sábado, julho 11, 2009

DEFINITIVAMENTE, NÃO....

... me surpreende que em tempos o agora P.R. Cavaco Silva tenha proferido a frase que o jornalista do Expresso repescou na reportagem sobre o personagem -" DUAS PESSOAS SÉRIAS COM A MESMA INFORMAÇÃO TÊM DE CONCORDAR ".

Conhecendo - lhe o percurso académico e político, exijo - me a honestidade intelectual de aceitar que só podia estar a falar de Aritmética e vá lá, Algebra e não de Economia e de MAIS NADA.

Porque se não...
aonde páram as opiniões do OUTRO que não concorda com Cavaco Silva, nomeadamente certas maiorias que na Assembleia da República aprovaram leis que Cavaco contestou vetando - as? Na sua falta de seriedade?

É que os valores, como é do conhecimento geral, formatam a maneira como se vêem e se usam os factos.

Por mim, não posso comungar dos valores que permitem ao P.R. pensar como pensa por mais que os tente compreender, racionalizando o que não é de todo racionalizável - a sua origem, dos valores, claro !

À vista desarmada, a frase é anti - democrática, mesmo para quem não tenha dúvidas e põe em evidência uma matriz de pensamento já antevista, de há muito tempo, de cariz fascista.

Convém seguir com mais atenção a pupila Ferreira Leite porque bebeu da mesma fonte.

domingo, julho 05, 2009

E O VERBO TAMBÉM...

Portugal está a ser assolado por uma velha, hoje literalmente mais nova, classe de oportunistas.
Lembram -me os abutres que só poisam quando de alto e de fora vêem os outros enfrentar os desafios e vencê -los para sorrateiramente virem aproveitar -se do trabalho alheio.

A recorrência deste facto na sociedade portuguesa está a atingir um descaramento tão evidente que muita gente se está a " passar -se " e a continência civilizada é mandada às malvas.

Em dois dias foi o que se viu. Vilarinho está -se cagando e Pinho cansou - se de tourear.

A incontinência verbal, associada por vezes ao desconhecimento da Língua Portuguesa, tem levado os " pés - de microfone " e a nova fornada de jornalistas a inconscientemente ou por má - formação, os interpelados ao limite da tolerância.

A diferença entre as perguntas incómodas e insolência na formulação é que as primeiras incomodam e as segundas irritam. Mas o pior, é que penso que a inconsciência destas não acrescenta mérito se propositadas, só mais insolência que não impertinência.

A moda, infantil já agora, é atacar o Poder quando se pensa que poderá estar na mó - de baixo.
Gostaria de ver algum jornalista ARRANCAR e expôr qualquer ideia, sectorial ou não para o País da parte do PSD ou do CDS e já agora do BLOCO e do PCP.

Fico à espera...

O GESTO É TUDO...


Em tempos, essa foi a resposta dos estudantes à senhora que os levou ao desvario.
Nas escolas, a contestação sempre foi um privilégio dos alunos, revelando a atenção com que seguiam os seus formadores e os políticos que definiam o seu futuro.
Hoje, essa luta foi substituída pela ferocidade de uma classe - a dos professores com uma palavra de ordem absurda - NÃO AOS EXAMES - acrescida de exigências ainda mais absurdas - QUEREMOS SER NÓS A DEFINIR como queremos ser avaliados e a definir as regras da evolução da nossa carreira docente.
Qualquer outro grupo profissional, excepto a Função Pública, provocaria um riso monumental aos seus empregadores se se apresentassem numa negociação com essa completa inversão da hierarquia e corria o risco de ser dispensado.
Em Portugal, os funcionários públicos - POLÍCIA, JUÍZES, MÉDICOS, ENFERMEIROS, PROFESSORES, etc, etc, querem substituír o Estado pela BUROCRACIA e o caos.
Ouviremos durante a campanha eleitoral declarações de simpatia e adesão a essas teses corporativas.
M.F.Leite e Paulo Portas querem mudar TUDO. O que isso quer dizer ninguém sabe e os corporativistas também não mas o caos das mudanças é - lhes música para os ouvidos, tolamente, na minha opinião.
Estaremos cá para ver se,de facto, o cansaço do Governo entregar o País aos bárbaros.