sexta-feira, julho 21, 2017

SMALL TALKIES...

... OU O BICHO - DE - MATO E OUTRAS ESPÉCIES


CONVERSA FIADA ( apolítica )... mesmo!

Esse desconforto com a banalidade sonora das conversas da treta tem - me acompanhado desde que que por aqui arribei. O que mais me chocou, e as estatísticas britânicas vieram a confirmar no espaço da Commonwealth, em relação ao inglês, foi que o meu português ( gramaticalmente correcto e com uma carga lexical a milhas do que me foi dado a contemplar... )  não era compatível com o small talk residente. 
Se eu quisesse resumir, numa palavra, a abrangência da epistemologia filosófica numa  conversa da treta, num meio universitário, claro, onde arribei,  o raio da acção dos ouvintes restringia - se catastróficamente.
Apesar da minha genuína disposição empática para o bate papo inóquo, a restrição da minha capacidade de desligamento, melhor, de dilatação ambiental da minha paciência de ouvir tretas atirava - me, quase sempre, para a bichomatice, dada a incapacidade de encaixe no universo das conversas catadeiras.

Arrogância? Nem por isso... A solução, impossível, seria o silêncio e ouvidos atentos, que a minha curiosidade intelectual alimentaria, SILENCIOSA, até morrer.
Desgraçadamente, a partilha compulsiva dos meus fracos conhecimentos do mundo, da História do mundo, das minhas experiências pessoais e das minhas reflexões sobre a espécie, é - me, é - nos de uma brutal emergência, daí o meu barulhar por sobre a a catadeira condição.

" Lá está o meu avô a ralhar com a televisão... " - comentam as minhas netas às minhas censuras sobre o desbragamento com que a Língua Portuguesa está a ser tratada na veiculação de asnices ,pedagógicamente imbecilizantes.

Voltando à vaca fria..., a " COMO FALAR BANALIDADES " - do Luís Pedro Nunes, na Revista do Expresso  passado e aceite o desafio da conversa, espero que não - fiada, acrescento que... quando a treta é demais e a banalidade resiste aos meus contrabandos desviantes, bem..., BLOQUEIO e... passo por bicho - de - mato, na maior...

Einstein dizia que um serão em que todos os convivas estivessem de acordo seria um serão perdido.
Espero não ter dado, com o meu silêncio enfastiado, cabo de alguns...

quarta-feira, julho 19, 2017

CRÓNICA ANTIQUARY...

... DE UM FALSO  " MACHISTA " ENFASTIADO

E É PARA CHATEAR, QUE ISTO ESTÁ UMA SECA....

Em 1964, nos meus tenros 17 anos, desembarquei em Portugal, vindo da minha santa terrinha - CABO VERDE - , como prémio da minha e doutros colegas, (camaradas, que colegas são as putas... )  capacidades estudantis.
 Explico...
Os melhores alunos de cada ciclo liceal tinham como prémio a recepção no palácio do Governador para um almoço formal ( no meu tempo era Silvino Silvério Marques, de quem guardo gratas recordações... )  e uma viagem guiada ao Continente, de norte a sul do país. E, acreditem, deu - me para ter uma ideia, para lá dos manuais, da realidade da pátria lusa. Um QI elevado e uma curiosidade maníaca pelo " sapiens " fez o resto.

O Portugal cinzento que me acolheu, então,  a que só a " rebeldia " de um Rangel, cuja identificação me escapa, Procurador, então, dos estudantes ultramarinos, que nos salvou de uma cerimónia parola no cabo de Sagres em pleno Inverno deu alguma pimenta, era de uma provinciana e , para mim, decepcionante parolice.

Adiante, que o tema da minha chateação é outro.
Espantou - me, então, a largura do rabo luso(a) em comparação com o , concedamos, famélico e elgante rabo caboverdiano, nomeadamente das nossas garinas, do alto dos seus 1.60m , em média.

Quase meio século depois da Revolução de Abril e do " Nestum com figos " que elevou para alturas do 1.70 o perfil luso, sedimentou - se em Portugal três tipos de perfis femininos ( estou - me borrifando para os gajos... ) a que dei os  nomes de CulPizza, CulBurger e CulVegan.

Atirado para um quarto andar com vista para uma Pizzaria e caldeado pelas visitações às catedrais do consumo, vulgo, Centros Comerciais, a minha atenção sobre o perfil da espécie ( um vício intelectual deprimente... ), nomeadamente das garinas agudizou - se ( velho tarado, dirá o meu alvo... ) e fez - me notar que a bunda grande criou chão, não só no lusitano quadril como no afro-quadril residente.

GIRO?
Nem por isso...
Muito espaço para preencher tem criado um vazio que as FUFAS estão a ocupar, trôpega e alarvemente. É que não houve ( e remeto - vos ao post anterior... ) nem haverá correspondência orgânica para isso.
Como lidar com isso? Exigir mais CulVegans.
Eu, com 71 primaveras, caminho ( ainda não... ) para a nostalgia e estou de saída. FAT ASSES!!!??? Uma canseira!

P.S. Não liguem, minhas lindas, a este " velho " chateado. Eu adoro -vos, a todas. CUIDEM - se!

A LIMPEZA DA MERDA...

DAESH....

UM ABORTO, POLÍTICO, SOCIAL, RELIGIOSO, CIVILIZACIONAL, está a ser varrida do planeta.
Quando acabar a limpeza regressarei ao tema...

segunda-feira, julho 17, 2017

ALFRAGIDE...

... CÁCA DI MÓSCA NA VIDRO

Nunca cometeria a ofensa da generalização sobre o racismo em Portugal com a redutora e mentirosa " boca " de que os portugueses são racistas; até porque um dado concreto a contesta - a maioria das mulheres portuguesas não o são - dado que, mitifiquemos, os fantasmas sexuais que, na maioria dos casos enformam o caucasiano desde que viu pela primeira vez a nudez selvagem do negro africano nas estepes, não as incomodam, pelo contrário, exacerbam aquilo que chamo de inveja do falo.

Estará, aqui e nisso, como em todo o planeta, o ódio ao negro, que a cobiça reinterpretou civilizada e envergonhadamente através dos exercícios de humilhação que o poder generalizadamente permite.
Estúpido como as suas consequências no relacionamento tradicionalmente tenso entre as duas raças, por razões históricas, tem marcado, em franjas marginais das sociedades europeias e não só, as escaramuças recorrentes.

Interessante, e por outras razões, é que do branqueamento do racismo negro contra o Outro, ( assertivo e militante nos USA, por exemplo... ) que o políticamente correcto tem induzido, pouco se fala. Até se compreende... É que o rancor surdo não é o mesmo que a violência acéfala. 
Um dos braços ( será cobardia? ) mais actuantes desse racismo que as sociedades controlam no limite da decência é o das polícias e percebe - se o aproveitamento violento da " legitimidade " armada que uma neutralidade cívica não aconselharia o uso pelas óbvias retaliações.

Felizmente, falso,... No fundo, em Portugal, o racismo tornou - se numa memória que na sua retransmissão vai perdendo a sua força até que aos poucos se vai transformando numa coisa feia a que só a clandestinidade de uma esquadra ou de um bando de marginais ainda dá a hipótese do exercício e... palco.

A sua denúncia pública e... intolerante será a melhor forma de atalhar ao seu desenvolvimento e, quando se atreve à agressão violenta, como tal e agravada deverá ser contemplada e... condenada.