quarta-feira, novembro 09, 2016

HAIL, DEMOCRACY!


MR. PRESIDENT


Donald Trump ganhou as eleições norte - americanas. Ganhou - as contra mim, contra o feminismo serôdio. contra o impasse sistémico, contra a guerra dos sexos, contra a elite citadina, contra a moderação impotente, contra a histeria anti - Rússia, contra a U.E., Ganhou - as com o voto da maioria silenciosa, dos deserdados da Fortuna no país mais rico do mundo, da Ignorância, do racismo e... dos anti - dinásticos.

Qualquer balanço que hoje se faça sobre os mandatos do anterior presidente Obama, à luz da maioria plena alcançada por Trump, desonera, pela incapacidade sistémica que teve no enfrentamento com a estratégia do - É MELHOR NÃO... - dos republicanos, a política fracassada, repito, à luz desses resultados, do anterior presidente.

Os USA rejeitaram o sistema que tem criado, como história acabada, a mais brutal desigualdade entre os ricos e os pobres com a riqueza da nação desviada, SISTEMÁTICAMENTE, para uma elite económica e financeira voraz e moralmente incipiente.
A projecção dos anseios de mudança, que Clinton não prefigurava de todo, em Trump, releva o estado a que chegou o descontentamento. 
Temos hoje uma América do Norte dividida e conflitual, com um presidente que vai governar com uma maioria decisiva.

Que dizer da escolha dos americanos? NADA|
Nada mais terei a dizer sobre isso, sobre a Democracia exercitada que não tenha já dito por aqui, nomeadamente no meu último post - Uma singularidade que, por vezes, como um muro no estômago, nos deixa sem fôlego.

segunda-feira, novembro 07, 2016

ELEIÇÕES AMERICANAS

E...

VOX POPULI

A História está, desde os primórdios do enquadramento democrático, das decisões da maioria, prenhe de exemplos de más decisões do povo quando posto perante questões e as respostas adequadas aos problemas, mediatos ou imediatos, da urbe, e ou dos seus representantes.
Foi, nesse acumular de erros e fracassos, muitas vezes com resultados catastróficos, suscitadas pelas reformas e revoluções que a Democracia foi criando as suas próprias defesas, de si e contra as tiranias.

Ao extraordinário paradoxo de ver a Ignorância a escolher " especialistas ", aspeados ou não, vai sucedendo a possibilidade de vê - lA a depôr a Competência em nome de pareceres e achados. Contudo, avançámos e neste quadro improvável de balanceamento de poderes emerge uma paz relativa de auto - conhecimento e nos Outros, a marca indelével, ainda utópica em algumas paragens do planeta, do direito e convicção íntima à maior das virtudes - a Liberdade.
Uma ilusão, dirá o cínico ao poeta, opondo - lhe à cenografia e ao palco a representação da Realitas, a dura e mensurável constatação da irrelevância da crença democrática perante a visão dos fios condutores do nosso esbracejar de pupets.

A nossa liberdade esgota - se na solidão e na amplitude dos nossos gestos, sem consequências. Quando colectiva atinge - nos de modo brutalmente desigual e imperfeito nas suas consequências individualizadas.
Amanhã vota - se nas eleições norte - americanas, hoje, a par das eleições chinesas e russas, a mais importante do planeta na definição da geo - estratégia global e do futuro do planeta.
Um olhar ao passado remete - nos aos homens bons - Kennedy e Kruschev - que na crise de Cuba escolheram a Vida e não a Morte e a existência neste planeta da geração que se lhes seguiu. Esse legado é planetário e o seu ressoar deverá estar presente em todas as futuras crises com que a Terra se vai confrontar.

Comparar, por outro lado a " azelhice " de Bush com a contenção de Obama, deu - nos nos tempos próximos a dimensão do Caos, ainda e durante muuuitos anos, encetado pelo primeiro e a tentativa, em construção, de reparação dos danos pelo segundo.
Essa singularidade global de afectação da vida de milhões de seres humanos torna essas eleições, também elas, como sempre, globais. Nós também votamos nessas eleições.

A imbecilizante cobertura mediática das campanhas eleitorais pelos Media americanos e o seu eco internacional, em galope desenfreado de infantilidades, faitdivers e stripeases emocionais, atirou - nos à versão política do mais rasteiro Got talent a nível planetário. Ninguém teve conhecimento dos programas dos candidatos a superar, infantilizando - os, os soundbites de Trump. Nem uma linha programática do conteúdo político das propostas de Hillary, ou mesmo da Sanders ou de Trump. Neste candidato seria impossível, com Farage como conselheiro, outra coisa seria de esperar que não o atiçar da Igorância que cavalgou no seu sucesso com o Brexit.

Tenho - me enganado, como o foi nesse caso, mas quero crer que os rednecks não terão sucesso nos USA. Seria catrastófico!