa, também nada obsta a que isso não aconteça.
Percebe - se, portanto, o dilema político do Bloco e do PCP. 

Não se percebeu foi, da agressividade insultuosa com que a projecção dos danos mediáticos sobre a geringonça, melhor, sobre o PS, inaugurada pela contundente entrevista da líder do Bloco de Esquerda, o sentido, a intenção. É que o contrabando, nomeadamente o político, deveria contemplar mais subtileza e... mais dissimulação estratégica.
Sendo assim, com as cartas na mesa, livre se sentirá o PS de, com mais finesse e mais calo, de reforçar os seus mais do que merecidos méritos quando e se os seus parceiros fizerem implodir a geringonça.
Bastará que continue a governar à esquerda como tem feito e... até ver, BEM.


sábado, dezembro 09, 2017

TRUMP?


Poderíamos presumir que seria ISSO...


Mas é apenas ISTO..., um capão pretensioso, megalómano, narcisista e perigoso pirómano. E só consegue grunhir alarvidades em monossílabos.

O mundo já é um lugar perigoso e cada vez mais... insólito e não precisávamos deste espécimen para atestar a nossa menoridade.
Por mim, podem interná - lo.

segunda-feira, dezembro 04, 2017

O APRENDIZ DE FEITICEIRO ( 2 )


Mário Centeno

Dois anos se passaram desde que, por aqui, prefaciei a enorme dificuldade que o académico e burocrata do Banco de Portugal iria enfrentar, no plano político e como político, na demolição da T.I.N.A. e no enfrentamento previsível com as reivindicações dos partidos apoiantes da solução negociada de governo pelo Partido Socialista.

Aprendiz de feiticeiro que, em dois anos fez o mestrado e o doutoramento político, com distinção. Da sanha da Teodora, das reservas do Eurogrupo e das invocações diabólicas do ex - chefe do governo da Direita, Passos Coelho já não restam nada. Tanto é assim, que a Oposição baixou os braços e as vénias vieram de um lugar inesperado - o Eurogrupo - de que corre o risco de vir a liderar, num dos momentos que se pretende de mudança na ortodoxia da U.E.

Afinal, a T.I.N.A. obsoleta sempre foi uma " ideia perigosa ", como diria Mark Blyth, que só trouxe empobrecimento aos países que lhe sofreram os azeites

Veremos, se e quando for eleito, se o uso do doutoramento político desses dois anos de governação lhe tenham dado tarimba e crédito político, que o técnico já tem de sobra, para as difíceis negociações com os seus pares da U.E.

Por cá, essa possibilidade tem sido vista com um misto de orgulho e esperança por uma refundação conciliatória da política da U.E. com os seus cidadãos na qual Centeno teria uma palavra a dizer e o pessimismo da Esquerda dura em qualquer mudança qualitativa da função restritiva do Eurogrupo.

Por outro lado, apesar de se " respirar ambiente político de fim de festa ", como nota pelo absurdo, Daniel de Oliveira no Expresso, não creio que nada de substancial em relação à política económica e financeira do Governo português vá sofrer grandes abalos com a possível " ausência " do seu controlador - mor. Mais danos mediáticos do que a desconjugação dos interesses transpostos na geringonça farão as resistências do Bloco de Esquerda e do P.C.P em troca do reforço dos seus capitais políticos, paradoxalmente endossados ao Governo PS de que indirectamente fazem parte.
Até porque,ainda com D.Oliveira, não têm muita razão de queixa, pelo contrário, face ao " mais redistributivo Orçamento do Estado " de cuja memória tem ele e nós.

domingo, dezembro 03, 2017

D' OS MAIS VELHOS

ANGOLA E...

... PINTO DE ANDRADE

Maria Aparecida do Nascimento Dias da Universidade Estadual de Paraíba, num ensaio suscitado por uma crónica de Mia Couto sobre um olhar africano do passado e de hoje sobre " os mais velhos ", referencia - nos, com um provérbio africano do poeta maliano Amadou Hampaté - Bâ - Quando morre um africano idoso é como se se queimasse uma biblioteca - , um ponto de partida sobre a agonia inexorável das tradições, de todas as tradições.

Isso é o que nos deveria dizer a Tradição de uma África intemporal, num tempo em que o conhecimento passava de boca - em - boca em todos os estádios da evolução do Homem, até à descoberta da Imprensa como veículo de divulgação globalizada do saber.
Até então, no isolamento das comunidades do humano, o saber repousava na experiência e na experimentação do real transmitida de geração a geração aos vindouros, sedimentando a memória colectiva nos " mais velhos ", nos mais sábios, que muito viram, muito sentiram, muito se espantaram.
Esse papel de autoridade e prudência para com a volatibilidade do real humanizado foi, tem sido, devastado, naturalmente, pela rapidez exponencial da divulgação do saber(!!??), sem intermediação da sagesse dos observadores da História.

Veio - me à memória essa leitura do papel dos idosos ao ler a entrevista de Vicente Pinto de Andrade ao semanário angolano Vanguarda sobre os ventos de mudança que atravessam esse fabuloso país do futuro.
Pinto de Andrade, combatente anti - colonial a que acresce uma serenidade do vitorioso na justa luta que travou, é um professor e professou sabedoria.

Saibam os jovens angolanos estar atentos não só ao barulho da " borrasca " mas também às palavras e ensinamentos dos " mais velhos " e daí tirar lições para o futuro.
Pinto de Andrade esteve à altura do seu tempo e a sua fé na jovem geração angolana não merece desilusão.

quarta-feira, novembro 29, 2017

MAU MARIA!!!

O QUE É QUE SE PASSA NO GOVERNO?

Uma lamentável exercitação tem marcado o desempenho, não só comunicacional mas também político deste governo nos últimos meses. A coordenação dos ministérios já teve dias melhores e a descentralização, para os ministros, do anúncio das medidas sectoriais sem um  pólo unificador que o primeiro . ministro referenciava é, na minha opinião, a raiz da " bagunçada " que parece ter tomado conta da governação.

Eu sei que a necessidade de fazer frente à " anomalia " de ter um presidente da República como  "tradutor " independente dos planos e medidas governamentais, diáriamente e várias vezes durante o dia, não permite ao primeiro - Ministro igual loquacidade sem o que não teria tempo de governar, estudando os dossiers. Quero crer que vem daí a multiplicação dos porta - vozes do governo e uma autonomia que se está a revelar - se um erro político.

Pouco natural a " bagunça " que a avocação sobre uma proposta política e socialmente relevante e... justíssima, do Bloco de Esquerda, após negociações acordadas e levadas a cabo com sucesso junto dos socialistas sobre as rendas ilegítimas do sector das Energias e que tinha sido aprovado em plenário e agora chumbadas, provocou.

Percebe - se a linguagem do Estado na justificação do recuo imposto pelo primeiro - Ministro que não a da política, mormente a enquadrada pelos compromissos da geringonça.

É caso para perguntar se essas inabilidades agora estampadas farão parte de uma estratégia partidária de médio - prazo ou se são só... cansaço?

sexta-feira, novembro 24, 2017

BARBARISMO...

... E COBARDIA

O ataque homicida de um bando de sociopatas intitulado Estado Islâmico, no Egipto, mais não significa que o arfar de um moribundo, já fedendo, sobre a Vida.

Lamentável que o Islão e os seus representantes não tenham, até hoje, posto fim a esta seita que conspurca o seu credo.

quarta-feira, novembro 22, 2017

ANGOLA, um processo contínuo...

... QUE NÃO EM CONTINUIDADE



Sai José Eduardo dos Santos, o criador das bases do Estado angolano e...

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                                                                      João Lourenço

Uma nova etapa histórica do desenvolvimento da Democracia angolana configurou - se com a tomada de posse do novo presidente que no seu discurso de posse, então, traçou pistas sobre as reformas que, no seu entender o Estado necessitava, de modo a cumprir a Constituição juramentada.

Hoje, passados três meses, deu passos tangíveis, estratégicos, na desestruturação das chefias das principais instituições do Estado angolano, nomeadamente a Sonangol, a Ediama, a Televisão Pública, o Banco Nacional e as Forças Armadas, a par de um enfoque decisivo na descentralização do Estado através do reforço da sua componente autárquica.
Uma passada de marcha que não, como aparenta, um passo de gigante. E tão natural que, a par do apoio do povo, não embarcou ainda no infantilismo populista insensato de " ajuste de contas ". Até porque o actual presidente fez parte do passado, hoje em deploração.

Não se sabe o que se seguirá, já que não será fácil o relacionamento com a nomenclatura " eduardina " agora em deposição dos privilégios do poder; contudo, creio eu, desde que não acompanhada pela sede de justiça que uma certa burguesia reclama sobre as responsabilidades a assacar aos demitidos pela gestão danosa da coisa pública e uma nacionalização dos patrimónios adquiridos.
Diz Rui Malaquias na Vanguarda, que essa démarche teria o apoio do povo e eu diria que dilaceraria a paz relativa que o presidente necessita para levar por diante o seu projecto. Até porque não creio que a vingança esteja nos ses planos políticos.

Sobre José Eduardo dos Santos, os juízos históricos a serem feitos sobre a sua chefia do Estado angolano nunca poderiam caber à geração de hoje. A começar pela sua ignorância do que era a Angola colonial e atrevo - me, do seu país, hoje.

Estão criadas ou em vias de se criar, saibam os quadros angolanos aproveitar as aberturas proporcionadas pelo presidente Lourenço, condições para se fazer uma Angola outra, de Cabinda a Cunene, de Huambo a Moxico.
Esse terá de ser o rumo que o seu povo agradecerá. Não o da justiça popular.

segunda-feira, novembro 20, 2017

O ASSÉDIO...etc (2)

(continuando)...

No jogo da sedução, as regras cumprem - se e o reconhecimento do NÃO definitivo, também. Quem avançar para além desta linha vermelha arrisca - se, hoje, ao opróbrio público.
Contudo...

- Queres vir, querido?, solicita, não necessáriamente,a prostituição, a liberdade, a abalar a normalidade da norma, passe a redundância, remetendo o assédio a uma exterioridade outra em que a garantia do sim, por um preço, ou por uma vontade expressa, explicita o consentimento soberano do corpo. Nenhum sinal, que não seja a linguagem corporal, verbalizada ou não, e a topografia do reconhecimento do contexto obstam ao recolhimento das regras.

A confusão estabelece - se, em contrabando, nessa desordem, que a ambiguidade dos contextos criados unilateralmente na presunção de sucesso, circunstancia.
Por outro lado, nessa exposição sem regras a não ser as determinadas pelo consentimento, pela emulação pessoal, sobra espaço para o voluntarismo amoral, imoral ou pornográfico, uma libertinagem que se auto - justifica atrás de uma cândida figuração vitimizada que se pretende sem consequências e onde cabem todas as perversões que o individualismo libertário concede, mesmo que inseridas no esvaziamento e desestruturação do conceito.

Confundir a pedofilia e a violação autorizada ou não, com o marialvismo, com o juanismo militante é uma aldrabice, uma patranha e uma estupidez que, em vez de limitar os estragos só os embrutece, à luz de um esclarecimento social numa matéria policromática que a besteira de rebanho tem acefalizada, nos Media e nas redes sociais em tons de branco e negro.

Sempre existiram, de braço dado, a normalidade, os tabus e as determinações sociais que a determinam. O Levítico abominava a homossexualidade masculina e na ignorância da feminina, lançava à fogueira os sodomitas, sem que lhe subissem os ânimos na abordagem pedófila. Outros tempos outros modos e eis - nos em Sodoma, reloaded, melhor, num continuum a que só franjas minoritárias nas sociedades ocidentalizadas lançam um olhar mais atento, de repulsa.

Neste quadro movediço de comércio de favores sexuais, se, por um lado se acentua e se vitoria a luta pela conquista do espaço público pela mulher na exigência da sua formatação adequada aos seus interesses físicos e outros, um espaço virtuoso, onde os caracteres naturais do macho se desvanecem em civilidade, desenrola - se paralelamente, atrás do espelho público um outro mundo do qual se espera impunidade e... ignorância.
Se por um lado na luta pela libertação erótico/sexual do feminino está patente uma componente de supremacia, de poder decisório sobre o corpo, a subalternidade daí resultante, na linha do natural ( não há violações na Natureza, I presume... ) para o masculino, no primeiro e ulteriores passos, atira -nos para um crescendo revolucionário em que esses e outros eventuais privilégios mudariam de ... género.

Só que, desconfio, que o auditório, fascinado pelas aparências de, há pelo menos vinte anos, dadas à costa em Holywood e que se viruliza pelo mundo violado e abusado, está a dormir.
Ou isso ou estaremos a ser, depois do " altíssimo nível de limitação dos nossos impulsos ", educação, chamar - lhe -ia, de um campo de nudistas do século passado, dessexualizados, impunemente.

sábado, novembro 18, 2017

O ASSÉDIO, OS EUNUCOS e o P.C.

QUE FUTURO?
HERMAFRODITISMO  ou...


                                                  SALIGER, julgamento de Páris

A luta pela dignidade e liberdade dos povos está a descambar, em plano inclinado, do colectivo para as tiranias da intimidade projectadas, em estrondo, na falsa placidez dos costumes.

Se já não chegasse a estupidez e o cretinismo agudo feitos virtudes à boleia da guerra dos sexos, que uma militância lésbica vai introduzindo em contrabando na justa luta do humano, singularizando - a, eis - nos atirados a uma nova formulação do odioso masculino - o ASSÉDIO SEXUAL.

O ASSÉDIO, a importunação tout- court, mais não é do que um dos traços distintivos do vivente, plantas, animais e humanos. Todos nós assediamos e sem o assédio sexual a vida, pura e simplesmente desaparece, pelo menos numa das suas características mais notáveis e... aprazíveis.
A abordagem pessoal, no preâmbulo de qualquer tipo de relacionamento, sexualizado ou não, terá sempre a marca distintiva dos actuantes, como distintos serão os seus carácteres e o seu temperamento e distintas as recepções dos seus alvos.

Atentemos...
Quantos casais e quantos felizes casados e namorados existiriam por aí se, à primeira nega dele ou dela, se afastasse o assediante ao primeiro enfado?

O não, sim, talvez... sempre fizeram parte do jogo da sedução, hoje em abominação. Sim eu sei, o que se deplora serão os avanços físicos, os apalpões e os toques SEM CONSENTIMENTO. Acontece que isso não faz parte do jogo, a pressão psicológica sim, definitivamente e... entre adultos, na plena posse da sua Razão.
Não beijar na primeira saída atira - nos para a exclusão do sexo que a mulher séria estampa e o cavalheiro agradece, mesmo que contristado.
Que digo eu?
Os julgamentos históricos são sempre feitos no " fio da navalha ". Julgar o passado com os parâmetros actualizados, adquiridos da avaliação ética ou moral que a nossa evolução humanista permite, incorre em desbragamentos políticamente correctos que pouco devem já à racionalidade com que os nossos pensadores da condição humana nos conduziu até aqui.

( a continuar... )


quinta-feira, novembro 16, 2017

CAOS

EU PECADOR ME CONFESSO..., ATÓNITO!



No turbilhão da nossa contemporaneidade, que o meu ainda não desfalecido olhar, em maravilhamento perplexo com a espécie contempla, nada me tem sido tão perturbador como a deserotização do feminino e, por contraste que não oposição, com a efeminização do masculino, a par da dessacralização da sexualidade humana.
O meu despudor estampado a uma veneração, dantes íntima, atesta - o na imagem compartilhada de uma geração sacrílega.

Da possibilidade, como condutora, sem freios, da individualidade feminina, liberta, desafiante, cínica e literalmente despudorada e esvaziada do mistério mítico da aproximação, da descoberta e do fascínio, opõe - se a destruição do olhar reverente, hoje profano, sobre a mulher.
Rompido o véu físico e metafórico à luz fria da exposição contundente e adversariante da posse hoje reencontrada como dona e senhora do seu corpo e do seu espírito, as  nossas companheiras encetaram um caminho, não já convergente mas paralelo ao nosso.

E não é de hoje a pulsão...

" Eu recordava a sua cona imensa, generosa, uma das conas mais peludas que eu tinha visto na vida; os pêlos não só eram abundantes, como compridos, e , no centro daquela cabeleira, como que penteada com risco ao meio, sobressaía um clitóris em forma de tacão de sapato tão grande como o meu dedo gordo. Durante todo o jantar fiquei a imaginar aquela cona. Mas quando chegámos a casa e ela se despiu, oh desolação! aquela espessura sagrada tinha - se convertido numa superfície lisa, absolutamente pelada, com um certo tacto de frango depenado. Meu Deus! - gritei. Ela olhou para o monte de Vénus, mole, como que muito ufana da sua obra. Raparam - mo. Gostas? É mais agradável (... ) Usa - se muito - disse - me ela orgulhosíssima da paisagem lunar " -  José Maria Álvarez, La esclava instruída

segunda-feira, novembro 13, 2017

NÃO HÁ VOLTA A DAR

O SACUDIR A ÁGUA DO CAPOTE...

...É UM DESPORTO NACIONAL...
...Como o é em todas as paragens do planeta onde a justificação dos actos por inerência ou as suas ausências são trazidos ao escrutínio das comunidades.
Este gesto encontra sempre, na sua angelização, a montante, a sua justificação. Levado à sua demonstração última chegaria a Adão.

Um acto feio e quanto maior o " pecado " e a sua  responsabilização, pior.
Sem querer alongar - me pelo tempo e espaço com exemplos por este mundo fora para o caracterizar como um humaníssimo traço do nosso carácter e atendo - me ao exercício nacional dessa prática, seria melhor chamar - lhe um reflexo, este mau hábito, por mais rotineiro que seja em Portugal em todos os escalões da sociedade, merece censura.

Posto isso e a propósito dos novos títulos dos Media e do frenesim que se lhes seguiu com a estória do jantar tecnológico da WEB SUMMIT no Panteão Nacional, ninguém em Portugal acreditou no aguaceiro provocado por tanto capote sacudido, após a revelação da indignação popular pelo desassossego dos nossos ilustres defuntos em tão sagrado lugar.
Do Governo à Presidência da República ninguém pareceu saber do agendamento do repasto, pior, ninguém o atalhou em reprimendas.

Bodes expiatórios em sacrifício? É preciso ter lata. Deixem a Directora em paz, que apesar de tudo, também não é inocente, foi burrocrata simplesmente, e... ponham trancas à porta. Ponto final!



terça-feira, outubro 31, 2017

CATALÓNIA

AUDACIOSO MOVIMENTO POLÍTICO



...Do chefe do Governo catalão na sua deslocação à sede da U.E.
Quando o inesperado se intromete na História, a realidade, que as condições objectivas, o statu quo, nos coloca e aos povos e aos Estados, tende à sua rejeição. Um acto reflexo que à interiorização do elemento forasteiro oferece resistência, tão tenaz como a determinação alienígena.

Nada disso porém se aplica ao caso catalão, à História catalã e tampouco à História comum partilhada com o Estado espanhol. Nada é inesperado, nem mesmo a urgência radical da liderança da Generalitat de Puigdemont. Os dados estiveram sempre na mesa, a Catalunha nunca abandonou o jogo, a aspiração a um Estado independente.
A História é memória suspensa nos temporáriamente vencidos e esquecimento imperdoável nos vencedores. Suscita - a a luta pela justiça, guarda - a em compêndios empoeirados a arrogância.
Nenhuma dialéctica negativa poderá interromper este continuum; quando muito, abranda - o...

Um acto reflexo, pavaloviano, que vai em crescendo de radicalização no tratamento de um problema político como criminal, foi a resposta do Estado espanhol.

Essa foi a resposta antevista quando, mutatis mutandis, se questionava por aqui, no rescaldo das resistências ferozes que líderes estrangeiros ofereciam às tentativas de auto - determinação democrática dos seus povos, durante a Primavera Árabe e mormente em relação ao líder sírio Hassad que enfrentava uma resistência armada, uma guerra civil.
A pergunta era - O que fariam os Estados Ocidentais face a dissidências, hoje?

Engana - se a Europa ao pôr - se de fora na intermediação sob o argumento, que se pretende louvável políticamente, de respeito pela soberania espanhola.
Tenho por mim que a contenção, a prevenção de conflitos mais sérios, que uma mediação amenizaria seria mais relevante que a ausência pública desse debate.
Puigdemont também assim o pensou e  a pressão política que levou à Casa Europeia foi genial.
Saibam as lideranças europeias olhar para além da espuma das coisas...

segunda-feira, outubro 30, 2017

NO KISSES...

... JUST HARD WORKING



Enquanto os MEDIA procuram manter acesa a intriga sobre o desenlace institucional com o presidente da República a geringonça passa...




sexta-feira, outubro 27, 2017

D'O JULGAMENTO MORAL E... JUSTIÇA

J' ACCUSE!




Nenhum ser humano, na plena posse das suas capacidades racionais, estará livre de julgar, tomado em toda a sua compreensão e extensão, sem ser com todo o peso da sua história, das suas experiências pessoais ou de próximos, das suas memórias, das suas idiossincracias, das suas aversões e das suas simpatias, NENHUM!
O que deveria distinguir o julgamento pelo Estado através da aplicação pelos juízes e juízas das suas leis, enquadrar - se - ia numa pseudo neutralidade decisória que no balanço analítico das provas e da sua refutação, equilibraria, racionalmente, à luz da legislação, a sentença, pretensamente tão neutra como a intenção presumida dos legisladores.

Supôr que o quadro legal de qualquer nação estaria livre de considerações moralistas seria antepôr um véu de Maia entre o presente e o passado numa refutação esdrúxula da base de qualquer LEI, tanta a terrena como a divina. Seria apagar todo o imaginário nacional ao longo da fermentação das suas regras de convívio social.

Quando para além da menção dos artigos violados no âmbito de uma acusação se faz uso de considerandos moralistas e , quer se queira ou não, tradicionais no Senso Comum e hoje sublimados no processo de domesticação do sapiens, pretende - se obter uma cumplicidade empática com uma decisão entre dois males - o adultério, e a violência como resultado humanizado face à traição.
Como reagiria a maioria dos, no caso, homens, perante essa situação?

Em consciência, e o juízo é sempre uni-pessoal, se condeno porque há - de a Lei absolver, se absolvo a vítima porque há - de a Lei condená - la?
Se considero mais grave o adultério que a reacção violenta faço justiça e absolvo a violência, num caso de legítima defesa, num caso de HONRA.
Honra, essa palavra caída em esquecimento e varrida do panorama social onde vigora a amoralidade, a indiferença sobre valores outrora charneiras no relacionamento humano.
" Uma mulher adúltera é uma pessoa falsa, hipócrita, desonesta, desleal, fútil e imoral "

Este é o quadro intimidatório que em cada julgamento se materializa em quem julga. Fácil é o julgamento sem juízos morais apesar de implícitos e não expostos, verbalizados.

A despessoalização exigida no julgamento pelo Estado configura - se a esta luz como uma violência pessoal.
Eu condeno o adultério tout - court e sou ateu. O cidadão Joaquim Neto e a cidadã Maria Luíza Abrantes também. O que nos distingue para lá da liberdade de emitir esta opinião públicamente? - As margens que as nossas condições permitem. As minhas, são pessoais e eventualmente auto - impostas, as deles não o serão, definitivamente.

domingo, outubro 22, 2017

O " ANTIPÁTICO "

                                                             
                                            António Costa, Primeiro - Ministro de Portugal

A irracionalidade ou a urgência do racional, a Emoção que não a frieza e cabeça fria, a lamentação inane que não a acção concertada e reflectida, o choro que não a solidariedade efectiva, a Empatia que não a Confiança na relação positiva e pragmática, perante a devastação que atingiu Portugal, seriam as " receitas " meritórias que o político deveria abraçar, para escapar à, aparentemente, crítica que se almeja ser demolidora à sua postura perante o quadro político e físico que enfrentou.

" Será um homem sensato aquele que, para decidir se um homem está em paz ou guerra consigo próprio, liga mais às palavras do que aos actos? - Demóstenes

O apelo à Emoção à flor da pele, ao coração, aos instintos, à auto - compaixão será sempre a arma dos populistas tenham eles as cores que tiverem e os cargos que exercem.
Redenções, pedidos de desculpas confessionais, apelos sebastianistas foram a postura do faduncho a que respondeu a resistência da intervenção, que se impôs.

Não comungo, de maneira nenhuma, com o teor das críticas ao P.Ministro, para lá do seu carácter estritamente político e institucional, que acreditam criar uma maré de " estados de alma " que ofusque a racionalidade analítica do desempenho deste Governo.
O caminho populista, que com todas as " nuances " empáticas e talvez, inadvertidamente, o Presidente da República encabeça como referência voluntária ou não, na criação de " factos políticos " que estão marcar a agenda, mediática, por ora, é um mau sinal... Quem não está a entender isto não está a perceber o que se está a germinar pelo país pós - Pedrógão...


Vergonha, sim, toda a gente é livre de a sentir como sentimento banal, com ou sem sustentação e eu também a sinto por ter contribuído, pela parte que me toca, com o meu silêncio impotente, então, sobre o conhecimento que ia obtendo do " fogareiro " em que, inevitávelmente o país se transformaria um dia, na denúncia do tipo da mancha verde demoníaca que na época começava a nos encher de orgulho e... euros.

Porém, nunca lembrou a ninguém nos USA, com as Torres Gémeas, em Espanha com Atocha, em Londres com a Grenfell Tower e por aí fora, concluir, tão ligeiramente e envergonhado até à medula, pela incapacidade do seu país em defender o seu território e as suas gentes.
A incúria foi também e, na minha opinião, nossa e depois da casa arrombada as lágrimas de crocodilo inundam o país mediático num atroz cinismo pelo país que só nos últimos tempos lhes foi dado a conhecer.
E já que estamos numa de teleologia, estão eles, cuido que é tempo de um Nacional MEA CULPA e estarmos mais atentos.

E socorro - me ainda do velhinho Demóstenes para acabar - Parece - me que o bom cidadão deve preferir as palavras que salvam às palavras que agradam - disse ele e eu, entretanto, prefiro ouvir as palavras e acções do Governo e escrutiná - las, RACIONALMENTE.

sexta-feira, outubro 20, 2017

EUREKA!!!

DESCOBRI!!!!

PORTUGAL ESTÁ EM COMBUSTÃO ESPONTÂNEA






DOUTRA MANEIRA...

Como me explicam a deflagração de perto de 500 incêndios num Domingo às seis da manhã?
E dos perto de 200 em Pedrógão em Junho?

Que diabo, se foi do calor as estepes alentejanas e os pinhais e eucaliptos de Setúbal não arderam ESPONTÂNEAMENTE porquê?

O povo português, aquela gente que viu os incêndios, ou seja, nós, perdeu a confiança no Governo, decreta Pacheco Pereira, na Quadratura do Círculo, ante o ar compungido e lacrimejante de Lopo Xavier perante a " frieza "do azougado Governo, vulgo António Costa, com tanto calor que por aí vai e que o Presidente Marcelo vai soprando por onde passa.

BULSHIT!

E porque é que isso aconteceria no wishful thinking desses dois comparsas da Direita? Porque, pelo que ouvi, o Governo não foi capaz, de Junho a Outubro, de limpar as Matas Nacionais, de mandar abater toda a roupagem verde com que as populações do interior enfeitam a zona circundante das habitações e fábricas, de não ter demitido toda a incompetência dos serviços dos Bombeiros, e do SIRESP mais as dos Serviços da Protecção Civil, e..., principalmente ter sido INCAPAZ de mimar o Presidente na sua campanha facebookiana pelo país. Longe de mim o cinismo mas tanta emoção e amor a rodos já me está a pôr de pé - atrás.
Sigamos pois o raciocínio orientador e pouco subtil dos anti - geringonça; se o povo perdeu a confiança no P.S e nos seus parceiros, de quem, com algum maquiavelismo, Marcelo exige a colagem responsabilizante das desgraças, não deverá votar neles nas próximas eleições. Um recado com cara de comentário e uma orientação política com cara de objectividade de análise.

Estaria a ser difícil à Oposição engolir a perspectiva longínqua de voltar ao Poder sem que houvesse uma alteração substancial à realidade respirável dos dias de hoje, pelo que será preciso deitar mãos, para além dos procedimentos transparentes como a moção de censura ao Governo apresentado pelo CDS, aproveitamento político mesquinho mas legal, a chamada à mobilização dos ilustres e... singularizar

500 focos de incêndio em simultâneo; COMO FOI POSSÍVEL?

ESSA TERÁ DE SER A PERGUNTA DOS PORTUGUESES, para além das responsabilidades a assacar ao Estado no apoio rápido e eficiente a todas as vítimas dessa barbárie.







quarta-feira, outubro 18, 2017

ATENÇÃO, ANTÓNIO!

A DIREITA ESTÁ EM DESESPERO...

... E QUER A TUA PELE

A semvergonhice da Direita portuguesa está a um passo do paroxismo e histeria emocional e está a tornar - se perigosa.
Sem tirar um vírgula ao que tenho dito sobre o assunto dos incêndios deste ano e lembrando - me do Verão Quente de 1975, constato um upgrade concertado de cerco a esta solução governativa por parte de todo o universo anti - geringonça.
Perante a impotência política e sem retórica contra os sucessos obtidos estão a dar formas concretas ao Diabo do Passos. NUNCA, mas nunca, os fogos estiveram tão próximos das populações e nunca, mas nunca a incompetência foi tão visível. Como não acredito em coincidências... aceito a teoria de conspiração de que o propósito de tudo o que está a acontecer no terreno é claro - enfraquecer o governo e fazer - nos esquecer dos seus sucessos.

Ora, aí está a cavalgagem da desgraça das populações, atingidas miserável e asquerosamente, pela infâmia e pouca -. vergonha do PSD e do CDS.
Para já, e eu tinha avisado, deram razões ao Marcelo, como se disso precisasse, para mostrar a face num discurso cheio de ambiguidades e solicitações à guerrilha. A posição, aparentemente ambígua do P.C.P. também está a ajudar à festa e disso terá de ter consciência, não desfalecendo na segurança do Governo contra a Oposição.

Para já, conseguiram a demissão de uma ministra do Governo. Se políticamente, para o Governo, que não como resposta aos gritos dos Media, do Presidente e da Oposição, seria um passo a dar dada a fragilidade política exposta da Ministra, por outro deu esperança a que se atreva hoje a pedir a demissão do Governo por parte do PSD, de uma moção de censura encorajada, entrelinhas pelo Presidente da República por parte do CDS e a um, oh céus! acabrunhamento do ex - primeiro - ministro, P. Coelho, a morrer de vergonha pelo país...

Os dados estão lançados e a parada da Direita é alta e não hesitará nos passos que serão necessários - se o tempo quente e seco continuar e aproveitando a " ameaça " de Marcelo, voltaremos a ter uma desgraça que lhe dará o alibi para dissolver a Assembleia da República.

Posto isto, António, põe - te a pau!

terça-feira, outubro 17, 2017

D' O IMAGINÁRIO SOCIAL

... E... PROJECÇÕES INTERESSEIRAS OU...

... POUCO AVISADAS,...

... PELO QUE...

... " DEIXAREMOS O MUNDO TÃO TOLO E PERVERSO COMO O ENCONTRAMOS " - VOLTAIRE


Ganhou -se o hábito da confrontação de opiniões pretéritas e contextualizadas sobre realidades analisadas por personagens da vida pública e publicável da sociedade política e intelectual portuguesa ( a coisa vai mais além... ) com as actualizações que a realidade de hoje impôs nos novos contextos históricos, políticos ou sociais, pelo silêncio ruminativo ou verve desbragada.

O desmerecimento que a " falsidade " pretérita e, ou, a interpretação errónea dos factos, a par da sua permanência temporal como valor ou desperdício opinativo, não acrescenta, para a esmagadora maioria dos casos, consoante a importância factual ou projectado do assunto ou personagem em análise sobre os quais se emitiram pareceres e opiniões, nenhuma desvalorização de carácter para a maioria esmagadora dos casos, nem para os visados, nem para os factos.

Dito isto, que não passa de uma, quiçá, presunção, e reportando - nos, saindo do geral para o particular, à Política e aos seus sujeitos e predicados, a banalidade acima referida de juízos desavisados não passa senão da aplicação inferida de um comportamento... humano.
Não se trata aqui da relativização de uma Verdade mas de uma hermenêutica sincrética de reflexão que é comum a cada um de nós.

A posse de todos os dados, melhor, a ausência dessa acumulação de informação, obriga, necessáriamente, à falha parcelar que outros, entretanto, e por outros caminhos, vão preenchendo, empírica ou racionalmente e sobre isso fazem o seu juízo. Senso Comum, é o derivativo imaginário daí resultante.
Como todo o Conhecimento é, ABSOLUTAMENTE, parcelar, como parcelares e singulares as organizações mentais de tratamento de informações para cada um de nós perante as nossas vivências memorizadas, interesseiras e invocadas à medida das nossas necessidades projectáveis, os juízos que a cada FACTO formulamos será sempre pessoal e único.

" O que escreveste num tweet passado " ou.... " Em tempos dizias que... " enquadra - se no âmbito desta reflexão, para concluir que a coerência temporal é, terá de ser uma anormalidade, não só intelectual como vital, no nosso posicionamento racional e biológico para com os FACTOS. E se levada a extremos conduzirá à extinção da espécie, de todas as espécies, as racionais e às outras.

Uma inteligibilidade de " achados " marca o nosso percurso - Eu acho, tu achas... - , não só os da Ciência como os do racionalismo biológico, vulgo Senso Comum, e massifica o carácter da espécie.

DERIVANDO...

Nada, como a crónica de Clara Ferreira Alves na revista do Expresso último, sob o título - O julgamento de Sócrates - para exemplar, pretensamente, o meu juízo.
Para o caso, juízos feitos de achados a que a singularidade de um encontro ocasional, fortuito e de interpretação facial sincrética, PESSOAL, acrescenta toda uma caracterização justificativa de um trajecto, na linha das negatividades, então pressentidas.

Acontece, que no " caso " Sócrates, como em qualquer outro, numa Democracia, o " achar ", a referência do Senso Comum, não pode, num Estado de Direito, estar presente num julgamento. A verosimilhança de Verdade, intuída pelo S.C. ( leia - se Senso Comum ) é e terá de ser uma treta e como tal assim tratada por qualquer Juíz ou Juízes que sobre o caso venham a deliberar sobre a culpabilidade ou inocência do ou dos arguidos.

Ou isso ou então... será, de facto, TODO O REGIME que estará a julgamento.

segunda-feira, outubro 16, 2017

TERROR(ISMO) INCENDIÁRIO

" VIVER E DEIXAR MORRER "?


Tem sido essencialmente por esta perspectiva dramática que o Director do " Expresso ", Pedro Guerreiro, tem abordado a problemática dos incêndios que, desde Pedrógão, em Junho, tem lavrado em Portugal.
A sistematização que, aliada às condições objectivas das suas deflagrações e propagações e o sucesso devastador dos seus efeitos exige, para além das humaníssimas e necessárias indignações, exige olhares mais alongados do que o apontar de dedos a A,B ou C.
Mal sabia, mas poderia perfeitamente ter previsto, dada a manutenção das condições estruturais acima objectivadas que levaram à morte de dezenas de cidadãos então, o que aconteceu este Domingo pelo país.

Estaria lá tudo, no dramatismo visceral da denúncia da incúria do Estado extrapolada por P.S.Guerreiro, nas palavras do presidente da República e do P. Ministro do país, para além das incompetências já assacadas a todos os intervenientes no fracasso. se não se desse o caso da obliteração das nossas culpas e cumplicidades em todo o processo que nos conduziu a isso, excepto nas condições climatéricas, na seca extrema que assola o país.
Durante décadas fomos pondo tijolos sobre tijolos no edifício que agora nos ameaça mortalmente.

O regresso à competência, dos Bombeiros, dos Serviços de Protecção Civil, dos guardas - florestais, do ordenamento do território, dos políticos, do Estado na redefinição de uma normalidade outra dantes percebida como tal que não este terror permanente também ela levará décadas. E terá pela frente toda a Corporação dos Incêndios, todos os interesses instalados à volta do negócio dos fogos. que darão uma luta sem tréguas e serão tão sorrateiros como o estão a ser hoje.

Por mim acredito pia e fortemente que " há uma organização terrorista a atear os fogos em Portugal "; competente e contumaz. Faço, por isso, minhas, as palavras do Presidente da Liga dos Bombeiros portugueses, Jaime Mata Soares.
Com toda a magistratura atrás do Sócrates torna - se evidente que estiveram e estão à rédea solta. Estará na forja algum outro mega - processo de décadas quando e se for descoberta?

Entretanto, o País arde e as pessoas morrem.

sexta-feira, outubro 13, 2017

SÓCRATES, UM MESTRE DO CRIME?...

... UMA VÍTIMA KAFKIANA?


A " teia " mafiosa que o Ministério Público, pretensamente, nos traz ao conhecimento e que teria como cabecilhas mais mediáticas o ex - P. Ministro de Portugal, José Sócrates e o presidente do ex - BES, Ricardo Salgado, teve a sua " apresentação " numa das mais estranhas entrevistas a que tive oportunidade de assistir.
De um lado, um jornalista de guião acusatório em riste, debitando pretensões e julgamentos moralistas atribuíveis ao senso - comum, manipulado durante quatro anos de fugas de informação ( falsas ou verdadeiras, é o que se verá... ) enquanto se mantinha em prisão preventiva um pretenso criminoso sem culpa formada e do outro lado, assertivo e completamente pronto a se defender de um processo que, repetidamente, considera ser político.


Nada de novo sobre as acusações já bastamente dadas à luz durante estes anos, exceptuando as contra - provas do arguido contra as " insinuações " da Acusação.
Não poderá haver num julgamento desta natureza NENHUMA VEROSIMILHANÇA DE VERDADE e certamente que o julgamento da rua não passará disto mesmo.

Singularmente, desconfio que quem estará em julgamento, pelo que tenho visto e sabido até agora, será a Magistratura e o Ministério Público.

Sócrates, parece estar preparado para a luta...


segunda-feira, outubro 09, 2017

WISHFUL THINKINGS

ENA! COMO TÊM ABUNDADO POR ESTES DIAS EM PORTUGAL...

                                             ( uma vénia à Anabela Matias pelo roubo... )

A razão por detrás de tanto distúrbio neuronal e emocional pós- eleições autárquicas deve - se à existência da singularidade acima estampada, vulgo geringonça, que directa e indirectamente tem governado o país com mérito e que foi premiado pelo desafio da sua existência.

Aconteceu que o P. Socialista, o motor do acordo de governo suportado pelo P.C.P. e pelo Bloco de Esquerda foi o vencedor absoluto nestas eleições, reforçando o seu peso nas autarquias do país, nomeadamente nos grandes centros urbanos. Quando um partido ganha outros perdem - física elementar de vasos comunicantes - e foi o que aconteceu ao P.S.D. e ao P.C.P.
Pela elementar lógica, que não a da política, o reforço do P.S. só poderia trazer benefícios à geringonça e problemas acrescidos à Oposição da Direita. Assim o terá interpretado, pelo menos públicamente, o Primeiro - Ministro, António Costa.

MAS...,

... Um gigantesco mas tem criado um frémito que, passado pela inacreditável e, na minha opinião, apressada interpretação pelo P.C.P. das perdas havidas com uma estupidificação dos eleitores, atravessa todo o universo partidário, presidencial e mediático com uma questão que depressa se vai transformando num wishful thinking estranho e picaresco - É agora que a geringonça vai empanar -. E sobre isso se vai tecendo as mais mirabolantes fantasias e cenários em que nada fica de fora, nem mesmo o putativo herdeiro de Passos Coelho, demissionário após uma violenta rejeição por parte dos eleitores com a mais expressiva derrota eleitoral desde Abril de 1974, e os desenvolvimentos numa aliança de propósitos tácticos no sentido de abalar a força política do P.Socialista.

É inegável o cuidado com que o líder do P.S. e a sua Direcção têm tratado o mau momento passado pelo parceiro como também será estúpidamente incompreensível que não tire vantagens dessa posição de força.
A chave do relacionamento com os parceiros têve - a sempre nas mãos e foi gerida com pinças. Que seja capaz de lidar correctamente com os azedumes e ressentimento dos parceiros e com o equilíbrio que tem permitido que o país respire mais saudávelmente, é o que esperam todos os que acreditam nessa solução que teve tanto de audácia como inteligência política na leitura dos " ares dos tempos ".

Esperar para ver, enquanto vai governando e controlando os acontecimentos dentro e fora do partido, seria o meu conselho alargado à presidência da República. É que, é preciso não esquecer, o presidente É de Direita; civilizado, é certo, mas de Direita e não deixou de o ser, por mais imparcial que a sua actuação possa ou deseje ser.

sexta-feira, outubro 06, 2017

BAN THE BOMB

PORQUE...


... ELA É ESTÚPIDA, COMO ESTÚPIDA A INTENÇÃO DE A USAR E ESTÚPIDAS AS LIDERANÇAS QUE A BRANDEM.

Num tempo em que a Estupidez se apresenta alarvemente como Representação e Vontade de uma época, caberá ao humilde Bom Senso pôr ordem na bagunça.

terça-feira, outubro 03, 2017

BALANÇOS AUTÁRQUICOS

PSD

E não é que o Diabo veio mesmo? Nada de surpreendente, já que o mafarrico só aparece a quem o convoca e evoca.
Passos Coelho, o líder do PSD, remetido ao silêncio pelo desempenho da " geringonça ", ficou sem discurso e a atribuição das maleitas projectadas ao seu futuro e ao do país relegou - a ao Diabo que surgiria num dia de nevoeiro...
Ora, ele aí está! E, segundo parece, para sacudir o seu invocador de uma causa perdida.

Uma derrota estrondosa teve o PSD no Domingo passado e, aparentemente, por deixar o partido em cacos, já só resta ao seu líder o abandono da liderança.

11º Mandamento - Não invocar o nome do Diabo em vão!

CDU

No mínimo injusta a perda de 10 Câmaras municipais ao partido precursor da solução governativa que levou o P.Socialista à direcção do governo do país. O P.C.P. não o merecia...

Muitas e variadas interpretações desse débâcle já foram trazidas a público na justificação dessa penalização que, outrora tão leais apoiantes, infligiram ao partido dos trabalhadores.
Por mim, a justificação tem a ver com a mudança slowly but sure que se vai verificando no tecido social do país com a solidificação de uma média - burguesia que, esquecido do muito que aproveitou com as " bandeirinhas no ar " ( como uma certa snobeira intelectual apoda a luta dos sindicatos... ) do P.C.P e dos sindicatos onde ainda exerce influência, agradece na pessoa de uma liderança DE Esquerda há muito esperada, a política para o povo.
Urge uma interpretação madura que não ressentida desses resultados que, quero acreditar, a Direcção do partido fará. Caso contrário, as coisas complicar - se - ão, não para o P.S., mas para o Partido Comunista Português. 

CDS

Parabéns ao labor de formiguinha da líder do CDS! Uma sinceridade e uma entrega notáveis ao serviço do seu partido que a fez consolidar a sua liderança nessas eleições regionais e do qual resultou ter atirado o PSD para o terceiro lugar na autarquia da capital.
Assunção Cristas promete ser uma adversária de respeito nas eleições futuras e cometer a proeza de, a nível nacional, se deslocar do liberalismo sebento do antigo parceiro do governo de má memória para os portugueses.

BLOCO DE ESQUERDA

Resultados modestos para um partido que começa a sair das cidades e aventurar - se no campo. Está em crescimento e saúda - se a mensagem.

PARTIDO SOCIALISTA

O grande vencedor da noite de Domingo. Merece umas considerações à parte e fá - lo - ei em tempo oportuno.

CATALUNHA

Os catalães votaram e pouco ou nada me interessa o resultado da votação, que as circunstâncias, originais da convocação do referendo e os desenvolvimentos que se seguiram macularam no seu propósito mais puro.
O princípio, sagrado na maioria das Constituições do Ocidente e no seio da ONU - o da Autodeterminação dos povos - está a ser atirado para a hermenêutica contingencial e contextual da sua praxis numa racionalização contundente e hipócrita com a cumplicidade do Quadro Constitucional.
Não admira que os curdos, que desejam o seu país de volta, o país que a Europa destruíu, displicente e vingativamente, olhando à chamada realpolitik, comecem a crer que só recorrendo às armas serão livres.
Aparentemente, em Espanha, ainda não se dá conta da gravidade da situação... na Catalunha.

segunda-feira, setembro 25, 2017

CATALUNHA...

... E A MARCHA DA HISTÓRIA



À " estupidez " política em toda a linha com que o Governo da Espanha, através de Rajoy, responde às aspirações de liberdade e independência dos catalães, com a repressão militar contra o referendo do dia 1 de Outubro, sobrejaz uma normalidade histórica na marcha das nações.

Nada que, do passado aos dias de hoje, lembram - se da Síria, do Egipto, da Venezuela?, não faria qualquer Estado perante o que considerasse uma afronta constitucional e que na linha da suas obrigações teria de atalhar. Lá, cá, na Rússia, em Angola, na China, nos USA, essa " normalidade " constitucional foi, é e será sempre brandida como argumento da repressão no sentido da manutenção da sua coesão interna.

Nenhuma argumentação política sobre a bondade ou o malefício decorrentes da confrontação dos Estados com os seus cidadãos esconderá a normalidade dessa narrativa, que em paragens outras não alinhadas com os USA, leia - se Ocidente, atira - as para o campo da infâmia " democrática ".

Seguiremos os picos de hipocrisia que se formarão na análise do processo catalão.

Por mim, sou catalão, sou escocês, sou irlandês, sou curdo, fui ucraniano e fui cidadão da Crimeia, nas expressões maioritárias definidas democráticamente sobre a permanência numa associação política vista como inconveniente.

A compreensão racionaljzada e fácilmente projectável do efeito mimético que a " démarche " catalã poderá ter no resto da Espanha e um pouco por outras paragens, quebrando a monotonia da Nova Ordem Mundial, enferma dos mesmos pressupostos reaccionários de que comunga o Pensamento Único que o hipotético e fantasista Fim da História elaborou e que, outrora Hegel vergastou - A mais profunda lei política é a Liberdade - .

O ser do Estado a organização da Liberdade colectiva faz da aparente contradição com a liberdade dos seus cidadãos o espaço da autonomia contratual dos povos sempre que, defraudadas as suas expectativas, reclamam o protagonismo sobre a estrutura criada, no sentido de a reformular.
A isso chama - se evolução histórica.

VIVA CATALUNHA!


domingo, setembro 24, 2017

RELATÓRIO SOBRE TANCOS!!!???

EXPLOSIVO!


" RELATÓRIO DAS SECRETAS SOBRE TANCOS ARRASA MINISTRO E MILITARES "

Assaltou - me, num nítido reconhecimento,  um facto já antevisto últimamente e aqui dado ao post, que tem sido a tabloidização, tipo Correio da Manhã, dos títulos de primeira página do Expresso.

Fui ler, na esperança de que a coisa não contaminaria o trabalho sério de reportagem com que este leitor antigo foi habituado em décadas.
A abrir, espero pela identificação dos " serviços secretos militares " que elaboraram o dito relatório, que, em princípio, estava pendente da investigação do Ministério Público. Nada! Continuo a ler e, ALTO LÁ... - tráfico de armamento para África, em concreto (!!!???) Guiné - Bissau ou Cabo Verde (!!!!!?????)...
Nem precisava de ler mais para concluir que estaria perante um formidável exercício especulativo, já que logo a seguir caíram em turbilhão coloridos cenários à mistura com verdades, meias - verdades e... pura fantasia, num pitoresco e assustadoras e hiperbólicas tramas escatológicas.

Essas " hipóteses " também andaram de boca - em - boca nas conversas dos portugueses, não só dos jornalistas, como dos portugueses mais bem informados. Como a publicação de hipóteses é lixo informativo e os boatos das conversas de café não são notícia, ficou - se por aí... até agora e hora dessa " evacuação ", dessa deslavada e geral mistificação, secreta, claro!





segunda-feira, setembro 18, 2017

O ESTADO

DECLARAÇÃO DE INTERESSE

Nunca fui funcionário do Estado e ,sim, sei e conheci durante toda a minha actividade profissional as condições de trabalho " cá fora ".
Também sei que, sózinho, batalhei pela melhoria das condições salariais e de trabalho sem que, apodado de perigoso agitador, os meus colegas de profissão, veteranos, me acompanhassem nessa " guerra ". O que não os impediu de , uma vez saído com sucesso das minhas reivindicações, também delas tirarem proveito sem ter mexido uma palha.

Adiante...
Tem sido recorrente na coluna de M.Sousa Tavares uma " sanha " bizarra contra o Funcionalismo Público  que nem nas confederações representativas do Comércio ou Indústria se encontra assim estampada com tanta contundência.
Não sei, exactamente, em que é que se baseia essa hostilidade por uma das principais instituições do Estado, sem a qual ele pura e simplesmente não existiria como tal. Desconfio que não será por nenhuma pulsão anarquista, coisa que nem nós, anarquista céptico, que a Função Pública tem sido por ele assim vergastada. Como também não creio que será o " laissez faire, laissez passer " o suporte das suas contrariedades contra a F. P., a coisa terá uma base pessoal, o que não me impedirá de tecer juízos sobre o exagero crítico comparativo com a situação dos " privados ".

Que eu saiba, na Democracia Portuguesa, todas as actividades profissionais são representadas em organizações que têm como fundamento de existência a defesa dos seus associados, TODAS. Verdade se diga que NINGUÉM é obrigado a ser sócio na presunção de que, como indivíduo, será capaz de resolver os seus assuntos profissionais. Tudo bem e ninguém tem nada a ver com isso desde que se cale perante a capacidade da sua organização de classe profissional em proteger os interesses dos que por ela são representados.

Estranhamente, tem sido EXACTAMENTE essa capacidade reivindicativa na melhoria das condições salariais e relações de trabalho que as organizações de classe, os sindicatos, nomeadamente, assim como as Ordens e as Confederações Patronais, que M. Sousa Tavares, suponho que freelancer, tem criticado, semana sim, semana sim.

É evidente que os trabalhadores da Função Pública estão menos sujeitos aos " azeites " da chefia e às " reestruturações " privadas. Era o que faltava que não fosse assim. A própria estabilidade dos serviços assim o exige, até por uma questão de eficácia do seu funcionamento. Já bastariam os exemplos que a cada mudança governativa sacodem o topo das hierarquias.

" Governo, sindicatos e partidos de esquerda  não defendem quem mais precisa, mas quem mais reivindica ", proclama M.S.T. e exempla com os privilégios, que, convém não esquecer, não caíram do céu, do Funcionalismo Público versus Privados.
Quem não precisa não reivindica, como ele, o Passos ou a A.Crista, ou melhor, reivindicam no planos dos seus interesses de classe, ou não? Isso na democracia liberal, do mercado, do capitalismo em que vivemos.
Evidentemente que somos TODOS, dos nababos ao Zé, trabalhadores ou, como os famigerados, e hoje perseguidos, pensionistas já foram, para si e para os outros.

MAS...

..." Vai - se cavando um fosso entre os que trabalham e têm a protecção do Estado e os que trabalham para quem conseguem, sem a protecção de ninguém ", insiste M.S.T. e eu pergunto se não foi sempre assim ou se a culpa é só dos Governos de Esquerda?
É que, a abrir, lembrei da minha e a de muitos outros, condição em que exerci, no privado, a minha actividade profissional.
Só um reparo - tinha a " protecção " do Sindicato do sector e, curiosamente ou talvez não, era o ÚNICO trabalhador sindicalizado numa empresa de média condição.

Um conselho aos trabalhadores - Não oiçam o M.S.T.! A lamúria não leva a nada. Sindicalizem - se! E verão os vossos interesses tão bem defendidos como os da Função Pública.

sábado, setembro 16, 2017

SÁBADANDO...

GREVE DAS ENFERMEIRA(O)S



Apoio total, ponderadas, sopesadas e analisadas as razões da contenção do Governo e as disponibilidades financeiras tornadas possíveis e as reivindicações da classe.
Este Governo terá de responder às solicitações externas e às exigências nacionais. A maneira como o irá fazer, melhor, terá de fazer esse equilíbrio o distinguirá como de esquerda e não gestor das estruturas do capitalismo.
A gestão capitalista que, desde Blair, levou os socialistas e sociais democratas europeus à derrapagem política da qual procuram hoje reerguer - se, não poderá ser o êmulo de um partido que é de Esquerda. Para isso esteve lá a coligação PSD/CDS.

PROTECÇÃO CIVIL

O afastamento do presidente do comandante operacional da ANPC, Rui Esteves não poderá fechar as démarches sobre as responsabilidades tidas ou havidas sobre a condução das operações nos incêndios, nomeadamente de Pedrógão.
" Com uma situação muito pior, a dos fogos, não houve demissões e agora com uma licenciatura já há demissões? " - estranhava o presidente da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais, Fernando Couto e também este cidadão...
Condena  - se a " manha e falso prestígio " e não eventuais incompetências. No mínimo estranho a não ser que esse atavismo nacional seja já visto como uma segunda natureza dos nacionais.

JUNKERADAS

Habituados estamos já às junkeradas do Presidente da Comissão Europeia, Junker, mesmo antes de ocupar o lugar. Tem por hábito revelar muita ignorância histórica do espaço a que hoje preside naquela condição.
Agora resolveu redesenhar o mapa da Europa obliviando uma, se não a mais antiga nação da Europa na definição das suas fronteiras - Portugal - como se de um protectorado ou província espanhola se tratasse. Ofensivo, se demeritório do país e deplorável se de ignorância se trata, o que não acreditamos. 
Uma lástima, definitivamente!

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

O sr. Marques Guedes, quadro político do P.S.D., poderá não gostar do futebol mas desconhecer as falanges clubísticas e o amor que têm pelo jogo e pelas suas equipas de eleição, é, no mínimo um atestado de incompetência, política, claro, e um alheamento bizarro pela realidade nacional.
Teatros, cinemas e museus, todos juntos não aliciam, por ano, o que os " clássicos " fazem numa temporada em assistência, pelo que a " boutade " - Também vão proibir os cinemas, teatros e museus ", criticando a mudança do horário de um " clássico " tendo em vista eventuais abstenções aos deveres eleitorais, seria incompreensível se não se desse o caso da abstenção favorecer, eventualmente o partido a que pertence. Coisas...

P.S.

Ah.... e faltava a minha opinião sobre eventuais menorizações cívicas que eventuais proibições de " diversões de massas " em dias de eleições em estudo, diz - se....
Uma ESTUPIDEZ que espero marcará a intenção e que não passará disso. Só comparável com o famigerado voto obrigatório da " outra senhora "...

sexta-feira, setembro 15, 2017

COREIA DO NORTE & ZUGZWANG

ZUGZWANG


Citando Lenin, relembrado pelo Courrier no âmbito das comemorações do centenário da revolução bolchevique russa - " Nada se sobrepõe à controvérsia quando se trata de desenvolver pontos de vista " - a Política, vista à luz da sua programação instrumental, não estaria melhor definida.

Acontece que a controvérsia, que a projecção de qualquer ponto de vista sobre a realidade, por mais banal, inocente ou definitivo que possa ser, pode e deve ser equacionada e desmontada nos seus argumentos interpretativos à luz da eficácia ( leia - se resultados positivos ) de qualquer natureza que o contraditório possa contemplar em impassante paralisia.Tal é a situação, hoje, perante a Coreia do Norte.
A condenação global que ecoa face às continuadas provocações da sua liderança, onde pontua Kim Jung - un, associada a um desarmante zugzwang onde, suspensos, de um lado a China e o seu aliado e do outro a Rússia, os USA e a Europa, não prefigura nada de bom para o futuro.
As consequências, monstruosas, que a inacção e paradoxalmente a acção, possam daí advir, não só para a Ásia como para o Ocidente, clama pela acção diplomática com o dedo no gatilho.

A escalada, em caso de conflito armado seria inevitável e as suas consequências, apocalípticas.

Nenhuma solução, face à irracionalidade e megalomania delirante patentes do interlocutor, parece racionalizável perante uma liderança suicida a que só uma aniquilação piedosa parece ser a saída. O problema, dantesco, reside nos custos civilizacionais da barbárie a despoletar.
Uma fera acossada e sitiada tem sempre, como saída, a fuga para a frente.

Só a China terá a solução para isto e será o interlocutor com quem a diplomacia terá de forçar a capitulação do aliado. Pézinhos de lã e firmeza q.b.
Trump, se não for controlado pelo bom senso do seu povo, teria de ser afastado já que seria uma parte do problema e não a sua solução.