domingo, abril 17, 2005

EURO-CABOVERDE

INTEGRAÇÃO-PARCERIA

A coisa ameaça aquecer,pelo menos por aqui,mas...

Confesso que depois de ler a correspondência trocada entre WWW.salmoura2003.blogspot.com e o escritor caboverdiano Germano de Almeida em www.africaminha.blogspot.com, fiquei asiim como que abananado pela deriva da exposição do tema em apreço.

Para começar,o Debate sobre um tema tão sério como este,não precisa,à partida,de uma definição de "curriculas" dos expositores,quando o que verdadeiramente está(estaria) em causa seria a aceitação ou não do caboverdiano da eventual proposta que lhe será (seria)apresentada para a integração na UE.

O caboverdiano tem o "defeito" dos ilhéus:é arrogante,aristocrata (individualista) e fortemente orgulhoso da sua condição de "diferente",portanto, com uma forte identidade pessoal e colectiva;"não tem pois condições para ser,ou no limite,se sentir inferior",como dizia G.A.na pequenez da sua jactância.É um questão de sobrevivência.

Ora ,para mim o que está (estará) em discussão num debate sobre uma eventual proposta de Integração na UE,prende-se, na antevisão de Soares e de Adriano Moreira,no alargar do espaço Europeu numa visão alargada de territorialidade, perspectivando o controle do Atlantico,antes que os Americanos o façam; e tentarão fazê-lo,mais tarde ou mais cedo.

Para os caboverdianos,a perspectiva dessa realidade futura terá de sobrelevar a psicologia dos naturais, a sua História colonial e focar-se nas vantagens da integração num espaço económico,político,científico,social,militar (não dispiciendo) que brevemente será o maior bloco civilizacional do Planeta.

Cabo Verde,para além da sua dignidade como Estado e como Nação e do seu espaço geográfico(funcionando como porta-aviões,como cìnicamente G.A. diz) e da mão de obra dos seus imigrantes,não tem nada para negociar numa PARCERIA.como é evidente,mas a situação mudaria numas negociações de Integração.

Louve-se,pois,a discussão para lá do peso dos intervenientes,que por vezes a abordagem dos "iluminados" perde-se no labirinto narcísico de títulos a fundamentar(?) disparates e protagonismos para além da substância do que está em reflexão.

OLHEMOS,PARA JÁ,PARA ALÉM DO ESPELHO.