quinta-feira, outubro 22, 2015

FALOU O " BOM ALUNO "...


ANÍBAL CAVACO SILVA
( presidente cessante )

O discurso de " posse " do governo do país à Coligação ultrapassou a normalidade que TODA a gente esperava, a previsibilidade institucional de indigitar a Coligação para formar governo e embrenhou - se na macropolítica de pacotilha , com o enfrentamento antidemocrátrico e anticomunista primário, dividindo o país em dois blocos que, perante o ataque a um deles, o da Esquerda, o que foi de uma estupidez a toda a prova, ( Portas deve estar de rastos perante tanta incompetência do seu chefe de facção... ) reforçará o seu propósito de afastar essa casta política que tem um Presidente da, de República que se permite e se atreve a indicar ao P.S. ( podia ser outro o partido... ) com quem deve dialogar no sentido de criar condições de governabilidade.

O servilismo " intuído " de desagrado da Burrocracia da U.E. dominado pelos partidos de Direita, marcou a comunicação do aluno temeroso do puxão de orelhas dos mestres. Lamentável a assumpção interiorizada de protectorado que o lapsus linguae de Portas banalizou no léxico político da Coligação.

É como digo - CHAVE DE LATA!

quarta-feira, outubro 21, 2015

ANTI - PRUDÊNCIO


EU, ANTI - PRUDÊNCIO, ME CONFESSO...


...E me desnudo... Prefiro Diógenes ao E. Carpenter, Darwin a Proudhon, e , hoje,  A. Costa à " Pluma Caprichosa ".

Eu, um cidadão apodado de irresponsável e que, pelos vistos, se está nas tintas, na interpretação alheia e desatenta, pela felicidade e bem - estar dos filhos, das netas, da mulher, da família, dos amigos, dos vizinhos do país, votei CONTRA a manutenção desta Coligação no governo do país por mais um dia que seja. assim como a maioria dos portugueses, com toda a sua votação maioritária nos partidos políticos que são CONTRA a  manutenção deste governo, por mais um dia que seja.
Outros não pensam do mesmo jeito e mal seria essa unanimidade dentro de uma sociedade adulta.

A Direita, unida à volta dos seus interesses de classe e de um cortejo de instalados confortávelmente no statu quo, mais os wannabes capturados pelo canto da sereia do Pensamento Unificado pelo Partido Popular europeu, reiterou a confiança no guardião - mor nacional das suas expectativas e... ganhou as eleições e o direito formal de formar um novo governo. Como e onde? Numa Assembleia de deputados maioritáriamente CONTRA essa possibilidade formal e com meios, constitucionais e democráticos de obstar a que isso aconteça sem que o derrubem ao virar da esquina, ou seja na primeira votação parlamentar.

Chamar isso um golpe de estado é de uma imbecilidade atroz que nos vai dando a medida da infecção anti - democrática que os anos de governação absoluta produziu na sociedade portuguesa.
O Partido Socialista será a cara de um Syrisa luso? Baboseira grosseira a que a sua história na implantação da Democracia portuguesa desmascara a fundamentação eivada de má - fé, que os prudêncios temerosos ( de quê, afinal? Qual será a perda? ) e liberais xuxalistas esgrimem na sua argumentação impassante.
Apaga - se a História do partido e enfatiza - se o relacionamento anti - esquerdista do passado com morte já anunciada, para atacar um presente de ruptura com pensamentos e ideias cristalizadas no hábito, na preguiça e... em mitos mil vezes ensaiados, contra a assumpção clara de uma identificação com um projecto político, social, humanista que nada tem a ver com o neo - liberalismo de pacotilha praticado pela Globalização e, entre nós, pelo provincianismo deslumbrado dos intérpretes políticos que nos governaram.

ABAIXO A COLIGAÇÃO DA DIREITA!
QUE VENHA A MUDANÇA!

domingo, outubro 18, 2015

BIG MISTAKE, Mr.PRESIDENT!

CARTA ABERTA

                                                           
                                                          José Eduardo dos Santos

Quando, pela Europa e U.S.A. se criticava duramente o Estado angolano, a braços com uma infindável guerra civil contra a UNITA, esperança democrática contra o marxismo do MPLA, ( Em África!!!??? Santa  e reiterada ignorância histórica... ) eu acreditava piamente que a História ( evolução bio - social ) faria o seu caminho, independentemente dos estados de alma e dos decretos piedosos das interpretações universalizadas sobre o particular circunstancial de cada processo histórico.

Desde que conseguisse pôr fim ao conflito armado Angola, seria obrigada, pelas circunstâncias que levaram à sua existência como Estado independente e pela dinâmica histórica que o seu passado colonial cavou fundo no seu psiquismo social, a abraçar, naturalmente, a Democracia e o pluralismo partidário. 
Por uma razão, que, digamos estrutural, a própria cópia das instituições que vigoram e exemplarizam em Democracias mais antigas, o seu funcionamento integral e interiorizado seria uma questão de templo até que, criada uma massa crítica apoiada numa média burguesia, que a acumulação/apropriação ( a corrupção foi e é, infelizmente, um elemento incontornável e presente em todo o processo e em todas as latitudes...) potenciaria, levaria à contemplação plena das suas virtualidades, só possível em Liberdade.
Uma das liberdades incontornáveis numa Democracia é a liberdade de expressão, o direito de debater, discutir, adversariar e contrariar, opiniões, políticas, e exigência de uma matrix ética a marcar a gestão dos recursos patrimoniais da nação, em proveito de TODOS.

Quanto mais forte fôr a resistência do MPLA e da sua presidência aos ventos da História, pior será para a nação angolana e para o seu prestígio, justamente ganho nos combates políticos que protagonizou no sentido de dar uma dimensão unitária e nacional a um povo díspare.

A Democracia, apesar dos erros que o Ocidente tem multiplicado pelo Globo, não se faz por decretos ou estados de alma. É um processo dinâmico e dialéctico que quanto maiores resistências à sua implantação mais se sedimenta nos seus dinamizadores já que veicula a mais importante aquisição da Humanidade - a Liberdade -  , um sortilégio que a torna invencível, a curto a médio ou a longo prazo.

Fora disso ou dentro disso, uma estabilidade que vai apodrecendo por dentro o dinamismo social que enforma qualquer sociedade adulta, aprisionando a liberdade de pensar de outro modo, merece ser demolida, ali, em Portugal ou em qualquer parte do Globo.
Silenciar vozes que exigem uma visão outra dos dirigentes do país sobre o País, é um tremendo erro político que o deveria remeter à história recente do seu país. Quanto mais cedo fôr corrigido, até porque é um erro estúpido, melhor, para Angola, para Democracia e ... para si.