sábado, janeiro 05, 2019

DISCORRENDO...

INQUIETAÇÕES...

Gasset, que não acreditava no determinismo histórico remeteu -nos a uma perspectiva outra na análise do formidável levantamento popular da primeira metade do século XX a que deu o nome de La rebelión de las masas, onde se deixa deslumbrar pelo fenómeno que qual maré, varreu o Ocidente.
Ausente do determinismo histórico e das suas condições objectivas, esse titubeio metafísico (sic) , embora assustador, não contemplou o mesmo tipo de inquietações que, miméticas, hoje assola o Ocidente e o mundo Global.
" Rejeito, pois, igualmente, toda a interpretação do nosso tempo  que não descubra a significação positiva oculta sob o actual império das massas e as que o aceitam beatamente sem estremecer de espanto.

Das derrotas de Morus, Erasmo e , pasme - se, Maquiavel, ameaça sair e sobressair triunfante com Schop, Nietzschze, o último Homem, de regresso à CAVERNA.

A única significação positiva(?) não tão oculta como isso, que se vai descobrindo na consagração pífia de um individualismo serôdio, estribado na mais elementar pulsão do humano face à sua modelação como ser social, instintivo e básico, seria a necessidade, essa sim determinante, de enfrentar com arrojo e  intransigência a erosão democrática que uma crescente mediocridade do Pensamento vai provocando na interpretação esclarecida. A História não acabou mas as soluções projectadas de um neo -fascismo redentor com que um populismo (in)orgânico tem vindo a se alimentar já nos levaram a duas Guerras Mundiais.

Fala-se de um novo ciclo histórico que se vai manifestando no quadro sincrético da suficiência auto - assumida e da banalização do Conhecimento versus Informação, sobrelevando esta ao estatuto de verdade, um desiderato traduzível à medida do sujeito, medida de todas as coisas.
À abrangência deste devir, manifestado hoje no mundo ocidental, contrapõe-se não já a Filosofia, abastardada e contaminada na enxurrada relativista, mas a firmeza das convicções nas virtualidades de um regime - a Democracia tout court - e a aversão libertária de todas as formas de submissão, seja ela social, política ou económica.

O Estado democrático, cúmplice na perda do respeito institucional nos seus líderes, tem de ser forte,  criativo e pedagógico na resposta a dar aos seus detractores e na denúncia vigorosa e sem contemplações dos novos estandartes ressuscitados do negrume da História.
Se fraquejar, depois de nos ter amolecido, a nós, até à letargia, o ciclo histórico não será muito saudável, para ninguém, nem para os vencedores nem para os vencidos.                             

terça-feira, janeiro 01, 2019

SÊ BEM VINDO 2019

EXPECTANTE...

... E em quarentena crítica por uns tempos a ver o que vales e se o que trouxeste do defunto foi - se ficando pelo caminho ou não...

Até já!