sexta-feira, outubro 11, 2013

MANIFESTAÇÃO NA PONTE 25 DE ABRIL




E POR QUE NÃO?

Só uma decisão política, essa problemática porque ilegítima, e até ver ilegal , pode ser aduzida em prol da sua proibição.
As razões de segurança caem pela base, não só pelo histórico pacífico das manifestações enquadradas pela CGTP, como pela inexistência de igual rigor, por desnecessárias, evidentemente, nas provas desportivas, como pelo absurdo da responsabilidade securitária dos manifestantes, tarefa essa a cargo da PSP que a sancionou.
PORQUÊ UMA MANIFESTAÇÃO NA PONTE 25 DE ABRIL? PORQUE SIM, ( carregado de intenções políticas ), se as razões já  assinaladas pela Central Sindical não sejam suficientes...

quinta-feira, outubro 10, 2013

Vejamos...

É   recorrente o emprego do verbo ESPOLETAR nas prosas mediáticas. O significado do verbo é - pôr espoleta em... - sendo a espoleta um artefacto pirotécnico, que explodindo, deflagra um engenho explosivo de mais carga.
Acontece que , mesmo num aproveitamento figurado do seu significado o verbo tem sido SISTEMÁTICAMENTE mal usado, quando, no contexto da prosa, deveria usar - se o seu contrário - DESPOLETAR  e não espoletar, com o sentido de - dar origem, provocar, accionar a espoleta.

Um exemplo do diário mau uso do verbo acabo de ler no Record de hoje... " Cristiano Ronaldo cumprirá a 107ª internacionalização... mas foi o facto de ter ultrapassado Eusébio da Silva Ferreira na lista dos melhores marcadores da Seleção Nacional que ESPOLETOU  um debate sobre quem seria o melhor futebolista português de sempre " - Hugo Neves e José Carlos Freitas

Aqui, o sentido que se quis dar ao espoletou é - deu origem a ..., portanto, o debate foi despoletado e não espoletado, contrabandeado, como eventualmente a introdução ( espoletamento) de uma espoleta ( espoletar, pôr areia na engrenagem... ) poderia supôr.

O português é um idioma fantástico e difícil e são raras as pessoas que o dominam rigorosamente;  apesar dos tratos de polé com que tem sido brindado, das Academias reformistas aos disparates nos Media ajudados pelo absurdo e até hoje, para mim, incompreensível acordo ortográfico, merece - me um respeito enorme como veiculo que foi na minha formação.
A sua evolução, dizem eles, pela regressão e simplismo é típica na relativização dos valores outrora seguros, que a pseudo - modernidade cavalga alegremente, melhor, é por ela cavalgada nésciamente.