sexta-feira, novembro 24, 2006

MONTAIGNE REVISITADO - OS USA E O MUNDO - BUSH E A SUA REPRESENTAÇÃO...

É extraordinária a capacidade humana na justificação dos seus actos e dos outros, por vezes para lá do imaginável.
Mas o que será justificável? O meu, o teu ou o interesse colectivo?. Qual será a referência, num universo sempre em mudança ( pobre Fukuyama ! ) que justifica a acção política ou a individual? A Ética, não sendo um subproduto das emoções ou das afectividades, como erroneamnte já foi classificado, nem estando na sua origem, permitiria uma distanciação que a torna ( tornaria... )uma referência universal se não existisse a Política, superestrutura sobre a qual a Humanidade caminha.
Pelo seu fim último - a conquista do Poder - não se coaduna com a Utopia da harmonização social que a natureza humana mais os condicionalismos económicos travam a montante.

O mundo perfeito não existirá com o Homem e não fará sentido sem ele.
Apesar de tanto mau uso, a esperança está na Razão, instrumento de adaptação ao ambiente, sem a qual a sua sobrevivência como espécie está condenada.
O racionalismo puro, o acto de pensar, terá necessáriamente de conter mais qualquer coisa para além da consagração da liberdade. E é aí que a Democracia está a falhar.

O mundo não terá de ser ùnicamente representação e Vontade porque nesse espaço há um ser racional, que apesar de ainda não ter legitimado tamanho atributo para lá caminhará se a sua escolha o levar à Verdade.

E isso levar-nos-ia à questão da legitimidade dos actos políticos.

Voltaremos a esse raciocínio...

quarta-feira, novembro 22, 2006

Não dá para entender este Benfica...

Tão depressa dão três como no passo seguinte levam três. Será que a Liga está a ficar pequena para as ambições desses atletas. Será que a montra europeia é muito mais apetecível e claro que é, para o marketing e amostragem dos seus talentos? Será que de facto as equipas nacionais têm uma motivação super inflaccionada quando enfrentam o Glorioso, e conhecedores das movimentações encarnada acabam por sermuito eficazes na anulação das suas pedras mais influentes? Será?

Que diabo se for assim, por que é que o treinador encarnado não se precate contra isso, respeitando de facto o adversário, seja ele qual for e anulando também ele as pedras do outro. Enfim...

Bem, que venha o Manchester e que Ronaldo não esteja com a fúria toda...

domingo, novembro 19, 2006

Como tem sido evidente...

... a História não acabou nos anos 90 como Fukuyama previu, enebriado com a queda do murode Berlim e do Império Soviético e a aparente universalização do neo -liberalismo como matrix e objectivo de qualquer sociedade do século XXI.

Infelizmente, à liberdade humana sempre repugnou as limitações à sua capacidade de experimentação do impossível, e de testar as verdades que lhe apresentam como definitivas.

Digo, repito e repiso que a Democracia Ocidental é um dos sistemas onde a vida humana, formatada pelo tipo de desenvolvimento económico que seguimos, é possível atingir um equilibrio meritório desde que salvaguardadas das suas perversões, nomeadamente a CORRUPÇÃO, tremendismo onde cabe toda a panóplia da fraqueza humana ainda incivilizada.

De todos os regimes experimentados pelo Homem, da monarquia ao feudalismo,do fascismo àos traídos socialismos soviético e chinês, nenhum regime conteve em si uma tal capacidade de se regenerar e corrigir a sua trajectória enquanto procura a sua perfeição.
Curta, muito curta tem sido a experienciação que quer abarcar o planeta estribado apenas na sua vertente económica de aparente sucesso, esquecidas que têm sido toda a mesquinhez e intolerancia que estiveram na origem das maiores manifestações de selvageria que o planeta presenciou até hoje, nomeadamente nas guerras religiosas na Europa, no extermínio dos indios na América do Norte e nas duas Guerras Mundiais com a suprema barbárie da detonação de duas bombas atómicas no Japão.
A compreensão e conhecimento da nossa história deveriam ensinar- nos a humildade suficiente que nos libertasse da arrogância civilizacional que nos está a levar à cegueira no relacionamento com os OUTROS.

Haja esperança na Democracia, pois!