sábado, fevereiro 23, 2008

Zé Povinho - Wikipédia




Dos males da Pátria...


A receita para uma infecção cujo agente provocador se desconhece costuma ser, numa prática expedita, a utilização de um antibiótico de largo espectro, que na sua acção não distingue o " inocente " do malfeitor.

Acontece que na nossa sociedade essa terapeutica tem sido utilizada vezes sem conta pelas mesmas razões que levam os médicos a tentar atalhar, em tempo útil, sintomas cuja origem sem um correcto diagonóstico que só análises despistantes permitiriam reconhecer, o agente patogénico.

Tenho por mim que o conhecimento da realidade " psicológica " do povo português é totalmente alheio a este Governo, nomeadamente a este P. M.

Acontece que Portugal precisava e ainda precisa, pelas reacções persistentes, dessa terapeutica de largo alcance e SÓ por essas razões, pelo HORROR à bandalheira, que não à ORDEM, apreciei e ainda aprecio a determinação de Sócrates em atalhar a infantilização galopante do indígena.

É um dado cienífico que os povos subdesenvolvidos desconhecem a projecção da realidade futura e, evidentemente, os passos a dar no sentido de modificar o presente em prol do sucesso daquela.

Que tenha aparecido alguém que, na minha opinião, quase inconscientemente, por instinto político brilhante esteja a criar os pressupostos dessa MATURIDADE e RESPONSABILIZAÇÂO PESSOAL que tarda é de louvar e de apoiar.

Os DIAGONÓSTICOS sociais, como os últimos da SEDES, abundam por aí. Só que NINGUÉM TEM FEITO NADA, inclusivé eu, por distanciamento dos lugares de decisão,para modificar as coisas, mesmo errando aqui e ali.

NISTO também reside a incapacidade da OPOSIÇÃO. Não há por onde criticar as reformas encetadas senão pelas suas consequências PREVISÍVEIS e NÃO pela sua bondade necessária.

Há alternativas? Que as apresentem ao povo. O diabo é que elas tardam a aparecer, não pela incompetência oposicionista - criticar, melhor, apresentar os efeitos imediatos é fácil - mas pela ausência de FUNDAMENTAÇÃO.

Por isso, só por ISSO é que ainda apoio Sócrates.

A critica que teria para fazer é tão VASTA que abrange a espécie no seu TODO, de maneira que seria de todo injusto atacar quem está honestamente a fazer o seu melhor e a dar o seu contributo para mudar ISTO.

domingo, fevereiro 17, 2008

TIMOR e a tentação australiana...

" No rol das técnicas clássicas ( de análise, acrescento eu ) há, contudo uma metodologia que parece útil " Ruben de Carvalho - que seria, diz o autor do lembrete, imaginar as consequências para Timor se o triplo atentado tivesse tido sucesso.

Levando em consideração a última crise que acabou !!!? com a deserção de seiscentos soldados fortemente armados comandados pela única vítima do complot actual - Reinado,a sucessão de acontecimentos que ( iriam reforçar o que alguns marionetes do costume já andam a lavrar no espírito dos incautos que é de classificar o jovem Estado como Estado falhado,preparando as almas para o que se pretende levar a cabo por aquelas paragens pela Austrália, coberta pelos USA e acompanhados pelos caniches da Europa, como de costume, a coberto de INTERVENÇÕES HUMANITÁRIAS, como se têm justificado últimamente as novas invasões, da Sérvia ao Afeganistão, Iraque e o mais que se verá, quando a última, mas não derradeira machadada na PAZ que se vive na Europa se acabar com a independência do KOSOVO)se seguiriam apontariam para um desfecho quase inevitável - A OCUPAÇÃO.

Voltando a Timor, tenho por por mim que Reinado foi traído pelos seus mentores e protectores pela sua desautorisação do abate de Ramos - Horta, o homem com quem, juntamente com todos os partidos de Timor se iria sentar, segundo as palavras de Alkatiri, em negociações para pôr fim, à sua e da dos seus seguidores à deserção e revolta armada.
É evidente que isso seria inaceitável para os mandantes, que privilegiavam o caos, e o eventual silêncio de Reinado seria uma espada de Damocles sobre a sua credibilidade e intenções. E pagou por isso.

A propósito alguém se lembra que há um secretário geral da ONU? É que já nem o nome do homem se me retém...

O que é que ele anda a fazer?