quinta-feira, dezembro 16, 2010

MAIS UM...

... Da minha geração que se vai...

Morreu Carlos Pinto Coelho e vai deixar saudades em quem conheceu de perto a sua decência.

Conheci - o, como a maioria do País, pela televisão, pelos programas que aí fez. Comparar a sua noção de jornalismo com aquilo que hoje se faz, nomeadamente pelos canais televisivos, releva, contundentemente, a diferença entre o bom e o medíocre, ou mesmo muito mau,em contraste com o nível, não necessáriamente " popular" das suas produções.

Como a minha memória não é curta, fica aqui a minha homenagem ao profissional e à pessoa revelada pelos ecrãs.

domingo, dezembro 12, 2010

DA ELASTICIDADE DOS CONCEITOS...

... E DAS INTERPRETAÇÕES...

...Feitas em seu nome, o caso Assange trouxe à ribalta mais um falso alicerce da construção democrática - a livre expressão.

Hoje estaremos a rever as famosas tácticas da CIA e de outros organismos que zelam pela Segurança Ocidental, aplicadas sobre um cidadão, cuja interpretação de livre expressão colide com a dos zelotas e a dos ingénuos.
Contudo, a facilidade com que uma acusação se forja e se aceita, eventualmente com vítimas compradas, ameaçadas ou eventualmente autênticas, no seguimento de uma estratégia de descredibilização, como se a VERDADE dos factos devesse ser dependente do mensageiro, mesmo com agendas tenebrosas, e não da sua autenticidade não desmentida é que me choca, embora não me surpreenda.

A hipocrisia, porque somos civilizados, nas palavras de H. Monteiro, abordando a mesma temática em sibilina desdramatização ( ver editorial do Expresso de ontem ), com que se manipula o conceito da liberdade de expressão, consoante somos vítimas ou algozes também não me surpreende.

Surpreende - me sim, a mistura de alhos com bugalhos como o faz M.Sousa Tavares no mesmo jornal, em título - A sociedade da devassa.

É que há denúncia pública e devassa privada: nem uma nem outra são condenáveis à partida, ou não?
Por outro lado,já que mantém um ressabiamento contra os blogues e não consegue distingui - los,há blogues e blogues,há jornalistas e jornalistas,há comentadores e comentadores; nessa torção angular distingo, não em juízo mas em entendimento, a minha apreciação e relevância atribuída. Porquê? Porque posso fazê -lo, porque tenho ferramentas culturais para o fazer, porque essas ferramentas, associadas a um conceito ético imune a alibis rasteiros que a empatia social tem por hábito COMPREENDER, me permitem pensar e decifrar as armadilhas que a lógica silogística aplica aos incautos.

Da relevância dos factos trazidos, para lá do formalismo legal, a verdade e a legitimação da DENÚNCIA do PÚBLICO, e não devassa que é aplicável ao John Doe e não aos políticos e outos seres que superintendem a vida de Todos,é de uma evidência ATROADORA.
Meter isso no saco das intrigas de alcova e das misérias pessoais dos que se pensam " intocáveis ", é lamentável e modelarmente um mau exercício em prol da liberdade e transparência democrática.

Mais valeria a desvalorização " hipócrita " do seu Director.


P.S. - Estou identificado no meu blogue e não procuro nenhum minuto de fama, vale?

PAIRANDO SOBRE UM NINHO DE CUCOS - parte 2

PORTUGAL

Às vezes dá - me a impressão que certos políticos e " pensadores " nacionais pecam por um provincianismo atroz, para não dizer que ao tacticismo que demonstram em algumas situações e ocasiões vai sempre atrelado um feixe de interesses detectáveis cujo alcance só estará nas suas cabeças e nas suas ambições pessoais.Normal, dirão outros tácticos, mas a mim surpreende - me sempre essa desonestidade intelectual.

Sobre as mexidas que se quer fazer, a mando dos Burrocratas de Bruxelas, às leis laborais portuguesas e cuja análise lúcida do presidente do Conselho Económico e Social - Silva Peneda, reduziu a uma frase contundente - Um disparate completo - permitiu - nos sentir a coerência corajosa de M. Alegre, os seguidismos automáticos dos tecnocratas e a cupidez da Banca Nacional, que no processo surdo em curso de renovação e reformas antecipadas, vê nalgumas medidas sugeridas, nomeadamente os " despedimentos baratos " uma forma eficaz de se fazer ao mercado barato dos jovens licenciados.

Repito a pergunta feita aqui há pouco tempo - O sistema está a sentir - se assim tão seguro nas suas borradas que se permite essa provocação reiterada aos povos que o criaram?